O Ibovespa fechou em alta de 1,81% hoje (21), aos 120.216 pontos. Até o fechamento de ontem, o índice operava próximo da estabilidade no mês de julho. Na semana
Perspectivas de melhora das condições macroeconômicas do Brasil impulsionam o Ibovespa. Após abrir tímido na faixa dos 118 mil pontos, o Índice Bovespa acelerou o ritmo de alta no fim da manhã desta sexta-feira, 21, renovando máximas acima dos 120 mil pontos, dando um salto de cerca de 2 mil pontos.
Com isso, sai de uma elevação módica semanal de 0,32% até quinta-feira (20) para 2,00% na semana, e avança 1,68% no mês. A valorização na carteira do indicador da B3 é praticamente geral: só Gerdau (GGBR4) e Metalúrgica Gerdau (GOAU4) caíam 1,53% e 1,09%, respectivamente.
“Os mercados estão otimistas, e chama atenção o setor de bancos. Até a curva de juros está fechando bem, devolvendo um pouco do estresse recente e isso reflete nas ações”, afirma Bruno Takeo, analista da Ouro Preto Investimentos.
“Se mantiver esse ritmo e indo até além, será ótimo, é uma resistência importante do mercado. Seria relevante no sentido de que caminharia rumo à faixa dos 130 mil pontos que muitos esperam para o Ibovespa no fim do ano”, afirma Gabriel Mota, operador de renda variável da Manchester Investimentos.
A valorização do Ibovespa ocorre apesar da agenda escassa de indicadores e do vencimento de opções sobre ações, que normalmente traz volatilidade. “Causa certa estranheza pois tem vencimento de opções, quando o indicador fica em um nível mais neutro”, diz Mota, da Manchester.
Em meio à elevação do petróleo e a notícias ligadas à empresa, as ações da Petrobras (PETR4) acentuam os ganhos para mais de 2,00%, movimento também notório no setor de grandes bancos, em meio ao Desenrola, e papéis ligados ao consumo. Ao mesmo tempo, o dólar à vista aprofundava a queda para R$ 4,7641 (-0,81%), bem como os juros futuros.
As bolsas de Nova York avançam nesta sessão, com destaque para Nasdaq.
- Dow Jones: +0,23%;
- S&P500: +0,39%;
- Nasdaq: +0,67%.
Por volta das 11h00, as maiores altas do Ibovespa hoje vêm com Azul (AZUL4), Hapvida (HAPV3) e Rede D’Or (RDOR3), que avançam 4,88%, 4,81% e 3,33%, respectivamente.
Em torno das 13h, a Via (VIIA3) subia quase 7%.
Já nas quedas se destacam Gerdau (GGBR4), Gerdau Metalúrgica (GOAU4) e Braskem (BRKM5), que recuavam 1,56%%, 1,16% e 0,12%, nessa ordem.
As ações da Petrobras (PETR4) subiam 2,13% e os papéis PETR3 avançavam 2,05%. A Vale (VALE3), por sua vez, começou o pregão em queda de 0,12%, em meio a retração dos preços do minério de ferro, mas passou a operar em ligeira alta de 0,12%, por volta das 11h30.
Maiores altas e baixas do Ibovespa
- Maiores Altas
- Maiores Baixas
Petrobras (PETR4) traz novos esclarecimentos sobre possíveis mudanças na sua política de dividendos
A Petrobras esclareceu os questionamentos da CVM, referente a matéria publicada no jornal O Globo, que afirma que a empresa já deve adotar uma nova política de dividendos no segundo trimestre.
A Petrobras afirmou na noite desta quinta-feira (20) que as etapas para o aperfeiçoamento da política de remuneração aos acionistas estão em andamento.
Assim, a previsão é de que o assunto seja apreciado pelo conselho de administração da Petrobras até o final de julho.
Nesta sexta-feira (21), a Petrobras também esclareceu sobre uma notícia veiculada na CNN Brasil, em que o presidente disse que a companhia não venderá o Polo Bahia Terra, mas que uma parceria não seria descartada.
Nesse sentido, a diretoria executiva informou que a revisão dos processos de venda de ativos não assinados vai ser feita durante os ajustes ao seu planejamento estratégico.
“Atualmente, a Petrobras está em processo de revisão de sua carteira de desinvestimento, à luz das novas diretrizes estratégicas e, neste contexto, a Companhia está avaliando a melhor alternativa para o Polo Bahia Terra”, diz a Petrobras em comunicado.
A empresa destaca que ainda não há qualquer decisão da diretoria executiva em relação ao processo de venda desse ativo.
Vale (VALE3): minério de ferro recua na China e na Bolsa de Cingapura
Os contratos futuros do minério de ferro registraram queda hoje (21), em meio às oscilações do setor imobiliário na China. Além disso, também pesa a implementação de restrições na produção de aço no principal centro produtivo da commodity, em Tangshan.
Assim, o contrato futuro com maior liquidez para setembro teve baixa de 0,1% na Bolsa de Dalian, a 846,5 iuanes por tonelada, correspondente a US$ 118,09.
Além disso, os futuros do minério de ferro para agosto caíram 0,9% na Bolsa de Cingapura, com a cotação de US$ 113,8 por tonelada.
Um relatório do Commonwealth Bank of Australia estima que o minério de ferro pode cair a US$ 100 até o 4º trimestre deste ano, em meio às expectativas de queda na demanda.
Cotação do Ibovespa nesta quinta (20)
O Ibovespa terminou a sessão desta quinta-feira (20) em alta de 0,45%, aos 118.082,90 pontos.