Ibovespa fecha em queda aos 110 mil pontos; Petrobras (PETR4), Vale (VALE3) e CSN Mineração (CMIN3) recuam mais de 4%
O Ibovespa hoje terminou a sessão de quinta-feira (2) em baixa de 1,72% aos 110.140,64 pontos, após oscilar entre 109.746,74 e 112.943,15. O volume financeiro chegou a R$ 30,2 bilhões.
Um dia após a super quarta-feira, o Ibov hoje operou com bastante volatilidade com a repercussão das decisões tanto do Federal Reserve (Fed) quanto do Copom — ainda que as taxas de juros estivessem dentro do consenso do mercado. O índice ficou a maior parte do dia no positivo, descolado das bolsas de Nova York, marcadas por forte alta de Nasdaq e do S&P 500.
“A divulgação de alta de juros pelo Fed não trouxe surpresas. Em relação ao Copom, a mensagem dura elevou a curva de juros no curto prazo, principalmente a curva de 2023. A de 2024 também teve aumento hoje. Já os vértices longos não tiveram muita alteração”, pontua Apolo Duarte, head da mesa de renda variável da AVG Capital.
O pregão de hoje foi também influenciado pelo mercado internacional — sobretudo o de commodities. A sessão desta quinta iniciou junto ao derretimento dos contratos futuros de minério de ferro no mercado chinês. Em Dalian, a commodity teve queda de 3,3% (US$ 125,29 dólares a tonelada), menor valor em duas semanas.
Diante desse cenário, que fez os investidores ficarem cautelosos quanto a reabertura da economia chinesa, os ativos de mineração e siderurgia afundaram no fechamento do Ibovespa.
Vale (VALE3) teve perdas de -4,62%, CSN (CSNA3) recuou -5,46%, e CSN Mineração (CMIN3) caiu -7,12%. Outras quedas foram da Metalúrgica Gerdau (GOAU4), Gerdau (GGBR4) e Usiminas (USMIN5), que recuaram -4,79%, -4,51% e -5,95%, respectivamente.
Outra ação de peso no Ibovespa que caiu hoje foi a Petrobras (PETR4;PETR3), cujos ativos preferenciais e ordinários recuaram -4,63% e -4,74%, respectivamente.
A petroleira foi afetada pela queda do preço da commodity — WTI para março recuou 0,69% (a US$ 75,88 o barril) e o Brent para abril caiu 0,81% (a US$ 82,17 o barril) — e ainda lidou com a repercussão do aumento do QAV e com o Itaú BBA apontando a companhia com possível contenciosos tributários protocolados no CARF.
Enquanto isso, os ativos bancários fecharam mistos no Ibovespa hoje. O BTG Pactual (BPAC11) recuou -3,25%, enquanto o Banco do Brasil (BBAS3) cedeu -1,89%. O Bradesco (BBDC4) ganhou +1,52% e o Itaú Unibanco (ITUB4) teve alta de +0,92%. Já o Santander (SANB11), que divulgou seus resultados, caiu durante a sessão, as recuperou +0,18% no final do dia.
Já na ponta positiva do Ibovespa, destaque para as companhias aéreas que foram impulsionadas pela queda do dólar — que chegou a operar abaixo de R$ 5. Gol (GOLL4) fechou com ganhos de +13,12% e Azul (AZUL4) avançou +7,15%.
“Esse movimento é muito ligado à queda da moeda americana, principalmente. Empresas que tem dívidas em dólar e custos também atrelados ao dólar se beneficiam dessa queda no dia. Vemos também papeis que tem sensibilidade maior à curva de juros com bastante volatilidade hoje”, explica Duarte.
Bolsas internacionais
No pregão quarta-feira, o Dow Jones caiu -0,12%, a S&P ganhou +1,47% e a Nasdaq avançou 3,25%. Por outro lado, o dólar à vista fechou em baixa de 0,30%, a R$ 5,0454, após oscilar entre R$ 4,9408 e R$ 5,0509
Enquanto isso, as bolsas europeias tiveram um desempenho misto no primeiro dia de fevereiro. Veja como ficou o fechamento de hoje:
- Frankfurt (DAX): +2,16%
- Lisboa (PSI 20): +0,85%
- Londres (FTSE 100): +0,76%
- Madri (IBEX 35): +1,53%
- Milão (FTSE MIB): +1,49%
- Moscou (MOEX): +0,60%
- Paris (CAC 40): +1,26%
Maiores altas do Ibovespa:
- Gol (GOLL4): +13,12%
- Azul (AZUL4): +7,15%
- Locaweb (LWSA3): +4,27%
- Via (VIIA3): +3,40%
- Cielo (CIEL3): +3,09%
Maiores baixas do Ibovespa:
- BRF (BRFS3): -7,70%
- CSN Mineração (CMIN3): -7,12%
- Usiminas (USIM5): -5,95%
- Braskem (BRKM5): -5,67%
- Siderurgia Nacional (CSNA3): -5,46%
Outras notícias que movimentaram o Ibovespa
Fechamento dos outros índices brasileiros
- Small Caps (SMLL): -0,73%
- BDRs (BDRX): +1,32%
- Fundos Imobiliários (IFIX): +0,25%
Cotação do Ibovespa nesta quinta-feira (2)
O Ibovespa fechou o pregão desta quinta-feira (2) em baixa de 1,72% aos 110.140,64 pontos.
Recessão no Reino Unido será mais suave que previsões indicam, diz membro do BoE
Vice-presidente para Mercados e Bancos do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Dave Ramsden afirmou nesta quinta-feira, 2, que a recessão no Reino Unido “será mais suave do que as previsões indicam”. A declaração foi dada durante entrevista coletiva da instituição, que mais cedo subiu a taxa básica dos juros em 50 pontos-base, como esperado.
Ramsden disse que as previsões são um fator importante para a tomada de decisões, mas também lembrou que o BOE precisa lidar com os choques econômicos.
Também presente na coletiva, o vice-presidente para Política Monetária do BoE, Ben Broadbent, disse que a instituição espera que a inflação sobre os alimentos “se dissipe com o tempo”.
Com Estadão Conteúdo
Ibovespa amplia queda e renova mínima
Na contramão de Nova York, o Ibovespa amplia queda nesta quinta (2). O índice da B3 cai agora 1,66%, aos 110.271 pontos. A Vale (VALE3), em queda de 4,45%, e as empresas de siderurgia e mineração continuam pressionando o Ibovespa. A Petrobras (PETR4) também opera em baixa — caindo 4,5%.
Ibovespa continua no negativo, com queda de empresas de commodities e exportadoras
O dia no Ibovespa hoje é de queda. Índice se mantém no negativo, com pressão de ações de commodities e de empresas exportadoras. A queda do Ibovespa é de -0,71’%, aos 111.274. Após o recuo forte do minério na China (a -3,33% em Dalian), a Vale (VALE3) cede 4%. Outras quedas do setor de siderurgia e mineração:- CSN (CSNA3): -4,54%
- CSN Mineração (CMIN3): -4,87%
- Metalúrgica Gerdau (GOAU4): -3,73%
- Gerdau (GGBR4): -3,92%
- Usiminas (USMIN5): -4,16%
Bolsas da Europa fecham em alta, após BCE e BoE elevarem juros dentro do esperado
As bolsas europeias fecharam em alta nesta quinta-feira, 2, após o Banco Central Europeu (BCE) e o Banco da Inglaterra (BoE) elevarem juros em 50 pontos-base, dentro do esperado pelo mercado. Além disso, comentários de dirigentes de ambas as instituições continuam reforçando que o aperto monetário deve continuar.
Em Londres, o FTSE 100, subiu 0,76% a 7.820,16 pontos. Já o índice DAX, em Frankfurt, teve alta de 2,16%, a 15.509,19 pontos – no maior nível em um ano.
O BoE decidiu elevar sua taxa básica de juros em 50 pontos-base, a 4%. Em seguida, o presidente da instituição Andrew Bailey advertiu que os “riscos seguem altos” e que o BC inglês já “fez bastante com a taxa de juros, mas é muito cedo para declarar vitória”.
O BCE, por sua vez, seguiu o mesmo caminho e também optou por 0,5 porcentual: a taxa de refinanciamento passará de 2,50% a 3%, a de depósitos, de 2% a 2,50%, e a de empréstimos, de 2,75% a 3,25%.
A presidente do BC do bloco comum, Christine Lagarde, destacou que, em todos os cenários, altas significantes de juros serão necessárias, em ritmo constante. “Não penso em cenário que não tenha uma alta de 50 pontos-base em março, só em caso extremo. Sabemos que não terminamos”.
“Embora o tom de ambas as coletivas de imprensa pareça sugerir que os dois bancos centrais têm que ir mais longe no aumento das taxas, os mercados parecem ter a visão de que estamos perto de um pico no que diz respeito às taxas, e mesmo que não tenhamos chegado lá, estamos próximos”, analisa o economista-chefe da CMC Markets, Michael Hewson.
Ele também cita a mesma percepção com relação ao Federal Reserve (Fed): “os mercados parecem que não acreditam nos BCs e acham que, mesmo que subam novamente, terão que cortar até o final do ano”.
O CAC 40, em Paris, avançou 1,26%, a 7.166,27 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, fechou em alta de 1,49%, a 27.100,62 pontos. Papéis da Telecom saltaram 8,70%, após a empresa anunciar que recebeu uma proposta da gestora americana KKR por uma participação na sua unidade de infraestrutura e gestão de telefonia fixa.
Já em Madri, o índice Ibex 35 subiu 1,53%, a 9.237,20 pontos. Por fim, na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 subiu 0,85%, a 5.957,07 pontos. As cotações são preliminares.
Com Estadão Conteúdo
Lagarde diz que BCE seguirá ‘aumentando juros até onde for necessário’
A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, fala à imprensa nesta quinta-feira (2), após decisão de taxa de juros do BCE na véspera, em que a autoridade monetária elevou sua taxa de referência de 2,50% para 3,0%. “O Conselho do BCE manterá o curso aumentando significativamente as taxas de juros em um ritmo constante e mantendo-as em níveis suficientemente restritivos para garantir um retorno oportuno da inflação à sua meta de médio prazo de 2%”, disse a presidente do Banco Central Europeu.
A chefe do BCE também destacou que a manutenção dos juros deve seguir no longo prazo para conter demanda e reduzir inflação, embora as decisões futuras ainda sigam dependentes de novos dados.
Lagarde também disse que a expectativa é que o crescimento econômico da Zona do Euro siga fraco e que inflação alta e condições mais restritas de crédito restringem produção e consumo.
Em seu discurso à imprensa, também citou que os gargalos no fornecimento estão diminuindo de forma gradual e o fornecimento de gás está mais seguro no momento atual.
Vale (VALE3) derruba Ibovespa, que volta para o vermelho aos 111 mil pontos
Após permanecer em alta por mais de uma hora, o Ibovespa sofreu com a ampliação da queda das mineradoras e siderúrgicas e passou a operar em baixa de 0,77% por volta das 12h.
O índice lida com uma retração de cerca de 4% da Vale (VALE3), a companhia que possui justamente o maior peso na carteira do Ibovespa.
Segundo o Mapa de Ativos do Status Invest, a mineradora possui um peso de 16% no Ibovespa.
A companhia, assim como as demais mineradoras e siderúrgicas da bolsa, sofre após a publicação do seu relatório de produção, mas principalmente por conta da retração do minério.
O minério de ferro negociado em Dalian foi às mínimas de 15 dias – em retração de 3,3% a US$ 125 por tonelada – após divulgação de indicadores econômicos da China abaixo do esperado na véspera.
Stone (STOC31) amarga prejuízo bilionário ao zerar ações no Inter (INBR32)
A Stone (STOC31) zerou sua participação acionária no Inter (INBR32). Em comunicado enviado ao mercado na quarta (1º), a empresa de meios de pagamento explicou que a operação foi fechada por um preço equivalente a R$ 218 milhões. Em 2021, a fintech havia investido R$ 2,5 bilhões no banco digital.
“A StoneCo. Ltd. anuncia que vendeu 16,8 milhões de ações do Banco Inter, representando a totalidade da participação da StoneCo. na empresa. As ações foram vendidas pelo preço de R$ 12,96, equivalente a R$ 218 milhões. O movimento segue o objetivo de Stone de se concentrar na operação principal de serviços financeiros e software”, ressaltou a companhia em comunicado à imprensa.
Petróleo Brent recua a US$ 82 e Petrobras (PETR4) cai
No intradia, as negociações de contratos futuros de petróleo mostram uma retração de 0,42% a US$ 82 por barril.
Já o petróleo West Texas Intermediate (WTI) recua 0,13% a um preço de US$ 76 por barril.
A Petrobras (PETR4), cujo petróleo de referência é o Brent, cai 0,7% no intradia.
Minério de ferro derrete 3% e derruba Vale (VALE3);
Puxando as mineradoras da bolsa de valores hoje, o minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve baixa de 3,33%, a US$ 125 por tonelada.
Com isso, a Vale (VALE3) cai mais de 2,7% e puxa uma retração generalizada do setor de siderurgia e mineração, com pares caindo mais de 2%, da mesma forma.
A cotação do minério, agora, está na mínima de duas semana com investidores reavaliando as perspectivas da economia chinesa.
O PMI Industrial Caixin foi divulgado na véspera pelo dragão asiático, mostrando um número de 49,2, abaixo das projeções do consenso de mercado.
Ibovespa vira para alta e sobe aos 112 mil pontos; Via (VIIA3) dispara 7% e puxa varejistas e mineradoras sangram
Após abrir o pregão em queda, o Ibovespa sobe 0,5% aos 112.629 pontos. O índice reverteu a tendência de queda com uma melhora de perspectiva para os bancos após o Santander reverter sua tendências negativa no pós-balanço.
Vale (VALE3) e outras mineradoras e siderúrgicas marcam posição na ponta negativa do índice com quedas acima dos 2%.
Já na ponta positiva, a Via (VIIA3) puxa as varejistas com uma alta de mais de 7% no intradia.
Maiores altas do Ibovespa
- VIIA3: 7,2%
- LWSA3: 5,3%
- MGLU3: 5,2%
- EZTC3: 5,1%
- CYRE3: 4,6%
Maiores baixas do Ibovespa
- VALE3: -2,7%
- CSNA3: -2,5%
- GGBR4: -2,5%
- CSNA3: -2,4%
- USIM5: -2,4%
Santander (SANB11) vira para alta e sobe 3%
Após abrir o pregão caindo mais de 2% na ponta negativa do Ibovespa hoje, as ações do Santander sobem 3,2%, revertendo a tendência negativa após a divulgação do balanço.
A mudança ocorre logo após a teleconferência de resultados em que o CEO do banco revelou uma baixa exposição ao varejo – cerca de 3% da carteira de crédito – e citou que o banco acompanha o caso Americanas de perto para ajustar o provisionamento do banco.
Dólar perde os R$ 5 pela primeira vez desde junho
Com recuo intenso no intradia, o dólar cai 1,63% nos contratos futuros com vencimento para março de 2023.
A moeda americana perdeu a cotação de R$ 5 pela primeira vez desde junho, e opera na casa dos R$ 4,975.
A cotação reflete o impacto das decisões de juros tomadas na véspera, com manutenção da Selic em 13,7% por parte do Copom e alta de juros em 0,25 ponto percentual pelo Fed.
Analistas esperam que o Fed siga com o ciclo altista de juros nos Estados Unidos, a fim de conter a inflação.
“Dados de consumo e produção da economia têm mostrado desaceleração, mas o mercado de trabalho continua aquecido e deve continuar pressionando a inflação por algum tempo. Por isso, torna-se necessário que os juros permaneçam altos por mais tempo. O ciclo de corte não deve começar em 2023″, afirma a economista-chefe do C6 Bank Claudia Rodrigues
Santander tem 3% da carteira atrelada ao varejo, diz CEO
Em teleconferência de resultados, o CEO do Santander disse que o banco possui somente cerca de 3% da sua carteira de crédito atrelada ao segmento de varejo.
“Temos principio de se expor ao risco de forma altamente diversificada”, disse Mario Leão.
CEO do Santander: Acompanharemos caso Americanas para ajustar provisionamento
Durante a teleconferência de resultados do Santander, o CEO, Mario Leão, destacou que a companhia acompanha de perto a questão da exposição bilionária à dívida da Americanas (AMER3), mas evitou tecer comentários, alegando que a companhia tem política de não falar sobre casos específicos.
O executivo se limitou a dizer que o Santander acompanha o caso com proximidade e que o banco prevê ajustar o provisionamento por conta desse fator.
Em uma pergunta de outro analista, Leão disse que o “o confirming, ou risco sacado, está dentre os principais negócios no nicho de atacado, até mesmo no banking corporativo. É um produto que vem evoluindo nos últimos anos e vem sendo revisado por reguladores, nós temos, como eu disse, vários fornecedores com os quais continuamos a operar”.
Shell (RDSA34) quebra recorde com lucro de US$ 9,8 bilhões e anuncia recompra de ações
A Shell (RDSA34) teve um lucro ajustado de US$ 9,81 bilhões no quarto trimestre de 2022 (4T22). O lucro da Shell, assim, fica bem acima do ganho de US$ 6,39 bilhões verificado em igual período de 2021. Com o resultado a companhia junta-se a petrolíferas dos EUA que também tiveram resultados históricos em meio ao salto dos preços de energia. Juntas, Shell e as americanas Chevron e Exxon Mobil lucraram mais de US$ 132 bilhões no ano passado. Junto com o balanço, nesta quinta (2) a Shell também anunciou o início de um programa de recompra de ações de US$ 4 bilhões que deverá durar cerca de três meses. Em comunicado, a petrolífera anglo-holandesa disse que todas as ações recompradas serão canceladas.Americanas (AMER3): Pente fino nas contas “encontra” mais R$ 6,6 bilhões em dívidas
A recuperação judicial da Americanas (AMER3) tem mais dívidas do que a própria companhia imaginava. Segundo informações divulgadas na quarta (1º), um pente fino nas contas da varejista identificou R$ 6,6 bilhões a mais em débitos. Assim, o valor total do rombo saltou de R$ 41,2 bilhões para R$ 47,9 bilhões.
De acordo com as informações divulgadas pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, os administradores judiciais da varejista protocolaram a atualização do valor total dos débitos na 4º Vara Empresarial do Rio de Janeiro na última quarta.
Assim, a recuperação judicial da Americanas atinge a marca de R$ 47.904.922.603,58.
Oi (OIBR3): Beirando nova recuperação judicial, empresa quer ‘fatiar’ conselho de administração
A Oi (OIBR3), que pediu proteção contra credores e aventou a possibilidade de um novo processo de recuperação judicial na véspera, convocou uma assembleia para ‘fatiar’ seu atual Conselho de Administração. A companhia votará, no dia 6 de março, a destituição do Conselho de Administração da Oi, além de uma reforma estatutária que reduz o número de cadeiras para uma faixa de sete a nove membros titulares. Caso o conselho atual seja destituído, serão eleitos nove novos membros para o Conselho da OIBR3, com mandatos de dois anos. A convocação foi feita na manhã desta terça-feira (2). Você pode ler o edital de convocação arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) clicando aqui.Santander (SANB11): Veja como foi o balanço do 4T22
Em resultado trimestral publicado nesta quinta-feira (2), antes da abertura do pregão, o Santander (SANB11) reportou números de um dos seus piores trimestres.
No balanço do Santander, o lucro líquido gerencial caiu cerca de 45% se comparado ao trimestre anterior, para atuais R$ 1,68 bilhão.
O resultado do Santander ficou muito abaixo do que analistas projetavam. O consenso Bloomberg mirava um lucro de R$ 2,89 bilhões para a companhia no quarto trimestre.
O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) foi de 8,35%, representado uma queda de 7,3 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior.
O grande impacto no balanço do 4T22 do Santander foi o aumento das provisões para devedores duvidosos (PDD), que avançaram para R$ 7,364 bilhões no quarto trimestre, em um crescimento de mais de 70% no comparativo anual.
A XP destaca que o movimento foi influenciado pelo ‘fator Americanas’, dada a exposição do banco à varejista que encontra-se em recuperação judicial com dívidas que superam os R$ 40 bilhões.
“Para este último, além de ser afetado pela pior dinâmica da inadimplência de pessoa física, também foi impactado pelo provisionamento de um evento subsequente no segmento de Atacado durante o trimestre (provavelmente o caso da Americanas)”, dizem os analistas Renan Manda e Matheus Guimarães.
Segundo levantamento do Bank of America (BofA), a expectativa para os resultados trimestrais do Santander era a segunda pior, ficando somente atrás do Bradesco (BBDC4).
Bolsas mundiais operam mistas
Na abertura de mercado desta quinta-feira (2) as bolsas mundiais operam sem sinal único.
Em Wall Street, o S&P avança 0,5% ao passo que o Dow Jones recua 0,27% durante as negociações que precedem a abertura de mercado (premarket).
Na Europa, a maioria dos índices sobe, com alta de 1,25% na Bolsa de Frankfurt (DAX) e 0,6% de alta em Londres (FTSE).
Com isso, o índice pan-europeu Stoxx-600 avança 0,56%.
Na Ásia, o a Bolsa de Tóquio (Nikkei) avança 0,20% ante 0,02% de alta da Bolsa de Shangai. O Kospi, da Coreia do Sul, mostra alta de 0,7%.
Ibovespa abre em queda
O Ibovespa abriu o pregão em queda de 0,2% nesta quinta-feira (2), em meio à publicação do balanço do Santader (SANB11) e após a manutenção da taxa Selic em 13,75% pelo Comitê de Política Monetária (Copom).
O Santander surpreendeu negativamente e obteve um lucro líquido gerencial de R$ 1,68 bilhão, muito abaixo das expectativas dos analistas – o consenso Bloomberg mirava R$ 2,89 bilhões – e representando uma queda de mais de 45% em relação ao trimestre imediatamente anterior.
Os papéis, assim, caem 2,6% durante os primeiros minutos de pregão, liderando as maiores quedas do Ibovespa hoje.
O provisionamento e a inadimplência ficaram acima do esperado. Segundo analistas da XP, o fato de o banco ter a segunda maior exposição nominal à Americanas (AMER3) pode ter afetado o balanço do banco negativamente.
Apesar disso, demais bancos com exposição à dívida da Americanas não amargam tantas quedas. O BTG Pactual (BPAC11) cai 0,2% ao passo que o Bradesco (BBDC4) opera estável.
Vale lembrar que ambos os ativos já ‘precificaram’ a exposição à dívida da varejista quando analistas levantaram os dados sobre a carteira de crédito e, posteriormente, a recuperação judicial publicizou detalhes sobre as relações com os credores.