O Ibovespa fechou com alta de 1,33%, aos 117.019,48 pontos, nesta sexta-feira (9), com elétricas, aéreas e varejistas dominando a ponta positiva do índice. Foi a sétima semana consecutiva de ganhos e a melhor valorização para o período desde a semana de 8 a 12 de maio, quando subiu 3,15%. Até o momento, a alta semanal é de 3,59%.
A maior alta do Ibovespa hoje é a da CVC (CVCB3), com 9,38%. A Gol (GOLL4) sobe 7,8%. Petrobras (PETR4), com ganhos de 4,8%, contribui para a alta do índice.
“Seria oportuno buscar os 117 mil pontos, vazando os preços de novembro de 2022”, diz o economista Álvaro Bandeira em comentário matinal. Antes de sair para o feriado, o Índice Bovespa fechou a quarta-feira (7) com alta de 0,77%, aos 115.488,16 pontos, no maior nível do ano e melhor marca em sete meses.
O aumento das expectativas de manutenção dos juros nos Estados Unidos foi reforçado na quinta-feira após a divulgação de um dado fraco de emprego do país. Isso e a espera de uma alta pelo BCE na semana que vem tendem a enfraquecer um pouco o dólar, de forma a estimular recursos para países emergentes como o Brasil, avalia Jansen Costa, sócio fundador da Fatorial Investimentos.
“É isso que está dando o drive no mundo hoje”, diz. “E a alta do minério em torno de 14% em poucas semanas é positivo e há sinais de fluxo comprador de Bolsa, de gringo”, acrescenta Costa, da Fatorial.
As bolsas mundiais operam mistas. Em Wall Street, alta de 0,2% no S&P 500 e queda de 0,07% no Dow Jones durante as negociações que precedem a abertura de mercado (premarket).
A despeito de indícios de fraqueza da economia chinesa após o CPI de maio subindo menos do que o esperado, traz alento a expectativa de que o banco central chinês possa reduzir os juros em algum momento, na tentativa de estimular a economia após algumas instituições estatais do gigante asiático cortarem suas taxas de depósito.
“Sinal de crescimento em ritmo menor da China abre espaço para que o governo Banco do Povo chinês comece a cortar juros. Hoje, os principais bancos começaram a reduzir suas taxas e isso se traduz em estímulo à economia, com país ativando a atividade principalmente por meio do setor imobiliário e da construção. Isso aumenta a perspectiva de aumento da demanda por itens ligados ao aço e ao minério de ferro”, explica Segundo Paloma Brum, analista da Toro Investimentos.
Na Europa, queda de 0,62% em Londres (FTSE) e de 0,15% em Frankfurt (DAX). Nesse contexto, o índice pan-europeu Stoxx-600 cai 0,26%.
No câmbio, os contratos futuros do dólar, com vencimento para julho, operam em queda de 0,54% a R$ 4,926.
Nas commodities, o petróleo Brent recua 0,43% a US$ 75,70. O minério de ferro, por sua vez, sobe 3,4% em Dalian a US$ 114,02.
O dia é de uma agenda mais enxuta de indicadores. Pela manhã, discursaram membros do BCE e o desemprego veio pior do que o esperado no Canadá.
Mais tarde os EUA divulgam o Relatório WASDE e as Posições líquidas de especuladores no petróleo, ouro, índices e outros ativos no relatório da CFTC.
Notícias que movimentam a Bolsa de Valores hoje
- CVC (CVCB3) contrata bancos para oferta de ações de R$ 200 milhões
- Copel (CPLE6) faz nova convocação para aprovar mudança no estatuto e privatização avança
- Itaú (ITUB4) fará investimento de R$ 1 bi em projeto de energia eólica da Engie (EGIE3)
Oferta de ações da CVC
A CVC (CVCB3) se pronunciou sua potencial oferta de ações, comunicando que contratou o Citigroup e Itaú BBA para coordenação do follow-on.
A CVC quer captar pelo menos R$ 200 milhões, em uma oferta que deve permitir a entrega de “bônus de subscrição”.
Vale lembrar que a empresa poderá adicionar lotes de ações de forma suplementar no âmbito da oferta de ações.
A potencial oferta conduzida pela empresa é uma contrapartida a recente injeção de capital pelo antigo controlador da empresa e fundador da mesma, Guilherme Paulus. O investidor, por meio do seu fundo, o GJP Investimentos, fez um aporte de R$ 75 milhões.
Privatização da Copel avança
A Copel (CPLE6) deu mais um passo em direção à sua – já anunciada – privatização.
A companhia conta agora com a aprovação do conselho de administração, em reunião realizada nesta quarta (7), de convocação de assembleia geral extraordinária (AGE) para deliberar sobre a reforma do estatuto da Copel, a ser realizada no próximo dia 10 de julho.
As alterações propostas deverão permitir a transformação da companhia em sociedade com capital disperso e sem acionista controlador, no modelo de corporação.
Conforme a proposta, nenhum acionista poderá exercer direitos correspondentes a mais de 10% do total de votos em cada deliberação. O modelo é semelhante ao adotado no processo de privatização da Eletrobras.
Itaú e Engie
O Itaú (ITUB4) assinou nesta quarta-feira (7) um acordo com a Engie Brasil (EGIE3), no qual investirá R$ 1 bilhão em um dos projetos de energia eólica da empresa.
Segundo comunicado, a operação envolve a compra de 12,34% da holding Maracanã Geração de Energia, subsidiária da Engie, por meio da subscrição de 100% das ações preferenciais.
Com isso, o banco ficará com 12,34% do capital da Maracanã, enquanto a Engie terá uma participação de 87,66%.
A parceria visa o desenvolvimento e operação de usinas eólicas na região noroeste da Bahia, na cidade de Gentio do Ouro, com potência instalada entre 800 e 850MW, dentro do escopo do Conjunto Eólico Serra do Assuruá.
Maiores altas e baixas do Ibovespa
- Maiores Altas
- Maiores Baixas
Última cotação do Ibovespa
O Ibovespa encerrou o pregão da quarta-feira (7) em alta de 1,70% aos 114.610 pontos.
Com Estadão Conteúdo