Ibovespa fecha em queda, aos 118 mil pontos; Via (VIIA3) recua e aéreas sobem

O Ibovespa fechou em queda de 0,39%, aos 118.758,42 pontos nesta sexta-feira (16).

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O Ibovespa, que chegou a cair 0,62% na primeira hora de negociação nesta sexta-feira, 16, absorveu o movimento de realização de lucros e virou para o positivo, ainda que levemente. A virada ocorreu apoiada principalmente nas ações do setor de commodities, como Vale (VALE3), que abandonou a queda e passou a subir.

As aéreas sobem: Azul (AZUL4) avança 3% e a Gol (GOLL4) ganha 2,5%.

A alta de 0,56% do Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br) de abril, quando o mercado esperava estabilidade do índice, é um dos fatores que contribuem para o apetite por risco na bolsa brasileira. Isso porque, com a surpresa positiva, diversas casas de análise passaram a rever suas estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB).

Analistas lembram que a semana também reservou uma também inesperada mudança na perspectiva de rating do Brasil feita pela agência S&P.

Soma-se a isso a expectativa de que o Banco Central comece a reduzir os juros básicos da economia em agosto.

A ressalva nesta sexta-feira fica com questões técnicas na Bolsa, uma vez que o vencimento do mercado de opções sobre ações pode trazer instabilidade às blue chips.

“Foram altas fortes e sucessivas, e com ingresso maciço de recursos externos. Tecnicamente temos uma realização de lucros temporária, uma vez que o cenário segue bem construtivo”, disse Felipe Moura, sócio e analista da Finacap Investimentos, para explicar o desempenho mais fraco do Ibovespa desde a abertura.

Segundo ele, a tendência de continuidade da evolução das ações segue clara, dada a melhora das condições econômicas e as revisões para juros e crescimento da economia.

Contudo, o varejo fica na ponta negativa do Ibovespa hoje, com as maiores retrações, na casa dos 2%.

Nas bolsas mundiais, alta de 0,14% no S&P 500 e de 0,16% no Dow Jones durante as negociações que precedem a abertura de mercado (premarket).

Na Europa, alta de 0,45% em Frankfurt (DAX) e 0,32% em Londres (FTSE). Nesse contexto, o índice pan-europeu Stoxx-600 sobe 0,58%.

Nas commodities, alta de 0,28% no petróleo Brent, a US$ 75,85. Já o minério de ferro opera estável em Dalian.

Notícias que movimentam a Bolsa de Valores hoje

  • J&F articula oferta pela Braskem
  • Bradesco aprova JCP
  • Petrobras e BRF tem mudanças no rating

Oferta de ações da CVC

Em meio a uma onda de ofertas pela Braskem (BRKM5), a J&F, holding dos irmãos Batista dona da JBS (JBSS3), articula com bancos para realizar sua proposta no páreo pela petroquímica.

Nesse contexto, a J&F teria que articular uma proposta atrativa, já considerando que a Unipar (UNIP6) e a Empresa de Petróleo de Adnoc (ADNOC) fizeram propostas diferentes para comprar fatias da empresa – sendo a segunda por comprar a totalidade das ações da Braskem, em conjunto com a Apollo, uma gestora americana.

O interesse da J&F na petroquímica já havia sido manifestado em meados de 2022, considerando a possibilidade de diversificar os negócios da família Batista. Isso, levando em conta que a JBS não tem tanta margem para crescer além do seu tamanho atual, dada a sua relevância.

Proventos do Bradesco

O Bradesco (BBDC4) aprovou pagamento de juros sobre o capital próprio (JCP) intermediários. O banco pagará proventos de R$ 2 bilhões, sendo R$ 0,178997238 por ação ordinária e R$0,196896961 por ação preferencial.

A data de corte para receber o JCP do Bradesco será o dia 26 de junho.

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Rating melhorando

Em uma semana de melhora de ratings de crédito para ativos brasileiros, duas ações da bolsa tiveram melhora de perspectiva.

A Petrobras (PETR4) teve alteração na sua nota de crédito estável para positiva pela agência de classificação de risco S&P, que enxerga melhora nas perspectivas econômicas do Brasil.

A BRF (BRFS3) também teve a perspectiva para seu rating de crédito atualizada de estável para positiva pela S&P, com seu rating BB-, em escala internacional, foi reafirmado.

“A referida alteração é consequência, principalmente, de uma revisão da perspectiva do risco soberano do Brasil feita pela mesma agência”, diz a empresa.

Maiores altas e baixas do Ibovespa

Última cotação do Ibovespa

Ibovespa encerrou o pregão da quinta-feira (15) em alta de 0,13%, aos 119.221 pontos.

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Eduardo Vargas

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