Ibovespa opera em alta aos 110 mil pontos; Cielo (CIEL3) dispara 6,3%
O Ibovespa hoje opera em alta de 0,4% aos 110.018 pontos. O índice lida com um cenário internacional de otimismo generalizado, com altas de 0,5% no S&P e 0,8% no Dow Jones.
O Ibovespa hoje segue com a Petrobras (PETR4) no radar, já que a companhia passa por uma mudança de executivos. As ações da estatal sobem 1% no intradia.
Além disso, a Eletrobras (ELET3) tem novidades no seu processo de privatização, já balizado pelo TCU. Segundo informações da Bloomberg, um grupo de investidores sinalizou interesse em comprar cerca de R$ 13 bilhões em ações da elétrica no processo de capitalização.
O dólar, por sua vez, segue tendência de queda, em baixa de 0,2% no intradia, a R$ 4,822.
Na ponta positiva do Ibovespa, a Cielo (CIEL3) sobe 8,5% em conjunto coma Hapvida (HAPV3), que avança 3,6%. Um dos motivos para a alta das ações da Cielo é o novo parecer do JP Morgan sobre os papéis. Em relatório recente, o banco de investimento reavaliou a sua tese e firmou preço-alvo de R$ 5 com recomendação de ‘overweight’, equivalente a recomendação de compra.
A cotação atual dos papéis CIEL3 é de R$ 3,94.
Já no caso da segunda, há uma recuperação após, há alguns pregões atrás, a empresa apresentar uma baixa de 16% com a divulgação do seu resultado financeiro do 1T22.
Na ponta negativa, baixa nos frigoríficos e nas varejistas e fintechs, com retração de 2,6% na Marfrig (MRFG3) e cerca de 1% nos concorrentes do setor. O Banco Inter (BIDI11) cai 2,3%, oscilando em meio à saída do banco do Brasil em direção à Nasdaq.
Na agenda econômica, ainda não há indicadores nacionais, e o que movimenta a bolsa de valores hoje são os números dos Pedidos Iniciais por Seguro-Desemprego dos EUA. Foram 210 mil pedidos, levemente melhor do que o esperado, de 215 mil.
Por outro lado, o PIB dos EUA cai 1,5% no primeiro trimestre de 2022, ante expectativa de uma retração de 1,3%.
Mais tarde, ás 12h, será divulgado o Índice de Evolução de Emprego do CAGED.
Notícias que movimentam o Ibovespa hoje
- Mudanças no ICMS
- Petrobras fecha venda da refinaria Lubnor
- Eneva e Suzano fecham acordo
ICMS sofre mudanças
A Câmara deu aval, ontem ao teto de 17% para o ICMS sobre energia elétrica, combustíveis e gás natural.
A proposta passou com amplo apoio – 403 votos favoráveis, 10 contrários e 2 abstenções. Para diminuir resistências à medida, os deputados colocaram um gatilho temporário para compensar Estados e municípios quando a queda na arrecadação total do tributo for superior a 5%.
Essa compensação será feita, se necessário, por meio do abatimento da dívida desses entes com a União. O texto ainda precisa ser aprovado no Senado.
A estratégia parece a reedição da Lei Kandir, que previa que a União compensasse os Estados pelo ICMS que deixou de ser arrecadado com a desoneração das exportações.
O valor dos repasses sempre foi alvo de disputas, chegou a servir de moeda de troca pelo apoio dos governadores à reforma da Previdência, envolveu o TCU e só foi resolvido depois de um acordo homologado no Supremo Tribunal Federal (STF).
“Hoje é um dia histórico para o Congresso Nacional. A última vez que essa Casa votou para diminuir impostos foi quando se votou para acabar com a CPMF. De lá para cá, muito se falou em reforma tributária, muito se falou sobre o peso da carestia e da volta da inflação em cima da população mais pobre”, disse, no plenário, o autor da proposta, deputado Danilo Forte (União Brasil-CE).
Petrobras vende Lubnor
A Petrobras (PETR4) venderá a refinaria Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (Lubnor) e seus ativos logísticos associados para a Grepar por US$ 34 milhões. A informação foi divulgada por meio de fato relevante.
Segundo o comunicado, a venda da Lubnor terá US$ 3,4 milhões pagos à vista, US$ 9,6 milhões a serem pagos no fechamento da transação e uma cifra de US$ 21 milhões em “pagamentos diferidos”.
A refinaria é o quarto ativo a ter o contrato de compra e venda assinado no âmbito do compromisso firmado pela Petrobras com o CADE em junho de 2019 para a abertura do mercado de refino no Brasil.
A estatal explica que a Lubnor fica localizada em Fortaleza, no Ceará, e possui capacidade de processamento autorizada de 10,4 mil barris/dia.
Eneva e Suzano apertam as mãos
A Eneva (ENEV3) firmou com a Suzano (SUZB3) um contrato de dez anos pelo qual irá fornecer gás natural liquefeito (GNL) às unidades de Imperatriz, no Maranhão. O valor do investimento gira em torno de R$ 530 milhões.
O contrato tem vigência de 10 anos a partir do início do fornecimento comercial, previsto para o primeiro semestre de 2024.
As ações da Suzano sobem 1,8% no Ibovespa hoje. Já a Eneva avança 2,4% na bolsa de valores.
Última cotação do Ibovespa
No pregão da quarta (25), o Ibovespa fechou estável, com variação menor do que 0,1%, aos 110.577 pontos.