3ª queda seguida: Ibovespa fecha aos 118,2 mil pontos; Eletrobras (ELET3) lidera altas
CHINA, RÚSSIA E JUROS NOS EUA GERAM CLIMÃO NOS MERCADOS / Elon Musk é o mais rico do mundo
O Ibovespa fecha em queda de 0,55%, aos 118.227,75 pontos, nesta quarta-feira (6). Da máxima à mínima desta quarta, oscilou dos 118.885,26, da abertura, aos 116.790,60 pontos, com giro financeiro a R$ 32,3 bilhões no encerramento. Na semana, cede 2,75%, com a terceira queda seguida do índice, e no mês cai 1,48% – no ano, o avanço está agora em 12,79%.
As perdas foram reduzidas com a confirmação, na ata do Federal Reserve, de que o ritmo de elevação dos juros de referência pode ser de 0,50 ponto porcentual nos Estados Unidos e que um aumento desta magnitude foi considerado já na reunião de março levou os índices de ações em Nova York às mínimas do dia, carregando o Ibovespa abaixo dos 117 mil pontos no pior momento da sessão, correspondente ao menor nível intradia desde 22 de março.
“A ata deixou bem clara a postura ‘hawkish’ do BC americano ao longo dos próximos meses, descartando ritmo cauteloso de alta de juros. Está bem indicada a aceleração do aumento, para 0,50 ponto porcentual em maio, já discutido na reunião anterior. As taxas de juros devem chegar a uma faixa mais próxima de 3%, em patamar mais alto do que o do último ciclo de elevação (dos juros de referência nos EUA). A ata expressa o desconforto do Fed com a inflação, batendo recordes em décadas”, diz Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos, chamando atenção para o problema global que tem sido a escalada de preços, com protestos em países tão diferentes quanto Peru, França e Espanha, bem como África e Oriente Médio.
Mercados de NY refletem a ata do Fed
Em Nova York, a divulgação da ata do Fed levou o Dow Jones e o S&P 500 em primeiro momento a limitar as perdas do dia, em terreno ainda negativo mas chegando a máximas da sessão logo após o documento.
“O mercado já vinha se ajustando há algum tempo a essa realidade mais ‘hawkish’, acompanhando a linguagem, a mensagem do Fed. Com tom mais duro (do BC americano), a curva de juros por lá já precificava 240, 250 ‘basis points’, até o fim do ano. A ata de hoje não trouxe muito além do que já era antecipado”, diz Erminio Lucci, CEO da BGC Liquidez.
Ele observa que, desde o começo do ano, o EWZ, principal ETF de ativos brasileiros em Nova York, avançou cerca de 40%, retornando a níveis de julho de 2021 – nesta quarta, teve baixa de 1,70%, a US$ 37,67. “A Bolsa aqui estava muito descontada e foi beneficiada pela busca por alternativa à Rússia entre os emergentes, com o Brasil sendo favorecido como grande produtor de commodities. O que se refletiu em fluxo para o País, também pelo ciclo de elevação de juros em estágio avançado aqui. Considerando tanto o nível atual de câmbio e de Bolsa, estamos mais próximos ao equilíbrio. Em dólar, a Bolsa andou bem”, acrescenta Lucci.
“A elevação de juros nos Estados Unidos normalmente afeta o interesse por emergentes. Mas, mesmo com os juros subindo por lá, contamos com spread importante. Há um carrego disso. E se no médio prazo o câmbio se estabilizar entre R$ 4,50 e R$ 4,70, facilita o trabalho do BC”, diz, ressalvando ser preciso manter em mente que, no segundo semestre, com a aproximação das eleições e campanhas políticas em plena marcha, a volatilidade tende a crescer.
- Dow Jones fechou em baixa de 0,42%, em 34.496,51 pontos;
- S&P 500 caiu 0,97%, a 4.481,15 pontos;
- Nasdaq teve recuo de 2,22%, a 13.888,82 pontos.
O dólar à vista fecha em alta de 1,19%, a R$ 4,7147, depois de oscilar entre 4,6483 e R$ 4,7225.
Os contratos futuros de petróleo registraram baixa acentuada, nesta quarta-feira, 6. A commodity chegou a subir cedo, com desdobramentos da guerra na Ucrânia e sanções contra a Rússia no radar, mas perdeu fôlego após relatos de que os países da Agência Internacional de Energia (AIE) liberarão 120 milhões de barris de petróleo de suas reservas para conter os preços. Um dado ruim da China reforçou cautela sobre eventuais riscos à demanda, enquanto no câmbio o dólar se fortaleceu, o que contribui para deixar o óleo pressionado.
O petróleo WTI para maio terminou em queda de 5,62% (-US$ 5,73), em US$ 96,23 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o petróleo Brent para junho recuou 5,22% (-US$ 5,57), a US$ 101,07 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
O contrato futuro de ouro mais líquido fechou em queda nesta quarta-feira, 6, pressionado por sinalizações de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) adotará aperto monetário mais duro para conter a inflação. As perdas, no entanto, foram contidas por fluxos de busca por ativos de segurança, em meio às incertezas na guerra entre Rússia e Ucrânia e dados chineses negativos.
Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega marcada para junho encerrou a sessão em baixa de 0,23%, a US$ 1.923,10 a onça-troy.
No Ibovespa hoje, o destaque é da Eletrobras (ELET3), que liderou o ranking das maiores altas com 3,76% e 2,93%, respectivamente, após a notícia de que o TCU deve apreciar a segunda parte do processo de privatização da estatal no início de maio.
Com a alta do dólar, as empresas do setor de papel também subiram. Suzano (SUZB3) subiu 2,16% e Klabin (KLBN11) ganhou 1,38%.
A Vale (VALE3) acompanhou a alta do minério de ferro na China e junto com o acordo com a J&F Investimentos para a venda de ativos no Sistema Centro-Oeste, avançou 1,51%.
As ações da Petrobras (PETR3, PETR4) tiveram fechamento misto, apesar da queda do petróleo, com +0,32% e -0,09%, respectivamente.
O setor bancário fechou sem sinal único, com Santander (SANB11) subindo 0,28%, Itaú (ITUB4) caiu 0,04%, Banco do Brasil (BBAS3) teve alta de 0,51% e Bradesco (BBDC3, BBDC4) ficou com -0,80 e 0,52%, respectivamente.
Os sinais de aperto monetário indicados pela Ata do Fed afetaram ações de techs e de consumo. CVC (CVCB3) liderou o ranking das maiores quedas, com 8,97%, seguida de Banco Inter (BIDI11), com -8,70% e Méliuz (CASH3), que caiu 8,33%. Ainda se destacaram no terreno negativo: Locaweb (LWSA3) ficou com -8,03%, Natura (NTCO3) perdeu 7,25%, Banco Pan (BPAN4) cedeu 7,08% e Grupo Soma (SOMA3), -5,95%.
Maiores altas do Ibovespa:
- Eletrobras (ELET3): +3,76% // R$ 39,50
- Eletrobras (ELET6): +2,93% // R$ 17,28
- Suzano (SUZB3): +2,16% // R$ 13,36
- Minerva (BEEF3): +1,72% // R$ 13,36
- 3R Petroleum (RRRP3): +1,54% // R$ 43,40
Maiores baixas do Ibovespa:
- CVC (CVCB3): -8,97% // R$ 15,73
- Banco Inter (BIDI11): -8,70% // R$ 18,90
- Méliuz (CASH3): -8,33% // R$ 2,42
- Locaweb (LWSA3): -8,03% // R$ 9,05
- Natura (NTCO3): -7,25% // R$ 25,84
Outras notícias que movimentaram a bolsa de valores
- Eletrobras (ELET3): TCU quer reajuste no preço por ação na privatização
- Fed pode aumentar juros em 0,5 ponto percentual na próxima reunião
Eletrobras (ELET3): TCU quer reajuste no preço por ação na privatização
A área técnica do Tribunal de Contas da União (TCU) determinou que seja reajustado o preço mínimo que o governo pretende pedir por ação na privatização da Eletrobras (ELET3), estatal com foco em geração e transmissão de energia. A revisão deve ser feita pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), responsável por modelar o processo por meio do qual a União vai emitir mais ações e reduzir sua participação na companhia – de cerca de 60% para 45%.
A conclusão da análise da segunda etapa da desestatização da Eletrobras é esperada com grande expectativa pelo governo, que começou uma ofensiva junto aos ministros do órgão fiscalizador para conseguir a aprovação até 13 de abril. Em busca de acelerar a análise, a equipe do governo fez uma ofensiva nos gabinetes dos ministros do TCU para defender a venda da empresa no prazo desejado. Mas o relator do caso, Aroldo Cedraz, jogou por água abaixo os planos do governo de concluir a votação na Corte até esta quarta, 6, ao marcar um debate para quinta, 7.
A área técnica não diz em quanto será preciso reajustar o preço mínimo por ação (que ainda está sob sigilo), mas aponta que o BNDES teria deixado de levar em conta na precificação o valor das empresas subsidiárias ao grupo Eletrobras (Chesf, Furnas, Eletrosul, Eletronorte e Eletronuclear). No governo, os ajustes foram considerados de fácil aplicação.
O TCU dividiu a análise da segunda etapa da privatização em três partes: avaliação econômico-financeira da operação, due diligence contábil e jurídica (que consiste na análise detalhada dos documentos da empresa) e, por fim, modelagem da privatização. O parecer foi concluído pelos técnicos há duas semanas e também já passou pela análise do Ministério Público junto ao TCU. Agora, cabe ao ministro-relator levar o processo ao plenário, em data ainda sem previsão.
Fed pode aumentar juros em 0,5 ponto percentual na próxima reunião
O Federal Reserve (Fed) anunciou que pretende acelerar a alta nos juros em maio, para frear a inflação. As informações constam na ata do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), do Fed, divulgada nesta quarta (6).
De acordo com a ata da reunião de política monetária realizada em março, anunciada hoje, muitos dirigentes observaram que teriam preferido um aumento de 50 pontos-base já naquele encontro. Cogitam estabelecer um aumento nesse patamar no início de maio. Essa elevação pode se repetir nas próximas reuniões do banco central americano. O motivo é o cenário econômico, que inclui, além da escalada da inflação, desdobramentos da guerra na Ucrânia e pressão adicional aos preços com o conflito no leste europeu
Em março, o Fed havia decidido elevar a taxa básica de juros da economia americana em 0,25 ponto percentual, para o intervalo de 0,25% a 0,50% ao ano. Foi a primeira alta das taxas do país desde 2018, em elevação aguardada pelo mercado.
Naquela reunião os dirigentes disseram que o motivo para a alta dos juros era a inflação no país — o que foi repetido na ata divulgada hoje. O comitê reiterou que indicadores de atividade econômica e emprego continuaram a se fortalecer — mas que a elevação de preços e a incerteza sobre a inflação fizeram os dirigentes reforçar a necessidade de aperto monetário. O quadro de aumento da inflação, com desequilíbrios na oferta e na demanda, energia e pressões mais amplas, fez os integrantes da instituição planejarem mais aumentos de juros em 2022.
A guerra na Ucrânia, diz o Fed, acentuou problemas nas cadeias de produção. Os dirigentes do Federal Reserve concordaram que seria apropriado iniciar o processo de redução do balanço patrimonial após a próxima reunião de política monetária, no total de US$ 95 bi, em maio. De acordo com a ata da reunião realizada em março, todos os dirigentes concordaram com um ritmo mais rápido de declínio nas posses de títulos do que no período 2017-19.
“Os dirigentes concordaram que os limites mensais de cerca de US$ 60 bilhões para títulos do Tesouro e cerca de US$ 35 bilhões para os MBS provavelmente seriam apropriados. Os dirigentes também concordaram em geral que os limites poderiam ser implementados em um período de três meses ou um pouco mais, se as condições de mercado assim o justificarem”, diz o texto.
A ata ressalta que nenhuma decisão sobre o plano de reduzir o balanço foi tomada na última reunião, apesar de os participantes concordarem que haviam feito “progressos substanciais” e que o Comitê estava bem posicionado para iniciar o processo de redução do tamanho do balanço.
Desempenho dos principais índices
Além do Ibovespa, confira o fechamento dos principais índices da bolsa hoje:
- Ibovespa hoje: -0,55%
- IFIX hoje: -0,07%
- IBRX hoje: -0,47%
- SMLL hoje: -2,05%
- IDIV hoje: -0,04%
Cotação do Ibovespa nesta terça (5)
O Ibovespa fechou o pregão da última terça-feira (5) em queda de 1,97%, aos 118.885,15 pontos.
(Com informações do Estadão Conteúdo)
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Radar: novo CEO da Petrobras (PETR4), BRF (BRFS3) perde CFO para a Raízen (RAIZ4), TCU quer reajuste na ação da Eletrobras (ELET3)
Veja as últimas notícias que movimentaram o mercado
Ibovespa fecha em queda de 0,55%, aos 118.227,75 pontos, depois de oscilar entre 116.790,60 e 118.885,26
Volume financeiro soma R$ 32,1 bilhões
Dólar à vista fecha em alta de 1,19%, a R$ 4,7147, depois de oscilar entre 4,6483 e R$ 4,7225
Bolsas da Europa fecham em queda, com mais sanções à Rússia e sinalizações do Fed
As bolsas europeias fecharam em firme queda nesta quarta-feira, 6, em meio a novas sanções ocidentais contra a Rússia, além de sinalizações de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) adotará postura mais contundente no combate à inflação.
- Stoxx Europe 600: -1,53% (455,97 pontos)
- FTSE 100 (Londres): -0,34% (7.587,70 pontos)
- DAX (Frankfurt): -1,89% (14.151,69 pontos)
- CAC 40 (Paris): -2,21% (6.498,83 pontos)
- FTSE MIB (Milão): -2,06% (24.447,36 pontos)
- Ibex 35 (Madri): -1,64% (8.482,10 pontos)
- PSI 20 (Lisboa): -0,56% (6.066,82 pontos)
Um dia após a União Europeia propor um quinto pacote de sanções contra Moscou, os Estados Unidos anunciaram nesta quarta uma série de novas punições, diante de acusações de crimes de guerra russos na Ucrânia. Os Estados Unidos proibiram investimentos de americanos no país, bloquearam ativos de dois grandes bancos – Sberbank e Alfa Bank – e miraram ainda algumas estatais.
(Com informações do Estadão Conteúdo)
Dirigentes do Fed avaliam que redução do balanço poderia começar após maio
Os dirigentes do Federal Reserve (Fed) concordaram que seria apropriado iniciar o processo de redução do balanço patrimonial após a próxima reunião de política monetária, em maio. De acordo com a ata da reunião realizada em março e divulgada nesta quarta-feira, 6, todos os dirigentes concordaram com um ritmo mais rápido de declínio nas posses de títulos do que no período 2017-19.
“Os dirigentes concordaram que os limites mensais de cerca de US$ 60 bilhões para títulos do Tesouro e cerca de US$ 35 bilhões para os MBS provavelmente seriam apropriados. Os dirigentes também concordaram em geral que os limites poderiam ser implementados em um período de três meses ou um pouco mais, se as condições de mercado assim o justificarem”, diz o texto.
A ata ressalta que nenhuma decisão sobre o plano de reduzir o balanço foi tomada na última reunião, apesar de os participantes concordarem que haviam feito “progressos substanciais” e que o Comitê estava bem posicionado para iniciar o processo de redução do tamanho do balanço.
(Com informações do Estadão Conteúdo)
Ibovespa cai 0,76% e perde os 118 mil pontos
O Ibovespa opera em queda de 0,76%, atingindo 117.984 pontos, às 16h20. A sessão é marcada pela queda das bolsas internacionais à vista de novas sanções à Rússia, além da esperada ata do Federal Reserve (Fed) e lockdowns na China tencionando a atividade no país.
Quem lidera o ranking das maiores altas é a Suzano (SUZB3), em alta de 2,60%, seguida pela Klabin (KLBN11) e BB Seguridade (BBSE3), avançando, 2,06% e 1,21%, respectivamente. O avanço de 1,24% do dólar favorece a companhias exportadoras, no momento cotado a R$ 4,717.
Na ponta oposta, quem lidera é CVC (CVCB3) e Banco Inter (BIDI11), recuando, 9,32% e 7,83%, na devida ordem, seguidas pela Locaweb (LWSA3), em queda de 7,93%. A abertura da curva de juros afeta negativamente as ações de crescimento, tecnologia e varejo.
ETF do Ibovespa também sofre em Nova York
No mercado americano, o EWZ – ou “Ibovespa dolarizado” -, principal ETF brasileiro negociado nos EUA, recua 0,86%.
Em Nova York (EUA), os recibos de ações (ADRs) da Vale (VALE3), maior empresa do índice Bovespa, têm valorização de 0,89%, e acompanham valorização do minério de ferro mais cedo.
Já os recibos de ações da Petrobras (PETR4) operam em queda de 0,34%, diante do imbróglio com o controle da estatal.
Commodities invertem sentido e operam em baixa nesta tarde
O mercado de commodities opera em queda no começo da tarde desta quarta-feira (6), após abertura em alta. O Índice Bloomberg de Commodity recua 0,33%, avaliado em US$ 125,79.
A cotação do petróleo recua sob pressão do anúncio da IEA de que irá despejar a produção no mercado. O barril do petróleo Brent recua 2,18% e é comercializado a US$ 104,24.O barril de petróleo WTI tem desvalorização de 2,43% e é vendido a US$ 99,48.
No mercado de metais, o minério de ferro tem queda de 0,48% no porto de Dalian, na China. A tonelada é comercializada ao equivalente de US$ 145,21. O preço do cobre cede 1,38%, enquanto o ouro avança 0,16%.
Entre as commodities agrícolas, a cotação do milho tem desvalorização de 0,76%, o trigo recua 0,57% e a soja 0,67%.
Ibovespa opera aos 118.195 pontos
Às 12h50, o Ibovespa arrefeceu o ritmo de queda e operava com recuo de 0,61% aos 118.195 pontos.
Os papéis do banco Inter (BIDI11) lideram as perdas, com recuo de 8,16% no dia, seguido pelas ações da CVC Brasil (CVCB3), com queda de 7,93% no dia. Ontem, as ações da companhia de viagens chegaram a disparar após anúncio de “festa” para comemorar a retomada do turismo.
Entre as ações que tem valorização, os papéis da Suzano (SUZB3) lideram os ganhos com avanço de 1,98% e a 3R Petroleum (RRRP3) segue, com valorização de 1,75%.
Juros sobem com Guerra e Ata do Fomc no radar
A pressão vinda do exterior, com a guerra na Ucrânia e perspectiva de aperto monetário mais agressivo nos Estados Unidos, coloca os juros futuros em alta na manhã desta quarta-feira, alinhados ao movimento dos juros dos treasuries, dólar e petróleo. Ontem as taxas fecharam em alta.
Além disso, a dois dias do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março, o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) do mês passado mostrou aceleração para 2,37%, de 1,50% em fevereiro.
A alta de 5,08% no preço da gasolina exerceu a maior pressão sobre o índice.
Apesar da alta, os juros curtos estão mais perto da estabilidade, mas com viés de alta, uma vez que o mercado já tem suas apostas em uma alta de 100 pontos-base da Selic em maio.
O mercado aguarda agora pela ata do Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) reforçando o tom “hawkish” de dirigentes do Fed em discursos recentes (15 horas, de Brasília).
A taxa do contrato de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2027 sobe a 11,13%, de 11,08% no ajuste de ontem.
O DI para janeiro de 2025 sobe a 11,39%, de 11,33% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2024 vai para 12,06%, de 12,00% e o para janeiro de 2023 marca máxima de 12,750%, de 12,721% no ajuste anterior.
Ibovespa segue tendência de queda
O Ibovespa hoje abre em queda de o,75% aos 117.965 pontos, seguindo a tendência dos mercados internacionais e com a maioria dos papéis do índice em retração.
Com o dólar em alta de 1,1% e uma melhora no cenário de commodities, Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) sobem 1,2% e 0,2%, respectivamente.
A Suzano (SUZB3) sobe 2,3% na ponta positiva.
Rumando na contramão, a CVC (CVCB3) cai 9% e o Banco Inter amplia as quedas do pregão anterior, em 8,7%.
Na agenda econômica, o mercado segue aguardando, até às 15h, a Ata do Fomc.
No radar corporativo, a Vale (VALE3) acertou a venda das minas de ferro e manganês, localizadas em Mato Grosso do Sul, para a J&F Investimentos, por R$ 1 bilhão – incluída a dívida, informa o Valor Econômico.
FGV: Aluguel residencial sobe 0,81% em março
Os aluguéis residenciais ficaram 0,81% mais caros em março, depois de terem subido 2,92% em fevereiro. Os dados são do Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR), divulgado nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).
Em 12 meses, o índice acumulou uma alta de 6,24%, a maior variação da série histórica iniciada em janeiro de 2019.
O IVAR foi criado para medir a evolução mensal dos valores de aluguéis residenciais do mercado de imóveis no Brasil, com informações obtidas diretamente de contratos assinados entre locadores e locatários sob intermediação de empresas administradoras de imóveis.
Até então, a FGV coletava informações de anúncios de imóveis residenciais para locação, e não os valores efetivamente negociados.
Produção industrial da Alemanha cai 2,2% em fevereiro ante janeiro
A produção industrial da Alemanha recuou 2,2% em fevereiro ante janeiro.
A queda foi puxada, principalmente, pela diminuição dos pedidos estrangeiros, de 3,3% na margem.
Ainda de acordo com a Destatis, houve redução generalizada das encomendas restritas (-3,3%) e externas (-3,4%) à área do euro, além dos pedidos domésticos (-0,2%). Na comparação interanual, porém, houve avanço de 2,9% na produção industrial do país. Nesta divulgação, o dado provisório apurado em janeiro, de alta de 1,8% frente a dezembro, foi revisado para avanço de 2,3%.
Ibovespa futuro sinaliza 'prosseguimento do pessimismo'
O Ibovespa futuro opera em queda de 0,65% sinalizando uma abertura ainda no campo negativo e dando continuidade às baixas do último pregão.
Na véspera, o Ibovespa fechou em queda de quase 2% aos 118.885 pontos, marcado pela retração nos bancos e varejistas.
Apesar disso, o pessimismo foi generalizado, com somente 9 ações do índice subindo e todas as demais em queda no intradia.