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Ibovespa sobe 0,45%, aos 118 mil pontos; Vale (VALE3) avança, Ambev (ABEV3) e Itaú (ITUB4) sobem forte

Ibovespa

Ibovespa. Foto: Divulgação

O Ibovespa fechou a sessão de hoje (20) em alta de 0,45%, aos 118.082,90 pontos, após duas quedas seguidas de baixa, com a mínima de 117.484,27 pontos e a máxima diária de 118.290,29 pontos. No mês de julho, o índice acumula queda de 0,45%. O volume financeiro do dia somou R$ 20,5 bilhões.

Completado nesta quinta-feira, 20, o correspondente a dois terços de julho, o Ibovespa ensaiou igualar e superar, com algum esforço perto do fim da sessão, o ponto em que havia concluído junho, mês em que saltou 9%, no que foi seu melhor desempenho desde dezembro de 2020. No fechamento de 30 de junho, o índice de referência da B3 marcava 118.087,00 pontos, e chegou a tocar e reter o nível de 119 mil nas três sessões seguintes, na abertura de julho. De lá para cá, contudo, perdeu fôlego, especialmente depois do dia 13, quando ainda flertava com acúmulo de ganhos no mês.

Na virada da primeira para a segunda quinzena, passou a alternar avanços e recuos proporcionais, sem força para estender o ciclo de alta, tampouco inclinação por realizar lucros. Assim, nesta quinta-feira, 20, após duas leves perdas, o Ibovespa subiu aos 118 mil pontos. Na semana, o Ibovespa volta ao positivo (+0,32%) no intervalo, e praticamente zera as perdas do mês, faltando agora 4 pontos para igualar o encerramento de junho – no ano, o índice sobe 7,61%.

Embora travado, o desempenho do Ibovespa, hoje, não deixa de ser motivo para comemoração, tendo em vista que o de Nova York foi misto, e especialmente negativo para o Nasdaq (-2,05%), com a má recepção aos resultados trimestrais de Tesla e Netflix. Por outro lado, também no front externo, a decisão do BC da China de manter a taxa de juros de longo prazo não impediu o dia favorável às ações de commodities na B3, de grande exposição à demanda do país asiático.

Ainda assim, o fôlego do Ibovespa tem se mostrado mais curto. Nas últimas cinco sessões, o índice permaneceu na linha dos 117 mil em três, e hoje, perto do encerramento, quando parecia endereçado a mais um dia no mesmo patamar, conseguiu retomar os 118 mil. “O mercado tem estado um pouco mais de lado, com o recesso parlamentar e a expectativa pelo início de cortes da Selic. Depois do rali de otimismo em junho, os ativos têm oscilado pouco”, diz Paulo Luives, especialista da Valor Investimentos, destacando certo avanço, de março para cá, na agenda do governo, em pautas de interesse do mercado como o arcabouço fiscal e, mais recentemente, a aprovação da reforma tributária na Câmara.

“Outro ponto relevante para os ativos será o ritmo de redução da Selic, que deve se iniciar agora, em agosto”, acrescenta o analista, observando que o começo da temporada de balanços trimestrais no Brasil, à medida que deslanchar, tende a trazer também um pouco mais de oscilação de preços às ações listadas na B3.

Apesar da alta do Ibovespa hoje, as Bolsas dos Estados Unidos seguiram em diferentes direções. Confira a seguir o desempenho dessas bolsas no dia de hoje (20):

Enquanto isso, o dólar à vista fechou com valorização de 0,36%, cotado a R$ 4,8029, chegando a registrar uma máxima diária de R$ 4,8116.

Na sessão de hoje (20), os 3 principais destaques de alta do Ibovespa foram Natura (NTCO3), Ambev (ABEV3) e Itaú (ITUB4), que avançaram 4,96%, 1,98% e 1,86% respectivamente.

Por outro lado, as maiores quedas do Ibovespa hoje foram Locaweb (LWSA3) e Gol (GOLL4), que recuaram 3,70% e 3,60%, nessa ordem.

Algumas das ações que ajudaram a manter a alta do índice hoje foram Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3). Enquanto a petroleira avançou 0,10% nas ações preferenciais e 0,77% nas ações ordinárias, os papéis da mineradora subiram 0,22%.

Maiores altas e baixas

O que movimentou o Ibovespa hoje?

Segundo Lucas de Caumont, estrategista de investimentos da Matriz Capital, o Ibovespa hoje trabalhou em leve alta, apoiando-se nas empresas do setor de siderurgia e mineração, que seguem positivas em razão da valorização do minério de ferro nesta sessão.

Além disso, as ações da Petrobras (PETR4) trabalharam levemente no campo positivo, o que também contribuiu para a leve alta do Ibovespa no dia de hoje (20).

Segundo Caumont, a notícia referente ao governo ter sinalizado antecipar para agosto parte das medidas planejadas para aumentar a tributação não faz impacto no mercado por agora. Porém, diz que no longo prazo a indústria de fundos poderia ter grandes baixas com a perda das vantagens tributárias.

“A passagem da segunda fase da reforma tributária mais focada em patrimônio pode impactar a bolsa trazendo uma certa fuga de capital do país dependendo das alíquotas definidas. Consequentemente, podemos ter um volume maior de venda na bolsa de valores por parte de grandes investidores residentes que ainda investem no mercado nacional, uma vez que o fator tributo começará a impactar de forma ainda mais negativa o capital”, explica.

Entre os destaques de alta do Ibovespa hoje está a Rumo (RAIL3), que segue seu ciclo de valorização ameaçando romper o curto período de lateralização, acompanhando a alta do setor industrial hoje, que também se manteve estável nos últimos dias.

Enquanto isso, Natura (NTCO3) trabalhou em forte alta no dia de hoje, aproveitando-se do desempenho positivo do setor e demonstrando um apetite maior por parte dos investidores depois que o Bradesco BBI aumentou o preço alvo de sua ação, passando de R$ 18 para R$ 21 para 2024.

Já nas quedas do Ibovespa hoje (20), um dos destaques são as ações da São Martinho (SMTO3), que recuam em movimento de correção depois de várias altas recentes. Os papéis da Gol (GOLL4) também caem, já que é um papel que se prejudica com dólar em alta e petróleo em leve valorização também.

Nas quedas da Bolsa de Valores hoje também estão Totvs (TOTS3) e Locaweb (LWSA3), que trabalham no campo negativo hoje, puxados principalmente pela alta dos juros futuros nos vértices intermediários e longos.

“Os juros estão passando por uma correção de alta após as fortes quedas nas últimas semanas. Além dos juros internos, as techs BR seguem a queda das techs dos EUA também por conta da alta nas taxas futuras de lá”, explicou o especialista.

Último fechamento do Ibovespa

O Ibovespa encerrou o pregão de ontem (19) em queda de 1,30%, aos 117.710 pontos.

Com Estadão Conteúdo

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