O Ibovespa hoje opera em queda de 0,35% aos 104.058. O índice lida com um cenário internacional de retração generalizada nas bolsas mundiais. Em Wall Street, baixas de 0,67% no S&P e 0,5% no Dow Jones durante o premarket.
Além disso, o Ibovespa segue ‘digerindo’ os balanços financeiros das empresas, divulgados no fim do pregão de ontem e antes da abertura da bolsa de valores hoje, tendo como destaque o Banco do Brasil (BBAS3), uma das empresas mais relevantes da carteira do índice.
No calendário econômico, retração de 0,1% no PIB mensal do Reino Unido e Pedidos Iniciais por Seguro-Desemprego acima do esperado nos EUA, em 203 mil.
Além disso, o petróleo opera estável, com menos de 1% de queda, em meio aos relatórios da AIE e da OPEP+ acerca da commodity. O Brent opera aos US$ 106 ante US$ 105 do WTI.
O mercado também segue de olho na variação mensal do IPCA, que tevea maior alta para o mês de abril desde 1996, quando o país teve 1,26% de alta.
No radar político e econômico, o governo federal anunciou nesta quarta (11) que vai zerar a alíquota do imposto de importação de sete categorias de produtos alimentícios. A decisão foi tomada pelo Comitê-executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex/Camex), do Ministério da Economia.
Em coletiva de imprensa para detalhar as medidas, o secretário-executivo da pasta, Marcelo Guaranys, disse que o objetivo da medida é conter o avanço da inflação no país.
Notícias que movimentam o Ibovespa hoje
- Banco do Brasil (BBAS3) registra lucro líquido de R$ 6,6 bilhões
- Taesa (TAEE11) mantém lucro estável no 1T22, de R$ 559,9 milhões
- Braskem (BRKM5) tem lucro líquido em alta de 56%
Balanço do Banco do Brasil
O Banco do Brasil (BBAS3) anotou lucro líquido ajustado de R$ 6,613 bilhões, um salto de 34,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, a alta foi de 11,5%.
O Banco do Brasil elencou os seguintes motivos pelo crescimento do lucro líquido ajustado recorde no trimestre:
- Alta de 5,6% da margem financeira bruta;
- Aumento de 9,4% das receitas de prestação de serviços;
- Avanço de 20,1% no resultado de Participações em Controladas, Coligadas e JV;
- incremento de 6% nas despesas administrativas.
Entre os quatro maiores bancos brasileiros listados, o Banco do Brasil teve o maior aumento anual no lucro.
A margem financeira bruta do Banco do Brasil colheu R$ 15,332 bilhões, índice que mede o resultado com operações que rendem juros. É uma alta de 5,6% em um ano puxada também pelo crédito. As receitas financeiras do banco com operações de crédito tiveram uma forte alta de 38,6%, para R$ 23,9 bilhões no primeiro trimestre.
As receitas de prestação de serviços do Banco do Brasil totalizaram R$ 7,5 bilhões entre janeiro e março, elevação de 9,4% sobre mesmo período de 2021, influenciado pelo desempenho na administração de fundos (+16,7%), de seguros, previdência e capitalização (+15,2%), de consórcios (+41,8%) e nas operações de crédito (+28,3%).
As ações do Banco do Brasil sobem 1% no intradia da bolsa de valores.
Taesa ‘estabiliza’ lucro
A Taesa (TAEE11) teve lucro líquido de R$ 559,9 milhões no primeiro trimestre (1T22), valor 0,7% maior em relação a um ano atrás. Segundo a companhia, embora a receita tenha aumentado com o início das operações em Janaúba e com o reajuste inflacionário pelo novo ciclo da RAP (Receita Anual Permitida), as despesas e o volume de dívida também aumentaram.
Na parte positiva, o relatório com os resultados da Taesa no 1T22 aponta que houve entrada financeira com:
- Aumento de 37% na receita de Operação e Manutenção explicado pela reajuste inflacionário do novo ciclo da RAP (Receita Anual Permitida) (2021-2022);
- Aumento de 35,9% na receita de remuneração do ativo contratual pela entrada em operação de Janaúba, que também contou com correção monetária.
A receita líquida foi de R$ 795,6 milhões entre janeiro e março, queda de 12,4% na base anual. Já a receita líquida regulatória da Taesa aumentou em 36,2% no período, para R$ 526,1 milhões.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) somou R$ 454,4 milhões no primeiro trimestre, alta de 43,5% na comparação anual. A margem Ebitda da Taesa também avançou no período, em 4,4 p.p., para 86,4%.
Entre os impactos positivos está o início da operação da concessão Janaúba. A empresa também aponta que houve redução da margem de implementação de infraestrutura, seguindo os menores investimentos nos empreendimentos de Sant’Ana e Janaúba.
As ações da Taesa sobem 1,2% no Ibovespa hoje.
Braskem tem salto de mais de 50% no lucro
O lucro líquido da Braskem (BRKM5) no primeiro trimestre de 2022 cresceu 56% na comparação com o mesmo período de 2021, para R$ 3,884 bilhões. Em relação ao quarto trimestre, o aumento chega a 632%.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente atingiu R$ 4,845 bilhões entre janeiro e março deste ano, queda de 30% em relação ao mesmo período de 2021 e redução de 23% na comparação com o quarto trimestre de 2021, em função da apreciação do real frente ao dólar no período.
Em dólar, o Ebitda recorrente da companhia foi de US$ 920 milhões, 19% inferior ao quarto triemstre, explicado, principalmente, pela normalização dos spreads internacionais de principais químicos e resinas no Brasil, PP nos Estados Unidos e Europa e PE no México. O resultado também é explicado pelo menor volume de vendas de principais químicos e resinas no segmento Brasil e pela apreciação do real frente ao dólar de 6,3%
Última cotação do Ibovespa
No pregão da véspera, o Ibovespa fechou a quarta-feira em alta de 1,25%, a 104.397 pontos após quatro pregões de quedas sucessivas.