Ibovespa cai 0,78%; SulAmérica (SULA11) dispara 25,1% nos últimos minutos do fechamento
Acompanhe as notícias em tempo real Atualizado em: 23/02/2022 23:46Dólar de volta aos R$ 5,00 | Balanço da Petrobras (PETR4; PETR3) | Ucrânia pesa nos negócios
O Ibovespa fechou a quarta-feira (23) com queda de 0,78%, aos 112.007,61 pontos, entre mínima de 111.748,11, do fim da tarde, e máxima de 113.721,38 pontos, saindo de abertura a 112.891,80. Em um movimento rápido no fim do pregão, houve um salto de Sul América (SULA11) e de Rede D’Or (RDOR3), no ajuste de fechamento, com o relato do jornal O Globo, na coluna do jornalista Lauro Jardim, de que a Rede D’Or adquiriu a Sul América Seguros.
Nos últimos minutos do pregão, com a notícia sobre a aquisição, as units SULA11 tiveram uma disparada meteórica: subiram 25,1%, enquanto as da Rede D’or aceleraram mais de 8%, no leilão perto do final de sessão. Depois do fechamento, as duas empresas confirmaram a operação. A compra, disseram analistas consultados pelo Suno Notícias, limitaram as perdas do dia no Ibovespa — que estava caindo pouco mais de 1%, antes de a notícia sobre a aquisição circular entre investidores.
Na semana, o Ibovespa cede 0,77% e agora 0,12% no mês, que se encerra na B3 na sexta-feira – no ano, o índice ganha 6,85%.
O prosseguimento das tensões em torno da Ucrânia manteve a maioria dos mercados na defensiva neste meio de semana, com perdas acentuadas à tarde em Nova York, levando o índice Bovespa também mais para baixo. De forma moderada na sessão, o petróleo continuou a refletir a instabilidade no leste europeu, que envolve a Rússia, grande produtora e exportadora da commodity, além do gás natural, vital para o abastecimento da Europa ocidental. Após o encerramento na ICE e na Nymex, contudo, o petróleo mudou de sinal, com os contratos futuros passando a cair, momentaneamente.
Movimentos domésticos com resultado do IPCA-15
Pela manhã, a prévia para a inflação pelo IPCA-15 em fevereiro, a 0,99%, no maior nível para o mês desde 2016, e a 10,76% em 12 meses, veio “acima do esperado pela maior parte dos analistas de mercado, colocando mais lenha na fogueira das preocupações sobre a velocidade da alta de preços”, observa Rachel de Sá, chefe de economia da Rico Investimentos.
“Assim como temos visto em boa parte do mundo, a alta foi impulsionada especialmente por bens industrializados – como carros (novos e usados), roupas e artigos de casa”, observa a economista, que mantém projeção de IPCA a 5,2%, em forte ajuste em relação aos níveis atuais, no fechamento do ano – embora ressalve a acentuação do risco de que fique acima disso, ante as pressões sobre os preços.
A percepção de que o BC manterá o pulso firme na condução dos aumentos da Selic, de forma a ancorar as expectativas sobre a inflação, e o grau de correção já promovido pela autoridade monetária na taxa de juros de referência mantêm o ‘carry trade’ vivo, atraindo fluxo externo em momento no qual os juros ainda não começaram a subir nos Estados Unidos e na zona do euro, e em que os juros reais colocam o Brasil como opção competitiva frente a outros emergentes. Ainda assim, o grau de correção do câmbio visto até aqui é matéria de controvérsia.
“Chegou a ser cotado a R$ 5,60, R$ 5,70, e agora a gente já está olhando na tela a R$ 5,05. Os motivos para essa queda ainda não são tão assertivos. Não tivemos uma alteração substantiva do fundamento Brasil. O risco segue o mesmo, o fiscal, o mesmo, e o CDS continua no mesmo patamar. Ainda temos um risco grande de nova legislação passar no Senado e na Câmara, colocando a trajetória fiscal brasileira em ritmo pior. No final das contas, eu vejo esse R$ 5,05 com um potencial de alta”, avalia em nota o economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez.
Cenário de Nova York
As bolsas de Nova York fecharam em baixa nesta quarta-feira, em mais uma sessão marcada pelas tensões geopolíticas entre Rússia e Ucrânia. Depois de entrar no território de correção na última sessão, o S&P 500 ampliou ainda mais suas perdas, em um dia no qual as sugestões por um maior conflito militar e da ampliação de sanções contra a Rússia dominaram a atenção dos mercados.
- O índice Dow Jones fechou em baixa de 1,38%, em 33.131,76 pontos;
- S&P 500 recuou 1,84%, a 4.225,50 pontos;
- Nasdaq caiu 2,57%, a 13.037,49 pontos.
“As ações se recuperaram provisoriamente, já que alguns investidores sem dinheiro não puderam deixar de comprar o S&P 500 com um desconto de 10% e com o início das sanções contra a Rússia”, aponta Edward Moya, analista da Oanda, citando a queda do índice com relação ao seu ápice, no dia 4 de janeiro deste ano. No entanto, o analista aponta que as “ações terão dificuldades para encontrar uma direção até que os mercados financeiros tenham uma resposta clara sobre se a crise entre Rússia e Ucrânia terá uma solução diplomática ou uma guerra na região”.
O dólar à vista fecha em baixa de 0,95%, a R$ 5,0042, depois de oscilar entre R$ 4,9946 e R$ 5,0511.
Os contratos futuros de petróleo fecharam perto da estabilidade, com a deterioração das tensões entre Rússia e Ucrânia e o dólar em alta ante rivais. Além disso, investidores aguardavam o American Petroleum Institute (API) divulgar pesquisa semanal sobre estoques de petróleo e derivados dos EUA, no fim da tarde desta quarta (horário de Brasília).
O barril do petróleo WTI com entrega prevista para abril subiu 0,21%, a US$ 92,10, enquanto o do Brent para o mesmo mês ficou estável, a US$ 96,84, na London Metal Exchange (LME).
O ouro fechou em alta nesta quarta-feira, 23, impulsionado por uma sessão cautelosa nos mercados globais por conta das tensões geopolíticas na Europa. Potenciais ocidentais prometeram ampliar as sanções já impostas aos russos, à medida que alertam sobre uma escalada militar por Moscou em direção ao território ucraniano.
Na Comex, o ouro com entrega prevista para abril avançou 0,16%, a US$ 1.910,40 por onça-troy.
No Ibovespa hoje, nos ajustes finais, a Rede D’Or (RDOR3) anunciou a compra da SulAmérica (SULA11), por operação de troca de ações. As ações dispararam em pouco tempo, com altas de 8,82% e 25,16%, respectivamente.
Além disso, o setor elétrico foi destaque entre as altas, no dia seguinte à aprovação da privatização da Eletrobras por seus acionistas. Eletrobras (ELET3, ELET6) subiu 2,14% e 3,27%, Cemig (CMIG4) registrou alta de 2,28%, Taesa (TAEE11) teve aumento de 2,11% e, por fim, CPFL (CPFE3) teve +1,28%.
Americanas (AMER3) chegou a ser destaque, brevemente, subindo no início da sessão com o anúncio de que seus sites voltaram, mas encerrou em queda de 0,34%.
Entre o setor bancário, a tendência era de queda. A única exceção foi Banco do Brasil (BBAS3), com alta de 0,51%. Itaú (ITUB4) caiu 1,40%, Bradesco (BBDC3, BBDC4) perdeu 1,19% e 0,48%, respectivamente, Santander (SANB11) teve -0,66%.
Já nos papéis atrelados a commodities, Petrobras (PETR3, PETR4) subiu 0,03% e 1,42%, Vale (VALE3) caiu 1,05%, 3R Petroleum (RRRP3) ficou com -12,49%, liderando o ranking das maiores baixas do Ibovespa, após divulgação do balanço do 4T21.
Locamerica (LCAM3), com queda de 5,28% e Localiza (RENT3), que caiu 5,23%, foram influenciadas pela manutenção, pelo Cade, da decisão de dezembro, que aprovou a fusão das empresas com restrições.
Maiores altas do Ibovespa:
- Eletrobras (ELET6): +3,27% // R$ 34,75
- Cemig (CMIG4): +2,28% // R$ 13,03
- Eletrobras (ELET3): +2,14% // R$ 34,84
- Taesa (TAEE11): +2,11% // R$ 39,67
- Grupo Pão de Açúcar (PCAR3): +1,92% // R$ 22,33
Maiores baixas do Ibovespa:
- 3R Petroleum (RRRP3): -12,49% // R$ 31,59
- Banco Inter (BIDI11): -12,12% // R$ 20,96
- CVC (CVCB3): -6,31% // R$ 13,06
- Suzano (SUZB3): -6,11% // R$ 53,48
- Alpargatas (ALPA4): -6,09% // R$ 25,29
Notícias que movimentaram a bolsa de valores
- IPCA-15 sobe 0,99% em fevereiro, maior alta para o mês desde 2016
- Americanas (AMER3): sites retomam “gradualmente o funcionamento”; ações sobem
- Vale (VALE3) deve quintuplicar lucro em 2021 e consolidar estratégia de ‘valor sobre volume’
IPCA-15 sobe 0,99% em fevereiro, maior alta para o mês desde 2016
A alta de 0,99% registrada em fevereiro pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi a mais elevada para o mês desde 2016, quando ficou em 1,42%, segundo os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (23).
O resultado fez a taxa acumulada em 12 meses passar de 10,20% em janeiro para 10,76% em fevereiro, o resultado mais elevado para o IPCA-15 desde fevereiro de 2016, quando a taxa foi de 10,84%.
O IPCA-15 de fevereiro ficou acima do teto das estimativas dos analistas do mercado financeiro, que esperavam uma alta de 0,53% a 0,96%, com mediana positiva de 0,87%.
Para o economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez, o indicador de inflação ‘surpreendeu’, já que a projeção da casa era ainda menor, de 0,77%.
“Nosso desvio, tal qual grande parte do desvio do mercado, foi no grupo transportes, sendo que 5bps foram oriundos de uma subestimação de gasolina e outros 4bps foram de veículos. A dinâmica inflacionária também é ruim, com artigos de residência e vestuários não cedendo conforme o esperado e representando outros 5bps de desvio por subestimação de variação”, diz o especialista.
“Nossa perspectiva de 0,78% para o IPCA fechado desse mês ganha contornos altistas, ao passo que o ano também pela dinâmica de núcleos ainda muito ruim. Potencialmente nosso ano também deve ser revisto marginalmente para cima”, segue.
A taxa acumulada em 12 meses também ficou acima do teto das projeções, que iam de avanço de 10,26% a 10,73%, com mediana de 10,63%.
“O resultado do IPCA-15 de hoje acende um alerta sobre nossa perspectiva de elevação da Selic de ‘apenas’ 50bps em maio. De todo modo, seguimos esperando duas elevações, 100bps e 50bps nas próximas reuniões“, destaca o especialista da Ativa Investimentos.
Em termos setoriais, os gastos das famílias com alimentação e bebidas passaram de uma alta de 0,97% em janeiro para 1,20% em fevereiro.
Americanas (AMER3): sites retomam “gradualmente o funcionamento”; ações sobem
Depois de três dias sem funcionamento, desde que foi detectado um acesso não autorizado nos servidores da companhia no último sábado (19), os sites da Americanas (AMER3) e do Submarino voltaram ao ar nesta quarta-feira (23), segundo a empresa.
Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Americanas informou que está restabelecendo gradualmente e com segurança seus ambientes de e-commerce. A empresa ressalta que não houve evidências de comprometimento das bases de dados. “As equipes continuam mobilizadas, com todos os protocolos de segurança, e atuarão para a retomada integral no mais curto espaço de tempo”, diz o texto.
Às 16h17, as ações da Americanas subiam 0,84%, cotadas a R$ 30,04. Desde o início da semana, a companhia perdeu R$ 250 milhões, segundo estimativa da XP Investimentos, e aproximadamente R$ 3,5 bilhões em valor de mercado, conforme fechamento de ontem.
As vendas por plataformas digitais representam 60,8% das receitas da empresa – as lojas físicas respondem por pouco menos de 40%.
O grupo hacker LAPSUS, envolvido nos ataques cibernéticos contra o Ministério da Saúde recentemente, reivindicou a autoria da ação, mas a companhia não confirmou se houve atividade criminosa do grupo ou de outro grupo hacker.
Vale (VALE3) deve quintuplicar lucro em 2021 e consolidar estratégia de ‘valor sobre volume’
O mercado financeiro estará atento amanhã ao balanço da Vale (VALE3), em especial para verificar se deu certo a estratégia da maior empresa aberta do Brasil em priorizar retorno financeiro em detrimento do volume produzido de minério de ferro. A mineradora divulgará o resultado do quarto trimestre de 2021 nesta quinta-feira (24), após o fechamento do mercado às 18h.
De acordo com estimativas do BTG Pactual, a Vale deve apresentar um lucro líquido em 2021 cerca de 4,9 vezes maior que o resultado do ano anterior, impulsionado principalmente pelo valor recorde do minério de ferro e câmbio favorável.
Na comparação entre trimestres, o principal fator que contribuiu para o balanço positivo do ano está no segundo trimestre do ano, quando registrou lucro líquido de US$ 7,6 bilhões. No terceiro trimestre, a cifra ficou em US$ 3,9 bilhões, resultado que deve se manter estável no quarto trimestre.
Outro ponto a ser considerado na comparação anual é a base fraca em 2020, ainda sob influência da recuperação da companhia após o desastre do rompimento da barragem em Brumadinho um ano antes.
Para especialistas ouvidos pelo Suno Notícias, o balanço deve justificar o pagamento de dividendos atraentes este ano.
Segundo o último Anuário Mineral Brasileiro publicado, de 2020, a Vale responde por 71,9% da produção brasileira de minério de ferro, cerca de sete vezes mais que o segundo lugar, a CSN Mineração (CMIN3), responsável por 10,2%, e 32 vezes mais que a Usiminas (USIM5), com 2,23%.
A Vale também tem destaque na produção de cobre, com 14,7% da produção nacional, de manganês, com 14,6%, e de níquel, com 18,06%.
Já no cenário internacional, a grande concorrência da Vale vem da Austrália, por conta da Rio Tinto, BHP Group e Fortescue Metals, gigantes do setor de extrativismo mineral.
Desempenho dos principais índices
Além do Ibovespa, confira o fechamento dos principais índices da bolsa hoje:
- Ibovespa hoje: -0,78%
- IFIX hoje: -0,15%
- IBRX hoje: -0,98%
- SMLL hoje: -0,74%
- IDIV hoje: +0,23%
Cotação do Ibovespa nesta terça (22)
O Ibovespa fechou o pregão da última terça-feira (22) em alta de 1,04%, aos 112.981 pontos.
(Com informações do Estadão Conteúdo)
Encerramos as transmissões de hoje. Leia amanhã mais notícias em tempo real
Confira mais notícias em tempo real nesta quinta (24).
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Radar: Petrobras (PETR4) divulga lucro do 4T21 e anuncia dividendos, Rede D’Or (RDOR3) compra SulAmérica (SULA11),
Veja as últimas notícias que movimentaram o mercado
Petróleo fecha perto da estabilidade, com deterioração da tensão na Ucrânia
Os contratos futuros de petróleo fecharam perto da estabilidade nesta quarta-feira, 23, com a deterioração das tensões entre Rússia e Ucrânia e o dólar em alta ante rivais. Além disso, investidores aguardavam o American Petroleum Institute (API) divulgar pesquisa semanal sobre estoques de petróleo e derivados dos EUA, no fim da tarde desta quarta (horário de Brasília).
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI com entrega prevista para abril subiu 0,21% (US$ 0,19), a US$ 92,10, enquanto o do Brent para o mesmo mês ficou estável, a US$ 96,84, na London Metal Exchange (LME).
Os contratos futuros de petróleo ganharam fôlego após Moscou prometer reagir a sanções dos EUA. Depois, os contratos aceleraram altas com a continuidade da deterioração das tensões da crise geopolítica.
Na ONU, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, disse que o país está fortalecendo suas forças de defesa.
Já a União Europeia convocou para a quinta-feira uma cúpula emergencial de líderes sobre a questão. Os contratos, porém, logo apagaram os ganhos, com o fortalecimento do dólar ante rivais.
Para Edward Moya, analista da Oanda, com a crise na Ucrânia, uma alta para o petróleo acima da marca de US$ 100 o barril ainda está nos planos, mas as perspectivas crescentes de que um acordo nuclear com o Irã possa ser alcançado nos próximos dias podem atrasar provisoriamente o alcance desse nível.
“O petróleo bruto WTI deve permanecer em torno de US$ 90 até uma grande atualização com as negociações do acordo nuclear com o Irã ou se a nova Guerra Fria levar a um conflito militar”, disse Moya, em relatório enviado a clientes.
Ibovespa fecha em baixa de 0,78%, aos 112.007,61 pontos, depois de oscilar entre 111.748,11 e 113.721,38
Volume financeiro soma R$ 31,6 bilhões
Dólar à vista fecha em baixa de 0,95%, a R$ 5,0042, depois de oscilar entre R$ 4,9946 e R$ 5,0511
Ibovespa amplia queda, com -0,70%, aos 112.097
Os destaques do Ibovespa hoje são Eletrobras (ELET6), que sobe +3,60% e na outra ponta, Banco Inter (BIDI11), com -11,11%
Ouro sobe em meio à cautela por conflito geopolítico na Europa
O ouro fechou em alta nesta quarta-feira, impulsionado por uma sessão cautelosa nos mercados globais por conta das tensões geopolíticas na Europa. Potenciais ocidentais prometeram ampliar as sanções já impostas aos russos, à medida que alertam sobre uma escalada militar por Moscou em direção ao território ucraniano.
Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para abril avançou 0,16%, a US$ 1.910,40 por onça-troy.
“Metais preciosos continuam a brilhar em meio a riscos geopolíticos elevados em relação à Ucrânia, um mercado de ações global em dificuldades e inflação crescente”, disse o analista de mercado da ThinkMarkets, Fawad Razaqzada, em comentários à Dow Jones Newswires.
Maioria das Bolsas da Europa fecha em queda, com piora no final do pregão
As bolsas da Europa fecharam majoritariamente em queda nesta quarta-feira, com sensível deterioração do sentimento de risco na reta final do pregão. O agravamento da crise geopolítica envolvendo a Ucrânia ainda concentra as atenções de investidores, que monitoraram também dados econômicos e balanços corporativos na região.
As principais praças europeias abriram a sessão desta quarta em clima de recuperação, após o anúncio de sanções econômicas de países ocidentais contra a Rússia. “Até agora, as sanções impostas pelo Ocidente não são tão pesadas quanto se poderia esperar e o mercado aparentemente está interpretando isso como uma vitória”, apontaram analistas da corretora AJ Bell, em análise pela manhã.
- Stoxx 600 encerrou em baixa de 0,28%, a 453,86 pontos;
- DAX, de Frankfurt, cedeu 0,42%, a 14.631,36 pontos;
- FTSE 100, de Londres, encerrou com ganho de 0,05%, a 7.498,18 pontos
- Em Paris, o CAC 40 recuou 0,10%, a 6.780,67 pontos;
- Em Milão, o FTSE MIB baixou 0,34%, a 25.955,08 pontos.
(Com informações do Estadão Conteúdo)
Ibovespa cai 0,38%, acompanhando mercados internacionais
O Ibovespa hoje cai 0,38%, atingindo 112.461 pontos. Após subir na abertura, o índice mudou de direção com a divulgação da prévia da inflação de fevereiro, medida pelo IPCA-15, que avançou 0,99% superando o consenso de 0,85%. O dólar opera em queda de 1,00%, atingindo a marca de R$ 5,00 devido ao forte fluxo de recursos estrangeiros e repatriação de investimentos por investidores locais.
Dólar comercial mantém queda e recua 0,87%, a R$ 5,007
IPCA-15 sobe 1% e chega a maior nível desde 2016
A alta de 0,99% registrada em fevereiro pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi a mais elevada para o mês desde 2016, quando ficou em 1,42%, segundo os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, 23.
Ibovespa segue em queda; 3R Petroleum (RRRP3) e Suzano (SUZB3) têm as maiores quedas
O Ibovespa segue em queda de 0,38%, aos 112.454,26 pontos. Às 14h20, a maior queda é da 3R Petroleum (RRRP3), descolada de companhias do setor de petróleo. O resultado do 4TRI foi avaliado como ruim por analistas.
Outro assunto que repercute no Ibovespa hoje é o petróleo, que virou e agora recua: WTI cede 0,22%, a US$ 91,71, e o Brent perde 0,15%,, negociado a US$ 96,69 o barril.
Ibovespa opera em queda de 0,36%, aos 112.487 pontos
Às 12h25, o índice Bovespa operava em campo negativo, após reduzir a ganhos do início da manhã. Confira as maiores altas e maiores baixas do dia:
Maiores altas:
- PetroRio (PRIO3): +4,07%
- Eletrobras (ELET6): +2,91%
- Copel (CPLE6): +2,92%
- Cemig (CMIG4): +2,83%
- Americanas (AMER3): +2,22%
Maiores baixas:
- 3R Petroleum (RRRP3): -7,42%
- Localiza (RENT3): -5,81%
- Locamerica (LCAM3): -5,35%
- Suzano (SUZB3): -4,74%
- Raia Drogasil (RADL3): -4,38%
Dólar comercial opera em queda de 0,91%, a R$ 5,0125
O dólar volta a operar acima dos R$ 5,00, após cair à mínima a R$ 4,9980 no mercado à vista. A economista-chefe da CM Capital Markets, Carla Argenta, afirma que a moeda já abriu em baixa, alinhado à tendência da moeda no exterior. Mas com resultados do IPCA-15 acima do esperado, a percepção de que os investimentos em Brasil ficam mais atrativos realimentou o fôlego das entradas de fluxo estrangeiro e a queda expressiva ante o real.
Americanas (AMER3) afirma 'reestabelecimento gradual' dos sites
A Americanas (AMER3) informou que está restabelecendo gradualmente e com segurança desde esta quarta-feira, 23, seus ambientes de e-commerce suspensos em razão de incidente de segurança do qual foi vítima entre os dias 19 e 20 de fevereiro.
Em breve comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa diz que não há evidência de comprometimento das bases de dados.
“As equipes continuam mobilizadas, com todos os protocolos de segurança, e atuarão para a retomada integral no mais curto espaço de tempo”, diz.
As plataformas de e-commerce Americanas e Submarino estão fora do ar desde a madrugada do último sábado, após a identificação de um “acesso não autorizado”.
Setor externo tem déficit de US$ 8,146 bilhões em janeiro
O resultado das transações correntes ficou negativo em janeiro deste ano, em US$ 8,146 bilhões, informou nesta quarta-feira, 23, o Banco Central.
Este é o melhor desempenho para meses de janeiro desde 2017, quando o saldo foi negativo em US$ 7,592 bilhões.
O número de janeiro ficou próximo da mediana negativa em US$ 8,0 bilhões.
O BC projetava para o mês passado déficit de US$ 8,4 bilhões na conta corrente.
Pela metodologia do Banco Central, a balança comercial registrou saldo negativo de US$ 1,512 bilhão em janeiro, enquanto a conta de serviços ficou negativa em US$ 1,498 bilhão.
A conta de renda primária também ficou deficitária, em US$ 5,405 bilhões. No caso da conta financeira, o resultado ficou negativo em US$ 8,797 bilhões.
Varejo lidera Ibovespa com alta de 5,2% do Magazine Luiza (MGLU3)
O Ibovespa amplia as altas para 0,66% e opera aos 113.632 pontos, com varejo liderando as altas do índice.
Maiores altas do Ibovespa
- Magazine Luiza (MGLU3): +5,1%
- Locaweb (LWSA3): +5%
- Americanas (AMER3): +5%
- Via (VIIA3): +4,3%
- Renner (LREN3): +4%
Maiores baixas do Ibovespa
- Raia Drogasil (RADL3): -5,7%
- Localiza (RENT3): -5,7%
- Unidas (LCAM3): -5,2%
- 3R Petroleum (RRRP3): -4,6%
- Suzano (SUZB3): -1,5%
Dólar cai 1% no intradia e beira os R$ 4
O dólar comercial apresenta uma retração de 1,01% no intradia, sendo negociado a R$ 5,012.
A turbulência no cenário internacional, provocada principalmente pela crise entre Rússia e Ucrânia, até agora passou ao largo do mercado de câmbio brasileiro.
Desde o início do ano, o dólar já recuou 9,36% em relação ao real.
A moeda americana começou o ano cotada a R$ 5,66, e ontem fechou em R$ 5,05, menor valor desde 1.º julho passado.
A alta dos preços das commodities, que subiram em dólar 13,5% entre a virada do ano e meados deste mês, é o principal fator que explica o fortalecimento da moeda brasileira em relação ao dólar nesse período, segundo o economista Lívio Ribeiro, pesquisador associado do FGV/Ibre. Por meio de um modelo, ele acompanha os fatores determinantes da cotação das moedas.
Ibovespa abre em alta
O Ibovespa hoje abre em alta de 0,3% aos 113.207 pontos.
O índice lida com um cenário internacional positivo e abre na mesma direção sinalizada pelo Ibovespa futuro.
Nos indicadores, o IPCA-15 foi de 0,99% de alta em fevereiro, acima das projeções de 0,85%. Desta forma, a prévia da inflação foi de 10,76% no anualizado.
Os dados da inflação da Europa seguem em linha com as expectativas.
Como destaque no radar corporativo, os acionistas da Eletrobras aprovaram ontem em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) o início do processo de privatização da empresa.
O sinal verde dos acionistas, porém, aconteceu um dia depois de o ministro da Economia, Paulo Guedes, admitir considerar difícil realizar a operação ainda no primeiro semestre deste ano, como previa o governo.
A Braskem (BRKM5) informou que adquiriu uma participação acionária minoritária na Ventos de Santa Amélia e Ventos de Santo Abelardo.
A Vale (VALE3) e a Valin Group assinaram um Memorando de Entendimento (MoU) para buscar soluções para a siderurgia com foco na redução das emissões de CO2.
Nos balanços, a Vivo (VIVT3) registrou um lucro líquido de R$ 2,628 bilhões no balanço do quarto trimestre, uma alta de 103% na comparação anual. Já a Localiza (RENT3) registrou um lucro líquido de R$ 442,1 milhões.
A Gerdau (GGBR4) teve um lucro de R$ 3,52 bilhões no 4T21. Ou seja, segundo o resultado da Gerdau, foi uma alta de 241% no lucro líquido no comparativo com o 4T20. Em relação ao trimestre anterior, o 3T21, foi uma retração de 36%.
Petróleo recua nesta quarta, e balanço da Petrobras (PETR4) no fim da tarde chama atenção
A cotação do barril de petróleo recua nesta quarta-feira (23) após ficar aparente aos investidores que a primeira onda de sanções ocidentais contra a Rússia não devem afetar o transporte e abastecimento de petróleo ou gás natural à Europa.
Ontem, com o acirramento das tensões no leste europeu, a commodity atingiu o pico dos últimos sete anos. Hoje, o barril de petróleo Brent é cotado a US$ 96,47, queda de 0,37% enquanto o barril de WTI sai a US$ 91,47, recuo de 0,48%.
Ainda assim, esta não é a principal notícia que deve fazer preço no mercado brasileiro. Hoje, após o fechamento do mercado, a Petrobras (PETR4) divulga o balanço do quarto trimestre de 2021 e o consolidado do ano, com investidores aguardando um lucro recorde para a segunda maior empresa do Ibovespa.
O minério de ferro é cotado a US$ 143,26, alta de 0,50% no dia. Já o ouro recua 0,58% e o cobre avança 0,21%.
Taxa anual do CPI da zona do euro acelera a recorde de 5,1%
A taxa anual de inflação ao consumidor (CPI) da zona do euro atingiu a máxima histórica de 5,1% em janeiro, acelerando levemente em relação à alta de 5% observada em dezembro.
O resultado confirmou a estimativa preliminar e veio em linha com o consenso do mercado.
O CPI recorde amplia pressões para que o Banco Central Europeu (BCE) aperte sua política monetária.
A meta de inflação do BCE é de 2%. Em relação a dezembro de 2021, o CPI da zona do euro avançou 0,3% em janeiro, também como se previa.
Na Alemanha, índice GfK de confiança do consumidor cai a -8,1
O índice de confiança do consumidor da Alemanha caiu de -6,7 pontos em fevereiro para -8,1 pontos em março, segundo projeção divulgada nesta quarta-feira pelo instituto alemão GFK.
O resultado de março frustrou a expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam avanço do indicador a -6,4 pontos, e sugere que a confiança na Alemanha vai retomar sua tendência de queda devido a um forte aumento nos casos de infecção por covid-19, no período que a pesquisa do GfK foi realizada, e ao salto da inflação doméstica.
Gerdau triplica lucro
A Gerdau (GGBR4) teve um lucro de R$ 3,52 bilhões no 4T21.
Ou seja, segundo o resultado da Gerdau, foi uma alta de 241% no lucro líquido no comparativo com o 4T20. Em relação ao trimestre anterior, o 3T21, foi uma retração de 36%.
No acumulado de 2021, o balanço da Gerdau demonstra um lucro de R$ 15,55 bilhões, mais do que sextuplicando o resultado de R$ 2,3 bilhões do acumulado de 2020.
O Ebitda da companhia foi de R$ 5,2 bilhões no 4T21, ante R$ 3,23 bilhões no 4T20, um crescimento de 61%.
No mesmo sentido a margem Ebitda da companhia teve uma elevação, com alta de 5,4 pontos, saindo de 22,3% no 4T20 para 27,7% no 4T21. No acumulado de 2021 a margem foi de 29,6%.
Desta forma, tanto o EBITDA ajustado quanto a margem EBITDA ajustada do 4T21 foram recordes históricos para o período.
Confiança da construção cresceu 0,9 ponto, diz FGV
O Índice de Confiança da Construção (ICST), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu 0,9 ponto de janeiro para fevereiro deste ano. Com isso, o indicador chegou a 93,7 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos.
Apesar da alta, o ICST permanece abaixo do nível de dezembro do ano passado (96,7 pontos).
Já o Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) teve inflação de 0,48% em fevereiro deste ano. A taxa é inferior às observadas em janeiro deste ano (0,64%) e em fevereiro de 2021 (1,07%).
Embraer e Air Peace assinam acordo de serviços para a frota de E-Jets-E2
A Embraer (EMBR3) anunciou nesta quarta-feira, 23, durante o evento MRO Middle East, em Dubai, a assinatura de um amplo acordo de serviços de longo prazo com a Air Peace, maior companhia aérea da Nigéria e da África Ocidental, para apoiar a frota de jatos E195-E2 e ERJ 145 da companhia aérea.
O contrato inclui acesso ao Programa Pool, que inclui troca de componentes e serviços de reparo para centenas de itens das aeronaves da Embraer da Air Peace, e a instalação do Ahead-Pro (Aircraft Health Analysis and Diagnosis – PROgnosis, em inglês) na frota de E195-E2 da companhia.
“Este acordo de serviços com a Embraer é muito importante para o sucesso operacional da Air Peace, nos oferecendo acesso imediato a um estoque de peças eficientemente gerenciado, enquanto reduz a nossa necessidade de investimento para o fornecimento inicial de peças de reposição,”, destacou em nota luwatoyin Olajide, Chief Operating Officer da Air Peace.
Ibovespa futuro sinaliza abertura no campo positivo
O Ibovespa futuro abre em alta de 0,31%, sinalizando otimismo após o índice fechar a terça (22) em alta de 1% aos 112 mil pontos.
As negociações lidam com um premarket positivo nos EUA, com alta de 0,5% no S&P e no Dow Jones.
Além disso, há novos capítulos na tensão entre Rússia e Ucrânia. Em resposta ao avanço das tropas russas, líderes ocidentais começaram a anunciar sanções sobre o país. O
No Brasil, o mercado fica atento ao IPCA-15 de fevereiro.
O dólar segue impactado pelo fluxo estrangeiro e caiu perante o real, com cotação de R$ 5,025.