Ibovespa fecha em queda, aos 119 mil pontos, com baixa da Vale (VALE3) e expectativa pelo Copom
O Ibovespa fechou em queda de 0,20% aos 119.622 pontos, nesta terça-feira (20), após ficar nas máximas do ano na véspera. O índice recua também afetado pela expectativa do Copom, que amanhã anuncia a decisão sobre a taxa Selic, e a votação do projeto de arcabouço fiscal no Senado.
O Ibovespa hoje mostra alta de mais de 4% na JBS (JBSS3). A companhia também anunciou, na véspera, uma distribuição bilionária de dividendos. A BRF (BRFS3) lidera a ponta positiva do índice e segue na toada de otimismo dos últimos dias.
Já na ponta negativa, a Embraer (EMBR3) lidera quedas, com -4,9%. Analistas do Citi disseram, em relatório, que o volume de aeronaves previstos pela companhia estão abaixo das concorrentes. A Braskem (BRKM5) recuando 4%, um dia após a Petrobras reiterar que não tem interesse em comprar ações da Novonor. Destaca-se também a Vale (VALE3), que cai cerca de 2,7%, pesando negativamente no Ibovespa enquanto a companhia com maior representação na carteira do índice.
Em Wall Street, queda de 0,55% no Dow Jones e de 0,31% no S&P durante as negociações que precedem a abertura de mercado (premarket).
Na Europa, queda de 0,26% em Frankfurt (DAX) e de 0,04% em Londres (FTSE). Com isso, o índice pan-europeu Stoxx-600 recua 0,29%.
O petróleo Brent cai 1,2% a US$ 75, enquanto o minério de ferro cai 0,92%, em Dalian, a US$ 112,39.
No câmbio, os contratos futuros do dólar, com vencimento para julho, operam em alta de 0,14% a R$ 4,797.
Nesse sentido, em meio às quedas recentes do dólar, analistas cortaram projeções vendo um fortalecimento do real ante a moeda americana neste ano de 2023.
Notícias que movimentam a Bolsa de Valores hoje
- JBS aprova dividendos bilionários
- Pão de Açúcar vende 11 lojas por R$ 330 milhões
- Americanas (AMER3): ‘Não temos previsão de fechar acordo com credores’
Proventos da JBS
A JBS (JBSS3) aprovou a distribuição de dividendos intermediários de R$ 2,21 bilhões, representando R$ 1 por ação ordinária.
Conforme divulgado pela companhia na véspera, a data de corte é nesta quinta-feira (22), e os proventos serão pagos uma semana após a data de corte, no dia 29 de junho.
GPA embolsa R$ 330 milhões com venda de lojas
Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) realizou uma venda de 11 de suas unidades pela cifra de R$ 330 milhões.
A operação foi um sale and leaseback. Ou seja, o Pão de Açúcar vendeu o imóvel, porém irá continuar nele pagando aluguel, aproveitando o incremento do caixa com a venda das lojas.
Conforme o comunicado, os contratos terão prazo de 15 anos de locação para oito das 11 lojas, ao passo que as três demais terão prazo inicial mais longo, de 18 anos.
Além disso, terão condições para renovação de contrato, assegurando a permanência do GPA nos pontos em questão.
“A operação faz parte do plano de redução da alavancagem financeira da companhia ao longo de 2023 e 2024, contribuindo para a redução da dívida líquida e reforço da sua estrutura de capital”, explicou a empresa em comunicado ao mercado.
Acordo com credores da Americanas
m comunicado ao mercado, a Americanas (AMER3) negou ter ‘previsão de uma data para a conclusão de negociação com credores’. A varejista se pronuncia após notícias na imprensa citarem informações de bastidores que apontariam para um fechamento do acordo em meados de setembro.
Segundo as informações do Estadão, o ‘prazo’ de setembro se dá pelo fato de que, após isso, a Americanas teria pouco caixa e problemas operacionais graves.
Ainda na véspera a varejista entregou seu plano de recuperação judicial à Justiça carioca, e recentemente tem comunicado alguns avanços no acordo com os credores.
Um deles é o do aumento de capital, que será feito pelos acionistas de referência – Lemann, Telles e Sicupira – em uma cifra de R$ 10 bilhões de imediato, podendo ter mais dois lotes de R$ 1 bilhão a depender da liquidez e da alavancagem da empresa.
Maiores altas e baixas do Ibovespa
Última cotação do Ibovespa
O Ibovespa encerrou o pregão da segunda-feira (19) em alta de 0,93%, aos 119.858 pontos.
