Ibovespa segue NY e fecha em queda, aos 118 mil pontos; Petrobras (PETR4) lidera altas

O Ibovespa fechou em queda de 0,62% nesta segunda-feira (26), aos 118.242 pontos, enquanto os investidores aguardam o tom que será usado na ata da reunião do Copom, a ser divulgado nesta terça-feira (27).

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No mês, ainda acumula ganho de 9,15%, a caminho de seu melhor desempenho desde dezembro de 2020 (+9,30%) ou de novembro (+15,90%) daquele mesmo ano, marcado pela forte volatilidade da pandemia de covid-19.

Uma sequência de três avanços mensais, como a que está em curso, também não é vista desde o segundo semestre do ano passado, quando o Ibovespa emendou quatro meses positivos, entre julho e outubro.

O Ibovespa hoje seguiu tendência contrária às Bolsas de Nova York, que fecharam em queda, em dia de cautela, com temor de investidores sobre risco de recessão nos EUA e os próximos passos do Federal Reserve (Fed).

  • S&P 500: -0,44%
  • Nasdaq: -1,16%
  • Dow Jones: -0,03%

Embora não tenha sinalizado um corte de juros já para agosto em seu último comunicado, os analistas observam se essa indicação poderá ser melhor apresentada na ata. Enquanto isso, o mercado divulgou um novo boletim Focus, estimando que a Selic deve terminar 2023 em 12,25%, mantendo a projeção da semana passada.

Entre os destaques negativos do Ibovespa hoje está a Locaweb (LWSA3), que tomba 7,3%, enquanto CVC (CVCB3) tem baixa de 3,9%. Já a BB Seguridade (BBSE3) cai 2,9%.

Na ponta positiva, Petrobras (PETR4) liderava os ganhos por volta das 10h30. As ações ordinárias e preferenciais subiam +0,70% e +0,80%, respectivamente. Às 14h, as ações estão com altas de 1,75% e 1,33%. Enquanto isso, Vale (VALE3) recuava 0,7%, acompanhando a queda do minério de ferro lá fora. Por volta das 14hs, porém, a Vale avançava ligeiramente, a 0,27%.

O secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Haitham Al Ghais, afirmou nesta segunda-feira, durante discurso em conferência em Kuala Lumpur, na Malásia, que a demanda global por petróleo deve avançar a 110 milhões de barris até 2045. Mesmo com a transição energética almejada, o petróleo deve representar “cerca de 29% do mix de energia até lá”, segundo ele.

No Brasil, boa parte das expectativas gira em torno da política monetária do Banco Central. Na terça, será divulgada a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e também o IPCA-15 de junho.

Em entrevista concedida agora pela manhã, o secretário do Tesouro, Rogério Ceron, ressaltou que o mercado revisou “brutalmente” as estimativas para o PIB em um mês e disse que com o avanço do arcabouço fiscal e da reforma tributária, as agências de rating deverão revisar suas avaliações do Brasil. Ceron criticou os juros elevados praticados no País e disse que toda a sociedade paga pelas taxas.

No noticiário da manhã, destaque também para a produção de petróleo e gás natural na região do pré-sal, que subiu 5,9% em maio, para 3,2 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d), segundo dados preliminares da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O pré-sal representou 77,78% da produção do Brasil no mês passado.

Mercado diminui projeção para inflação em 2023; Estimativa para o PIB sobe mais uma vez e da Selic é mantida

Um novo Boletim Focus foi divulgado nesta segunda-feira (26), destacando as principais projeções dos analistas do mercado financeiro para 2023, 2024 e 2025. As estimativas para a inflação caíram mais uma vez, mas as do PIB subiram novamente.

A projeção de inflação foi para 5,12% em 2023, registrando a 6ª queda semanal consecutiva. Para 2024 foi para 3,98% e, para 2025, a estimativa é de 3,80%.

Em relação às projeções do PIB, o valor para 2023 foi para 2,18%, com a 7ª alta seguida. Para 2024, a estimativa subiu para 1,22% e para 2025 foi para 1,83%.

Enquanto isso, as expectativas para a Selic foram mantidas em 12,25% ao ano em 2023, 9,50% para 2024 e 9,0% em 2025. Por fim, a projeção para o dólar no final deste ano é de R$ 5,00.

Vale (VALE3): minério de ferro chega ao menor patamar em quase 2 semanas

Os contratos futuros do minério de ferro na China caíram novamente nesta segunda-feira (26), em meio à elevação da produção da commodity, em razão de margens melhores de siderúrgicas do país asiático.

O contrato futuro de minério de ferro com a maior liquidez na China para setembro teve baixa de 0,44% na Bolsa de Dalian, cotado a 797 iuanes por tonelada, o equivalente a US$ 110,21. Assim, a commodity chegou ao seu menor patamar de preço em quase 2 semanas.

Por outro lado, o minério de ferro na Bolsa de Cingapura subiu 0,42%, cotado a US$ 109,65 por tonelada. Assim, o preço da commodity lá fora está no radar dos investidores para o desempenho da Vale (VALE3) hoje e, por consequência, para o Ibovespa.

Petróleo vira para queda em meio às repercussões da rebelião na Rússia do grupo Wagner

As cotações do petróleo Brent e WTI operavam em alta de mais de 1% nesta manhã de segunda-feira (26), diminuíram seus ganhos posteriormente, enquanto os investidores repercutem a rebelião ocorrida na Rússia e suas eventuais consequências daqui para frente.

O grupo Wagner chegou a avançar a 200 km de Moscou, mas recuaram cerca de 24h após o início do Motim, liderados por Yevgeny Prigozhin.

Por volta das 10h45, os contratos futuros do petróleo Brent subiam a US$ 74,53, com uma variação de +0,70%. Enquanto isso, o petróleo WTI subia 0,56%, a US$ 69,55 por barril.

Maiores altas e baixas do Ibovespa hoje

Última cotação do Ibovespa

O Ibovespa terminou o pregão de sexta-feira (23) com ligeira alta de 0,04%, aos 118.977,10 pontos.

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João Vitor Jacintho

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