Ibovespa fecha em alta e acumula ganhos de 2,78% na semana; Marfrig (MRFG3) desaba
MGLU3, SOMA3 e CASH3 SOBEM FORTE; Banco Inter (BIDI11) ainda foca na Nasdaq | MRFG3 e JBSS3 tombam!
O Ibovespa encerrou o pregão desta sexta-feira (3) em alta de 0,58%, aos 105.069 pontos, com influência de indicadores macroeconômicos do exterior. O índice desacelerou com a menor força das bolsas norte-americanas, mas conseguiu manter a alta. O giro financeiro ficou em R$ 33 bilhões. Na semana, o Ibovespa acumulou ganhos de 2,78% — melhor período desde a semana de 4 de junho passado, quando somou 3,63%.
O Ibovespa hoje conseguiu manter o sinal positivo e defender a linha dos 105 mil pontos na reta final mesmo com a queda forte dos índices da principal praça em que se espelha, Nova York. Durante a sessão desta sexta-feira, as ordens de compra dadas pelos investidores ainda refletiam um sentimento de alívio com o destravamento e aprovação, ontem no Senado, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios.
Logo pela manhã o indicador do mercado acionário da B3 subiu à máxima em direção aos 107 mil pontos, mas o movimento esfriou durante a tarde. A ampliação das incertezas com relação aos efeitos na economia pela variante ômicron do coronavírus, com grande impacto no mercado acionário externo hoje, acabou pesando localmente.
Payroll abaixo do esperado e falas de dirigentes do Fed
Para Alexsandro Nishimura, economista, head de conteúdo e sócio da BRA, o destaque de hoje foi a divulgação do Payroll nos Estados Unidos. O relatório de empregos norte-americano mostrou geração bem abaixo do esperado, 210 mil novas vagas em novembro, contra consenso de 550 mil e 531 mil em outubro.
Além do Payroll, também repercutiu no mercado a fala do presidente do Fed (Federal Reserve, Banco Central norte-americano), Jerome Powell, de que a inflação será mais persistente nos EUA, o que pode reduzir o poder de compra dos consumidores americanos. Isso levou exportadoras como Marfrig (MRFG3) e JBS (JBSS3) ao posto de maiores quedas do dia.
“Ainda acho que não dá para falar em rali de fim de ano, mas a sequência do melhor pregão do ano e a continuidade nesta sexta-feira já dá um respiro para o investidor, tão machucado nestes últimos cinco meses”, diz Nishimura.
Ibovespa: ajuste com a PEC dos Precatórios, mas apreensão com a ômicron
Álvaro Bandeira, economista-chefe do banco digital Modalmais, ressalta que o mercado já se ajustou à PEC e que agora as atenções recaem sobre o Orçamento de 2022. “O efeito da PEC positivo e sobrepujou até dados ruins de atividade, como PIB e a produção industrial”. Hoje pela manhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a produção industrial caiu 0,6% em outubro ante setembro.
Do lado negativo, Bandeira complementa que os investidores, hoje, principalmente externos, estão ressabiados de que essa possibilidade de alastramento do coronavírus traga consequências para as economias. Segundo ele, pesou notícia do Reino Unido, onde a área de infectologia é bem conceituada, de que o grupo de Conselho Científico para Emergências (Sage, na sigla em inglês)concluiu que a variante Ômicron, identificada pela primeira vez na África do Sul, pode causar uma nova onda de infecções por coronavírus que pode ser ainda maior do que as anteriores.
“O mercado está muito volátil, mudando de direção com velocidade. O nível de incerteza é alto e isso leva às baixas. Por pior que seja a certeza de algo, pelo menos consegue se programar”, diz. Na sessão de hoje o Ibovespa oscilou 2.800 pontos entre a mínima (104.090.02 pontos) e a máxima (106.813,73 pontos).
Entre as blue chips, as ações da Petrobras (PETR4) foram destaque na tarde desta sexta-feira, a despeito da indefinição de direção vista nos contratos futuros de petróleo. Os papéis preferenciais encerraram o pregão com ganhos de 1,41%, enquanto os ordinários avançaram 1,86%. Os contratos do petróleo fecharam sem direção única. Na semana, porém, tanto o WTI quanto o Brent acumularem perdas de quase 3%.
As ações mais líquidas do setor financeiro, porém, pesaram negativamente na segunda etapa da sessão de negócios. Bradesco (BBDC4) recuou 0,29%, Itaú Unibanco (ITUB4) desceu 0,35% enquanto as Units de Santander (SANB11) perderam 0,44%. Banco do Brasil (BBAS3) conseguiu reverter a queda no fim do pregão para encerrar o dia em leve alta de 0,12%.
Movimentação do Ibovespa hoje
O Ibovespa começou o dia em alta de 1,5% aos 106.054 pontos, na esteira do fechamento positivo da sessão anterior (+3,6%), maior alta diária do ano. Desta forma, com a melhora do cenário macroeconômico, o índice se recuperou parcialmente das mínimas do ano.
Mas o otimismo não se sustentou ao longo do dia: já no final da tarde, por volta das 17h, o índice vira e passa a cair, chegando à mínima aos 104.286 pontos, em linha com bolsas de Nova York, que estão em queda (Dow Jones, -0,89%; S&P, -1,59%; Nasdaq, -2,60%).
Mesmo assim, o índice conseguiu sustentar parte do fôlego e voltou para o lado positivo pouco antes do fechamento. O Méliuz (CASH3) liderou o índice hoje em crescimento exponencial: iniciou o pregão em alta de 11% e evoluiu até fechar acima dos 30%.
As ações de frigoríficos, como a Marfrig (MRFG3) e JBS (JBSS3), despencaram: as duas empresas tiveram as maiores baixas do Ibovespa. O Bradesco BBI rebaixou, em relatório divulgado de manhã, a recomendação de compra para neutra desses papéis, com a o aumento dos custos e menor oferta de gado nos EUA. O crescimento da inflação nos EUA, que acendeu alerta nos últimos dias (e semanas) pelo Fed, prejudica o consumo no país.
Maiores altas do dia
- Méliuz (CASH3): +32,95% / R$ 3,47
- Locaweb (LWSA3): +8,18% / R$ 12,70
- Cyrela (CYRE3): +7,75% / R$ 14,95
- CVC (CVCB3): +7,3% / R$ 14,15
- Assaí (ASAI3): +6,59 / R$ 13,27
Maiores baixas do dia
- Marfrig (MRFG3): -5,74% / R$ 20,87
- JBS (JBSS3): -4.84% / R$ 33.41
- Vale (VALE3): -2,20% / R$ 71,87
- IRB Brasil (IRBR3): -1,65% / R$ 4.18
- Suzano (SUZB3): -1,55% / R$ 57.10
Notícias que movimentaram o Ibovespa
- Méliuz dispara 23% ao reportar bons números na Black Friaday
- Banco Inter (BIDI4) seguirá com reorganização e planos de listar na Nasdaq
- Produção industrial cai 0,6%, revela pesquisa do IBGE
Méliuz dispara 32% em reação aos bons números da Black Friday
O Méliuz divulgou na noite de quinta-feira (2) o resultado preliminar referente ao período da Black Friday de 2021. A companhia atingiu recorde histórico de GMV (volume bruto de mercadoria) em um mês, conseguindo R$ 923 milhões. O número é 87% maior que o visto no mesmo período em 2020, quando obteve R$ 495 milhões.
O número de novos compradores também apresentou forte crescimento, o que o Méliuz atribui às promoções e descontos concedidos durante o mês da Black Friday. A companhia de cashbacks registrou crescimento de 70% de compradores em relação ao mesmo momento em 2020. Já o crescimento de novos compradores foi de 82%.
A empresa destaca no comunicado que o período de Black Friday é de extrema importância para seus negócios, “pois é o momento em que consegue atrair o maior número de novos compradores que irão representar a nova safra de clientes para o próximo ano.”
Para aproveitar a oportunidade, o Méliuz realizou durante o período comemorativo o “Festival das Blacks”, que ocorreu durante todo o mês de novembro. O evento foi permeado de campanhas de cashback históricas, segundo a empresa. As promoções contaram com a participação de mais de 130 parceiros do Méliuz ao longo do mês.
Com os números positivos, O BTG Pactual (BPAC11) reiterou sua recomendação de compra para os papéis do Méliuz. O banco definiu preço-alvo de R$ 6 para as ações, que representa um potencial de valorização de 129%.
Banco Inter (BIDI4) seguirá com reorganização e planos de listar na Nasdaq
Na manhã desta sexta-feira, o Banco Inter (BIDI4) informou que vai continuar “envidando seus melhores esforços para dar continuidade ao processo de Reorganização Societária com vistas à migração de sua base acionária para a Inter Platform”, com objetivo de listar suas ações na Nasdaq, em Nova York, e negociar apenas os recibos BDRs no Brasil.
O comunicado ao mercado do Banco Inter foi feito após o cancelamento da reorganização que já estava em andamento, na noite de quinta-feira (02).
Após o pregão, o banco digital informou que foi apurado um valor da opção ‘cash-out’ pelos acionistas dos papéis do Inter superior a R$ 2 bilhões, de forma que extrapolou o limite a ser desembolsado para fins de pagamento da opção em dinheiro estipulado pela empresa.
Com isso, o Inter teve que cancelar a reorganização societária nos termos aprovados na última assembleia geral extraordinária, realizada em 25 de novembro.
Produção industrial cai 0,6%, revela pesquisa do IBGE
A produção industrial nacional recuou 0,6% na passagem de setembro para outubro deste ano. É a quinta queda consecutiva do indicador, que acumula perda de 3,7% no período. Os dados da Pesquisa Industrial Mensal foram divulgados hoje (3), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na comparação com outubro de 2020, a queda chegou a 7,8%. Apesar disso, a indústria acumula altas na produção de 5,7% no ano e no período de 12 meses.
A retração de setembro para outubro foi provocada por perdas na produção em 19 das 26 atividades pesquisadas pelo IBGE. Os principais recuos foram observados nos ramos de indústrias extrativas (-8,6%) e produtos alimentícios (-4,2%).
Também tiveram perdas relevantes os setores de máquinas e equipamentos (-4,9%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-5,6%), de produtos têxteis (-7,7%), de metalurgia (-1,9%) e de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-21,6%).
Desempenho dos principais índices
Além do Ibovespa, confira o fechamento dos principais índices da bolsa hoje:
- IFIX hoje: +1,07% / 2.611
- IBRX hoje: +0.43% / 44.697
- SMLL hoje: +2.58% / 2.333
- IDIV hoje: +0,97/ 6.460
Cotação do Ibovespa na quinta (2)
Na sessão anterior, na quinta-feira, o Ibovespa fechou com maior alta diária do ano: subiu 3,66%, aos 104.466 pontos.
Encerramos as transmissões de hoje. Leia na segunda mais notícias em tempo real
Confira mais notícias em tempo real nesta segunda (6).
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Bolsas de NY fecham em baixa, avaliando payroll e Fed
As bolsas de Nova York fecharam em baixa nesta sexta-feira, em dia de divulgação do payroll (dado de emprego) nos Estados Unidos. Em um primeiro momento, o número de vagas abaixo do esperado estimulou os mercados que interpretaram como uma possível prorrogação dos estímulos pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Porém, ao longo do dia, outros sinais do relatório foram levados em conta. Pressionando os índices estiveram as incertezas com relação à listagem de ações chinesas, em dia no qual a Didi anunciou sua saída de Nova York, e empresas americanas, como a Tesla, temem possíveis restrições de seus negócios em território chinês.
No fechamento, o Dow Jones caiu 0,17%, a 34.580,08 pontos, o S&P 500 recuou 0,85%, a 4.538,43 pontos, e o Nasdaq teve perda de 1,92%, a 15.085,47 pontos. Na semana, houve queda de 0,91%, 1,22% e 2,62%, respectivamente.
Apesar da criação decepcionante de 210 mil empregos nos EUA, quando a estimativa era de abertura de 573 mil vagas, o payroll de novembro mostrou sinais positivos em outras partes do relatório, segundo o Commerzbank. O banco alemão destaca a revisão de alta de 82 mil vagas no dado de outubro, “o que sugere que o número do mês passado pode ter sido maior”, e o aumento no número de horas trabalhadas, indicando dificuldade das empresas em contratar.
“As ações caíram depois de um relatório de emprego fraco e os traders permanecem em alerta sobre a incerteza com a variante Ômicron”, aponta Edward Moya, analista da Oanda, que projeta que as próximas semanas permanecerão voláteis, visto que o foco recai sobre o relatório de inflação, a reunião do Fed de 15 de dezembro e mais clareza sobre o impacto com a Ômicron. O quadro pandêmico pesou mais uma vez em aéreas, com a American Airlines caindo 4,59%.
Na visão do Rabobank, “a corrida de EUA e China para impedir as listagens offshore de empresas chinesas continua acelerada – com Didi assumindo a liderança em um retorno para Hong Kong”. O banco lembra que Pequim está alertando empresas americanas ligadas à China de que elas não podem “fazer fortuna em silêncio”, com o vice-ministro das Relações Exteriores Xie Feng dizendo-lhes para empurrar a Casa Branca em direção a uma política chinesa “racional” e acabar com os conflitos “ideológicos”.
Neste cenário, as ações da Didi em Nova York despencaram 22,18%, e as da Tencent caíram 4,79%. Com negócios avançando nos últimos meses na China, a Tesla teve queda de 6,72%. Destaque ainda para a Nvidia, que caiu 4,46% com uma potencial proibição da compra por US$ 40 bilhões da designer de chips Arm, em virtude de temores por competição nos EUA.
Ibovespa fecha em alta de 0,58% aos 105.069 pontos; Méliuz (CASH3) dispara 32%
O Ibovespa encerrou o pregão desta sexta-feira (3) em alta de 0,58%, aos 105.069 pontos, recebendo a influência de indicadores macroeconômicos do exterior. O índice desacelerou com a menor força das bolsas norte-americanas, mas conseguiu manter ganho. Na semana, acumulou ganhos de 2,6%.
Dólar fecha em alta de 0,35%, a R$ 5,6798
O dólar fechou em alta de 0,35%, cotado a R$ 5,6798.
A instabilidade marcou os negócios no mercado de câmbio doméstico nesta sexta-feira, com o dólar trocando de sinal ao longo de todo pregão, influenciado em grande medida pelo mau humor externo. A sessão foi marcada por tombo das Bolsas em Nova York e alta da moeda americana frente a divisas emergentes, em dia de divulgação de dados decepcionantes do mercado de trabalho dos EUA.
Com uma aceleração na reta final, diante da piora do Ibovespa, o dólar encerrou a sessão em alta de 0,35%, a R$ 5,6798, perto da máxima do dia (R$ 5,6828). A mínima, pela manhã, foi de R$ 5,6023. Com o avanço de hoje, a moeda americana encerra a semana em alta de 1,50%, acumulando valorização de 9,46% neste ano.
Analistas destacam que tanto hoje quanto no restante da semana, o real, apesar de ter se depreciado, apresentou desempenho melhor que seus pares entre divisas emergentes e de países exportadores de commodities, com o peso mexicano, o rand sul-africano e o rublo.
Boa parte do enfraquecimento do real ao longo da semana se deu em razão, sobretudo, da força global da moeda americana, na esteira de falas do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, dando conta de que é preciso debater o aumento no ritmo do processo de redução de estímulos (tapering). O tom de Powell surpreendeu o mercado, que esperava um discurso mais ameno, ponderando os eventuais efeitos da variante ômicron sobre a economia americana.
Parte da pressão vinda de fora foi contrabalançada pela diminuição da percepção de risco na área fiscal, com a aprovação da PEC dos Precatórios no Senado, e também pela entrada de recursos para a renda fixa brasileira, como mostraram dados do fluxo cambial. Além disso atraíram o investidor estrangeiro os juros domésticos mais elevados tornam mais custosas as apostas contra o real no mercado futuro e estimulam exportadores a internalizar recursos.
Petróleo fecha misto e acumula perdas na semana, de olho em Opep+ e ômicron
Os contratos do petróleo fecharam sem direção única nesta sexta-feira, 3. Na semana, porém, tanto o WTI quanto o Brent acumularem perdas de quase 3%. Investidores absorvem notícias sobre a decisão da Organização de Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) e relacionadas à variante ômicron do coronavírus.
O petróleo WTI para janeiro fechou em baixa de 0,36% (US$ 0,24), a US$ 66,26 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para o mês seguinte subiu 0,30% (US$ 0,21), a US$ 69,88 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Na semana, os ativos acumularam perdas de 2,77% e 2,39%, respectivamente.
Os ativos da commodity operaram no azul na maior parte do dia, mas perderam fôlego ao longo da sessão com a piora no sentimento do mercado. O resultado misto do relatório de empregos nos Estados Unidos chegou a dar certo impulso aos preços, que, no entanto, não se manteve.
Na início da sessão, o petróleo chegou a subir 2%. Caroline Bain, economista-chefe de commodities na Capital Economics, diz que a recuperação dos preços provavelmente se deu pela Opep+ ter deixado aberta a possibilidade de fazer mudanças em sua oferta no próximo encontro, no início de janeiro. “Parece que o grupo precisa de mais tempo para refletir sobre as implicações da ômicron na demanda pelo petróleo”, diz a analista. Em nota, a Capital Economics afirma que, apesar de ter mantido suas projeções para os preços ao fim de 2022, reconhece que novos riscos surgiram em relação à demanda.
A Rystad Energy diz que um aumento nas produções das refinarias chinesas apoiariam o mercado de petróleo bruto no médio prazo, adicionando um incentivo especial para a Opep+ manter sua meta de produção de aumentar 400 mil barris por dia (bpd) em janeiro de 2022. “No entanto, uma vez que a variante ômicron for descoberta na China, sua política de tolerância zero à covid-19 poderia interromper rapidamente a demanda de derivados de petróleo, potencialmente enviando petróleo Brent muito mais perto de US$ 60 do que US$ 70 por barril.
Ouro fecha em alta, impulsionado por payroll e com perspectivas para ações do Fed
O contrato mais líquido do ouro fechou em alta, em sessão na qual foi impulsionado pela publicação do payroll nos Estados Unidos, que registrou um número de criação de vagas em novembro consideravelmente abaixo do esperado por analistas. Como resultado, as perspectivas para uma alta de juros pelo Federal Reserve (Fed), que vinham pressionando o metal em virtude do seu potencial fortalecimento do dólar e dos rendimentos dos Treasuries, ficou questionada. Ainda assim, a semana foi de queda para o ouro.
Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para fevereiro subiu 1,20%, a US$ 1.762,70 por onça-troy. Na semana, o metal recuou 0,77%.
Após a criação decepcionante de 210 mil empregos nos EUA, quando a estimativa era de abertura de 573 mil vagas, “os preços do ouro explodiram” já que o fracasso “reduziu as chances de que o Fed dobraria a velocidade do taper”, diminuindo também as expectativas para o primeiro aumento da taxa do Fed, aponta Edward Moya, analista da Oanda. Por sua vez, “depois que os traders processaram todo o relatório, eles perceberam que não era tão ruim, já que a taxa de participação aumentou drasticamente, e o desemprego de negros e hispânicos também melhorou significativamente”, pondera.
O Commerzbank também vê sinalizações positivas para o mercado de trabalho, como a revisão de alta de 82 mil vagas no dado de outubro, “o que sugere que o número do mês passado pode ter sido maior”, e o aumento no número de horas trabalhadas, indicando dificuldade das empresas em contratar. “Em resumo, a recuperação segue em curso”, completa a instituição.
“Os mercados continuam a antecipar dois aumentos nas taxas do Fed no próximo ano, o que deve manter a demanda pelo dólar”, aponta Moya. Por sua vez, mesmo com o Fed parecendo prestes a encerrar a redução de estímulos no início do primeiro trimestre, os traders não estão confiantes de quando os rendimentos reais ficarão positivos e isso deve ser o principal motivador para o ouro subir”, avalia. Antes da decisão do Fed de 15 de dezembro, o ouro deve se consolidar entre US$1.750 e US$1.800 a onça-troy, projeta.
Ibovespa vira e opera em queda; Marfrig (MRFG3) e JBS (JBSS3) desabam
O Ibovespa vira e passa a cair no final da tarde desta sexta, chegando à mínima, em linha com bolsas de Nova York, que estão em queda (Dow Jones, -0,89%; S&P, -1,59%; Nasdaq, -2,60%) . Marfrig (MRFG3) e JBS (JBSS3) são as maiores quedas.
Bolsas da Europa fecham em queda, com incerteza sobre a Ômicron e indicadores
As bolsas da Europa perderam o fôlego visto pela manhã e voltaram a fechar em queda novamente nesta sexta-feira. Mesmo após uma aceleração com a melhora do sentimento após o payroll (dado de emprego) abaixo do esperado nos EUA, as incertezas com relação à variante Ômicron do coronavírus e a divulgação de dados macroeconômicos abaixo das expectativas prevaleceram e geraram aversão a risco nos mercados europeus.
Nesse cenário, o índice Stoxx 600, que mede o desempenho de 600 empresas por todo o continente, caiu 0,57%, para 462,77 pontos.
Em Londres, o FTSE 100 fechou em baixa de 0,10%, a 7.122,32 pontos, enquanto o DAX caiu 0,61%, para 15.169,98 pontos, em Frankfurt, e o CAC 40 recuou 0,44%, para 6.765,52 pontos, em Paris.
“É provável que continuemos negociando dentro de um padrão de retenção altamente volátil até que uma maior clareza seja fornecida sobre a eficácia das vacinas na redução da propagação e na mitigação dos resultados extremos de saúde desta última variante”, disse o analista de mercado sênior da IG, Joshua Mahony.
Para o analista da CMC Markets, Michael Hewson, foi uma semana de montanha-russa para os mercados de ações, mas o sentimento por risco tem diminuído, à medida que os investidores continuam a debater sobre a Ômicron. “Está lentamente se tornando aparente que esta cepa já existe há algum tempo, espalhando-se sem ser vista quando o foco estava na expansão da delta. A única diferença agora é que as autoridades estão investigando isso”, afirmou.
(Com Agência Estado)
Ibovespa volta a subir, acelera e recupera os 105 mil pontos
Após diminuir ganhos, Ibovespa ganha força e acelera a alta, descolado de Nova York. Méliuz (CASH3) e Locaweb (LWSA3) estão entre as maiores altas.
Dólar opera perto da estabilidade, com piora dos mercados em NY
O dólar devolveu a queda intradia e volta a rondar a estabilidade no mercado à vista, puxado pela retomada do sinal positivo pelo dólar futuro de janeiro. O ajuste precifica a piora dos mercados em Nova York, com dólar ganhando tração ante pares principais e outras divisas emergentes e bolsas ampliando queda, disse Vanei Nagem, responsável pela área de câmbio da Terra Investimentos.
Às 14h24, o dólar á vista subia 0,07%, a R$ 5,688.
Ibovespa perde força e reduz ganhos; Méliuz (CASH3) segue liderando altas
Ibovespa diminui altas. Índice sobe 0,48%, aos 104.971,24 pontos. O Ibovespa a iniciou o pregão em alta e acelerando ganhos, buscando os 106 mil pontos, mas agora reduz o ritmo. A despeito de novos dados fracos de atividade do País (produção industrial), o mercado ainda repercute positivamente a aprovação da PEC dos Precatórios na quinta-feira, 3, no Senado, o que tira uma preocupação do radar.
Depois da confirmação de recessão técnica pelo PIB brasileiro do terceiro trimestre, a produção industrial decepcionou ao cair 0,6% em outubro ante setembro, enquanto a mediana mostrava alta de 0,7%.
“Mesmo com a produção industrial negativa em outubro, a alta de ontem do Ibovespa anima. A aprovação da PEC era o ‘trigger’ que faltava para a bolsa voltar a subir”, avalia Rodrigo Knudsen, gestor da Vítreo. “Acredito que há espaço para que a recuperação do Ibovespa continue, apesar da produção industrial negativa. A alta de ontem pode ter dado um ânimo. A aprovação da PEC era o ‘trigger’ que faltava para a bolsa voltar a subir”, avalia Knudsen.
Em Nova York as bolsas caem, afetando o Ibovespa:
O Dow Jones cai 0,66%, o S&P 500 perde 1,34% e o Nasdaq cede 2,49%, com falas de dirigentes do Fed sobre aperto monetário e possibilidade de alta dos juros, além do resultado do payroll, o relatório de empregos. que veio mais fraco que o esperado.
Em novembro, nos EUA, houve criação de 210 mil vagas, ante previsão de 573 mil. Já a taxa de desemprego recuou de 4,6% em outubro para 4,2% no mês passado, contra projeção de analistas de 4,5%. Em novembro, o salário médio por hora aumentou 0,26% em relação a outubro, ou US$ 0,08, a US$ 31,03, também abaixo do consenso, de alta de 0,4%.
Preliminarmente, o indicador pode levar ao debate de que o Federal Reserve poderá esperar um pouco mais para acelerar a retirada de estímulos da economia e, consequentemente, evite uma alta antecipada dos juros por lá. Com isso, a liquidez tende a continuar no mundo.
Méliuz (CASH3) amplia alta e sobe lidera o índice com alta do GMV
O Ibovespa opera em alta de 1,29% por volta das 12h20, aos 105.876 pontos. A principal valorização do índice é o Méliuz (CASH3), que sobe 20,3%.
Os papéis da empresa praticamente dobram a alta da abertura, que foi de cerca de 11% – já liderando a ponta positiva do Ibovespa.
A alta do Méliuz se deve ao dado recente divulgado pela empresa de que o volume bruto de mercadorias (GMV) somou um total de R$ 923 milhões em novembro.
Da mesma forma, o número de novos compradores também apresentou um alto crescimento na base anual, subindo 82%.
No comunicado, a empresa também frisou que o seu cartão de crédito, a ser lançado nas próximas semanas, já tem uma lista de espera com mais de 200 mil inscritos
“Estamos confiantes em entregar um produto diferenciado no mercado, que seja competitivo e ao mesmo tempo traga muitos benefícios aos usuários. Estamos na linha com nossa estratégia de criar um ecossistema único e completo contemplando a vertical de shopping e a vertical de serviços financeiros”, disse a companhia em comunicado.
Dólar perde força com alta de commodities, após subir com fiscal
O dólar está volátil no mercado à vista. Voltou a perder força frente o real na manhã desta sexta-feira, pressionado pela queda ante peso mexicano e outras divisas emergentes e ligadas a commodities no exterior em meio ao avanço das commodities.
O petróleo exibe ganhos perto de 3% e o minério de ferro fechou em alta de 0,73% a US$ 102,36 a tonelada em Qingdao, na China.
Às 10h50 desta sexta, o dólar à vista tinha viés de baixa de 0,30%, a R$ 5,62. O dólar futuro para janeiro de 2022 desacelerava a alta a 0,18%, cotado a R$ 5,68, ante máxima a R$ 5,70 (0,51%).
Méliuz (CASH3) lidera o índice e frigoríficos despencam
O Ibovespa é liderado pelo Méliuz (CASH3) com algumas companhias do segmento de shoppings que também subiram na abertura do pregão anterior.
Na ponta negativa, frigoríficos e mineradoras caem. Confira:
Maiores altas do Ibovespa:
- Méliuz (CASH3): +11,8%
- Iguatemi (IGTI11): +8,8%
- EcoRodovias (ECOR3): +8%
- EzTec (EZTC3): +6,9%
- Cyrela (CYRE3): +6,6%
Maiores baixas do Ibovespa:
- Marfrig (MRFG3): -3,6%
- JBS (JBSS3): -3%
- CSN (CSNA3): -1,2%
- BRF (BRFS3): -1,1%
- Usiminas (USIM5): -0,6%
Payroll de 210 mil ante projeção de 550 mil
O Relatório de Emprego não-agrícola, o Payroll dos EUA, foi de 210 mil empregos em novembro, ante expectativa de 550 mil do mercado.
O Payroll em manufatura veio em 31 mil ante projeções de 45 mil e o Payroll privado foi de 235 mil ante consenso de 530 mil.
Os índices americanos sobem no intradia. Confira:
- Dow Jones (DJIA): +1,82%
- S&P 500: +1,42%
- Nasdaq futuro: +0,83%
Ibovespa abre em alta e volta aos 106 mil pontos
O Ibovespa hoje abre em alta de 1,5% aos 106.054 pontos após fechar o pregão anterior em alta de 3,6%. Desta forma, com melhora do cenário macroeconômico, o índice se recupera das mínimas do ano.
Com melhora de perspectivas para as varejistas e companhias do setor de viagens – penalizadas por conta da variante ômicron – o índice é liderado por empresas que sangraram ao longo da semana e agora voltam a ganhar fôlego.
Pelo lado contrário, frigoríficos, mineradoras e siderúrgicas caem, com baixa de 0,25% no dólar e uma leve retração no preço do minério de ferro – além da alta considerável no pregão anterior, em que a Vale (VALE3), por exemplo, subiu quase 4%.
Nos indicadores, o Payroll dos EUA reporta 210 mil empregos, número bem abaixo da projeção de 550 mil do mercado. A taxa de desemprego do país fica em 4,2% ante 4,5% de projeção.
Além disso, os PMIs da Europa vieram em grande medida abaixo das projeções, com 52,2 no PMI composto e 52,7 no PMI de serviços da Alemanha, maior economia do continente.
Na agenda corporativa, a Suzano (SUZB3) aprovou para o exercício do ano que vem no valor total de R$ 13,6 bilhões em sua estimativa de Capex ante R$ 6,2 bilhões mantidos para este ano.
A companhia elétrica CPFL (CPFE3) aprovou a distribuição de dividendos no valor total de R$ 804 milhões ante R$ 190 milhões e dividendos e de juros sobre o capital próprio (JCP) da Vamos (VAMO3).
Como destaque do dia, o Banco Inter (BIDI4) cancelou a sua reorganização societária que levaria os papéis do banco aos EUA.
“Foi apurado um valor da opção ‘cash-out’ superior a R$ 2 bilhões, de forma que não foi atendida a condição de que o valor total a ser desembolsado para fins de pagamento da opção cash-out não excedesse tal montante”, disse a empresa, em comunicado.
Ou seja, a opção pelo resgate das ações, antes de serem convertidas em BDRs e ações na Nasdaq (cash-out) acabou superando mais de 10% de sua base de acionistas – condição que não poderia acontecer
Veja o desempenho dos demais índices na abertura de hoje:
Produção Industrial tem retração de 0,6% em outubro
A Produção Industrial teve uma retração de 0,6% no mês de outubro no Brasil, ante projeções de 0,6% de alta. No anualizado, há baixa de 7,8% ante prognósticos de queda de 5%.
Já o PMI Composto Markit, de novembro, foi de 52, ante 53,6 do PMI do Setor de Serviços.
Ibovespa futuro opera em queda
O Ibovespa futuro opera em baixa de 0,61%, sinalizando uma abertura em em queda após a melhora do cenário macroeconômico – que puxou alta de 3,6% no índice no pregão anterior.
A PEC dos Precatórios foi aprovada no Senado e volta à Câmara, com grandes possibilidades de aprovação.
Nesse cenário, o mercado lida com a certeza do cenário fiscal, sendo que a PEC permite ao governo adiar dívidas e abre espaço para despesas de R$ 106 bilhões ao mudar a regra do teto de gastos.
Além disso, as commodities – um driver relevante para a bolsa – tiveram altas nos últimos dias e operam em correção nesta sexta, com baixa de 1,31% no minério.
Apesar disso, o Petróleo WTI e o Brent seguem em alta, subindo mais de 2%, cotados a US$ 68 e US$ 71, respectivamente.
As Bolsas internacionais seguem sem movimentos expressivos pelo fato de que os investidores aguardam novos dados sobre o desemprego americano, no Payroll.
MORNING CALL - BANCO INTER (BIDI4) DESISTE DE IR À NASDAQ / Payroll e produção industrial ficam no radar
Acompanhe o Morning Call do Suno Notícias, ao vivo, a partir das 9hs.
ADRs da Vale e Petrobras caem no premarket após altas de 6% e 10%
A ADR da Vale cai 1,8% no premarket em da NYSE após fechar em alta de 6% no pregão anterior, com otimismo no minério e no cenário macroeconômico brasileiro.
A Petrobras, por sua vez, teve alta de 10% na sua ADR no último pregão, e agora cai 1,6% no premarket.
O EWZ, ETF que representa a bolsa brasileira, teve uma alta de 4,21% em Nova York, com uma queda de 0,2% nas negociações do after hours. O ativo acompanhou o Ibovespa, que fechou em alta de 3,6% ontem.
Minério e petróleo seguem em recuperação em dia positivo para as commodities
O índice de commodities da Bloomberg opera em alta de 1,42%, no maior patamar da semana, fortemente influenciado pela recuperação dos preços do minério e do petróleo.
Em Qingdao, o minério de ferro teve uma retração de 1,31% mas manteve seu patamar de preço, cotado a US$ 101. Nos contratos futuros, contudo, o índice sobe 8,6% sinalizando uma alta para US$ 103.
A cotação do Petróleo WTI segue em recuperação, subindo 2,3% a US$ 68, ao passo que o Brent sobe 2,4% a US$ 71.
Nos metais preciosos, o ouro sobe 0,5% ao passo que a prata sobe 0,18%, em alta majoritária na Comex. O cobre é a exceção, com baixa de 0,2%.
Bolsas amanhecem com PMIs e aguardam Payroll
As bolsas mundiais operam sem sinal único nesta sexta-feira (3) após uma quinta de recuperação.
O premarket americano sinaliza aberturas em queda, porém com pouca volatilidade. Há expectativa e cautela durante o dia por conta do Payroll – dado americano sobre os empregos que deve sair às 10h30 e ser o principal driver do dia.
A projeção do mercado é de 550 mil empregos no mês de novembro.
A tensão com o avanço das contaminações da variante Omicron segue no radar das bolsas, com discussões sobre a possibilidade de as vacinas atuais funcionarem para frear a doença.
Além disso, as bolsas da Europa operam mistas com praticamente todos os PMIs do continente abaixo das projeções.
Veja os principais índices:
- Nova York Dow Jones (DJIA) futuro: -0,12%
- Nova York (S&P 500) futuro: -0,20%
- Nova York Nasdaq futuro: -0,29%
- Frankfurt (DAX 30): +0,03%
- Londres (FTSE 100): +0,13%
- Paris (CAC 40): -0,10%
- Milão (FTSE/MIB): +0,18%
- Euro Stoxx-600: +0,07%
- Tóquio (Nikkei 225): +1,00% (fechada)
- Xangai (SSE Composite): +0,94% (fechada)
- Hong Kong (Hang Seng): -0,09% (fechada)
- Seoul (Kospi): +0,78% (fechada)