Ibovespa fecha no menor nível do ano; Eletrobras (ELET3) desaba

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Atormentado pelas projeções cada vez piores para a economia brasileira e pelos riscos crescentes da situação fiscal do País, o Ibovespa terminou o pregão desta quarta-feira (17) em queda de 1,39%, cotado a 102.948,45 pontos, o nível baixo atingido pelo índice acionário em 2021.

O dólar encerrou as negociações de hoje em alta de 0,45%, frente ao real, valendo R$ 5,524 na venda.

Os mercados de moedas acompanharam hoje a definição sobre o comando do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos). O presidente dos EUA, Joe Biden, afirmou ontem à noite que espera ter uma decisão final sobre o comando da autoridade monetária  em quatro dias.

Mesmo após a finalização do leilão do 5G, a tecnologia ainda encontra barreiras para ser implementada no Brasil. Segundo o levantamento feito pela Associação Brasileira de Infraestrutura para Telecomunicações (Abrintel), apenas 28 municípios (dos mais de 5,5 mil) possuem legislação adequada para a instalação de antenas 5G.

Dentre os municípios aptos, 14 estão no Estado do Rio de Janeiro, enquanto outros 7 são capitais — que precisam correr contra o tempo, uma vez que a estreia do 5G  nas capitais está prevista para julho do ano que vem. Mas há a perspectiva que entraves legislativos atrapalhem principalmente as cidades do interior, levando em consideração que muitas não possuem legislação adequada nem mesmo para antenas 4G.

Os municípios correm atrás para atualizar sua legislação, com o exemplo da região Fluminense, que aprovou em 2020 um programa de incentivo à conectividade, sendo agora usado como base em muitas cidades. Da mesma forma, as empresas que ganharam direito de oferta no leilão do 5G disputam para saber quem será a primeira a oferecer a nova tecnologia.

O Ibovespa amplia as perdas do dia anterior, em meio ao clima de cautela diante do risco e das perspectivas negativas para a economia brasileira. O índice caminha para fechar no menor patamar de 2021.

As taxas do Tesouro Direto operam em alta nesta quarta-feira (17) em comparação com a última terça-feira (16). Confira as taxas de rentabilidade a dos títulos Indexados ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e os prefixados.

O dólar opera em alta no mercado doméstico, após duas altas seguidas, sintonizado à tendência no exterior nesta manhã. Às 11h30, o dólar à vista subia 0,21%, a R$ 5,41. O dólar futuro para dezembro recuava 0,46%, a R$ 5,49.

Após uma hora de pregão, o Ibovespa arrefece as altas e opera em queda de 0,2% aos 104.350 pontos.

No período de tempo, as altas generalizadas cessaram e os papéis na ponta negativa tiveram aceleração nas quedas.

Maiores altas do índice:

• Azul (AZUL4): +2,8%
• Hapvida (HAPV3): +1,2%
• Intermédica (GNDI3): +1,1%
• DexCo (DXCO3): +1%
• Lojas Americanas (LAME4): +1%

Maiores quedas

• Eletrobras (ELET3): -5,7%
• Eletrobras (ELET6): -5%
• BTG Pactual (BPAC11): -3,4%
• Minerva (BEEF3): -3,3%
• Soma (SOMA3): -2,6%

O Ibovespa hoje abre em alta de 1% aos 105.378 pontos, com sinais de retomada econômica após a divulgação dos dados de que o segmento de shoppings retornou ao volume de vendas do período pré-pandemia pela primeira vez em um ano e meio.

No radar político, o mercado lida com o impasse da PEC dos Precatórios, que pode ocasionar um montante de mais de meio trilhão em dívidas não pagar pelo governo nos próximos quinze anos, além da fala recente do presidente Jair Bolsonaro.

O mandatário afirmou que pretende aumentar o salário de servidores com recursos da PEC, o que não foi bem recebido pelo mercado.

Os Juros futuros contam com DIs estáveis ao passo que o DI 27 dispara 3%.

Nos mercados internacionais, tensão sobre a inflação após falas recentes dos membros do FOMC de que a retirada dos estímulos pode ocorrer antes do esperado.

O noticiário corporativo conta com a emissão de US$ 2 bilhões em notas seniores de cinco e dez anos por parte da JBS (JBSS3), além de a novidade sobre a Petrobras (PETR4)

A estatal assinou contrato com a Potiguar E&P, subsidiária da PetroRecôncavo (RECV3), para escoamento e processamento do gás natural produzido pela empresa no estado do Rio Grande do Norte.

Como destaque nos resultados, a Eletrobras (ELET3) teve lucro líquido de R$ 964,561 milhões no seu resultado trimestral, queda de 65,7% em relação aos R$ 2,814 bilhões anotados no mesmo período de 2020.

Segundo a elétrica, essa queda ocorreu por ajustes na contabilização de provisões para contingências no montante de R$ 9,434 bilhões.

As ações da companhia caem 4,2% nos primeiros minutos do mercado, liderando as quedas.

Veja o desempenho dos demais índices na abertura de hoje:

• IFIX: +0,01%
• SMLL: +0,09%
• IDIV: +0,02%
• IBRX 100: +0,02%

O Ibovespa futuro opera em queda de 1,8% aos 105 mil pontos com influência dos resultados corporativos divulgados ao fim do pregão de ontem.

Além disso, o índice sofre com o radar político, que conta com o início do pagamento do Auxílio Brasil, programa substituto do Bolsa Família, ainda hoje.

Somado a isso, a PEC dos Precatórios deve resultar em uma cifra de R$ 580 bilhões de compromissos da União não pagos até 2036.

As commodities seguem em queda, com o petróleo caindo cerca de 1% ao passo que a retração do minério fica no mesmo patamar, porém representando uma menor volatilidade em relação aos dias anteriores.

As ADRs de Vale e Petrobras seguem em alta, de 0,74% e 0,10%, respectivamente.

Após uma alta do IPC do Reino Unido em 1,1% (acima dos 0,7% esperados), o dia não deve ter mais divulgações de dados da inflação europeia. Na zona do Euro a alta foi de 0,3% no mensal, dentro das expectativas.

Às 9h, nos EUA, serão divulgados os dados dos Juros de Hipotecas de 30 anos MBA e, às 10h30, o indicador mais relevante do dia, as Licenças de Construção.

No mesmo horário, o Canadá divulga os seus dados de inflação mensais, e mais tarde, às 12h30, os EUA divulgam seus números do dos Estoques de Petróleo Bruto.

Às 13h ocorre Discurso de Bowman, Membro do FOMC, e trinta minutos depois, Pronunciamento de Buch, vice-presidente do BC alemão.

A ADR da Vale sobe 0,83% no premarket americano após ter fechado a terça (16) em baixa de 1,7%. As ações da mineradora operam no campo positivo apesar da baixa no minério vista nos últimos dias.

Por outro lado, em estabilidade, a ADR da Petrobras cai 0,01% no premarket.

O índice das commodities da Bloomberg (BCOM) reverte a alta do dia anterior e fica em baixa de 0,23% influenciado pela baixa do petróleo.

Com mais volatilidade do que o que foi visto nos últimos dias, o WTI recua 1,29% a US$ 79,7 e o Brent cai 1% aos US$ 81.

Em Dalian, o minério fechou cotado a US$ 92,01, em queda de 0,38%% no intradia, segunda queda consecutiva da semana. Com a commodity ainda abaixo dos US$ 100, há maior cautela dos investidores no segmento de mineração e das siderúrgicas.

Na Comex, o Ouro sobe 0,45% em conjunto com a prata, que sobe 0,77%. Os demais metais preciosos caem com a mesma volatilidade. A exceção é o cobre, que despenca 1,51%.

Nesta quarta-feira (17), as bolsas mundiais operam em cautela com pouca volatilidade após a nova divulgação de dados da Europa, os IPCs.

Na zona do Euro, os indicadores do gênero ficaram totalmente dentro das expectativas.

O mercado americano segue com pouca volatilidade após um dia de fechamento no campo positivo com dados otimistas para o setor do varejo – que também demonstram aquecimento da economia.

Apesar disso, ainda há temor dos mercados quanto aos próximos passos da inflação, dados os discursos dos membros do Fomc na tarde de ontem.

O presidente do Federal Reserve (Fed) de St. Louis, James Bullard, afirmou que o Fed deve se mover em direção a uma postura mais dura na condução da política monetária, o que suscita a possibilidade de a instituição colocar o pé no acelerador no processo de retirada de estímulos.

• Nova York Dow Jones (DJIA) futuro: -0,03%
• Nova York (S&P 500) futuro: -0,04%
• Nova York Nasdaq futuro: +0,05%
• Frankfurt (DAX 30): +0,11%
• Londres (FTSE 100): -0,34%
• Paris (CAC 40): +0,04%
• Milão (FTSE/MIB): +0,13%
• Euro Stoxx-600: +0,11%
• Tóquio (Nikkei 225): -0,40% (fechada)
• Xangai (SSE Composite): +0,44% (fechada)
• Hong Kong (Hang Seng): -0,25% (fechada)
• Seoul (Kospi): -1,16% (fechada)