O Ibovespa futuro disparou na abertura desta segunda-feira (9). Seguindo a tendência internacional de alta após a confirmação da vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais nos Estados Unidos, o mercado futuro do maior índice acionário da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), por volta das 9h30, subia 3,5%.
Um pouco antes, a alta chegou a ser de 4%. O Ibovespa futuro reflete o otimismo global com a derrota do presidente Donald Trump, que buscava se reeleger na presidência norte-americana. A vitória de Biden foi confirmada, na tarde do último sábado (7), após agências e veículos de imprensa declararem que ele conquistou os 20 votos eleitorais da Pensilvânia.
Trump, no entanto, salientou que não aceita a vitória do democrata. Em comunicado oficial divulgado por sua campanha, o mandatário disse que o processo eleitoral deste ano “está longe de acabar”. No último domingo (8), o mandatário voltou a dizer que a eleição “foi roubada” pelos democratas — ainda não apresentando provas.
Os investidores ficaram ainda mais animados no início desta semana após a Pfizer e a BioNtech dizerem que testes finais de sua vacina possuem cerca de 90% de efetividade em prevenção do novo coronavírus (Covid-19) em estudo em larga escala.
Os desdobramentos das eleições norte-americanas ofuscaram os novos recordes de casos diários da pandemia nos Estados Unidos. Já são três dias consecutivos com mais de 100 mil casos nas 24 horas imediatamente anteriores. O país acumula 9 milhões de infecções pela doença, com cerca de 238 mil mortos.
No âmbito político, o presidente Jair Bolsonaro ainda não se pronunciou sobre a vitória de Biden nas eleições. O democrata já foi parabenizado por uma série de figuras notáveis no cenário internacional, incluindo o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, e o premiê de Israel, Benjamin Netanyahu.
Por aqui, chama atenção os dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), que apontam que o Brasil deve cair no ranking das maiores economias do mundo. As informações, compiladas pela Fundação Getulio Vargas (FGV), demonstram que o País deve deixar de figurar entre as 10 maiores economias do planeta.
Segundo as projeções da organização internacional, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve recuar 5,8% neste ano. Quando se converte os valores em dólares, levando em consideração a desvalorização do real, o recuo será de 28,3% em 2020 em comparação com o ano passado.
As taxas de juros futuras, no entanto, operam com uma leve alta. Por volta das 9h45, os contratos de juros futuros baseados no Depósito Interfinanceiro (DI) negociados na B3 para janeiro de 2022 apresentavam uma queda de 1,51%, para 3,26%. Os papéis para janeiro de 2023 recuam 2,26%, para 4,74%; para janeiro de 2025 tem queda de 2,30%, para 6,36%; para janeiro de 2027, operam com um recuo de 1,93%, para 7,10%.
Por volta do mesmo horário, o dólar norte-americano era negociado na venda a R$ 5,26, com uma queda de 2,47%.
O Ibovespa futuro é um contrato derivativo do mercado financeiro negociado sobre a expectativa do valor, em pontos, que o mercado à vista terá em uma data posterior. Além de indicar o possível destino do índice quando o sino de abertura do mercado tocar, os negociadores podem comprar ou vender esse contrato em determinada pontuação para o índice em uma data futura.
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