Ibovespa oscila, aos 106 mil pontos; Petrobras (PETR4) sobe e opera entre as maiores altas
O Ibovespa opera perto da estabilidade, aos 106.042 pontos, nesta terça-feira (18), com elétricas e mineradoras na ponta positiva ante uma queda das ações de varejo e do segmento de construção civil.
A maior queda do Ibovespa hoje na abertura era a MRV (MRVE3), que despencava quase 5% durante os primeiros minutos de pregão. A ação cai mais de 3% às 15h30.
A segunda maior alta é a da Petrobras (PETR4), que sobe 2,88%. Investidores precificam aumento de dividendos, com dividend yeld da estatal, entre 12% e 14%. O pagamento será aprovado no próximo dia 27, em assembleia.
Também no radar do mercado está o anúncio da Petrobras, que vai investir US$ 5,2 bilhões na exploração e escoamento de gás, disse o presidente da estatal, Jean Paul Prates, durante o Seminário Gás Brasileiro para a Reindustrialização do Brasil, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
As bolsas mundiais operam sem sinal único, com alta de 0,3% no S&P 500 e queda de 0,1% no Dow Jones em Wall Street.
Na Europa, altas de 0,7% em Frankfurt (DAX) e de 0,3% em Londres (FTSE). Assim, o índice pan-europeu Stoxx-600 sobe 0,5%.
Os contratos futuros do dólar, com vencimento para maio, operam em alta de 0,5% a R$ 4,997.
Nas commodities, queda de 0,3% no petróleo Brent, a US$ 84,50 ante 2% de alta no minério de ferro, a US$ 114.
Notícias que movimentam a Bolsa de Valores hoje
- Minério sobe e puxa setor
- Petrobras (PETR4) defenderá posição de mercado no Cade, afirma Prates
- 3R Petroleum tem imbróglio com puts de Conselheiro
China puxa mineradoras
Com dados melhores do que o esperado acerca da economia chinesa, os contratos futuros de minério de ferro operam nas máximas em Dalian e Cingapura.
A Produto Interno Bruto (PIB) do dragão asiático saltou 4,5% no comparativo anual, superando as expectativas de 4% do consenso de mercado.
Esse cenário puxa altas de siderúrgicas e mineradoras na bolsa de valores hoje. Em termos de magnitude, a maior alta é da CSN (CSNA3), que sobe 1,4%.
A Vale (VALE3), que é mais influente sobre o índice, sobe cerca de 0,7%.
Cotação VALE3
Petrobras no Cade
O presidente da Petrobras (PETR4), Jean Paul Prates, disse ainda na segunda (17) que a estatal mudará sua estratégia em relação ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), buscando agora se “defender” e manter seus ativos de refino e gás.
Durante evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Prates afirmou que a estatal pretende argumentar e trabalhar dentro dos canais oficiais normais para manter a fatia que ainda possui na operadora do gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol).
“Nós respeitamos as alegações do Cade, mas temos agora que nos defender, tanto no caso dos combustíveis, que nos obrigaram a vender refinarias, a nosso ver indevidamente, sem a defesa à altura que o caso merecia, como na questão do gás”, afirmou.
O presidente da Petrobras ainda destacou a importância de “reabrir” a frente com a Bolívia, uma vez que o gás importado do país vizinho é mais barato do que o gás natural liquefeito (GNL) importado de outros países. Segundo ele, a estatal vai explorar as “fronteiras” com a empresa boliviana YPFB a fim de buscar novas parcerias.
Imbróglio na 3R Petroleum
Um dos membros do Conselho de Administração da 3R Petroleum (RRRP3) obteve vantagem financeira da queda expressiva das ações da companhia.
As ações da 3R Petroleum despencaram mais de 15% na bolsa durante o pregão da segunda (17) após a companhia aprovar um aumento de capital.
Hoje, os papéis recuam 3%.
Segundo um formulário mensal obtido pelo Brazil Journal em que constam as posições consolidadas de cada membro do Conselho e da diretoria da empresa, um conselheiro comprou puts ao longo de março.
As puts são opções de venda, uma operação em que o investidor pode vender um ativo a um determinado preço fixado.
Ou seja, quando as ações caem, o dono delas ainda pode vendê-las a um preço determinado.
Nesse caso, o Conselheiro pode vender as ações RRRP3 a um preço acima da cotação atual, de cerca de R$ 27.
Após a divulgação da matéria, a companhia se pronunciou sobre o ocorrido, informando uma ‘linha do tempo’ de acontecimentos.
Maiores altas e baixas do Ibovespa
Última cotação do Ibovespa
O Ibovespa encerrou o pregão da segunda-feira (17) em queda de 0,25%, aos 106.015 pontos.
