Negócios

Ibovespa fecha em queda; BB Seguridade (BBSE3) dispara com resultado do 4T21 e dividendos

Acompanhe as notícias em tempo real Atualizado em: 07/02/2022 22:03

BALANÇO DO BB SEGURIDADE (BBSE3), Focus, Petróleo e PEC dos Combustíveis no radar

Fechamento do Dia Ibovespa termina segunda-feira com queda de 0,22%, aos 111,9 mil pontos, após passar o dia entre altas e baixas Sem direção única, o índice Bovespa oscilou durante o dia
Victória Anhesini
por Victória Anhesini

Ibovespa fechou a segunda-feira (7) em queda de 0,22%, aos 111.996,40 pontos, sem catalisadores de peso que o colocassem em direção clara. Com a maior parte do dia operando entre ganhos e perdas, a mínima foi de 111.489,53) e a máxima, de 112.516,60, saindo de abertura a 112.247,11. O giro financeiro desta segunda ficou restrito a R$ 26,9 bilhões, com o índice passando agora a terreno declinante no mês (-0,13%), ainda acumulando ganho de 6,84% no ano, não muito aquém do visto ao longo de janeiro (6,98%), quando teve seu melhor desempenho desde dezembro de 2020.

O início da semana aguarda uma nova leitura sobre a inflação ao consumidor nos Estados Unidos e, no quadro mais amplo, com atenção dos investidores ainda voltada às escaramuças entre Ocidente e Rússia sobre a Ucrânia, que têm produzido efeito sobre os preços de commodities como o petróleo, do qual os russos são grandes produtores.

Os três índices de referência em Nova York também permaneceram em margem estreita nesta segunda-feira, mas majoritariamente em baixa no fechamento da sessão, “depois de o S&P 500 ter registrado a sua melhor performance semanal, no ano”, observa Pietra Guerra, especialista de ações da Clear Corretora, destacando os resultados trimestrais de empresas, “com algumas surpresas positivas”, e o relatório sobre o mercado de trabalho americano, da última sexta-feira, “bastante acima do esperado”.

Por outro lado, os fortes números do payroll contribuíram para colocar os rendimentos dos Treasuries de 10 anos acima de 1,9% nesta segunda-feira, observa em nota a Nova Futura Investimentos. Na máxima de hoje, no começo da tarde, chegaram a 1,93870%. Os juros e o número de aumentos na taxa de referência que o Federal Reserve precisará efetivar em 2022 tendem a permanecer no centro da atenção do mercado global nesta semana, com ponto alto para a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) de janeiro, na quinta-feira (10) – aqui, na quarta-feira (9), será conhecido o IPCA do mesmo mês.

“A curva de juros precifica Selic de 12,75% a 13% no fechamento do ano, ou seja, de 100 a 115 pontos-base acima do que os economistas têm projetado. Ainda vemos uma gordura significativa na curva de juros. Os investidores domésticos, incluindo os institucionais, continuam a vender ações para os estrangeiros, que entraram com R$ 70 bilhões no ano passado e colocaram R$ 30 bilhões em janeiro. O doméstico tem sido atraído para a renda fixa, mas o valuation, os múltiplos das ações, continuam a trazer dinheiro de fora, com o BC bem adiantado em relação aos do exterior no ajuste da política monetária”, diz Alexandre Brito, sócio da Finacap Investimentos.

Na atração de recursos externos estava não apenas o avanço dos juros nominais e reais que tem favorecido operações de “carry trade”, repercutindo também na apreciação do câmbio. “O Brasil acaba sendo favorecido ante outros emergentes pelo peso que as commodities têm na B3, no momento em que se vê rotação das ações de crescimento (tecnologia) para as de valor em Nova York”, acrescenta. “Haverá volatilidade, sem dúvida, mas no médio prazo ainda há oportunidades, principalmente em commodities, bancos e utilities”, diz Brito.

Cenário de Nova York

Os mercados acionários de Nova York tiveram sessão volátil hoje, com os índices alternando entre momentos positivos e negativos. Ao final do pregão o quadro misto terminou em recuos do S&P 500 e do Nasdaq, com o Dow Jones estável. O setor de serviços de comunicação amargou perdas maiores, mas o de energia ainda conseguiu uma alta.

O índice Dow Jones fechou estável, em 35.091,13 pontos, o S&P 500 caiu 0,37%, a 4.483,87 pontos, e o Nasdaq recuou 0,58%, a 14.015,67 pontos.

Investidores aguardam mais balanços importantes, na atual temporada de resultados do quarto trimestre do ano passado, e também, nesta semana, uma leitura do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA. O dado é importante, já que há foco especial sobre a trajetória da inflação neste momento, o que se reflete também na política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e, consequentemente, no mercado acionário.

dólar à vista fecha em baixa de 1,26%, a R$ 5,2547, depois de oscilar entre R$ 5,2507 e R$ 5,3229.

Os contratos do petróleo fecharam em baixa no mercado futuro nesta segunda-feira, 7, depois de terem acumulado ganho em torno de 6% na semana passada. Operadores aguardam a retomada da negociações do acordo nuclear com o Irã em Viena, nesta terça, e monitoram as negociações entre Rússia e o Ocidente.

O petróleo WTI para março caiu 1,07%, a US$ 91,32 o barril, enquanto o Brent para o mês seguinte cedeu 0,62%, a US$ 92,69 o barril.

O contrato mais líquido do ouro, fechou em alta de 0,77%, a US$ 1.821,80 por onça-troy, em sessão na qual dados da economia americana, em especial o payroll divulgado na última sexta-feira, são observados. Para analistas, apesar do avanço nos preços, as sinalizações de um aperto monetário pelo Federal Reserve (Fed) limitam os ganhos do metal, tendência reforçada após a leitura de criação de vagas no país em janeiro.

Os destaques do Ibovespa hoje são das ações que seguem commodities. Petrobras (PETR3, PETR4) caiu 1,20% e 1,47%, respectivamente, acompanhando a queda do petróleo. Já a Vale (VALE3) subiu 2,44%, se beneficiando da valorização do minério de ferro com a volta do feriado chinês. Siderúrgicas seguiram a alta, com Usiminas (USIM5) subindo 3,25% e CSN (CSNA3) com alta de 3,15%.

O BB Seguridade (BBSE3) foi a primeira do ranking do campo positivo, com alta de 5,74%, com o mercado refletindo os resultados do 4T21. A empresa anunciou hoje dividendos no total de R$ 1,8 bi.

JBS (JBSS3) subiu 4,91% com conclusão da aquisição do grupo King’s. Yduqs (YDUQ3) teve +4,26%.

O setor bancário fechou misto, com Banco do Brasil (BBAS3) caindo 1,15%, Itaú (ITUB4) com -0,55% e Bradesco (BBDC3, BBDC4) com alta de 0,16% e queda de 0,35%, respectivamente. Santander (SANB11) teve leve alta de 0,03%.

Na liderança entre as maiores perdas do Ibovespa, Notre Dame Intermédica (GNDI3) recuou 4,67%, junto com Hapvida (HAPV3), que também cedeu 4,67%. As estimativas de sinergias após a fusão entre as duas empresas não agradaram o mercado. Também se destacaram na lista negativa Via (VIIA3), com -3,79% e Grupo Soma (SOMA3) recuando 3,33%.

Maiores altas do Ibovespa

Maiores baixas

Notícias que movimentaram a bolsa de valores

  • Hapvida (HAPV3) e NotreDame (GNDI3) preveem novas sinergias no período de 3 anos
  • Gol (GOLL4) fecha acordo de R$ 1 bilhão com American Airlines (AALL34)
  • BR Malls (BRML3) volta a negociar com Ancar, diz site; veja o que está em jogo na operação

Hapvida (HAPV3) e NotreDame (GNDI3) preveem novas sinergias no período de 3 anos

A empresa combinada entre a Hapvida (HAPV3) e a NotreDame Intermédica (GNDI3), fruto da fusão que foi aprovada recentemente pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), já prevê novas sinergias que serão capturadas no prazo de de três anos. Em teleconferência, apresentada nesta segunda-feira (7), os diretores das duas companhias falaram sobre as perspectivas futuras.

Na análise do CFO da GNDI, Marcelo Moreira, e do presidente da Hapvida, Jorge Pinheiro, a combinação das empresas vai ter uma abrangência nacional muito maior e, por esse motivo, existe a intenção de sinergias com outros segmentos do setor. Além disso, a lista de futuras aquisições da NotreDame é extensa e já está no pipeline da Hapvida.

Questionado durante a teleconferência, Moreira disse que no prazo de três anos novas sinergias serão capturadas. “Pensando um pouco mais para frente, no período de três anos, à medida que as duas companhias se aprofundam nessa integração, novas sinergias serão capturadas, com certeza”. Pinheiro acrescentou ainda que vê “muitas oportunidades”.

No atual momento o foco é naquelas que vão trazer resultados no curto prazo mas, as companhias seguem de olho em outras que poderão beneficiá-las no longo prazo.

“Vemos muitas oportunidades em terceirização, em consultorias, assessorias, sistemas, materiais e etc. Claro que ainda não houve tempo hábil, mas são oportunidades que poderão se materializar. Essa é outra beleza da combinação: as oportunidades são gigantes. Mas estamos focando agora naquelas que trazem resultados no curto prazo, porém os comitês estarão mapeando outras que nos trarão benefícios no longo prazo.”

Para Pinheiro, a fusão vai proporcionar ao brasileiro serviços e preços melhores, uma vez que esses estão “ansiosos” por planos de saúde.

“A nossa razão de ser é exatamente a acessibilidade. Nós (Hapvida e NotreDame) não necessariamente estávamos nos enfrentando como empresas em termos de preços e de custos. Nosso objetivo é crescer no mercado, o que não quer dizer que porque estamos juntos vamos ficar mais caros, mas pelo contrário, por estarmos juntos vamos gerar mais eficiência e essa eficiência se traduz em melhores preços para o consumidor”, disse o presidente da Hapvida.

Gol (GOLL4) fecha acordo de R$ 1 bilhão com American Airlines (AALL34)

Gol (GOLL4) fechou um acordo para expansão de cooperação comercial com a American Airlines (AALL34) que prevê um investimento de US$ 200 milhões.

A cifra será paga pela American Airlines em troca de 22,2 milhões de ações preferenciais da Gol, negociadas sob o ticker GOLL4, em um novo aumento de capital ainda a ser feito. O aumento prevê uma participação de 5,2% no capital social da companhia.

O fechamento da transação com a Gol, incluindo a emissão e pagamento de novas ações preferenciais da GOL, está sujeito às condições habituais de fechamento, incluindo aprovação antitruste no Brasil, segundo o comunicado arquivado pela companhia aérea na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Ou seja, a transação ainda deve ter de precisa contar com o aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica no Brasil (Cade).

A empresa já havia anunciado em setembro de 2021 que iria expandir o acordo de compartilhamento de voos com a American Airlines, tornando-o exclusivo pelos próximos três anos, e que a companhia aérea americana faria um investimento de US$ 200 milhões na empresa via compra de ações.

O acordo expande os termos da parceria firmada entre as duas empresas em fevereiro de 2020, aumentando as oportunidades de viagens aos seus passageiros, assim como melhorando a experiência do cliente e a posição competitiva da Gol nas rotas que conectam as Américas do Sul e do Norte.

Os voos da parceria operam nos centros da Gol no Aeroporto de Guarulhos (SP) e no Aeroporto do Galeão (RJ), integrando 34 opções de rotas brasileiras e internacionais.

BR Malls (BRML3) volta a negociar com Ancar, diz site; veja o que está em jogo na operação

Após a tentativa de fusão com a Aliansce (ALSO3), que não deu certo, a BR Malls (BRML3) voltou a negociar com a Ancar Ivanhoe, segundo o portal Pipeline.

Ancar Ivanhoe é uma empresa do ramo de administração de shopping centers, detida pela Ivanhoe, do fundo canadense CDPQ, e a família Carvalho. Em 2020, a BR Malls e a empresa tentaram negociar uma fusão parcial das operações, mas, sem sucesso.

De acordo com as fontes do portal, a negociação estaria centrada numa cisão do portfólio de 24 shoppings da Ancar, para que a BR Malls absorva cinco ou seis entre os melhores empreendimentos. Na troca, a BR Malls cederia participação acionária.

Os ativos de maior interesse seriam:

  • Iguatemi Porto Alegre (RS),
  • Conjunto Nacional, em Brasília (DF),
  • Nova América, no Rio de Janeiro (RJ),
  • Botafogo Praia, no Rio de Janeiro (RJ),
  • Pantanal Shopping, em Cuiabá (MT), e
  • Centervale, em São José dos Campos (SP).

O negócio equivaleria a R$ 2,5 bilhões, considerando os shoppings mencionados, e renderia 25% de participação na BR Malls à Ancar Ivanhoe. As negociações ainda são preliminares, segundo o Pipeline, e não há qualquer compromisso entre as partes.

Na Ancar, a família Carvalho e a Ivanhoe possuem 50% de participação cada. Já nos shoppings, a Ivanhoe detêm 80% de participação: em média. “(…) essa composição pode ser determinante para o negócio avançar, considerando que o CDPQ já deu sinalizações anteriores de que busca liquidez nessa posição”, indica a matéria.

Desempenho dos principais índices

Além do Ibovespa, confira o fechamento dos principais índices da bolsa hoje:

  • Ibovespa hoje: -0,22%
  • IFIX hoje: -0,23%
  • IBRX hoje: -0,13%
  • SMLL hoje: -0,36%
  • IDIV hoje: -0,18%

 

Cotação do Ibovespa nesta sexta (4)

O Ibovespa fechou o pregão da última sexta-feira (4) em alta de 0,49%, aos 112.244,94 pontos.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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Há 3 anos

Petrobras (PETR4) assina contratos para afretamento e prestação de serviços do FPSO Maria Quitéria

A Petrobras (PETR4) assinou nesta segunda-feira (7) os contratos com as empresas Yinson Bergenia Production e Yinson Bergênia para afretamento e prestação de serviços do FPSO Maria Quitéria. A unidade faz parte do Projeto Integrado Parque das Baleias, a ser instalado no Campo de Jubarte, localizado no norte da Bacia de Campos. Os contratos seguem os mesmos parâmetros das cartas de intenção assinadas em novembro de 2021.

A previsão é que a unidade inicie a produção no quarto trimestre de 2024. A capacidade de processamento prevista é de 100 mil barris de óleo e 5 milhões de m? de gás por dia. Os contratos de afretamento e de serviços terão duração de 22 anos e 6 meses, contados a partir da aceitação final da unidade.

O projeto prevê a interligação de 17 poços ao FPSO, sendo nove produtores de óleo e oito injetores de água.

A área de Parque das Baleias é formada pelos campos de Jubarte, Baleia Anã, Cachalote, Caxaréu, Pirambú e Mangangá. O primeiro campo, de Jubarte, foi descoberto em 2001. Em 2019 a Petrobras e a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) celebraram um acordo para a prorrogação do prazo de concessão até 2056 do novo campo de Jubarte unificado.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

Há 3 anos

No fechamento, dólar cai para a casa de R$ 5,25 com exterior e fluxo

Após três pregões consecutivos de alta, o dólar à vista recuou na sessão desta segunda-feira (7) e voltou a trabalhar abaixo da casa de R$ 5,30. Em trajetória descendente desde a manhã, em linha com o sinal predominante de baixa da moeda americana frente a divisas emergentes e ligadas a commodities, o dólar acelerou as perdas ao longo da tarde e desceu até a linha de R$ 5,25 na reta final dos negócios, fechando no menor patamar desde meados de setembro de 2021.

Além da maré positiva para emergentes, que ganhou mais corpo na etapa vespertina, operadores atribuíram a baixa mais expressiva do dólar por aqui a fluxos pontuais de recursos externos, em especial para renda fixa, e a ajustes de posições no mercado futuro, que trabalhou com liquidez bastante reduzida (contrato de dólar para vencimento em março girou menos de US$ 10 bilhões).

O apetite mais reduzido por negócios revela certa cautela diante da agenda carregada aqui e no exterior: ata do Copom nesta terça (8), IPCA de janeiro na quarta-feira (9) e índice de inflação ao consumidor (CPI) nos Estados Unidos na quinta-feira (10). Nas mesas de operação, comenta-se que há certo receio também em torno das PECs dos combustíveis apresentadas na Câmara dos Deputados e no Senado, embora o provável aumento do risco fiscal ainda não seja fato preponderante na formação da taxa de câmbio.

Com variação de cerca de sete centavos entre a máxima (R$ 5,3229) e a mínima (R$ 5,2507), o dólar à vista encerrou o pregão em queda de 1,26%, a R$ 5,2547 – menor valor desde 15 de setembro do ano passado (R$ 5,2495). Depois de fechar janeiro com desvalorização de 4,84%, a divisa acumula baixa de 0,96% neste mês e já perde 5,76% em 2022.

No exterior, o índice DXY – que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis divisas fortes – experimentou algumas trocas de sinal e operava com viés, na casa dos 95,400 pontos, apesar dos ganhos em relação ao Euro. A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, afirmou hoje, em discurso no parlamento europeu, que a inflação deve seguir elevada no curto prazo, mas que, no longo prazo, é consistente com a expectativa da instituição.

Entre emissões corporativas em andamento, fontes ouvidas pelo Broadcast informaram que a Usina Coruripe captou US$ 300 milhões no mercado de dívida externa, com a emissão de bonds de cinco anos. Os bonds, que tem opção de recompra em três anos, ofereceram retorno ao investidor de 10%.

Para o operador Hideaki Iha, da Fair Corretora, a performance do real só pode ser explicada por algum fluxo mais forte de entrada de recursos ao longo da tarde ou desmonte de operação comprada (que ganha com o avanço da moeda americana) no mercado futuro. “Com essa questão da PEC dos Combustíveis, não era para o dólar estar caindo tanto aqui hoje. O real está muito melhor que outros emergentes. Vejo esse movimento como algo pontual”, diz.

Hideaki Iha observa que a possibilidade de nova rodada de apreciação do real parece menor, uma vez que grande parte das posições compradas em dólar já foram desmontadas e, com a taxa de câmbio nos níveis atuais, é recomendável manter algum nível de hedge (proteção) cambial. “Um estresse maior lá fora ou com essas medidas populistas do governo pode fazer o dólar subir de novo”, diz o operador da Fair. “Ficar comprado com o dólar a R$ 5,50 ou R$ 5,60 com esse juro real alto era uma coisa. Mas com o dólar na casa de R$ 5,30, já dá pra pensar em montar uma posição”.

O head de câmbio da Valor Investimentos, Fernando Giavarina, observa que, mesmo com a possível redução do ritmo de alta da Selic, sinalizada pelo Copom em seu comunicado na semana passada, o Brasil vai continuar a ter um juro real muito atrativo. “A expectativa é que a ata confirme que a próxima alta dos juros será menor. O mercado acredita que a Selic pode chegar a algo entre 11,75% e 12,25% até o fim do ciclo de aperto. Mesmo com a subida de juros nos EUA, o diferencial de juros vai continuar bem elevado”, diz Giavarina, que vê possibilidade de queda adicional do dólar, embora a taxa já esteja perto de R$ 5,00 e o quadro fiscal seja preocupante.

A economista-chefe da Coface para América Latina, Patrícia Krause, trabalha com cenário-base de elevação da Selic em 1 ponto porcentual em março, para 11,75%, e em 0,50 ponto em maio, alcançando 12,25%. “A ata do Copom deve trazer uma recalibragem no tom do comunicado. O Banco Central já sinalizou o ritmo de aperto monetário. Mas ele deve mostrar também a importância do controle das expectativas de inflação”, diz Patrícia.

A economista-chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack, espera que o BC, após acenar com diminuição do ritmo de elevação da Selic, mostre qual vai ser seu “plano de pouso”, ou seja, como vai chegar até o fim do ciclo. “O Congresso retomou os trabalhos e essa questão fiscal pode elevar a percepção de risco do mercado. Isso pode dificultar a tarefa do BC”, diz Camila, que vê possibilidade de o Copom encerrar o processo de alta da Selic sem conseguir pôr as expectativas de inflação na trajetória da meta.

Há 3 anos

Petróleo fecha em queda, de olho em questões com Irã e Rússia

Os contratos do petróleo fecharam em baixa no mercado futuro nesta segunda-feira, 7, depois de terem acumulado ganho em torno de 6% na semana passada. Operadores aguardam a retomada da negociações do acordo nuclear com o Irã em Viena, nesta terça, e monitoram as negociações entre Rússia e o Ocidente.

O petróleo WTI para março caiu 1,07% (US$ 0,99), a US$ 91,32 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), enquanto o Brent para o mês seguinte cedeu 0,62% (US$ 0,58), a US$ 92,69 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

Em relatório, a Rystad energy afirma que os mercados parecem estar esperando por maiores desenvolvimentos nas negociações entre Irã e Estados Unidos sobre o acordo nuclear, assim como nas tensões da Europa Ocidental, antes de fazer movimentos significantes mais aparentes. “Preocupações com a oferta podem ser aliviadas à medida que as conversas nucleares entre Irã e EUA mostrem sinais de progresso, levando os preços futuros do petróleo a caírem levemente acima da marca de US$ 90 por barril”, diz o líder de mercados de petróleo na Rystad, Bjornar Tonhaugen.

O analista destaca que um acordo em Viena poderia resultar na produção de cerca de 1 milhão de barris por dia (bpd) sendo reintroduzida no mercado internacional nos próximos seis a nove meses, aliviando a pressão sobre a Organização de Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) e EUA.

O Commerzbank, por sua vez, diz que ainda é preciso ver se o leve recuo hoje será intensificado. “Em nossa opinião, uma consolidação maior da queda ou mesmo uma correção estaria bem atrasada após sete semanas de preços em alta”, dizem analistas. Para o banco alemão, outros indicadores para o aperto do mercado de petróleo estão aumentando, o que torna os produtos petrolíferos relativamente mais caros.

As tentativas do presidente dos EUA, Joe Biden, em reduzir os preços da gasolina por meio da liberação de reservas estratégicas de petróleo falharam, afirma o Commerzbank. “É possivelmente por isso que agora parece haver algum movimento nas negociações nucleares paralisadas com o Irã. O governo dos EUA restaurou as isenções de sanções ao Irã na sexta-feira. Se as sanções ao petróleo também fossem relaxadas, isso poderia ajudar a aliviar o mercado de petróleo”.

No sábado, reportagem da Bloomberg mostrou que a Arábia Saudita aumentou os preços do petróleo para clientes na Ásia, nos Estados Unidos e na Europa após os ganhos recentes na cotação do ativo.

Há 3 anos

Bolsas de NY fecham com S&P 500 e Nasdaq em queda, após sessão volátil

Os mercados acionários de Nova York tiveram sessão volátil nesta segunda-feira, 7, com os índices alternando entre momentos positivos e negativos. Ao final do pregão o quadro misto terminou em recuos do S&P 500 e do Nasdaq, com o Dow Jones estável. O setor de serviços de comunicação amargou perdas maiores, mas o de energia ainda conseguiu uma alta.

O índice Dow Jones fechou estável, em 35.091,13 pontos, o S&P 500 caiu 0,37%, a 4.483,87 pontos, e o Nasdaq recuou 0,58%, a 14.015,67 pontos.

Investidores aguardam mais balanços importantes, na atual temporada de resultados do quarto trimestre do ano passado, e também, nesta semana, uma leitura do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA. O dado é importante, já que há foco especial sobre a trajetória da inflação neste momento, o que se reflete também na política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e, consequentemente, no mercado acionário.

Entre ações em foco hoje, Amazon avançou 0,19%, após balanço forte na semana passada e depois da notícia de que a companhia pode comprar a fabricante de equipamentos de exercícios Peloton. Já Coinbase subiu 5,81%, em jornada positiva para o bitcoin.

No setor de serviços de comunicação, Meta registrou baixa de 5,14%. Após balanço que desagradou pela perda de clientes do Facebook, a ação da empresa recua 33,13% até agora em 2022. Boeing, por outro lado, subiu 2,65%, apoiando o Dow Jones. Entre os bancos, Citigroup avançou 0,42%, JPMorgan ganhou 0,33% e Morgan Stanley, 1,03%.

O setor de energia foi o que conseguiu maiores ganhos nesta segunda-feira, embora também tenha perdido fôlego na reta final dos negócios. Chevron subiu 1,96% e ExxonMobil teve alta de 1,20%, mas Cheseapeake Energy recuou 0,28%.

Há 3 anos

Ibovespa fecha em leve queda de 0,22%, aos 111.996,40 pontos

Ibovespa fecha em leve queda de 0,22%, aos 111.996,40 pontos. Bolsas em Nova York fecharam mistas: Dow Jones encerrou na estabilidade, S&P 500 cedeu 0,37% e Nasdaq perdeu 0,58%.

Há 3 anos

Ibovespa opera entre ganhos e perdas, BB Seguridade (BBSE3) mantém a maior alta do dia

Operando entre ganhos e perdas, o índice Bovespa volta ao campo positivo com alta moderada de 0,09%, a 112.344 pontos, às 17h20.

 

Maiores altas do Ibovespa

Maiores baixas

 

Há 3 anos

Dólar à vista fecha em baixa de 1,26%, a R$ 5,2547, depois de oscilar entre R$ 5,2507 e R$ 5,3229

Há 3 anos

Europa: bolsas fecham sem sinal único, de olho em falas do BCE e indústria alemã

As principais bolsas da Europa fecharam sem sinal único nesta segunda-feira, dia 7. Investidores monitoram as sinalizações da política do Banco Central Europeu (BCE), com falas da presidente Christine Lagarde e um dos dirigentes. A divulgação de dado fraco da indústria na Alemanha também esteve no radar.

O Stoxx 600, índice pan-europeu, subiu 0,68%, a 465,28 pontos. O FTSE 100, em Londres, teve alta de 0,76%, a 7.573,47 pontos. Entre as ações em destaque, está a do International Airlines Group (IAG), operador da British Airlines, com alta de 3,88%. Analista-chefe de mercados na CMC Markets, Michael Hewson atribuiu o desempenho a dados que parecem mostrar que o IAG tem recuperado sua capacidade mais rápido do que outras grandes companhias aéreas. A decisão do governo australiano de reabrir suas fronteiras para viajantes internacionais a partir do fim do mês também devem contribuir para o avanço.

“A Rio Tinto (+2,78%) também opera em maior alta depois que o JPMorgan elevou seu preço-alvo para a mineradora, enquanto juros mais altos oferecem um impulso ao setor financeiro do reino Unido, com as ações do Lloyds (+2,36%), HSBC (+2,18%) e Barclay (+2,19%) subindo mais”, diz Hewson.

Em Frankfurt, o DAX subiu 0,71%, a 15.206,64 pontos. O índice garantiu avanço mesmo após queda na produção industrial da Alemanha em dezembro, na contramão de alta deita por analistas. Para o Commerzbank, o avanço de 1,2% no setor manufatureiro indica sinais de melhoras nos gargalos de oferta. Nesta tarde, operadores devem monitorar o encontro entre o chanceler alemão, Olaf Scholtz, com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

Quanto ao BCE, a presidente da instituição, Christine Lagarde, disse nesta sexta que a inflação deve seguir elevada no curto prazo e perdurar por mais tempo do que o previsto anteriormente. Em discurso no Comitê de Assuntos Econômicos e Monetários do Parlamento, a autoridade destacou que qualquer mudança na política monetária será gradual e que os juros básicos não devem ser elevados antes do fim do programa emergencial de compras de bônus.

O CAC 40, em Paris, teve alta de 0,83%, a 7.009,25 pontos. Já o FTSE MIB, de Milão, caiu 1,03%, a 26.328,93 pontos. Na análise do CMC Markets, o índice é pressionado pelo aumento acentuado nos custos de empréstimos na Itália.

Nas praças ibéricas, o PSI 20 ficou próximo à estabilidade, com queda de 0,01%, a 5.605,34 pontos, enquanto o IBEX 35 cedeu 0,36% a 8.558,40 pontos, segundo dados preliminares.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

Há 3 anos

Ibovespa opera em queda de 0,07%, acima dos 112 mil pontos

O Ibovespa hoje opera sem variações muito grandes, em linha com o clima morno que vem do exterior. Intradia, o índice tem desvalorização de 0,07%, aos 112.166 pontos, e vem reduzindo perdas. Considerando os cinco últimos pregões, o índice acumulou desvalorização de 0,06%.

Na tarde desta segunda-feira (14) em Nova York, o Dow Jones e o S&P 500 operam em alta de 0,29% e 0,07%. O Nasdaq virou há pouco e tem alta de 0,01%.

Na Europa, as principais bolsas fecharam em alta, de 0,71% no caso do alemão DAX, de 0,76%, do inglês FTSE e de 0,83%, do francês CAC. Exceção é o italiano FTSE MIB, com queda de 1,03%. O pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,68%.

Há 3 anos

Fusão entre Hapvida (HAPV3) e Notre Dame (GNDI3) gera sinergia de até R$ 1,38 bi

A combinação dos negócios entre a Hapvida (HAPV3) e Grupo Notre Dame Intermédica (GNDI3) tem potencial de gerar R$ 1,38 bilhão ao novo grupo em até três anos, segundo estimativa divulgada nesta segunda-feira (7), em fato relevante ao mercado.

Da cifra total, mais de metade, 58%, viria da combinação comercial dos negócios, cerca de R$ 800 milhões. Outros R$ 330 milhões, ou 24%, vêm da economia de custos com a sinistralidade e R$ 250 milhões, 18%, da redução das despesas de vendas, gerais ou administrativas.

A conta não inclui os custos de fusão, estimados entre R$ 100 milhões a R$ 150 milhões. Com isso, o saldo da união ficaria em R$ 1,28 bilhão a R$ 1,23 bilhão.

Há 3 anos

Gol (GOLL4) sobe após acordo com American Airlines

A Gol (GOLL4) sobe 1,7% no Ibovespa hoje após divulgar que fechou acordo de investimento com a American Airlines.

O contrato deve visar a expansão da cooperação comercial com a empresa e prevê um aumento de capital.

Serão US$ 200 milhões pagos pela American em 22,2 milhões de ações preferenciais da GOL recém emitidas por meio de um aumento de capital para uma 5,2% de participação na participação econômica da GOL.

Há 3 anos

BB Seguridade encabeça altas do Ibovespa subindo 4,5%

Ibovespa opera em estabilidade no intradia, entre altas e baixas aos 112 mil pontos. O índice segue lidando com um panorama internacional misto, com Europa em alta e bolsas americanas sem sinal único.

A maior alta do dia é das ações do BB Seguridade (BBSE3), que sobe 4,5% após o balanço com alta de 34% no lucro líquido.

Além disso, a Usiminas (USIM5) sobe 3,6% com a alta do minério para US$ 145 em Dalian.

Há 3 anos

PMI composto da China cai para 50,1

O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto da China caiu de 53,0 em dezembro para 50,1 em janeiro, de acordo com pesquisa divulgada nesta segunda-feira (ainda no domingo, 6, pelo horário de Brasília) pela IHS Markit em parceria com a Caixin Media. Números acima de 50 indicam expansão da atividade.

O PMI de serviços, divulgado no mesmo levantamento, caiu de 53,1 em dezembro para 51,4 em janeiro.

Segundo a IHS e a Caixin, o desempenho do índice composto, no nível mais baixo em cinco meses, reflete um crescimento apenas parcial da atividade. O patamar modesto de expansão em serviços ajudou a compensar o nível contracionista da indústria (49,1).

Há 3 anos

Produção industrial da Alemanha cai 0,3% em dezembro ante novembro

A produção industrial da Alemanha caiu 0,3% em dezembro ante novembro de 2021, segundo dados com ajustes sazonais publicados nesta segunda-feira pela Destatis, a agência de estatísticas do país. O resultado frustrou a expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam alta de 0,4% no período.

Apenas a produção manufatureira aumentou 1,2% na comparação mensal de dezembro, mas o setor de construção sofreu acentuada contração de 7,3%.

No confronto anual, a produção geral da indústria alemã teve queda de 4,1% em dezembro, no cálculo sem ajustes.

Há 3 anos

Reservas internacionais da China têm queda inesperada em janeiro

As reservas internacionais da China diminuíram em janeiro em meio a uma queda nos preços de ativos globais, segundo dados publicados nesta segunda-feira, 7, pelo PBoC, como é conhecido o banco central chinês.

No fim de janeiro, as reservas da segunda maior economia do mundo totalizavam US$ 3,222 trilhões, representando baixa de US$ 28,5 bilhões em relação a dezembro.

O resultado surpreendeu analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam estabilidade do montante de reservas em US$ 3,25 trilhões.

Há 3 anos

Ibovespa abre em baixa em cenário misto no exterior

O Ibovespa hoje abre em queda de 0,3% aos 111 mil pontos, com um cenário internacional misto após o Payroll e o aumento das tensões geopolíticas com a Rússia.

O índice abre no mesmo sentido sinalizado pelo Ibovespa futuro e conta com alta das mineradoras após a commodity ter alta na sua cotação – com US$ 145 em Dalian.

Apesar disso, surgiram novidades a respeito do pacote de US$ 1,9 bilhão, que voltou ao radar com o uso de um mecanismo por parte do presidente Biden no legislativo chamado de reconciliação orçamentária, que recoloca o pacote de estímulos de 1,9 trilhão de dólares para nova avaliação.

Nesse sentido, os economistas seguem com os juros em alta no radar.

“O BC está fazendo o que prevê o regime de metas. Houve um choque inflacionário muito grande em 2021. O BC reagiu subindo o juro. É uma alta expressiva do juro nominal e do real, que vai ter efeito contracionista na atividade”, analisa o economista-chefe do Itaú Unibanco, Mario Mesquita.

No radar corporativo a Petrobras (PETR4) finalizou a venda de sua participação em sete concessões, denominadas Polo Alagoas, para a empresa Origem Energia.

A Gol (GOLL4) registrou aumento de 26% na oferta de voos em janeiro.

Seguindo na temporada de balanços, o BB Seguridade (BBSE3) reportou lucro líquido ajustado de R$ 1,226 bilhão no quarto trimestre de 2021 (4T21), crescimento de 33,8% em relação ao mesmo período de 2020.

Há 3 anos

Ibovespa futuro abre em queda e aponta cautela na abertura dos negócios nesta segunda-feira (7)

O Ibovespa futuro – contratos com vencimento para o dia 16 de fevereiro – abriu as negociações desta semana em recuo de 0,21% aos 112.045 pontos.

O dólar recua 0,28% nesta manhã, a R$ 5,344.

Lá fora, os índices seguem sem direção única enquanto investidores digerem dados de emprego nos Estados Unidos e decisões dos bancos centrais locais sobre as medidas de combate à inflação.

Na Europa, enquanto o alemão Dax e o inglês FTSE sobem, 0,11% e 0,30% respectivamente, o francês CAC e o italiano FTSE MIB recuam, 0,04% e 1,35%. O pan-europeu Stoxx 600 opera próximo à estabilidade, com queda de 0,03%.

Hoje, as bolsas da China continental voltaram a funcionar após hiato de uma semana por conta do feriado do Ano Novo Lunar. O índice de Shangai registrou alta de 2,03% depois da pausa nas negociações.

O pré-mercado americano sofre um movimento de ajuste. O Dow Jones tem queda de 0,10% e o S&P 500 de 0,02%. Já o Nasdaq avança 0,06%.

Nas commodities, o petróleo devolveu parte dos ganhos da última semana, mas segue acima dos noventa dólares. O barril de WTI é cotado a US$ 91,57 e o Brent US$ 93,02.

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