Mercado

Ibovespa fecha em queda e interrompe série de três altas semanais

IPCA ASSUSTA MERCADO E SELIC PODE SUBIR MAIS / VIIA3, AMER3 E MGLU3 desabam / Alckmin se une a Lula

Fechamento do Dia Ibovespa cai 0,45% no dia, a 118,3 mil pontos, e cede 2,67% na semana O principal índice da Bolsa de Valores não conseguiu recuperar o fôlego com a divulgação do IPCA para março, que veio acima do esperado
Victória Anhesini
por Victória Anhesini

Ibovespa fechou em queda de 0,45%, aos 118.322,26 pontos, nesta sexta-feira (8), acumulando perda de 2,67% na semana, após ganhos nas três anteriores entre 2% e 3,2%. Hoje oscilou entre mínima de 117.486,61 e máxima de 118.868,33, saindo de abertura aos 118.861,49 pontos. O giro financeiro ficou em R$ 29,7 bilhões nesta sexta-feira. No mês, cede 1,40%, mas avança 12,88% no ano.

Mesmo com inversão do sinal do dólar ao longo da tarde desta sexta-feira, o índice não encontrou força para zerar as perdas do dia e também da semana, contido desde cedo pela leitura acima do esperado para o IPCA em março, no maior nível para o mês em 28 anos.

A leitura pior do que o antecipado para o índice oficial de inflação levou o mercado a reavaliar o ciclo de alta de juros, em um contexto local e externo já menos favorável à expansão econômica em 2022, punindo em especial as ações ligadas ao consumo doméstico.

“O IPCA de 1,62% em março corresponde quase à metade da meta para o ano, o que preocupa. A perspectiva é de juros em patamares maiores e por mais tempo, com reflexo para o câmbio, que deve se valorizar. Será difícil para o BC concluir o ciclo de alta de juros em maio”, diz Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos.

“O comportamento da inflação nesses primeiros meses lembra mais o do ano passado do que o histórico do País, em que costuma ser mais alta a princípio, com desaceleração no meio e retomada no final do ano. Agora, parece se estabilizar mais uma vez em nível alto, com inflação importada: China de novo em lockdown, o que traz depois aumento de frete, além do efeito da guerra no Leste Europeu sobre safras e preços agrícolas”, acrescenta o estrategista, destacando a elevada “difusão” em março, em alta ante fevereiro.

“O índice de difusão, que já passa dos 70%, preocupa bastante. O BC terá um trabalho enorme para tentar controlar essa inflação, boa parte dela importada e pelo lado da oferta”, diz Piter Carvalho, economista da Valor Investimentos. “Para maio, deveremos ter um efeito menor, derivado da redução das tarifas de energia (elétrica), mas por outro lado sobem o dólar, a gasolina, os produtos agrícolas, com fertilizantes também mais caros”, acrescenta.

“Os preços ainda não mostram desaceleração, o cenário é de pressão, mesmo com os aumentos de juros já feitos. Com a inflação como está, não há como se ter fortalecimento da economia com o poder de compra das pessoas sendo desgastado, alcançando tanto a economia real como os mercados”, diz Samuel Cunha, economista e sócio da H3 Invest, chamando atenção também para o efeito da guerra sobre parte das cadeias de suprimentos.

Cristiane Quartaroli, economista do Banco Ourinvest, destaca que, em março, as maiores pressões vieram dos preços administrados (combustíveis e energia elétrica) e do grupo alimentação e bebidas. “A escalada nos preços das commodities tem contribuído para a pressão nos preços internos, via repasse. Com isso, o IPCA acumula alta de 11,30% nos últimos 12 meses e confirma a hipótese de que o Banco Central deve promover mais um aumento de 100 pontos na Selic em maio.”

As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta sexta.

  • Dow Jones sobe 0,40% (34.723,03 pontos)
  • S&P 500 recua 0,26% (4.488,68 pontos)
  • Nasdaq perde 1,34% (13.711,00 pontos)

dólar à vista fecha em baixa de 0,67%, a R$ 4,7089, após oscilar entre R$ 4,7010 e R$ 4,7939. Na semana, moeda sobe 0,89%.

O petróleo fechou em alta, mas acumulou perdas ao longo da semana. Operadores reavaliam os impactos da guerra entre Rússia e Ucrânia, diante de notícias de liberação de reservas estratégicas da commodity pela Agência Internacional de Energia (AIE) e Estados Unidos. O lockdown em Xangai também esteve no radar.

O petróleo WTI para maio fechou alta de 2,32% (US$ 2,23), a US$ 98,26 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), enquanto o Brent para junho subiu 2,19% (US$ 2,20), a US$ 102,78 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Os contratos acumularam perdas de 1,01% e 1,54%, respectivamente, na semana.

Na semana passada, os Estados Unidos se comprometeu a lançar 180 milhões de barris, em uma média de 1 milhão de barris por dia (bpd). Nesta quinta, Washington informou que, do total já anunciado, vai liberar 60 milhões de barris no âmbito do acordo da AIE, com os outros 60 milhões vindos dos demais membros.

O contrato futuro mais líquido do ouro fechou em alta nesta sexta-feira (8), estendendo os ganhos da quinta-feira. O metal precioso se mantém resiliente mesmo diante de um Federal Reserve dando sinalizações mais “hawkish” e com dólar e rendimentos dos Treasuries em alta. Para analistas, o motivo é que os investidores estão se apegando ao ouro como hedge de inflação e porto seguro.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega para junho encerrou a sessão em alta de 0,40%, a US$ 1.941,60 a onça-troy, tendo alta semanal de 0,93%.

No Ibovespa hoje, elétricas se destacam em alta, com investidores buscando opções mais defensivas, o que coloca o setor entre as maiores altas. Eletrobras  (ELET3, ELET6) liderou altas com 5,30% e 4%, respectivamente. Foi seguida por Eneva (ENEV3), que subiu 4,05%.

O pregão também foi favorável para os frigoríficos, com Marfrig (MRFG3) ganhando 3,84%, Minerva (BEEF3), que registrou +3,30, e JBS (JBSS3), com +3,09%. A única contrária do setor foi BRF (BRFS3), que caiu 2,13%.

Já acompanhando a alta do petróleo, Petrobras (PETR3, PETR4) teve elevação de 1,09% e 0,50%, respectivamente.

O setor bancário do índice fechou o dia misto, com Banco do Brasil (BBAS3) em valorização de 1,78% e Bradesco (BBDC3, BBDC4) com alta de 0,51% e 1,13%, respectivamente. Santander (SANB11) ficou na ponta oposta, com -2,64%, junto com Itaú (ITUB4), que caiu 0,19%.

Quem liderou o ranking das maiores perdas foi Via (VIIA3), com -7,93%. Varejistas e techs sofreram com a perspectiva de uma alta de juros, devido ao IPCA. Americanas (AMER3) caiu 7,72%, Magazine Luiza (MGLU3) perdeu 6,55%. Ainda, CVC (CVCB3) desvalorizou 5%, seguida de Méliuz (CASH3), com -4,66%, BRMalls (BRML3) que cedeu 4,19% e Petz (PETZ3) com redução de 3,62%.

As quedas do dólar e do minério de ferro na China afetaram Usiminas (USIM5), com -3,62% e Vale (VALE3), com -2,04%.

Maiores altas do Ibovespa:

Maiores baixas do Ibovespa:

Outras notícias que movimentaram a bolsa de valores

  • Magazine Luiza (MGLU3) e Via (VIIA3): varejistas desabam com susto da inflação
  • Azul (AZUL4) tem aumento de 68,6% no tráfego de passageiros em março

Magazine Luiza (MGLU3) e Via (VIIA3): varejistas desabam com susto da inflação

As companhias varejistas do Ibovespa – como Magazine Luiza (MGLU3)Via (VIIA3) e Americanas (AMER3) – estão tendo um dia difícil, após divulgação do índice de inflação para março, o maior do mês desde 1994.

Segundo o IPCA, os preços subiram em média 1,62% em março e acumulam alta de 11,30% nos últimos 12 meses, uma aceleração em relação ao acumulado de dezembro de 2021, em 10,06%.

Especialistas apontam que o avanço de preços é prejudicial, direta ou indiretamente, para o desempenho das empresas de varejo.

Além dos preços altos desencorajarem o consumo, a aceleração do ritmo inflacionário deve disparar uma resposta do Banco Central, neste caso sob a forma de aumento da taxa básica de juros, que aumenta ainda mais os incentivos para redução do consumo e de investimentos.

Em reação ao novo cenário, as ações das principais empresas do setor, como o Magazine Luiza, acumulam perdas superiores a 5%.

Para Fabiano Braun, sócio da Matriz Capital, a inflação subiu acima do esperado e surpreendeu o mercado. “O que deve gerar uma maior pressão para o aumento da taxa de juros. Atualmente, a Selic está em 11,75% e o último boletim Focus previa os juros fechando [o ano] em 13% a.a.”, afirmou.

De acordo com o especialista, “o setor de varejo já está sofrendo bastante com a taxa de juros alta. E a perspectiva de um aumento ainda maior pressiona a cotação das principais ações de varejo na Bolsa”.

“Hoje a queda é generalizada no segmento. Com os juros alto, a população destina seus recursos para itens básicos, deixando de lado, no momento, outros produtos”, completou.

Segundo o levantamento do IBGE, a maior alta foi constatada no setor de transportes, de 3,02% em março, que sofre influência da alta dos combustíveis. Para as varejistas, o aumento de preço da gasolina e do diesel devem encarecer o frete e reduzir a atratividade das compras, tanto online, quanto presenciais.

Na sequência estão o setor de alimentação e bebidas, alta de 2,42% em março, e de vestuário, 1,82%.

Para o presidente do Magazine Luiza, Frederico Trajano, em teleconferência de resultados há duas semanas, a inflação e a alta de juros foram os principais culpados pelo desempenho aquém da empresa no quarto trimestre de 2021.

Braun, entretanto, destaca que o cenário à frente não é todo negativo e que há a expectativa de uma redução na conta de luz – segundo o ministro Paulo Guedes, de 18% – sem “canetada” e sem impor riscos financeiros às empresas do setor.

Combustíveis reajustados pela Petrobras (PETR4) alavancaram IPCA de março

Os combustíveis reajustados nas refinarias pela Petrobras (PETR4) em 11 de março foram responsáveis, juntos, por 0,56 ponto porcentual da taxa de 1,62% registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no último mês.

No entanto, a alta no preço dos combustíveis costumam afetar os demais produtos e serviços da economia, contaminando a inflação como um todo através de diferentes componentes, explica Pedro Kislanov, gerente do Sistema de Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

  • gasolina subiu 6,95% nas bombas, impacto individual de 0,44 ponto porcentual no IPCA de março.
  • O óleo diesel aumentou 13,65%, uma contribuição de 0,03 ponto porcentual.
  • gás veicular ficou 5,29% mais caro, contribuição de 0,004 ponto porcentual.
  • gás de botijão aumentou 6,57%, impacto de 0,09 ponto porcentual.

Os aumentos influenciaram diretamente itens como transporte por aplicativo (7,98%) e etanol (3,02%), mas também outros componentes, como os alimentos consumidos no domicílio (3,09%), através do encarecimento do frete.

“A gente tem diversos outros componentes do IPCA (contaminados pelos combustíveis), não tem como especificar, porque o custo do frete acaba afetando todos os outros itens da economia”, disse Kislanov.

“De fato, o que acontece quando você tem uma alta do diesel e da gasolina é que tem um efeito em toda a economia. Todos os preços acabam sendo afetados, e isso acaba sendo repassado ao consumidor final”, afirmou o gerente do IBGE.

Kislanov lembra que a inflação do mês de março foi muito marcada pela alta nos preços dos grupos Transportes (3,02%) e Alimentação e bebidas (2,42%), que responderam juntos por cerca de 72% do IPCA. Nos alimentos comprados em feiras e mercados, os destaques negativos foram tomate, cenoura, frutas, cebola, açaí e leite.

“A gente observou altas bastante expressivas, que são explicadas não só por questões climáticas, mas muito provavelmente também pelo custo do transporte para levar esse produto até o consumidor final”, disse Kislanov.

No entanto, houve também aumentos em razão das commodities agrícolas pressionadas no mercado internacional pela invasão da Ucrânia pela Rússia, como o óleo de soja e o pão francês. “As altas de alguns preços de commodities agrícolas podem estar relacionadas à guerra, mas a gente não tem como cravar que o resultado A ou B é resultado direto da guerra”, ponderou o gerente.

A coleta de preços para o IPCA de março abrange exatamente o primeiro mês do conflito militar entre os países do leste europeu, de 25 de fevereiro a 30 de março.

Desempenho dos principais índices

Além do Ibovespa, confira o fechamento dos principais índices da bolsa hoje:

  • Ibovespa hoje: -0,45%
  • IFIX hoje: -0,19%
  • IBRX hoje: -0,50%
  • SMLL hoje: -1,13%
  • IDIV hoje: +0,37%

Cotação do Ibovespa nesta quinta (7)

Ibovespa fechou o pregão da última quinta-feira (7) em alta de 0,54%, aos 118.862,12 pontos.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

Últimas atualizações
  atualização
08.04.2022 20:37

Encerramos as transmissões de hoje. Leia na segunda mais notícias em tempo real

Confira mais notícias em tempo real nesta segunda (11).

Saiba quais os principais destaques que irão movimentar o cenário econômico: inscreva-se aqui e receba todos os dias notícias, antes da abertura do mercado, na Suno Call.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/04/1420x240-Planilha-vida-financeira-true.png

08.04.2022 20:37

TCU divulga pauta da próxima semana sem privatização da Eletrobras

O Tribunal de Contas da União (TCU) frustrou as expectativas do governo federal e publicou no período da noite desta sexta-feira, 8, a pauta de julgamento da próxima semana sem constar a análise da segunda etapa da privatização da Eletrobras. O governo aguardava que a Corte de Contas concluísse o processo até a sessão da próxima quarta-feira, 13, para conseguir finalizar a venda da estatal em um mês, até o dia 13 de maio.

O ministro Aroldo Cedraz pode, se quiser, pedir a inclusão do processo da pauta a qualquer momento.

Entretanto, como informou na quinta-feira o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), ele estará fora de Brasília nas próximas duas semanas. Segundo a pauta divulgada hoje, ele relatará somente três processos na próxima sessão.

Apesar de não estar na capital, pessoas próximas ao ministro afirmam que ele ainda pode relatar o processo virtualmente, já que as sessões do TCU ocorrem em modelo híbrido.

Por outro lado, uma ala da Corte acha difícil que isso ocorra, tendo em vista a magnitude do julgamento – considerado o mais importante do ano, até o momento, no Tribunal.

Com Estadão Conteúdo

08.04.2022 19:42

Bolsas de NY fecham sem sinal único, com ações de tecnologia sob pressão

Os mercados acionários de Nova York fecharam sem sinal único, nesta sexta-feira. Em dia de agenda modesta, as bolsas chegaram a ganhar algum impulso com um indicador dos Estados Unidos, mas sem firmar direção, com o setor de energia liderando as altas, mas papéis de tecnologia e serviços de comunicação puxaram as quedas.

O índice Dow Jones fechou em alta de 0,40%, em 34.721,12 pontos, o S&P 500 recuou 0,27%, a 4.488,28 pontos, e o Nasdaq caiu 1,34%, a 13.711,00 pontos. Na comparação semanal, o Dow Jones teve baixa de 0,28%, o S&P 500 caiu 1,27% e o Nasdaq, 3,86%.

A semana negativa para as bolsas foi marcada pela comunicação do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que reforçou expectativas de altas de juros nos EUA para conter a força da inflação. O aperto monetário tende a pressionar as ações.

Nesta sexta, os índices acionários chegaram a melhorar, após os estoques no atacado dos EUA avançarem 2,5% em fevereiro ante janeiro, acima da previsão de alta de 2,1% dos analistas. O sinal misto, de qualquer modo, continuou nas bolsas. Investidores se posicionavam ainda para o início da temporada de balanços corporativos, enquanto continuavam a monitorar a guerra na Ucrânia e as consequentes sanções contra a Rússia.

O Nasdaq ficou mais pressionado, com os setores de tecnologia e serviços de comunicação em território negativo. Apple caiu 1,19%, Amazon recuou 2,11%, Microsoft perdeu 1,46% e Alphabet, 1,91%. Twitter, por sua vez, teve baixa de 3,75%, após ganhos recentes, e IBM caiu 0,64%.

Já o setor de energia mostrou força, em dia de alta do petróleo, com ExxonMobil em alta de 2,10% e Chevron, de 1,69%. Entre outros papéis importantes, Citigroup subiu 1,70%, JPMorgan avançou 1,83% e Goldman Sachs, 2,30%, entre os bancos, mas Boeing recuou 1,56%, limitando os ganhos do índice Dow Jones.

Com Estadão Conteúdo

08.04.2022 17:23

Ibovespa fecha em baixa de 0,45%, aos 118.322,26 pontos, depois de oscilar entre 117.486,61 e 118.868,33

Volume financeiro soma R$ 29,6 bilhões; na semana, índice caiu 2,67%

08.04.2022 17:23

Dólar à vista fecha em baixa de 0,67%, a R$ 4,7089, após oscilar entre R$ 4,7010 e R$ 4,7939

Na semana, moeda sobe 0,89%

08.04.2022 14:38

Bolsas da Europa fecham em alta, recuperando perdas antes de eleição francesa

Os mercados acionários da Europa registram ganhos nesta sexta-feira (8), mas não tiveram sinal único em toda a semana atual. Nesta sexta, houve recuperação após perdas recentes, com investidores à espera do primeiro turno presidencial na França. Além disso, a guerra na Ucrânia e seus desdobramentos, como sanções, seguiam como foco importante.

 

  • Stoxx 600: +1,31% (460,97 pontos)
  • FTSE 100 (Londres): +1,56% (7.669,56 pontos)
  • DAX (Frankfurt): +1,46% na sessão (14.283,67 pontos)
  • CAC 40 (Paris): +1,34% (6.548,22 pontos)
  • FTSE MIB (Milão): +2,13% (24.819,15 pontos)
  • Ibex 35 (Madri): +1,64% (8.606,40 pontos)
  • PSI 20 (Lisboa): +0,71% (6.106,11 pontos)

Nesta sexta, a União Europeia formalizou a adoção do quinto pacote de sanções contra a Rússia, em meio a acusações de crimes de guerra na Ucrânia. As medidas incluem um embargo às exportações de carvão russo e o bloqueio ao acesso de embarcações russas a portos da UE.

08.04.2022 13:35

Dólar comercial opera em alta de 0,11%, a R$ 4,746

A alta do dólar vem do movimento da disparada dos Treasuries dos Estados Unidos, que acabam fortalecendo a moeda americana no mercado internacional.

08.04.2022 13:28

Ibovespa hoje opera em queda de 0,26%, aos 118,5 mil pontos

O Ibovespa hoje perde 0,26%, aos 118.577 pontos. As ações ligadas ao ciclo econômico doméstico ocupam o grupo das maiores quedas, na esteira da aceleração do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em março para uma taxa superior à esperada pelo mercado.

O IPCA de março ficou em 1,62% (de 1,01% em fevereiro), superando o teto das estimativas na pesquisa Projeções Broadcast, que era de 1,44%. É a taxa mais elevada desde janeiro de 2003 (2,25%). No acumulado do ano, ficou em 3,20%. O resultado acumulado em 12 meses foi de 11,30%, também acima do teto das estimativas, que era de 11,11%.

A alta das ações da Eletrobras (ELET3, ELET6) de 5,52% e 4,55%, respectivamente, reflete debates no governo sobre privatização da empresa recentemente, embora duvide que o processo avançará em ano eleitoral.

Na ponta oposta, quem lidera é Via (VIIA3) com 7,16%, seguida de Americanas (AMER3), com recuo de 6,26%, e Magazine Luiza (MGLU3), que cedia 5,79%.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

08.04.2022 12:05

Veja a rentabilidade dos títulos do Tesouro Direto

Confira abaixo a taxa de rentabilidade dos títulos do Tesouro Direto:

08.04.2022 12:03

Dólar cai a R$ 4,74 com IPCA sugerindo alta maior da Selic e fluxo positivo

O dólar registrou mínima a R$ 4,71 no mercado à vista na manhã desta sexta-feira, mas agora na casa dos R$ 4,74. O câmbio precifica o IPCA de março acima do esperado, porque indica que o ciclo de alta da Selic pode não acabar em maio e o BC pode ter de esticar o aperto monetário, favorecendo o “carry trade” com real, afirma o estrategista-chefe do grupo Laatus, Jefferson Laatus. Além disso, o estrategista afirma que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, deixou no ar ontem que o BC pode ser obrigado a subir juros além de maio.

Antes de se firmar em baixa, o dólar abriu com sinais mistos, de alta na cotação spot e baixa do dólar futuro para maio em meio a ajustes ao fechamento de ontem, a R$ 4,78. Mas a moeda americana inverteu o sinal rapidamente e passou a exibir viés de baixa, acompanhando o persistente recuo do dólar futuro e também uma leve desvalorização no exterior ante peso mexicano e peso chileno em manhã de apetite por ativos de risco no exterior.

Por volta das 12h, o dólar hoje caía 0,07%, a R$ 4,75. O dólar para maio recuava 0,85%, a R$ 4,74.

08.04.2022 11:49

Varejo acentua perdas após IPCA recorde em março

Papéis do varejo estão entre as maiores quedas do Ibovespa no fim da manhã desta sexta-feira (8). Segundo dados do IBGE, o índice oficial de inflação, o IPCA, aponta aumento médio de 1,62% nos preços. No acumulado de 12 meses, os preços tem valorização média de 11,30%, a maior em dois anos.

Por conta disso, as ações da Via (VIIA3) recuam 6,91% e lideram as perdas do Ibovespa. Na sequencia, os papéis das Americanas têm queda de 6,75%, os da Magazine Luiza (MGLU3), 6,10%. Petz (PETZ3) caem 3,81% e Natura, 3,00%.

Às 11h50, o Ibovespa recuava 0,43% a 118.355 mil pontos.

08.04.2022 10:33

Ibovespa abre em queda aos 0,8%

O Ibovespa hoje abre em queda de 0,8% após a divulgação do IPCA de março, acima do esperado e no pior patamar desde a implementação do Plano Real.

No ano, o IPCA acumula alta de 3,20% e, nos últimos 12 meses, de 11,30%, acima dos 10,54% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.

Com o panorama macroeconômico, especialmente as varejistas caem; Via (VIIA3) cai 6%, Magazine Luiza (MGLU3), 5,4%; e Americanas (AMER3) 4%.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/03/1420x240-Controle-de-Investimentos.png

08.04.2022 09:42

Gol (GOLL4) fará aumento de capital de até R$ 2,873 bi

O Conselho de Administração da Gol (GOLL4) aprovou um aumento de capital no montante de, no mínimo, R$ 948.319.969,71 e, no máximo, R$ 2.873.696.916,70, mediante a emissão de até 67.347.010 ações preferenciais.

O preço de emissão por ação preferencial será de R$ 42,67, com base no preço da cotação de fechamento das ações na B3 dos últimos 60 pregões, acrescido de ágio de 257,36% (Prêmio).

A operação ocorre diante do acordo de cooperação comercial firmado com a American Airlines, que previa o aumento de capital e subscrição das ações pela companhia americana.

O acordo firmado entre as duas empresas em fevereiro do ano passado previa também um master cooperation agreement, aditamentos ao contrato de codeshare existente, e frequent flyer agreements (acordos operacionais), a serem celebrados no fechamento da operação, o que inclui, entre outras coisas, obrigações de exclusividade para acordos de codeshare, interline e programas de fidelidades pelo período de três anos a partir do Fechamento.

08.04.2022 09:42

Subsidiária da Localiza (RENT3) compra fatia da Voll

A Localiza Fleet, subsidiária de gestão de frotas da Localiza (RENT3), comprou uma fatia da Voll Soluções em Mobilidade Corporativa, que oferece soluções digitais em mobilidade, viagens, e gestão de despesas para o setor corporativo. O valor do negócio não foi informado.

A compra feita pela Localiza visa melhorar a experiência e facilitar o dia a dia dos usuários e gestores corporativos.

Em comunicado enviado à CVM, a empresa diz acreditar que a aquisição irá gerar valor ao negócio, ampliando a sua relevância no ecossistema de mobilidade, expandindo a gama de soluções ofertadas aos seus clientes corporativos e aumentando a frequência de relacionamento.

A companhia também comunicou que a aquisição, ainda condicionada ao cumprimento de cláusulas suspensivas, foi recomendada pelo Conselho de Administração e aprovada em Assembleia Geral da companhia, nos termos do Estatuto Social desta e por força da Lei 6.404/76.

08.04.2022 09:42

BRMalls: participação da Capital International Investors sobe para 9,2%

A BRMalls (BRML3) informou que a Capital International Investors, divisão independente de investimentos da Capital Research and Management Company, passou a administrar 76.518.699 de suas ações ordinárias de emissão, o que corresponde a 9,238% do capital social da BRMalls.

08.04.2022 09:42

Papéis brasileiros em alta em Nova York

No pré-mercado americano, o EWZ – ou “Ibovespa dolarizado” -, principal ETF brasileiro negociado nos EUA, avança 0,01%.Em Nova York (EUA), os recibos de ações (ADRs) da Vale (VALE3), maior empresa aberta brasileira, têm alta de 1,22%.

Os recibos de ações da Petrobras (PETR4) também operam com valorização, de 0,65%.

08.04.2022 09:42

Mercado de commodity em alta deve impulsionar empresas do setor

O mercado de commodities opera aquecido nesta sexta-feira (8). O Índice Bloomberg de Commodity opera em alta de 0,49%, cotado a US$ 125,54.

As cotações do petróleo seguem direções opostas, acomodando a volatilidade dos últimos dias. O barril de petróleo Brent opera em queda de 0,02% a US$ 100,56, enquanto o barril de WTI tem valorização de 0,39%, cotado a US$ 96,41.

Na semana, entretanto, o petróleo deve encerrar em queda de cerca de 3%, após anúncio de aumento da oferta dos países membros da International Energy Agency (IEA).Em Dalian, na China, o minério de ferro tem valorização de 0,66%. A tonelada da commodity é comercializada a US$ 144,33.

O cobre, usado na indústria de eletrônicos, tem valorização de 1,10%, enquanto o ouro cede 0,08%.

Entre as commodities agrícolas, a cotação do milho na Bolsa de Chicago tem desvalorização de 0,10%. O trigo avança 0,22% e a soja, 0,38%.

08.04.2022 09:39

IPCA: Inflação acelera para 1,62% em março, maior para o mês desde 1994

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), inflação oficial do Brasil,  acelerou para 1,62% em março, após ficar em 1,01% em fevereiro.

Esse foi o maior resultado para o mês de março desde 1994 (42,75%), antes da implantação do Real.

No ano, o IPCA acumula alta de 3,20% e, nos últimos 12 meses, de 11,30%, acima dos 10,54% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.

Em março, os principais impactos vieram dos transportes e de alimentação e bebidas. Os dois grupos, juntos, contribuíram com cerca de 72% do índice do mês.

No caso dos transportes, a alta foi puxada, principalmente, pelo aumento nos preços dos combustíveis (6,70%), com destaque para gasolina (6,95%), que teve o maior impacto individual (0,44 p.p.) no indicador geral.

“Tivemos um reajuste de 18,77% no preço médio da gasolina vendida pela Petrobras (PETR4) para as distribuidoras, no dia 11 de março. Houve também altas nos preços do gás veicular (5,29%), do etanol (3,02%) e do óleo diesel (13,65%). Além dos combustíveis, outros componentes ajudam a explicar a alta nesse grupo, como o transporte por aplicativo (7,98%) e o conserto de automóvel (1,47%). Nos transportes públicos, tivemos também reajustes nas passagens dos ônibus urbanos em Curitiba, São Luís, Recife e Belém”, detalha o gerente do IPCA, Pedro Kislanov.

08.04.2022 09:19

Ibovespa futuro abre em queda de 0,33%

O Ibovespa futuro abre em retração de 0,33% na contramão dos mercados internacionais, sinalizando uma nova abertura no vermelho.

O índice lida com a variação mensal do IPCA de 1,62%, acima do esperado pelo mercado. O anualizado é de 11,30%.

O mercado também lida com dados do aperto monetário nos EUA e inflação acima do esperado na Europa. Ainda assim, as bolsas mundiais sobem.

O premarket de Wall Street mostra alta de 0,37% no Dow Jones e 0,28% no S&P.

Na Europa, alta de 1,15% no Stoxx-600, 1,23% na Alemanha e 1% no Reino Unido.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2021/09/960x136-1-1.png

Receba atualizações diárias sobre o mercado diretamente no seu celular

WhatsApp Suno