O Ibovespa, que chegou a cair 1,4% na manhã desta sexta (14), opera agora em queda de 0,13%, aos 106.518 pontos, voltando à trajetória de alta do começo da semana.
O dia tem a maioria dos os papéis caindo. No Ibovespa hoje destacam-se a Braskem (BRKM5), que sobe 2%, e o Banco do Brasil (BBAS3), com alta de 1,7%. A Cielo (CIEL3) lidera os ganhos.
Nas baixas, a CSN (CSNA3) afunda cerca de 6.7% ante uma baixa de 5,5% da Rede D’Or (RDOR3), duas maiores quedas do índice.
O dia é de leves quedas em Wall Street, com baixa de 0,06% no Dow Jones e 0,14% de retração no S&P 500 durante as negociações que precedem a abertura de mercado (premarket).
Na Europa, por sua vez, há alta de 0,5% em Frankfurt (DAX) e 0,6% de alta em Londres (FTSE). Nesse contexto, o índice pan-europeu Stoxx-600 sobe 0,6%.
Nas commodities, alta de 0,23% no Petróleo Brent, a US$ 86,29, ante uma queda de 0,84% no minério de ferro em Dalian.
Trata-se do segundo recuo consecutivo da commodity, que agora negocia cotada a US$ 112,14.
Os contratos futuros do dólar, com vencimento para maio, operam em alta de 0,5% a R$ 4,957.
“Ontem, o Real testou o piso dos R$ 4,90 contra o dólar. O diferencial de juro, cada vez maior, joga a favor desde o fortalecimento da moeda nacional, mas Haddad já espera uma virada na próxima reunião do Copom. Diz ele que o governo está fazendo a sua parte, restando ao BCB fazer a dele, o BCB , no entanto, não parece muito sensível a estas demandas, prevendo o IPCA, num piso em junho, mas ainda preocupado com a desancorarem de expectativas, a descartar qualquer ação precipitada”, comenta Julio Hegedus Netto, Economista-Chefe da Mirae Asset.
Nos indicadores, as vendas no varejo dos EUA caíram acima do esperado, com recuo de 1% em março ante uma projeção de 0,4% de baixa pelo consenso de mercado.
Notícias que movimentam a Bolsa de Valores hoje
- Arcabouço fiscal e encontro de Lula com Xi Jingping chamam atenção
- Americanas (AMER3) é despejada de shopping em Vitória (ES)
- Santander (SANB11) abre a carteira e distribuirá R$ 1,27 bilhões em JCP
Um olho no arcabouço, outro na China
As atenções dos investidores brasileiros seguem na China, com o encontro de Lula com presidente chinês Xi Jinping, pedindo maior aproximação brasileira com o país asiático.
Segundo informações da agência oficial chinesa Xinhua, o presidente disse que o governo brasileiro vem promovendo um programa de parcerias e investimentos.
“Há vasto espaço para a ampliação de investimentos chineses nessas áreas, preferencialmente em parceria com as empresas brasileiras”, disse.
Além disso, ainda dentro do Governo, foram feitas novas sinalizações acerca do Arcabouço Fiscal.
“O texto mostrará efetivamente que o Teto ruiu e que, se permanecer em 2024, as despesas públicas discricionárias serão praticamente zeradas. Creio que dará um susto e um alerta ao Congresso para a aprovação do arcabouço”, disse a Ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB).
Além disso, Rogério Ceron, secretário do Tesouro Nacional, ressaltou que o arcabouço terá um mecanismo pare revisão de meta de resultado primário.
“[A regra] Sinaliza o que o ciclo de governo vai buscar, logo no primeiro ano. Mas ele pode ser adequado a depender do que acontecer. Há algumas condicionantes”, disse Ceron ao InfoMoney.
Despejo da Americanas
A Americanas (AMER3), em meio a diversos imbróglios judiciais, foi despejada e obrigada a fechar uma loja de 2,6 mil metros quadrados em um Shopping Vitória, na capital do Espírito Santo (ES).
A loja em questão da Americanas já estava há 30 anos no shopping, e agora se soma as mais de 20 unidades fechadas da varejista desde o seu escândalo contábil e a consequente recuperação judicial.
Atualmente, a dívida da Americanas com os shoppings é de R$ 11,6 milhões, sendo uma cifra dispersa entre quase 100 credores.
A desocupação do Shopping Vitória ocorreu após uma decisão judicial, dado que a Americanas era uma loja âncora do local.
Ainda em janeiro, mesmo mês do escândalo contábil, a varejista foi despejada do Tivoli Shopping, em Santa Bárara D’Oeste, no interior de São Paulo.
Dividendos do Santander
O Santander (SANB11) abriu a carteira após o primeiro trimestre de 2023 (1T23) e, nesta quinta (13), anunciou que pagará R$ 1,275 bilhão em juros sobre capital próprio para seus acionistas. Os proventos serão distribuídos aos investidores no dia 15 de maio.
De acordo com o informe publicado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), os JCPs do Santander estão baseados nos resultados do banco no 1T23.
Originalmente, os JCPs estão avaliados em R$ 1,5 bilhão. Porém, com a dedução do Imposto de Renda, a cifra cai para R$ 1,275 bilhão.
Em valores líquidos, os proventos do Santander estão divididos da seguinte forma:
- Ações ordinárias: R$ 0,16322487698
- Ações preferenciais: R$ 0,17954736468
- Unit (uma ordinária + uma preferencial): R$ 0,34277224166
Maiores altas e baixas do Ibovespa
Última cotação do Ibovespa
O Ibovespa encerrou o pregão da quinta-feira (13) em queda de 0,40%, aos 106.458 pontos.
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