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Ibovespa fecha com recuo de 0,55%, em dia de queda forte da Vale (VALE3)

VALE3 CAI 3% | Magalu (MGLU3) pode voltar a pagar DIVIDENDOS | BRML3 DISPARA | FIIs valem a pena?

Fechamento do Dia Ibovespa cede 0,55%, a 115 mil pontos, no menor nível desde 17 de março O principal índice da Bolsa de Valores foi na contramão dos pares internacionais nesta terça e fechou com a terceira queda consecutiva
Victória Anhesini
por Victória Anhesini

Ibovespa fechou a terça-feira (19) em queda de 0,55%, aos 115.056,66 pontos, entre mínima de 114.277,16 e máxima de 115.686,95 pontos, saindo de abertura aos 115.686,95.

Moderado, embora superior ao da segunda-feira, o giro financeiro ficou em R$ 26,2 bilhões na sessão. Na semana, o Ibovespa cede 0,97% e, no mês, 4,12%, emendando nesta terça a terceira perda diária – no ano, a alta é de 9,76%.

Mesmo com ganhos de até 2,15% (Nasdaq) no fechamento de Nova York nesta terça-feira, o índice Bovespa encerrou o dia no menor nível desde 17 de março, mas conseguindo se sustentar acima dos 115 mil pontos, após ter operado abaixo deste limiar em boa parte da sessão.

A revisão da expectativa de crescimento global pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para 2022, de 4,4% para 3,6%, resultou em forte ajuste do petróleo nesta terça, após sequência de recuperação vista em ambas as referências.

Apesar da correção, o avanço de Petrobras (PETR4) acentuado no fim da tarde, contribuiu para mitigar os efeitos de Vale VALE3), que divulgará dados de produção ainda hoje, e da realização de lucros nas ações de grandes bancos, parte dos quais ainda conserva ganhos bem acima do Ibovespa no ano.

“A atualização na estimativa de crescimento global do FMI para o ano ajuda a entender a correção da Vale, ação muito correlacionada à economia mundial e, em particular, à demanda da China, que tem sofrido com os lockdowns. No quadro doméstico, pesam também as pressões do funcionalismo por aumento salarial. Uma combinação que produz efeito sobre o dólar, em alta na sessão frente ao real, e também na curva de juros, que deu uma puxada, na ponta curta como na longa”, diz Antonio Pontes, especialista em renda variável da Blue3.

Na segunda-feira, o Ibovespa havia fechado na região de 115,7 mil pontos, após ter testado “a importante região de suporte em 115,3 mil pontos”, observam em nota de análise gráfica Fábio Perina e Lucas Piza, do Itaú BBA.

Na segunda-feira, “o índice foi capaz de manter o viés positivo”, mantendo-se então acima desta região, o último suporte para manutenção da tendência de alta, acrescentam os analistas. Em sentido contrário, eventual “superação dos 117,4 mil pontos sinalizará que o mercado retomou o movimento de aceleração em busca dos 119,3 mil pontos, antes de buscar a região dos 121,6 mil pontos”.

Por outro lado, os preços dos ativos tendem a continuar reagindo à inflação global. “A inflação está mais espalhada, chegando ao setor de serviços, e alimentando a indexação de preços e salários, o que se reflete também em abertura de curva de juros, nos Estados Unidos especialmente. O mercado ainda não encontrou patamar de juros nominal que vai brecar essa inflação”, diz Daniel Miraglia, economista-chefe do Integral Group.

Ele prevê deliberação “mais forte do que o mercado espera” na próxima reunião de política monetária do Federal Reserve, em maio, com alta de até 0,75 ponto porcentual na taxa de juros americana. “Os BCs precisarão ser mais duros (na Europa e nos EUA), e isso trará commodities para baixo, principalmente petróleo, ainda bastante esticado pela guerra (no Leste Europeu).”

As Bolsas de Nova York tiveram dia de recuperação.

  • Dow Jones sobe 1,48% (34.920,30 pontos);
  • S&P 500 avança 1,61% (4.462,48 pontos);
  • Nasdaq ganha 2,15% (13.619,66 pontos).

dólar à vista fecha em alta de 0,43%, a R$ 4,6682, depois de oscilar entre R$ 4,6408 e R$ 4,6857.

Os ativos do petróleo caíram no mercado futuro, diante das revisões de projeções sobre crescimento global. O destaque ficou para os ajustes do Fundo Monetário Internacional (FMI). Além disso, após quatro sessões da commodity em alta, operadores fazem a realização de lucros.

O petróleo WTI para junho fechou em queda de 5,17% (US$ 5,56), a US$ 102,05 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para junho caiu 5,22% (US$ 5,91), a US$ 107,25 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

O contrato mais líquido do ouro fechou em baixa nesta terça-feira, após uma série de avanços do metal, com investidores buscando realização de lucros. Além disso, a alta dos rendimentos dos Treasuries e do dólar, moeda na qual a commodity é cotada, pressiona o ouro. O movimento ocorre em grande parte devido à postura do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), com dirigentes indicando uma aperto monetário mais forte diante do quadro de alta da inflação.

O ouro para junho encerrou a sessão com desvalorização de 1,38%, a US$ 1.959,00 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

No Ibovespa hoje, indo na contramão da queda do petróleo, a Petrobras (PETR3, PETR4) segurou o índice de cair ainda mais, com altas de 1,73% e 3,03%, respectivamente. Na ponta oposta, a Vale (VALE3) acabou fechando o dia com -3,19%.

O setor bancário também contribuiu para fechar a sessão do dia no negativo, com Banco do Brasil (BBAS3) caindo 3,53%, Bradesco (BBDC3, BBDC4) recuando 1,83% e 1,31%, respectivamente, Itaú (ITUB4) registrou -1,77% e Santander (SANB11) cedeu 0,45%.

Outro setor que não desempenhou bem nesta terça foi o de elétricas, que entraram no ranking das maiores perdas. Cemig (CMIG4) teve baixa de 5,84%, liderando a lista, seguida por Eletrobras (ELET3, ELET6) com -4,40% e -3,33%, respectivamente.

Entre as maiores altas, Banco Inter (BIDI11) liderou a lista pela segunda vez consecutiva, com ganhos de 9,15%, acompanhado de BR Malls (BRML3) que subiu 7,66% e Grupo Soma (SOMA3) que teve alta de 6,92%.

Maiores altas do Ibovespa:

Maiores baixas do Ibovespa:

Outras notícias que movimentaram a bolsa de valores

  • Mercado Livre (MELI34) e Gol (GOLL4) fecham parceria para serviços de logística
  • Eletrobras (ELET3): PT entra com ação contra a privatização da estatal

Mercado Livre (MELI34) e Gol (GOLL4) fecham parceria para serviços de logística

Mercado Livre (MELI34) e a Gol (GOLL4) fecharam uma parceria de dez anos para a operação de serviços logísticos por meio da companhia aérea brasileira.

Segundo o contrato, a Gol vai converter seis de suas aeronaves de passageiros modelo Boeing 737-800 para cargueiros de uso exclusivo pelo Mercado Livre, informa fato relevante desta terça-feira (19).

O negócio de logística da Gol, GOLLOG, deverá começar a operação em parceria com o e-commerce argentino a partir de junho, com três aviões. Outras três aeronaves entrarão no negócio em 2023 e o Mercado Livre ainda poderá aumentar a operação em mais seis jatos até 2025.

A companhia aérea diz que o acordo deverá viabilizar uma economia de R$ 25 milhões em 2022 e de R$ 75 milhões em 2023, como indicou o presidente-executivo da Gol, Paulo Kakinoff. Além disso, a mudança nas aeronaves “permitirá maior diluição dos custos fixos e gerará novas oportunidades de receitas auxiliares”, conforme o fato relevante.

A aérea prevê ainda que seu braço de logística terá uma receita adicional de R$ 100 milhões em 2022 e de R$ 1 bilhão ao longo de cinco anos. A GOLLOG opera serviços de carga para 52 aeroportos e mais de 3.900 destinos no Brasil.

Já o Mercado Livre estima elevar seu volume de encomendas transportadas por via aérea de 10 milhões para 40 milhões por ano no Brasil.

“Com essa parceria, ampliaremos o número de voos diretos de São Paulo para as Regiões Norte e Nordeste, reduzindo o tempo de entrega em até 80%”, disse Fernando Yunes, vice-presidente sênior do Mercado Livre no Brasil.

Segundo Yunes, o prazo de entrega para Manaus será de apenas um dia, em comparação com os atuais nove dias, enquanto destinos no Nordeste terão o prazo reduzido de quatro para um dia. Outras capitais, como Goiânia e Cuiabá, passarão a receber suas encomendas no dia seguinte.

“Estamos muito otimistas em relação ao nosso acordo com a GOL e vemos isso como fundamental para o fortalecimento de nossa rota de crescimento no e-commerce e na nossa estratégia de expansão regional”, afirma o VP do Mercado Livre.

Eletrobras (ELET3): PT entra com ação contra a privatização da estatal

O Partido dos Trabalhadores (PT) entrou com ação popular contra a venda da Eletrobras (ELET3) na Justiça Federal de Brasília nesta terça-feira (19).

A ação se baseia na subavaliação da descotização das hidrelétricas da estatal, o que foi reconhecido pelo ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Vital do Rêgo. De acordo com o ministro, a Eletrobras deveria ser vendida pelo dobro do que está sendo avaliada.

A presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, o ex-ministro e deputado Patrus Ananias e senador Jean-Paul Prates são alguns dos nomes de maior destaque do partido que assinaram a carta.

A ação pede a “nulidade das medidas CME (Custo Marginal de Expansão) empregadas no cálculo do valor adicionado aos novos contratos de geração de energia da Eletrobras em razão do desprezo do CME – Potência na medida do CME, ocasionando uma subavaliação de R$ 46 bilhões no valor de privatização”.

Esta é mais uma tentativa do partido de travar a privatização da Eletrobras, que, de acordo com o candidato líder das pesquisas à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, terá sua venda revertida no caso da sua vitória.

Apesar da ação por parte do PT, o que preocupa o mercado e os analistas é a possibilidade de uma vista longa pedida pelo ministro, totalizando 20 dias. Ilan Arbetman, analista de Research da Ativa Investimentos, afirma que o mercado já prevê e trabalha com o pedido de vista, mas espera uma negociação a respeito do prazo.

“O mercado já trabalha com um novo pedido de vista”, disse Ilan. “O grande ponto agora se dá sobre a negociação pelo qual esse tempo de vista vai durar, pois é possível pedir vista por 20 dias, e aí tem-se o direto de aplicar mais dois períodos de 20 dias. Então, no máximo, pode chegar a 60 dias de vista”.

O analista destaca que a negociação diminua o período de 20 para apenas sete dias. “Isso possibilitaria que isso fosse julgado até dia 13 de maio, data limite para o processo de capitalização fosse feito”, afirmou. Conforme for o acordo entre os ministros, o resultado pode levar volatilidade para os papéis da Eletrobras, seja para cima ou para baixo.

Ilan ainda explica que, caso não seja possível uma negociação, haveria a possibilidade de privatizar a Eletrobras numa próxima janela, entre julho e agosto. “Mas é uma janela que tende a ser muito mais contaminada por questões políticas, até pela proximidade com as eleições. Então, eu diria que esse prazo pelo qual a vista vai ser feita, esse sim é o ponto principal, que vai definir se a gente vai ficar mais perto da capitalização ou não”, finalizou.

Desempenho dos principais índices

Além do Ibovespa, confira o fechamento dos principais índices da bolsa hoje:

  • Ibovespa hoje: -0,55%
  • IFIX hoje: +0,12%
  • IBRX hoje: -0,62%
  • SMLL hoje: +0,75%
  • IDIV hoje: -1,58%

Cotação do Ibovespa nesta segunda (18)

Ibovespa fechou o pregão da última segunda-feira (18) em queda de 0,43%, aos 115.687,25 pontos.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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19.04.2022 21:58

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19.04.2022 21:58

Bolsas de NY fecham em alta, com temporada de balanços, Fed e queda do petróleo

As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta terça-feira, 19, em meio à temporada de balanços nos Estados Unidos. Sinalizações pelo Federal Reserve (Fed), na véspera da divulgação do Livro Bege, e a queda dos ativos de petróleo no mercado futuro também ficaram no radar.

O índice Dow Jones subiu 1,45%, a 34.911,20 pontos, o S&P 500 avançou 1,61%, a 4.462,21 pontos, e o Nasdaq teve alta de 2,15%, a 13.619,66 pontos.

Antes do início da sessão, o destaque esteve para a Johnson & Johnson (J&J), que informou lucro líquido de US$ 5,15 bilhões no primeiro trimestre de 2022. Mesmo com queda na base anual e resultado abaixo da expectativa do mercado, a ação da companhia subiu 3,05% hoje. Analista sênior de mercado financeiro na Oanda, Craig Erlam destacou que, apesar dos meses “turbulentos” para o mercado acionário, é possível perceber a contínua resiliência geralmente associada a tais negociações, em especial nos Estados Unidos.

Mesmo com as vendas de títulos públicos americanos, o BMO Capital Markets ressalta que os juros dos Treasuries parecem ainda não ter atingido um “ponto de dor” para as ações americanas. “Nem mesmo um Fed hawkish descarrilou o desempenho ainda sólido no S&P 500″. Hoje, o presidente da distrital de Chicago, Charles Evans, disse não ver necessidade de alta de juros acima de 50 pontos-base nas próximas reuniões, mas um aumento nesse nível é possível no atual cenário. Apesar com a elevação de juros básicos, Evans afirmou que economia americana “deve se sair bem”.

Investidores monitoraram os cortes de projeções para crescimento econômico, em especial pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Para 2022, o FMI cortou a previsão de Produto Interno Bruto (PIB) global, de 4,4% para 3,6%, em meio à guerra na Ucrânia.

A queda nos ativos de petróleo nesta sessão também esteve no radar, e puxou os papéis das petroleiras Chevron (-1,18%) e ExxonMobil (-0,89%). Por outro lado, contribuiu para a recuperação de companhias aéreas, como American Airlines (+5,66%) e United Continental (+4,50%) que haviam caído ontem. A Boeing também subiu, +3,41%. Ainda no azul, estiveram companhias com uso intensivo de tecnologia e peso importante nos índices, tal qual Tesla (+2,38%), Meta (+3,10%), Apple (+3,10%), Amazon (+3,49%), Microsoft (+1,70%) e Alphabet (+1,83%). A Twitter, por sua vez, caiu 4,73%, ainda de olho nas investidas do CEO da Tesla, Elon Musk.

Com Estadão Conteúdo

19.04.2022 21:58

Dólar sobe 0,43% com exterior após sinais duros do Federal Reserve

Após certa oscilação pela manhã, quando chegou a operar pontualmente em baixa, o dólar se firmou em alta ao longo da tarde e encerrou os negócios nesta terça-feira, 19, acima da linha de R$ 4,65. Esse movimento se deu em sintonia com o fortalecimento global da moeda norte-americana e o avanço das taxas dos Treasuries, em meio a especulações de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) pode promover um ajuste monetário mais rápido e intenso. Até mesmo uma alta de 0,75 ponto da taxa básica americana (Fed Funds) em maio entrou no radar, embora de forma minoritária, na esteira de declarações da segunda-feira à noite do presidente do Fed de St. Louis, James Bullard.

O índice DXY – que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis divisas fortes – operou em alta ao longo do dia, tendo ultrapassado os 101,000 pontos na máxima. As divisas emergentes caíram em bloco, com o rand sul africano perdendo mais de 2% e o peso mexicano com queda superior a 1% – ambos considerados os dois principais pares do real.

Apesar do recrudescimento do conflito na Ucrânia, as cotações do petróleo caíram mais de 5%, com o barril do tipo Brent, referência para a Petrobras, voltando a ser negociado abaixo dos US$ 110. Commodities agrícolas e minério de ferro apresentaram leve queda, em dia em que o Fundo Monetário Internacional revisou a estimativa para o crescimento global neste ano de 4,4% para 3,6%, sobretudo em razão dos efeitos na guerra na Ucrânia. Já a projeção para o PIB brasileiro em 2022 subiu de 0,3% para 0,8%. Para 2023, contudo, a expectativa caiu de 1,6% para 1,4%.

Além do cenário externo adverso para o real, operadores também notaram um movimento de recomposição de posições cambiais defensivas, com investidores já se preparando para o feriado de Tiradentes, já que não haverá negócios na quinta-feira, 21, e a liquidez na sexta-feira, 22, tende a ser reduzida.

Com oscilação de apenas cerca de quatro centavos entre a mínima (R$ 4,6408) e a máxima (R$ 4,6857), o dólar à vista fechou a R$ 4,6682, em alta de 0,43%. A divisa ainda acumula queda de 1,95% em abril e perde 16,28% em 2022.

Para o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo, o mercado de câmbio local está em um período de acomodação, com o dólar rodando em uma faixa entre R$ 4,60 e R$ 4,80, mais perto do piso ou do teto dependendo do ambiente no exterior, que hoje não foi favorável à moeda brasileira.

“Claramente, a taxa não tem força para superar R$ 4,80. Mas, como já caiu bastante e a gente vê um fluxo menor, também não recua muito mais”, diz Galhardo. “Hoje, estamos vendo o dólar subir no mundo inteiro com essa expectativa pela alta de juros nos EUA. Mas mesmo que a taxa chegue a 3% por lá, o diferencial de juros a favor do Brasil vai continuar enorme”.

Maior expoente dos falcões do BC norte-americano, Bullard voltou a defender uma política monetária mais dura contra a inflação e não descartou a possibilidade de uma alta da taxa básica em 0,75 ponto porcentual no encontro de política monetária do Fed em maio. Já o presidente do Fed de Chicago, Charles Evans (sem direito a voto), disse nesta terça à tarde não ver necessidade de aumento dos juros em ritmo maior que 0,50 ponto porcentual. Para Evans, mesmo com a alta dos juros, para combater uma inflação que “está muito elevada”, a economia americana “deve se sair bem”.

O economista-chefe da JF Trust, Eduardo Velho, observa que a curva de juros americana já precifica taxa básica americana acima de 3% até o fim deste ano. O economista diz que o mais provável é que o Fed promova três altas seguidas dos juros em 0,50 ponto porcentual, o que aumenta as chances de que de Fed Funds acima do nível neutro (2,75%) e de taxa de juros real positiva (considerando projeção de inflação 12 meses à frente) no fim deste ano.

Segundo economista, dado esse cenário, são grandes as chances de o dólar se situar, ao longo dos próximos meses, acima da faixa entre R$ 4,64 e R$ 4,68, embora não esteja descartada a possibilidade de uma descida pontual da taxa de câmbio para o suporte estimado de R$ 4,52, em função de “fluxos pontuais do comércio exterior”. “Consideramos que o movimento mais expressivo de ingressos de recursos pela conta de capital já teria ocorrido neste semestre. Seria pouco provável um câmbio inferior à R$ 4,52 de forma sustentável”, afirma Velho, em relatório.

Em entrevista ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) e à TV Record, após participar de evento na US Chamber of Commerce em Washington, o ministro da Fazenda, Paulo Guedes, disse que a apreciação do real se deve “principalmente ao fundamento fiscal”, já que o País voltou a ter superávit primário. “A força do fundamento fiscal de um lado e o Banco Central atuante do outro, mais o aumento dos preços de commodities, estes três fatores derrubaram o câmbio. Eu não acho que isso vai se alterar.”

Questionado se o dólar pode recuar ainda mais e se encaminhar para o patamar de R$ 5,50, Guedes disse que a taxa de câmbio “não vai cair de repente, mas não será mais um fator de preocupação como foi por muito tempo”.

Com Estadão Conteúdo

19.04.2022 17:18

Ibovespa fecha com queda de 0,55%, aos 115.056,66 pontos, após oscilar entre 114.277,16 e 115.686,95

Volume financeiro: R$ 26,2 bilhões, abaixo da média

19.04.2022 17:04

Dólar à vista fecha em alta de 0,43%, a R$ 4,6682, depois de oscilar entre R$ 4,6408 e R$ 4,6857

19.04.2022 16:03

Ibovespa continua em queda, próximo de 1%, aos 114,5 mil pontos

O índice Bovespa tem queda de 0,97%, aos 114.569 pontos. O Ibovespa continua pressionado pela queda do setor bancário e da Vale (VALE3), com os papéis caindo 3,81%, a R$ 87,12, acompanhando as baixas do minério de ferro na China. No exterior, as bolsas em NY operam em alta.

19.04.2022 15:59

Bolsas da Europa fecham em queda, com guerra e impactos na economia global

Os mercados acionários da Europa registraram baixas nesta terça-feira. Na volta de um dia de feriado com bolsas fechadas, houve maior foco na guerra entre Rússia e Ucrânia, em nova fase, enquanto algumas instituições, entre elas o Fundo Monetário Internacional (FMI), cortavam projeções para a economia global.

 

  • Stoxx 600: -0,77% (456,28 pontos)
  • FTSE 100: -0,20% (7.601,28 pontos)
  • DAX: -0,07% (14.153,46 pontos)
  • CAC 40: -0,83% (6.534,79 pontos)
  • FTSE MIB: -0,96% (24.624,41 pontos)
  • Ibex 35: -0,06% (8.694,00 pontos)
  • PSI 20: -0,44% (6.106,57 pontos)

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que a Rússia lançou nesta semana uma ofensiva para assumir o controle do leste do país. As forças russas atacaram a cidade de Lviv e vários outros alvos, em uma aparente tentativa de degradar as forças de defesa locais. Em um dia sem indicadores relevantes na região, o conflito ganhou mais foco, com potenciais novas sanções podendo pesar também na economia dos países da zona do euro e no Reino Unido.

Além disso, o FMI cortou sua projeção de avanço do PIB mundial neste ano de 4,4% a 3,6% e, para 2023, de 3,8% a 3,6%. A guerra foi apontada como a principal causa, com o Fundo prevendo preços mais altos de commodities, impulsionando a persistente inflação elevada pelo mundo.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

19.04.2022 13:16

Confira as maiores altas e baixas do Ibovespa

Maiores Altas

Maiores Baixas

19.04.2022 13:12

Ibovespa amplia perdas e registra -1,04%, aos 114,4 mil pontos

Ibovespa hoje tentou reduzir a queda mais cedo, acompanhando a alta intensa dos mercados de Nova York. Porém, às 13h05, operava em queda de 1,04%, aos 114.482 pontos. Os investidores continuam a proceder com cautela em relação ao ritmo de crescimento mundial, pressão inflacionária global e temor fiscal no Brasil.

Nesta terça (19), o Fundo Monetário Internacional (FMI) cortou a projeção para a alta do PIB do planeta, de 4,4% para 3,6% em 2022. Apesar de ter reduzido estimativas para o PIB mundial, o FMI elevou a projeção para o crescimento do Brasil deste ano, de 0,3% para 0,8%, mas diminuiu a de 2023 (de 1,6% para 1,4%).

O radar dos investidores também espera o relatório de produção e vendas da Vale, após o fechamento do mercado local. Além disso, a queda do minério de ferro na China, onde mais cidades passaram a adotar medidas restritivas contra a covid-19, tende a gerar pressão negativa sobre os papéis do setor, bem como o recuo superior a 2% do petróleo sobre as petrolíferas.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

19.04.2022 12:48

Dólar hesita, mas sobe com cautela externa e servidores no radar

O dólar exibiu viés de baixa pontual na manhã desta terça-feira após abrir em alta e retomar o sinal positivo, alinhado à valorização persistente no exterior ante pares principais – e divisas emergentes e ligadas a commodities em meio a cautela renovada com a guerra na Ucrânia e perspectiva de aumento de juros mais agressivo nos Estados Unidos.

Às 12h47 desta terça, o dólar à vista voltava a subir, cotado a R$ 4,67 (+0,50%), após subir nos primeiros negócios à máxima a R$ 4,68 e de cair à mínima a R$ 4,64.O dólar futuro para maio retomava viés de alta, de 0,09%, a R$ 4,6, após mínima a R$ 4,65 e máxima a R$ 4,68.

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19.04.2022 12:48

Veja as taxas do Tesouro Direto nesta terça-feira

Confira abaixo a taxa de rentabilidade dos títulos do Tesouro Direto:

19.04.2022 10:35

BrMalls (BRML3) sobe com proposta de fusão

As ações da BRMalls (BRML3) sobem 5% no intradia após nova proposta da Aliansce Sonae (ALSO3).

A nova proposta, formalizada após entendimentos mantidos entre a administração da companhia e acionistas da BRMalls prevê o pagamento em dinheiro no valor de R$ 1,25 bilhão e a entrega de 326.339.911 ações da companhia.

Em comunicado, a administradora de shoppings disse:

Em reunião realizada nesta data, o Conselho de Administração da Companhia, em vista dos novos termos econômicos da Nova Proposta, decidiu, por unanimidade, autorizar a Diretoria da Companhia a se engajar com os representantes da Aliansce Sonae para a negociação dos termos da Nova Proposta e elaboração da documentação necessária com o objetivo de submeter a Nova Proposta à deliberação dos acionistas reunidos em assembleia geral

19.04.2022 10:31

Ibovespa abre em baixa de 0,6%

O Ibovespa hoje abre em queda de 0,62% aos 114.974 pontos, dando sequência à maré negativa da semana anterior. Desde que perdeu os 120 mil pontos, o índice vem caindo sucessivamente.

Além disso, o dólar hoje opera em alta de 0,3%, na contramão da tendência das últimas semanas.

No radar corporativo, a A Petrobras (PETR4) iniciou a fase vinculante referente à venda da totalidade da participação de 20% detida pela sua subsidiária Petrobras America (PAI) na empresa MP Gulf of Mexico (MPGoM).

Além disso a MRV (MRVE3) fechou o 1T22 com R$ 1,743 bilhão em vendas líquidas, alta de 7,6% em relação ao 1T21 e de 4,2% frente ao 1T20.

Na agenda econômica, o indicador de Construção de Novas Casas sobe 0,3% nos EUA com 1,873 milhão de Licenças de Construção – número acima do esperado pelos analistas.

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19.04.2022 10:27

Dólar hesita, mas sobe com cautela externa e risco fiscal

O dólar exibiu viés de baixa pontual após abrir em alta e retomar o sinal positivo, alinhado à valorização persistente no exterior ante pares principais – e divisas emergentes e ligadas a commodities em meio a cautela renovada com a guerra na Ucrânia e perspectiva de aumento de juros mais agressivo nos Estados Unidos.

A moeda americana opera em alta de 0,35% no intradia, aos R$ 4,664.

O petróleo ampliou a queda para mais de 2%, pressionado por incertezas sobre o crescimento da economia global, em meio aos efeitos do “lockdown” imposto em várias cidades da China nas última semanas, incluindo Xangai.

Os investidores locais precificam ainda a aceleração do IPC-Fipe a 1,72% na segunda quadrissemana de abril, ganhando força em relação ao aumento de 1,56%, com ampliação de seis dos sete componentes do índice, com destaque para Alimentação (de 3,01% para 3,34%).

19.04.2022 10:27

Argentina anuncia imposto por 'ganho inesperado' de empresas

O governo da Argentina anunciou uma série de medidas econômicas que busca retomar o poder de compra da população e combater os efeitos do choque inflacionário causado pela guerra na Ucrânia.

Entre as novidades, está o aumento nos valores de uma série de auxílios pagos pelo governo da Argentina, incluindo apoios para aposentados e trabalhadores sem renda formal. Acontece que, para custear os subsídios, o presidente Alberto Fernández optou por criar um imposto sobre “ganhos inesperados” das empresas.

“Temos de pedir àqueles que tiveram um ganho inesperado que contribuam”, afirmou o presidente da Argentina em evento na Casa Rosada, onde discursou sobre as ações. Em sua visão, é necessário que as “grandes empresas contribuam para gerar mais desenvolvimento e igualdade”.

19.04.2022 09:33

BrMalls (BRML3) recebe nova proposta de fusão com Aliansce (ALSO3), por R$ 1,25 bilhão e ações

A Aliansce Sonae (ALSO3) informou que apresentou ao Conselho de Administração da BRMalls (BRML3) nova proposta de combinação de negócios entre as empresas.

Segundo o comunicado da Aliansce, arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a relação de troca é “mais favorável aos acionistas da BRMalls.

O documento dá continuidade aos Fatos Relevantes divulgados pela companhia em 14 de janeiro e 14 de março de 2022, com outras propostas.

A nova proposta, formalizada após entendimentos mantidos entre a administração da companhia e acionistas da BRMalls prevê o pagamento em dinheiro no valor de R$ 1,25 bilhão e a entrega de 326.339.911 ações da companhia – o que corresponde a uma relação de substituição de 1 ação emitida pela BRMalls para 0,3940 ação da companhia, negociada sob o ticker BRML3.

 

19.04.2022 09:33

IPC-S acelera em 5 das 7 capitais

O Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) acelerou em cinco das sete capitais pesquisadas na segunda quadrissemana de abril, informou a FGV.

Entre a primeira e a segunda leituras, o índice cheio avançou de 1,62% para 1,84%. A FGV apurou avanço da inflação em Belo Horizonte (1,71% para 1,87%), Brasília (1,79% para 2,30%), Porto Alegre (1,68% para 1,84%), Rio de Janeiro (1,64% para 2,03%) e São Paulo (1,48% para 1,75%). Já em Recife (1,96% para 1,85%) e Salvador (1,50% para 1,47%), o IPC-S desacelerou.

19.04.2022 09:27

Ibovespa futuro abre em queda na contramão de Wall Street

O Ibovespa futuro abre em queda de 0,51%, sinalizando uma abertura de pregão no campo negativo. Na véspera, o índice fechou a 115,687.25 pontos, em queda de 0,43%.

No cenário de commodities, retração 2,5% no petróleo Brent, ao passo que o Minério de Ferro saiu dos US$ 155 para US$ 152 por tonelada em Dalian.

Em Wall Street, estabilidade com 0,04% de alta no Dow Jones e 0,08% no S&P. Ao mesmo tempo, a Europa opera em queda na volta do feriado.

Por lá, baixas de 0,6% na Alemanha, 0,4% no Reino Unido e 1,2% na França.

A agenda econômica conta com as falas recentes do diretor do  Fed de NY, James Bullard, que segue defendendo um ciclo mais rápido, na definição  da taxa de juros de curto prazo, assim como o iniciar em “breve” da redução do  balanço do Fed.

Além disso, o IBC-Br não foi divulgado até então, já que apesar do calendário prever a divulgação, a greve dos servidores do BC afeta os indicadores.

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