Ibovespa fecha em alta, aos 122 mil pontos; Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) sobem, e Magazine Luiza (MGLU3) avança 2%

O Ibovespa fechou em alta de 0,55% nesta terça-feira (25), aos 122.007 pontos, apoiado pelo avanço de Vale (VALE3), que disparou 3,42%, e pela Petrobras (PETR4), que subiu 2,31% nas ações preferenciais e 3% nas ações ordinárias.

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A valorização da maioria das bolsas internacionais estimula alta do Ibovespa, que chegou a tocar os 123 mil pontos, depois de fechar a segunda-feira, 24, na faixa dos 121 mil pontos, podendo ir a um quarto pregão seguido de ganhos. A promessa da China em oferecer mais estímulos à sua economia e balanços corporativos instigam ganhos nas bolsas. Em Nova York, contudo, a alta não é firme, em meio à espera da decisão do Fed sobre juros, na quarta-feira, 26.

“Lá fora está em compasso de espera pelo Fed, que deve subir sua taxa em 0,25 ponto porcentual, após a última pausa. A dúvida serão os próximos passos. Agora, o mercado espera os balanços das gigantes de tecnologia no fim do dia”, diz Dennis Esteves, especialista em renda variável da Blue3 Investimentos.

Ao mesmo tempo, no Brasil, a deflação maior do que a esperada no IPCA-15 de julho e alívio nas medidas de núcleos do indicador reforçam alta do Índice Bovespa, que ontem subiu 0,94%, aos 121.341,69 pontos, no maior nível desde 1º de abril de 2022.

“Saiu o primeiro teste da semana IPCA-15, que veio com um resultado muito bom -0,07% ante mediana de -0,03%. Além do dado em si, os preços de serviços desaceleraram. Isso favorece as ações, reforçando a ideia, o otimismo de ontem com China, ajudando os papéis da Vale a subirem mais de 7% entre ontem e agora. Estimula também outras ações expostas à China”, afirma Gabriel Mota, operador de renda variável da Manchester Investimentos.

No Relatório Focus divulgado nesta terça-feira, 25, também houve arrefecimento nas projeções para o IPCA fechado nos próximos anos, com exceção de 2026. A descompressão inflacionária reforça as apostas de uma queda de 0,50 ponto porcentual na Selic em agosto, como indica a curva futura de juros.

“A deflação do IPCA-15 pode sensibilizar o Copom, mas as commodities em alta podem dificultar uma atuação mais agressiva de queda da Selic”, pondera o economista Álvaro Bandeira, em comentário matinal.

Em 12 meses, o IPCA-15 foi a 3,19%. “Isso coloca ainda mais pressão sobre o BC, pois é o último dado de inflação antes do Copom de agosto. A curva de juros toda está caindo”, diz Esteves, da Blue3 Investimentos.

Da China, há crescentes estimativas de anúncio de ações para animar a economia, em meio a dados fracos de atividade. Na segunda-feira, o Politburo, principal órgão decisório do país, prometeu lançar uma série de medidas para ajudar a economia, com incentivos às vendas de imóveis e outros setores em dificuldades.

A maioria das bolsas asiáticas fechou em alta, com o minério de ferro subindo 1,36% em Dalian, o que pode impulsiona os papéis da Vale e de outros ligados ao segmento de metais. Petrobras tinham elevação, seguindo o petróleo.

Na Europa e nos Estados Unidos, também há valorização dos índices de ações. Os resultados trimestrais da General Electric (GE), General Motors (GM) e 3M agradaram aos investidores.

Por volta das 10h40, apenas 5 ações do Ibovespa operavam em queda, enquanto as demais estavam no campo positivo. Os únicos papéis que recuavam eram Prio (PRIO3), Ambev (ABEV3), Minerva (BEEF3), Taesa (TAEE11) e Raia Drogasil (RADL3), nessa ordem.

As 4 maiores altas eram de CSN (CSNA3), EzTec (EZTC3), Alpargatas (ALPA4) e Magazine Luiza (MGLU3), que subiam mais de 5% nesta sessão.

Enquanto isso, as Bolsas de Nova York seguem sem direção definida:

  • Dow Jones: -0,07%
  • S&P500: +0,11%
  • Nasdaq: +0,51%

Maiores altas do Ibovespa

IPCA-15 recua 0,07% e vem melhor que o esperado pelo mercado

O IPCA-15, que representa a prévia da inflação oficial do Brasil, variou -0,07% no mês de julho, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (25).

O IPCA-15 teve sua primeira deflação desde setembro do ano passado, quando o índice recuou 0,37%. O consenso Refinitiv projetava uma baixa de 0,01% do índice no mês, portanto, o resultado veio melhor que o esperado pelos analistas.

O IPCA-15 variou +3,19% no acumulado de 12 meses, enquanto a prévia da inflação acumulava +3,40% no intervalo de 1 ano até junho. A expectativa do mercado financeiro era de 3,26% para esse período.

Segundo Andre Fernandes, especialista em mercado de capitais e sócio da A7 Capital, dos itens que mais impactaram o resultado atual, um dos destaques de alta são os combustíveis (gasolina) na comparação mensal, que teve um aumento de 3%, tendo um grande peso no IPCA.

Essa alta vem principalmente da volta dos tributos aos combustíveis. Nos destaques de baixa, se observa conta de energia elétrica residencial, que recuou 3,4%, também tendo um grande peso no índice. “Na minha opinião, pode ser um reflexo do clima. No verão ficamos em bandeira vermelha, hoje estamos em bandeira verde, que é a menor”, explica Fernandes.

Boletim Focus: expectativa para inflação cai a 4,90% neste ano, mas Selic se mantém em 12%

Os analistas reajustaram suas posições para a inflação, Selic e PIB para este ano e para os próximos, conforme divulgado nesta terça-feira (25) pelo Boletim Focus do Banco Central. A projeção do IPCA para 2023 passou de 4,95% para 4,90%. Para 2024, a estimativa de inflação caiu para 3,90%.

As estimativas para o IPCA também caíram em 2025, chegando a 3,50%, enquanto no ano de 2026 a projeção continuou inalterada. Já as projeções para o PIB de 2023 e 2024 ficaram inalteradas, mas as estimativas para 2025 e 2026 foram reajustadas para cima.

Para este relatório, as projeções da Selic permaneceram as mesmas em relação à semana anterior, com exceção de 2026, que passou de 8,75% para 8,63%. Confira as estimativas para a Selic:

  • 2023 – 12,0% ao ano
  • 2024 – 9,50% ao ano
  • 2025 – 9,0% ao ano
  • 2026 – 8,63% ao ano

Minério de ferro sobe novamente; Na máxima do dia, a commodity alcançou a maior cotação desde julho de 2021

Os contratos futuros do minério de ferro avançaram nesta terça (25), após a China garantir novas medidas de estímulo na economia. Os futuros da commodity para setembro subiram 1,4% na Bolsa de Dalian, cotada a 856,5 iuanes por tonelada, equivalente a US$ 119,87.

Durante a sessão, os futuros do minério de ferro alcançaram a maior cotação desde julho de 2021, a 859,5 iuanes. Já na Bolsa de Cingapura, o minério de ferro mais negociado para agosto valorizou 1,9%, a US$ 114,8 por tonelada, após recuar 2 pregões seguidos.

Cotação do Ibovespa nesta segunda (24)

O Ibovespa terminou o pregão desta segunda (24) em alta de 0,94%, aos 121.341,69 pontos.

Com Estadão Conteúdo

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João Vitor Jacintho

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