Ibovespa fecha em alta pelo 3º pregão seguido; aéreas e Braskem (BRKM5) disparam
GOLL4, AZUL4, CVCB3 e EMBR3 DISPARAM | Petrobras (PETR4) rebate Bolsonaro!
O Ibovespa encerrou o pregão desta segunda-feira (6) em alta de 1,70%, alcançando 106.859 mil pontos. Foi o melhor patamar em quase um mês, desde 12 de novembro. A Bolsa brasileira acompanhou o mercado externo, como as bolsas europeias e a maioria dos índices futuros americanos, que subiram com os estudos preliminares indicando que a nova variante de coronavírus Ômicron não tende a causar casos graves da doença. Isso afasta a possibilidade de adoção de medidas restritivas pelo mundo.
No entanto, os investidores que acompanham de perto o Ibovespa estão ligados nas incertezas internas, como os ruídos políticos envolvendo a Petrobras (PETR4), a espera da promulgação da PEC dos Precatórios e o Copom, que decide a taxa básica de juros, a Selic, na quarta-feira (8).
No início do pregão, o Ibovespa abriu em alta de 0,7% aos 105.872 pontos, acompanhando as perspectivas positivas do cenário global e ampliando a recuperação dos últimos dois pregões. Agora no final, atenuou a alta para 1,87%
“A maioria dos mercados fechou no positivo após os estudos afirmarem que a nova cepa não tende a causar casos graves de covid”, disse a Ativa Investimentos.
Exterior positivo
A percepção é de que, com os riscos que vinham impedindo uma alta nas últimas semanas minimizados – o imbróglio com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios e os riscos com a variante Ômicron da covid-19 – a bolsa encontrou espaço para se equiparar aos mercados internacionais. A avaliação dos estrategistas ouvidos pelo Broadcast é de que o índice brasileiro estava subvalorizado e hoje encontrou no exterior positivo e na alta sustentada das commodities o impulso necessário para correr atrás do prejuízo.
“Com cenário político mais ameno, agenda de indicadores mais esvaziada e o mercado brasileiro muito subavaliado, contando com cenário internacional positivo, isso faz com que a gente tenha, mesmo com dólar a quase R$ 5,70, um Ibovespa expressivamente positivo hoje”, comenta Ariane Benedito, economista da CM Capital. Na máxima do dia, o índice chegou a tocar os 107.498,23 pontos, uma alta de 2,31% frente aos 105.069,69 pontos da abertura e também mínima do dia.
Para Flávio Aragão, sócio da 051 Capital, a resolução de boa parte do imbróglio em torno da PEC dos Precatórios retira uma pedra no sapato dos investidores. “Você tinha um mercado lá fora bem bom nos últimos meses e aqui muito travado com Brasília. A PEC está praticamente encerrada, tira um risco muito elevado do mercado. É um grande ponto de virada do mercado”, aponta.
Na última quinta-feira, a PEC foi aprovada pelo Senado mas, como teve várias alterações por parte dos parlamentares, precisará passar pelo crivo da Câmara novamente. Ambas as casas avaliam hoje, em reunião de presidentes e lideranças, se vão promulgar trechos consensuais ou se tentarão votar toda a matéria – e, sobretudo, se isso será possível esse ano. O fatiamento da proposta não causa grande incômodo ao mercado, que acredita que o principal problema – no que diz respeito a abertura de espaço fiscal com a mudança no teto de gastos – parece ser um consenso e está resolvido dentro da PEC.
Com a retirada do risco doméstico, o Ibovespa encontrou espaço para seguir o bom humor externo. Com notícias de que a variante Ômicron pode não ser tão letal quanto a delta, as bolsas americanas e europeias tiveram um dia de ganho robusto, com Dow Jones fechando em alta de 1,87%.
Para o banco singapuriano DBS Bank, essa semana será “crucial” para uma leitura melhor sobre a severidade da Ômicron. “Até o momento, mortes e admissões hospitalares estão silenciosas em relação ao aumento de casos na África do Sul. Assumindo 1 a 2 semanas de defasagem (entre a contaminação e os efeitos mais graves), como esses dois itens vão se comportar vai direcionar o sentimento do mercado”, aponta em análise publicada nesta segunda-feira.
Ibovespa: commodities dão impulso
Além disso, as commodities também deram impulso para o comportamento positivo do Ibovespa hoje. O petróleo fechou em forte alta nessa segunda-feira, com o WTI para janeiro em alta de 4,87% e o Brent para fevereiro, 4,58%, com a amenização do risco Ômicron sobre a demanda global. Com isso, as ações da Petrobras (PETR4), PetroRio (PRIO3) e Braskem Braskem (BRKM5) avançaram, com esta última entre as maiores altas do índice (9,75%).
A alta do minério também levou a Vale a uma alta de mais de 5%. O índice setorial de materiais básicos da bolsa fechou com avanço robusto de 3,68%.
Aragão, da 051 Capital, emenda que, com a curva de juros menos pressionada nos vencimentos mais longos, com os riscos ao ritmo de recuperação da atividade global, o investidor começa a ficar mais confortável na bolsa. “Começa a ter juros mais aceitáveis. E já começa a colocar em dúvida para o investidor se vai sacar de fundos, diminuir aportes. (…). Acredito que a grande diferença é que Brasília está permitindo que os juros tirem pressão da parte de equities”, completou.
Após ter apanhado nos últimos meses, o varejo teve desempenho positivo nesta segunda-feira. Com a curva de juros fechando na ponta mais longa e uma expectativa menos pessimista em relação à variante Ômicron do coronavírus, o índice de consumo teve desempenho de 1,06%. Destaque para Marisa Lojas (AMAR3) que, após capitalização de R$ 249,99 milhões, chegou a ter ações negociadas em alta de mais de 15%.
As notícias melhores sobre o risco da nova variante também retiram pressão das aéreas, com Gol (GOLL4), +11,34%, e Azul (AZUL4), +10,57%, entre as principais altas do Ibovespa. “As aéreas foram muito subavaliadas com a expectativa sobre a Ômicron na semana passada. Hoje, além da reprecificação, tem os ganhos do próprio papel, que entram no preço, a propensão a risco”, explica Ariane, da CM Capital.
Maiores altas do Ibovespa
Na liderança das maiores altas está a Gol que divulgou hoje os números prévios de tráfego do mês de novembro de 2021, em comparação com o mesmo período de 2020. A companhia aérea teve alta de 17,1% na demanda (RPK, sigla para passageiros por quilômetro transportados) por voos em novembro. O alívio com a variante ômicron fez as ações da empresa e as aéreas, assim como as da Embraer (EMBR3) e a CVC (CVCB3).
Já a oferta (ASK, assentos por quilômetro) total de voos cresceu 20,4% em comparação com igual mês do ano passado. A taxa de ocupação doméstica da Gol foi 82,4%. O volume de decolagens aumentou 27,4% e o total de assentos cresceu 25,3%.
A alta do minério de ferro valorizou ações como as da Vale (VALE3) e o avanço dos preços do petróleo em 2% beneficiou a Braslem (BRKM5).
Veja abaixo as cinco maiores altas do Ibovespa:
- GOL (GOLL4): +11,80% // R$ 16,96
- Braskem (BRKM5): +10,61% // R$ 66,92
- Azul (AZUL4): +10,48% // R$ 24,78
- Americanas (AMER3): +7,73% // R$ 29,96
- Lojas Americanas (LAME4): +7,02% // R$ 29,96
Maiores baixas
A Méliuz configurou a maior queda do Ibovespa hoje. É válido lembrar que a companhia está queda desde o dia 26 de julho, com uma baixa acumulada de 75,34%
- Méliuz (CASH3): -11,40% // R$ 3,03
- Rede D’Or (RDOR3): -3,49% // R$ 47,60
- Rumo (RAIL3): -3,04% // R$ 17,55
- Cosan (CSNA3): -1,74% // R$ 21,98
Índices Internacionais
A maioria dos indicadores fechou o pregão em alta com ressalva do mercado asiático, que encerrou as negociações pela manhã (no horário de Brasília) em queda devido ao novo temor de calote da chinesa Evergrande.
Notícias que movimentaram o Ibovespa hoje:
CCR (CCRO3) dispara 6% com possível entrada de fundo canadense e OPA das ações
As ações da CCR (CCRO3) dispararam no Ibovespa nesta segunda-feira (06), com a notícia de que o fundo de pensão canadense Caisse de Dépôt et Placement du Québec (CDPQ) está interessado em adquirir a participação da Andrade Gutierrez na empresa.
As informações são do colunista do jornal O Globo Lauro Jardim, que informou a contratação do Bank of America e do Santander (SANB11) pelo CDPQ para assessoria na aquisição da CCR.
Por volta das 12:30, as ações da CCR subiam 6,21%, valendo R$ 13,34, entre as cinco mais maiores altas do Ibovespa do dia. Na máxima, os papéis encostaram em 7% de alta, sendo negociados a R$ 13,55.
Além da aquisição, o colunista afirmou que o interesse final do fundo de pensão canadense é fechar o capital da companhia.
Atualmente, a empresa está avaliada em R$ 26,52 bilhões e, de acordo com a XP Investimentos, um fechamento de capital da CCR poderia resultar em um upside para os acionistas minoritários no momento da venda.
A participação da Andrade Gutierrez na CCR é de 14,86%, o equivalente a R$ 3,94 bilhões.
Ômicron: dados indicam que a variante infecta vacinados de forma “leve”; Brasil registra 6 casos
Dados preliminares sobre a nova variante Ômicron indicam que o vírus infecta pessoas já vacinadas, mas os casos tendem a ser leves. As informações são da província de Gauteng, epicentro da Ômicron na África do Sul. O país ainda relatou que os pacientes da variante não estão alimentando o aumento de hospitalizações.
A Agência de Segurança e Saúde britânica informou que, de um grupo de 22 casos de Ômicron no país, apenas seis infectados não estavam vacinados e dois tinham status vacinal desconhecido. No Brasil, já se sabe que os três primeiros casos também eram pessoas com esquema vacinal completo. Nos EUA, há um caso positivo em pessoa vacinada com três doses.
O geneticista Salmo Raskin, em entrevista ao O Globo, afirma que a comunidade científica já sabia que a variante tem escape à infecção natural. Isso quer dizer que quem já se infectou com outra variante de Covid não está protegido contra a Ômicron.
Os dados de agora indicam que há escape para quem está vacinado também. Entretanto, as constatações ainda são iniciais devido a limitação de dados que chegam da África e da Inglaterra.
“Agora que já passaram três semanas desde a detecção da Ômicron, o número de casos graves é pequeno e não houve mortes confirmadas. Então, dados preliminares sugerem que as pessoas vacinadas não vão ter uma doença grave”, disse Raskin ao O Globo
Petrobras (PETR4) rebate Bolsonaro e diz que “não há nenhuma decisão de reajuste”
A Petrobras (PETR4) informou há pouco que não antecipa as decisões de reajuste no preço de combustíveis e reforçou que “não há nenhuma decisão tomada por seu Grupo Executivo de Mercado e Preços (GEMP) que ainda não tenha sido anunciada ao mercado”.
O comunicado foi feito aos acionistas da empresa logo antes da abertura da negociação do mercado à vista, nesta segunda-feira (6).
A declaração da estatal, entretanto, choca com o que afirmou o presidente Jair Bolsonaro neste fim de semana. Em entrevista ao site Poder 360, Bolsonaro disse que a Petrobras iria reduzir o preço dos combustíveis às distribuidoras já nesta semana, em linha com a redução no valor da cotação do petróleo.
Nas últimas duas semanas, o preço da commodity tipo Brent, caiu US$ 10.
Segundo o comunicado da petroleira estatal, “a Petrobras, em relação às notícias veiculadas na mídia a respeito de expectativa de novos reajustes nos preços de combustíveis, esclarece que ajustes de preços de produtos são realizados no curso normal de seus negócios e seguem as suas políticas comerciais vigentes”.
“A Petrobras reitera seu compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado, ao mesmo tempo em que evita o repasse imediato das volatilidades externas e da taxa de câmbio causadas por eventos conjunturais”, completa o texto.
Veja o fechamento dos mercados internacionais abaixo:
- S&P 500: +1,17% (EUA)
- NASDAQ: +0,93% (EUA)
- DAX: +1,39% (Alemanha)
- FTSE: +1,54% (Reino Unido)
- CAC: +1,48% (Paris)
- FTSE MIB: +2,16% (Itália)
- SHANGHAI: -0,50% (China)
Última cotação do Ibovespa
Na última sessão, sexta-feira (3), o Ibovespa encerrou o pregão em leve alta de 0,3%, a 140.780,44 mil pontos.
(Com informações do Estadão Conteúdo)
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Veja as últimas notícias que movimentaram o mercado
Bolsas de NY fecham em alta, com menor temor pela variante Ômicron
As bolsas de Nova York fecharam em alta, com as preocupações em torno da variante Ômicron do coronavírus cedendo espaço para a busca por barganhas, após quedas acumuladas nos últimos dias. Setores mais ligados ao quadro pandêmico, com aéreas e petroleiras, tiveram ganhos importantes.
O índice Dow Jones subiu 1,87%, a 35227,03 pontos, o S&P 500 avançou 1,17%, a 4591,67 pontos, e o Nasdaq teve alta de 0,93%, a 15225,15 pontos.
Sobre a Ômicron, o Goldman Sachs destaca que do “lado mais tranquilizador, a concentração de infecções recentes entre os grupos mais jovens e menos vacinados sugere pelo menos alguma imunidade da vacina contra infecções”. Além disso, segundo o banco, a maioria dos especialistas prevê uma proteção vacinal significativa contra hospitalização, especialmente após reforços, enquanto a gravidade da doença condicionada ao estado de vacinação parece semelhante ao da variante delta ou mais benigna.
A percepção corrobora as falas de Anthony Fauci, o principal assessor da Casa Branca sobre temas relacionados à pandemia, ontem à CNN. Segundo ele, os sinais até agora são “encorajadores”, e a maioria dos casos indica que as pessoas apresentam sintomas leves. Neste cenário, aéreas dispararam, com alta de American Airlines (+7,88%), Delta Air Lines (+6,00%) e United Airlines (+8,32%). Também ligadas a viagens, Airbnb (+8,46%) e Booking (+5,34%) avançaram. O avanço nos preços do petróleo contribuiu para os ganhos e petroleiras como Chevron (+1,56%), ExxonMobil (+1,13%), Occidental Petroleum (+2,33%) e ConocoPhillips (+2,39%).
Depois de tombar mais de 20% na última sessão seguindo o anúncio de que deixará Nova York, as ações da Didi subiram quase 10% hoje. As disputas entre EUA e China ganharam mais um contorno hoje, com a confirmação oficial do boicote diplomático de Washington à Olimpíada de inverno de Pequim em 2022 por alegações de violações de direitos humanos.
Outra alvo de atenção, a recente queda das criptomoedas pesou nos papéis da Coinbase, que caíram 0,91%.
As ações de empresas intensivas em tecnologia, que pela manhã sofreram com o avanço dos juros dos Treasuries, se recuperaram durante o pregão e fecharam em alta, com destaque para Meta (+3,59%), Apple (+2,15%), Intel (+3,53%) e Twitter (+5,70%).
Dólar fecha em alta de 0,18%, a R$ 5,69
Dólar fecha em alta de 0,18%, a R$ 5,6903, depois de oscilar entre R$ 5,6380 e R$ 5,7020.
Segundo o economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez, o dólar passou a subir em meio ao avanço dos juros dos Treasuries e do índice DXY, que compara o dólar ante seis divisas fortes, à medida que os investidores estão focados na perspectiva de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) acelere o ritmo do tapering das compras de bônus em 2022, após a última reunião de política monetária deste ano, que acontece na semana que vem, no dia 15.
Além disso, Sanchez aponta que o mercado de câmbio acompanha a promulgação da PEC dos Precatórios, que trava a votação de um Orçamento crível para 2022, dificultando a execução orçamentária no começo do próximo ano, além de estar no radar a definição sobre o fundo eleitoral em meio à articulações no Congresso para derrubar o veto do presidente ao fundo eleitoral, liberando mais recursos para os gastos com as campanhas eleitorais no próximo ano.
Ibovespa mantém tendência de alta; Vale (VALE3) sobe 5%
O Ibovespa mantém tendência de alta. Ações da Vale (VALE3) sobem com o preço do minério de ferro, que fechou hoje com valorização de 0,46%, cotado a US$ 102,83 a tonelada. Aéreas e Braskem (BRKM5) e Embraer (EMBR3) estão entre as maiores altas.
Ouro fecha em queda, pressionado por dólar forte e alta dos juros dos Treasuries
O ouro fechou em queda nesta segunda-feira, pressionado pela força do dólar no mercado cambial, que encarece o metal e o torna menos atraente a detentores de outras divisas, já que ele é cotado na divisa americana. A forte alta dos juros dos Treasuries também pesou sobre a commodity, uma vez que ambos concorrem como reserva de segurança de investidores.
Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para fevereiro recuou 0,25%, a US$ 1.779,50 por onça-troy.
Mais cedo, antes dos juros dos Treasuries passarem a subir em bloco, o ouro se valorizava à medida que repercutia o fraco payroll de novembro nos EUA, com investidores refletindo sobre o impacto do indicador nos planos de aperto monetária do Federal Reserve (Fed). O Commerzbank, no entanto, avalia que o dado não fará com que o BC dos EUA abandone a ideia de acelerar o tapering após a reunião de dezembro do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês).
“De modo geral, o mercado de trabalho dos EUA continua se recuperando. Nossos economistas, portanto, ainda esperam que o Fed acelere o ritmo da redução de estímulos na reunião da próxima semana e já prepare o término do processo para março de 2022. O ímpeto final para isso provavelmente será dado pelo índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de novembro, que será publicado nesta sexta-feira e provavelmente atingirá seu nível mais alto em quase 40 anos”, projeta o banco alemão.
A perspectiva de um aperto monetário mais agressivo pela Fed tende a pressionar o ouro, ao passo em que provê força ao dólar e aos juros dos Treasuries ao mesmo tempo.
Bolsas da Europa fecham em alta, com análise positiva sobre impacto da Ômicron
Após duas sessões de queda, as bolsas da Europa voltaram a fechar em alta nesta segunda-feira. No final do pregão, a aceleração das bolsas de Nova York deu novo impulso aos índices europeus. Durante o dia, predominou nos mercados uma maior positividade com relação aos impactos da variante Ômicron na economia.
O analista da CMC Markets, Michael Hewson, destaca que “as preocupações com a Ômicron continuam a diminuir com novas evidências de sintomas leves e, até agora, nenhuma morte relatada por causa da cepa”.
Nesse cenário, o índice Stoxx 600, que mede o desempenho de 600 empresas por todo o continente, subiu 1,28%, para 468,71 pontos.
Em Frankfurt, o DAX fechou em alta de 1,39%, para 15.380,79 pontos, e o CAC 40 subiu 1,48%, para 6.865,78 pontos, em Paris.
A valorização do petróleo ofereceu suporte aos papéis de energia, e ações da BP e Shell subiam 1,82% e 1,66%, respectivamente. O movimento deu força ao índice londrino FTSE 100, que fechou em alta de 1,54%, aos 7.232,28 pontos.
Ibovespa amplia quedas e retoma os 107 mil pontos
Por volta das 12h20 o Ibovespa operava em 2% de alta, aos 107.254 pontos, demonstrando uma recuperação ante os pregões anteriores.
Apesar de a Braskem (BRKM5) e a BRF (BRFS3) lideraram as altas do Ibovespa, subindo 7% e 6,8%, respectivamente, há destaque no índice para a CCR (CCRO3).
A empresa, que já estava nas maiores altas da abertura, pode ter seu capital fechado pelo interesse de um fundo canadense.
Segundo o colunista Lauro Jardim do jornal O Globo o fundo canadense CDPQ, com cerca de US$ 300 bilhões sob gestão, contratou duas instituições financeiras para assessorá-lo na compra de uma parte da companhia.
Segundo a coluna, a fatia do capital social seria a que é atualmente detida pela Andrade Gutierrez.
Com a conclusão da venda de cerca de 15% da Andrade Gutierrez na empresa, seria eliminada a pressão vendedora nas ações da CCR, além de uma possível melhora na governança e um fechamento de capital da companhia.
Caso a oferta seja feita e a companhia, de fato, saia da bolsa, o movimento poderia representar uma valorização para o acionista minoritário na eventual venda do controle da CCR.
Dólar sobe 0,5% no intradia
O dólar opera em alta de 0,48% no intradia frente ao real, favorecendo as companhias dolarizadas do índice.
Há influência da melhora do cenário global, com recuperação das bolsas americanas, além dos movimentos recentes do Federal Reserve (Fed) – que já sinalizam uma redução de estímulos ainda em 2021.
BRF (BRFS3), Braskem (BRKM5) e Banco Inter (BIDI11) despontam
Na ponta positiva do Ibovespa, a BRF (BRFS3) lidera o índice em conjunto com bancos e commodities. Na ponta negativa, Méliuz (CASH3) volta a cair em conjunto com a Locaweb (LWSA3).
Maiores altas do Ibovespa:
- BRF (BRFS3): +6,4%
- CCR (CCRO3): +5,1%
- Banco Inter (BIDI11): +4,6%
- Braskem (BRKM5): +4,6%
- Banco Inter (BIDI4): +4,2%
Maiores baixas do Ibovespa:
- Méliuz (CASH3): -3,8%
- Locaweb (LWSA3): -3,1%
- Totvs (TOTS3): -2%
- CVC (CVCB3): -0,9%
- Soma (SOMA3): -0,8%
Ibovespa sobe em recuperação com melhora do cenário
O Ibovespa hoje abre em alta de 0,7% aos 105.872 pontos, acompanhando as perspectivas positivas do cenário global e ampliando a recuperação dos últimos dois pregões.
Com a PEC dos Precatórios, que volta à Câmara após aprovação do cenário, o mercado passa a ter mais certezas sobre o cenário fiscal, o que tira o imbróglio da frente e melhora o cenário de bolsa.
Além disso, o minério de ferro segue estável ante uma alta de 2% no petróleo e uma valorização de 0,5% no dólar no intradia, o que deixa dolarizadas e vinculadas às commodities em boa perspectiva.
No radar corporativo, o mercado digere a declaração do presidente Jair Bolsonaro sobre a Petrobras (PETR4), que afirmou ontem que que a estatal vai anunciar redução dos preços de combustíveis.
Já a Embraer (EMBR3) avançou nas parcerias dos eVOTLS, com contrato de venda de 10 unidades com a Nautilus Aviation por meio de sua subsidiária Eve Urban Air Mobility Solutions.
O Santander (SANB11) realizou, em negociações com investidores privados, a emissão de letras financeiras no montante total de R$ 5,5 bilhões com vencimentos de 10 anos.
Além disso, na ponta positiva do índice, a CCR (CCRO3) informou que a movimentação nas rodovias sob sua administração teve alta de 4,1% sobre a base anual, no período de 26 de novembro a 02 de dezembro.
Segundo a companhia, veículos de passeio tiveram aumento de 6% no período, enquanto os veículos comerciais apresentaram alta de 2,7%.
Na mesma toada, a Produção de Veículos subiu 15,1% ao passo que as Vendas de Veículos subiram 6,5%.
Veja o desempenho dos demais índices na abertura de hoje:
Ibovespa futuro sobe em recuperação com melhora do cenário global
Seguindo a tendência de recuperação dos mercados no intradia, o Ibovespa futuro opera em alta de 0,36%. O índice fechou, no pregão de sexta (3), aos 105.069 – em recuperação das mínimas do ano, ocasionadas pela nova variante e o risco fiscal.
Agora, o índice tem uma melhora com a certeza em relação ao ambiente fiscal de 2022, dada a aprovação da PEC dos Precatórios na semana passada pelo Senado.
Com isso, o projeto volta à Câmara, porém sem perspectivas de votação ainda nesta semana. Apesar disso, os investidores esperam, no mínimo, a definição de uma data para a ida ao plenário.
No cenário de indicadores, o dia segue pacato ao passo que o restante da semana deve ser atribulado.
Com novo ajuste da Selic, IPCA e IGP-M, o mercado doméstico deve ter dias agitados. Você pode conferir os principais eventos da semana aqui.
MORNING CALL - RELATÓRIO FOCUS E PEC DOS PRECATÓRIOS NO RADAR | Bolsonaro diz que Petrobras vai baixar preços
Acompanhe o Morning Call do Suno Notícias, ao vivo, a partir das 9hs.
ADR da Vale é penalizada com baixa no minério; Petrobras sobe com petróleo
A ADR da Vale sobe 0,1% no premarket em Nova York em recuperação após uma queda de 2% no pregão anterior. Negociado a US$ 12, o ativo acompanha a queda de cerca de 3% das ações ordinárias no Brasil.
A Petrobras, por sua vez, tem alta de 0,6% na sua ADR, ampliando a alta de 1,5% do último pregão. O ativo conta com a recuperação do petróleo e a melhora de perspectiva da saúde financeira da estatal.
O EWZ, ETF que representa a bolsa brasileira, fechou em 0,17 no último pregão, ante alta de 0,2% nas negociações do after hours, acompanhando a melhora do Ibovespa no mercado doméstico.
Petróleo sobe em recuperação e minério fecha em baixa
O índice de commodities da Bloomberg opera em baixa de 0,4%de 0,11% apesar da recuperação dos preços do petróleo.
Em Qingdao, o minério de ferro teve baixa de 0,32% para US$ 101 em Dalian ao passo que os contratos futuros sinalizam alta de 1,5%.
A cotação do Petróleo WTI sobe 2,43% a US$ 67,8 ao passo que o Brent sobe 2,1% a US$ 71,3.
Nos metais preciosos, o ouro cai 0,1% em conjunto com a prata, que tem baixa de 0,7% no intradia – que é de sinais mistos na Comex.
Nasdaq segue em queda após Bitcoin
As bolsas mundiais amanhecem com altas em praticamente todos os índices em uma semana turbulenta. Nos Estados Unidos, contudo, o premarket americano mostra baixas Na Nasdaq.
No caso do índice em questão, há queda drástica nos contratos futuros que já ocorria até o domingo (5) e se estende para hoje. Isso ocorre por conta da baixa do Bitcoin, o que colocou ações das techs em xeque.
Sendo um preço mais importante para as bolsas internacionais, a criptomoeda teve a sua maior queda desde meados de setembro ao longo do fim de semana. Você pode ler sobre o a queda do Bitcoin aqui.
Na Europa, os drivers são semelhantes, mas o continente conta com a publicação de indicadores relevantes.
Na Alemanha, o PMI de Construção, da IHS Markit foi de 47,9, ante um crescimento de 0,1% das vendas no varejo da Itália.
Além disso, o PMI de Construção do Reino Unido veio acima do esperado, em 55 – ante projeções de 52 para o mensal de novembro.
Veja os principais índices:
- Nova York Dow Jones (DJIA) futuro: +0,46%
- Nova York (S&P 500) futuro: +0,25%
- Nova York Nasdaq futuro: -0,17%
- Frankfurt (DAX 30): +0,10%
- Londres (FTSE 100): +0,64%
- Paris (CAC 40): +0,47%
- Milão (FTSE/MIB): +0,54%
- Euro Stoxx-600: +0,31%
- Tóquio (Nikkei 225): -0,36% (fechada)
- Xangai (SSE Composite): -0,50% (fechada)
- Hong Kong (Hang Seng): -1,76% (fechada)
- Seoul (Kospi): -0,17% (fechada)