O Ibovespa fechou a sessão de hoje (19) em queda de 0,25%, aos 117.552,07 pontos, com a segunda baixa consecutiva. A máxima do dia foi de 118.011,46 pontos, enquanto a mínima fora de 116.659,55 pontos.
O Ibovespa testou leve alta perto das 16h, mas, com giro financeiro ainda fraco, não encontrou fôlego para cortar a acomodação que tem prevalecido em julho, após o sprint do mês anterior.
Na semana, o Ibovespa passa no fechamento de hoje do positivo ao negativo (-0,13%), colocando as perdas do mês a 0,45%. No ano, o índice avança 7,12%.
“O mercado de dólar caiu um pouquinho hoje, mas ainda trabalhando em torno da casa de R$ 4,80 que corresponde à atual situação macroeconômica. A Bolsa, por sua vez, foi aos 116 mil pontos do Ibovespa, na mínima, que ainda é uma grande barreira – aos 116, 117 mil -, patamar para o qual o índice tem retroagido há quase um ano, com realização acima desse nível ainda no momento”, diz Fabrizio Velloni, economista-chefe da Frente Corretora.
Ele acrescenta que, na ausência de outros catalisadores de peso, o mercado observa certa acomodação à espera da muito aguardada decisão do Federal Reserve sobre juros, na próxima quarta-feira. “Os números desta semana sobre a atividade americana, com dados de varejo e emprego abaixo do esperado, mostram que o ‘efeito juros’ está entrando na economia, mas é preciso esperar um pouco para entender como o Fed está lidando com isso”, diz.
O economista aponta que o mercado se mantém dividido em relação ao que pode acontecer com os juros nos Estados Unidos, considerando que os balanços corporativos do segundo trimestre, divulgados até o momento, têm mostrado solidez, com resultados em geral acima das expectativas.
Enquanto o Ibovespa hoje fechou no campo negativo, as Bolsas dos Estados Unidos encerraram o dia em alta.
- Dow Jones: +0,31%, aos 35.060,81 pontos;
- S&P500: +0,24%, aos 4.565,69 pontos;
- Nasdaq: +0,03%, aos 14.358,02 pontos.
Já a cotação do dólar à vista terminou o dia em baixa de 0,48%, a R$ 4,7857, chegando a registrar a mínima diária de R$ 4,7822.
A maior alta do dia veio com a Weg (WEGE3), com uma valorização de 5,48%, enquanto a Cielo (CIEL3) registrou avanço de 2,58%. Entre as quedas, destaque para Alpargatas (ALPA4), com forte baixa de 7,66%, seguido por GPA (PCAR3), que caiu 4,62%. Já o Méliuz (CASH3) teve um forte recuo de 4,27%.
As ações preferenciais da Petrobras (PETR4) subiram 0,94%, enquanto as ordinárias (PETR3) avançaram 0,56%. Já a Vale (VALE3) caiu 0,27%.
Maiores altas e baixas hoje
- Maiores Altas
- Maiores Baixas
O que movimentou o Ibovespa hoje?
Segundo Leandro Petrokas, diretor de research, mestre em finanças e sócio da Quantzed, o Ibovespa hoje operava mais cedo próximo a estabilidade, em semana de vencimento de opções e sem trigger macro.
Além disso, as bolsas de valores estão em compasso de espera para as decisões do Fed na semana que vem. As ações do setor de commodities como CSN (CSNA3), Usiminas (USIM5) e Gerdau (GGBR4) recuam acompanhando a queda do minério de ferro no exterior.
A Vale (VALE3) também caiu após ter anunciado um relatório de produção e vendas que desagradou o mercado financeiro. A Petrobras (PETR4) seguiu volátil hoje (19) com os investidores monitorando a divulgação do relatório de estoques do DoE.
Petrokas explica que as bolsas dos EUA diminuíram os ganhos da manhã com investidores também cautelosos em relação aos balanços das empresas “tech”, que serão divulgados em breve. Pela manhã, o otimismo veio com o balanço do Goldman Sachs, que agradou o mercado.
A Weg (WEGE3) ficou entre os destaques de alta hoje depois de anunciar resultados bons e lucro acima do esperado pelo mercado. A Ecorodovias (ECOR3) também subiu diante da reação à recomendação de compra do Itaú BBA, com preço-alvo de R$ 9,50.
Nas quedas do Ibovespa hoje está a Indústrias Romi (ROMI3), que recua depois de reportar resultados que não agradaram o mercado. Além disso, o setor de varejo também cai hoje. As ações de Alpargatas (ALPA4), Locaweb (LWSA3) e Grupo Soma (SOMA3) caem em reação à alta da curva de juros hoje.
“Juros aqui sobem de forma discreta acompanhando treasuries lá fora. Predominam apostas de alta de 0,25% (99,8% na CME) para a próxima reunião do FOMC, dia 26/07, uma vez que a atividade econômica e o emprego seguem elevados, o que pressiona a inflação por lá. Outro ponto para essa alta seria uma pequena correção na curva, após movimento de queda de praticamente 6 meses”, explicou Petrokas.
Último fechamento do Ibovespa
O Ibovespa encerrou o pregão de ontem (18) em baixa de 0,32%, aos 117.841 pontos.