O Ibovespa, principal índice de ações brasileiras, sobe 0,55% nesta terça-feira (26), aos 133.485 pontos, por volta das 15h40. No radar dos investidores brasileiros está a aprovação do projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) para o ano de 2024, realizada na última sexta-feira (22).
Para esta semana, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, prometeu um conjunto de ações que possam compensar a extensão da desoneração da folha de pagamentos, que fora prorrogada até 2027.
A última semana de 2023 começa com clima morno nos mercados internacionais, mas o Índice Bovespa volta a registrar pontuação recorde. Mesmo com o noticiário escasso e a liquidez reduzida, o índice encontra alguma tração na alta das commodities e no avanço dos índices futuros de ações de Nova York. No exterior, persiste o monitoramento da política monetária dos Estados Unidos, enquanto no Brasil o investidor espera novas medidas que tragam impacto positivo para o cenário fiscal.
O Ibovespa chega aos últimos pregões de dezembro registrando ganho de 4,76% no mês e de 20,98% no ano.
Além disso, o fluxo de capital externo está positivo em R$ 42,093 bilhões no ano, até a última quinta-feira.
As Bolsas dos Estados Unidos também operam no campo positivo, por volta das 15h40:
- Dow Jones: +0,37%, aos 37.523,58 pontos
- Nasdaq: +0,40% aos 15.053,61 pontos
- S&P500: +0,36% aos 4.771,58 pontos
Com sucessivos recordes de pontuação nos últimos pregões, a tendência, segundo analistas, é de que a cotação do Ibovespa continue em alta, em busca de novos objetivos gráficos. Para isso, sopram favoravelmente ao mercado de ações os ventos do afrouxamento monetário no Brasil e nos Estados Unidos.
Levantamento do CME apontou nesta manhã 88% de chances de o Federal Reserve iniciar os cortes de suas taxas básicas já em março.
Nesta manhã, um dos poucos destaques foi o Boletim Focus, do Banco Central, normalmente divulgado às segundas-feiras.
O documento mostrou que a expectativa para a inflação deste ano recuou mais uma vez, passando de 4,49% para 4,46%. Para 2024, foco da política monetária, a projeção passou de 3,93% para 3,91%.
A alta do Ibovespa é puxada pelo avanço de ações de Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4). Por volta das 15h40, os papéis da mineradora subiam 1,05%, em meio a alta dos contratos futuros do minério de ferro no exterior.
O contrato com maior liquidez na Dalian Commodity Exchange da China terminou a sessão em alta de 1,3%, cotado a 980,5 iuanes por tonelada (US$ 137,22).
A valorização da commodity acontece diante da perspectiva de aprovação de novas medidas de estímulo econômico na China. Além disso, também colabora para esse otimismo a alta demanda do minério de ferro.
Já as ações ordinárias da Petrobras (PETR3) tinham alta de 1,45% nesse mesmo período, enquanto as preferenciais apresentavam ganhos de 1,36%.
Dentre as maiores altas, Locaweb (LWSA3) lidera os ganhos do Ibovespa com +3,48%, enquanto o Grupo Soma (SOMA3) registrava a principal queda, com -1,88%.
Veja a seguir as maiores altas e baixas do Ibovespa, por volta das 15h40:
Maiores altas do Ibovespa
- Locaweb (LWSA3): +3,48%
- PetroRecôncavo (RECV3): +2,75%
- Petz (PETZ3): +2,72%
- CSN Mineração (CMIN3): +2,70%
- Minerva (BEEF3): +2,58%
- Cielo (CIEL3): +2,40%
Maiores quedas do Ibovespa
- Grupo Soma (SOMA3): -1,88%
- Lojas Renner (LREN3): -1,58%
- Raízen (RAIZ4): -1,43%
- Dexco (DXCO3): -1,22%
- Cogna (COGN3): -1,44%
Último fechamento do Ibovespa
O Ibovespa encerrou a sessão de sexta-feira (22) em alta de 0,43%, aos 132.753 pontos.
(Com informações de Estadão Conteúdo)