O Ibovespa encerrou a sessão desta quinta-feira (15) com uma valorização de 0,13%, aos 119.221,00 pontos, no segundo avanço consecutivo. A máxima do dia foi de 119.686,12 pontos, enquanto a mínima registrada foi de 118.692,80 pontos. O volume financeiro totalizou R$ 28,7 bilhões.
O Ibovespa sustentou o segundo dia de alta amparado pelo otimismo com o País devido à expectativa de cortes na taxa Selic a partir de agosto e à melhora de perspectiva da S&P para o rating do Brasil, de estável para positiva. O índice teve o novo pico do ano, apesar de ajustes em alguns papéis após a forte alta de 1,99% anotada na véspera.
Essa combinação de vetores positivos foi suficiente para compensar as quedas das ações preferenciais e ordinárias da Petrobras (PETR4, PETR3) – de 2,36% e 1,48%, respectivamente – com a decisão da companhia de reduzir os preços da gasolina nas refinarias em 4,66% a partir desta sexta-feira, 16. O desempenho da empresa também acabou limitado por um movimento de realização de lucros após os papéis terem atingido a máxima histórica.
Profissionais do mercado destacaram que o corte realizado pela Petrobras reacendeu os temores de interferência na empresa, em um momento no qual as estimativas de entidades do setor apontam que os preços domésticos já estão abaixo do padrão internacional. Esses vetores acabaram se sobrepondo à melhora da perspectiva para o rating da empresa anunciada pela S&P e às altas acima de 3% nos preços do petróleo.
Em contrapartida, a queda dos juros futuros ao longo da sessão ajudou a amparar ações ligadas à economia doméstica em setores como imobiliário (0,45%) e consumo (0,29%), enquanto o aumento de 1,43% nos preços do minério de ferro e a expectativa de crescimento da demanda chinesa sustentaram o segmento de materiais básicos (1,45%), com destaque para os papéis ordinários da Vale, que ganharam 0,78%.
“O Ibovespa buscou mostrar um viés positivo nesta quinta-feira, com o potencial de valorização da moeda, a decisão da S&P, e apoiado pela performance de Wall Street e pela valorização de commodities como o petróleo, embora o movimento de realização de alguns lucros tenha atenuado a alta”, diz o especialista em investimentos da Blue3 Investimentos Guilherme Mendes.
O Ibovespa hoje seguiu em linha com o mercado acionário dos Estados Unidos, já que as bolsas por lá também terminaram o dia no campo positivo.
- Dow Jones: +1,27%, aos 34.409,64 pontos;
- S&P500: +1,22%, aos 4.426,02 pontos;
- Nasdaq: +1,15%, aos 13.782,82 pontos.
Já o dólar à vista encerrou o dia em queda de 0,09%, cotado a R$ 4,8025, com a mínima diária de R$ 4,7953 e a máxima de R$ 4,8446.
A alta do Ibovespa ocorre em meio ao fechamento positivo das ações da Vale (VALE3) e dos grandes bancos. Por outro lado, o índice teve seu ganho limitado pela queda dos papéis da Petrobras (PETR4), que recuaram 2,36% nas preferenciais e 1,48% nas ações ordinárias.
As ações de grandes bancos também ajudaram a sustentar o Ibovespa no campo positivo hoje. Banco do Brasil (BBAS3) subiu 2,05%, Bradesco (BBDC4) teve alta de 0,30%, Itaú (ITUB4) avançou 1,31% e Santander (SANB11), +1,79%.
O que movimentou o Ibovespa hoje?
O Ibovespa subiu em linha com as bolsas dos Estados Unidos, um dia após decisão de manutenção das taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed) nos Estados Unidos.
Além disso, o avanço do Ibovespa dá continuidade ao movimento de alta de ontem (15), após mudanças na perspectiva da S&P para o rating do Brasil (BB-), passando de estável para positiva.
A divulgação feita pela agência S&P acabou aumentando o otimismo do mercado em relação aos ativos brasileiros, além de ter aprofundado a baixa dos juros futuros no cenário doméstico.
A queda dos juros futuros também ocorreu depois das falas do presidente do Fed, Jerome Powell, que deixou em aberto quais serão as próximas decisões do banco central americano na política monetária.
As ações da Vale encerraram o dia em alta, em meio a mais um avanço nos contratos futuros do minério de ferro no exterior.
O minério de ferro alcançou a cotação máxima de 11 semanas, em meio às perspectivas de estímulo na economia chinesa. Os contratos futuros da commodity avançaram pelo terceiro dia consecutivo nesta quinta (15), nas bolsas de Dalian e Singapura.
O contrato futuro de minério de ferro com maior liquidez na Dalian Commodity Exchange (DCE) terminou o pregão em alta de 1,43%, cotado a 815,5 iuanes por tonelada, o maior preço desde o final de março.
Já o contrato futuro do minério de ferro para julho na Bolsa de Singapura registrou avanço de 0,76%, a US$ 113,3 por tonelada, registrando a maior valorização desde meados de abril.
Por outro lado, as ações da Petrobras terminaram o dia em queda, após o anúncio nesta quinta-feira (15) de outra redução no preço da gasolina para distribuidoras, com novo valor entrando em vigor amanhã (16).
O preço da gasolina para as distribuidoras saiu de R$ 2,78 por litro e foi para R$ 2,66 por litro, registrando baixa de 4,3%, ou R$ 0,12.
Maiores altas e baixas
- Maiores Altas
- Maiores Baixas
Cotação do Ibovespa nesta quarta (14)
Na última quarta-feira (14), o Ibovespa teve alta de 1,99%, aos 119.068,77 pontos.
Com Estadão Conteúdo