Ibovespa interrompe série de altas e fecha em queda aos 108 mil pontos; Petrobras (PETR4) sobe
O Ibovespa fechou em queda de 0,77%, aos 108.193 pontos nesta terça-feira (16), tendo a temporada de balanços novamente como o principal driver do dia. O resultado interrompe série de oito altas seguidas do índice.
O destaque negativo do Ibovespa hoje é o Magazine Luiza (MGLU3), que mostrava mais de 9% de queda logo durante os primeiros minutos de pregão.
A varejista divulgou seu balanço na véspera, com aumento de mais de 140% no seu prejuízo líquido ajustado.
A Petrobras (PETR4) opera em alta de 3,35%, após anúncio sobre política de preços.
Nas bolsas mundiais, queda de 0,7% no Dow Jones e de 0,35% no S&P 500. Nasdaq sobe 1,4%.
Na Europa, baixas abaixo de 0,1% na maioria das bolsas – ocasionando uma retração de 0,27% no índice pan-europeu Stoxx-600.
O câmbio mostra uma leve apreciação, com 0,09% de alta nos contratos futuros do dólar, com vencimento para junho, a R$ 4,926.
Nas commodities, o minério de ferro chegou à máxima de três semanas em Dalian, subindo 1,12% a US$ 104,67.
Já o petróleo Brent sobe 0,17% a US$ 75,36.
Notícias que movimentam a bolsa de valores hoje
- Magazine Luiza (MGLU3) fecha 1T23 com aumento de 143% no prejuízo
- Hapvida (HAPV3) tem prejuízo líquido de R$ 341,6 milhões
- Petrobras muda política de preço de combustíveis
Magalu amplia prejuízo
O Magazine Luiza (MGLU3) terminou o primeiro trimestre de 2023 (1T23) com um prejuízo líquido ajustado de R$ 391,2 milhões, pior que projetado pelo mercado.
Esse número reportado pela varejista representa um aumento de 143% nas perdas do 1T23. Um ano antes, o Magazine Luiza teve resultado negativo de R$ 161 milhões.
De acordo com as informações divulgadas nesta segunda (15), o prejuízo do 1T23 do Magazine Luzia foi influenciado pela alta taxa de juros e pela sazonalidade das despesas financeiras.
No conceito ajustado, o prejuízo foi menor: R$ 309 milhões. Nesse cálculo, a empresa exclui despesas não recorrentes relacionadas, principalmente fechamentos de quiosques nas lojas da varejista de moda Marisa (AMAR3), um centro de distribuição.
A companhia fechou 175 pontos físicos nos últimos 12 meses, sendo nove lojas, um centro de distribuição e, o restante, quiosques. No trimestre, foram 37 fechamentos de quiosques, mas nenhuma loja foi fechada. Os custos de fechamento do CD, por sua vez, se concentraram nesse primeiro trimestre do ano. Segundo a empresa, esse último fechamento já estava planejado, pois era muito próximo à unidade de Gravataí (RS).
A variação na área total de vendas do Magazine Luiza caiu menos de 1% na comparação com o mesmo período do ano passado, explica o CFO da companhia, Roberto Belissimo. “Foram quiosques com baixa produtividade e performance. São quiosques, em sua maioria, de um parceiro, que era a Lojas Marisa”, disse.
1T23 da Hapvida
A Hapvida (HAPV3) registrou um lucro líquido ajustado de R$ 33,1 milhões no primeiro trimestre de 2023 (1T23), representando uma queda de 6,3% na base anual.
Sem ajustes, o prejuízo registrado foi de R$ 341,6 milhões.
Além disso, a empresa registrou receita líquida de R$ 6,7 bilhões, cifra que demonstra um crescimento de cerca de 13% ante igual etapa do ano anterior. Já o Ebitda cresceu 63,5%, para atuais R$ 634,5 milhões.
O resultado da companhia de saúde ficou bem acima do esperado pelo consenso Bloomberg, que era de R$ 217 milhões de prejuízo e R$ 489 milhões de Ebitda.
Com isso, os papéis da empresa disparam 10% e figuram como a maior alta do Ibovespa hoje durante a abertura.
Cotação HAPV3
Mudanças na Petrobras
A Petrobras (PETR4) informou nesta terça-feira (16) qual será a nova estratégia comercial para definir preços de diesel e gasolina, em substituição à política atual de preços, chamada de PPI ou política de paridade de importação.
O sistema anterior levava em conta os preços do petróleo no mercado internacional, enquanto o novo modelo vai levar em consideração também o mercado interno.
Com isso, as ações preferenciais da empresa sobem 4% no intradia.
Com a mudança na política de preços dos combustíveis, a estatal acredita que terá mais flexibilidade para praticar preços competitivos.
Conforme comunicado divulgado pela empresa na manhã de hoje, a estratégia usa referências de mercado como:
- custo alternativo do cliente, como valor a ser priorizado na precificação;
- custo marginal
A estatal explica que o custo alternativo do cliente contempla as principais alternativas de suprimento, sejam fornecedores dos mesmos produtos ou de produtos substitutos.
O valor marginal para a Petrobras, por sua vez, é baseado no custo de oportunidade dadas as diversas alternativas para a companhia dentre
Maiores altas e baixas do Ibovespa
- Maiores Altas
- Maiores Baixas
Última cotação do Ibovespa
O Ibovespa encerrou o pregão da segunda-feira (15) em alta de 0,52%, aos 109.029 pontos.