Ibovespa abre semana em queda, seguindo as bolsas mundiais
O Ibovespa abriu em queda nesta segunda-feira (11), seguindo a tendência das bolsas mundiais, que operam majoritariamente no vermelho. Os investidores seguem de olho em questões externas, sobretudo no avanço da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) e a situação de Donald Trump em seus últimos dias como presidente dos Estados Unidos.
Por volta das 10h20, o Ibovespa recuava 0,75%, a 124.137 pontos. Os mercados seguem atentos aos novos possíveis impactos do coronavírus na economia global. O ministro da saúde da Alemanha solicitou aos cidadãos que evitassem ao máximo o contato social após o número de mortos pelo vírus ter ultrapassado 40 mil em 24 horas. Na última semana, a chanceler alemã, Angela Merkel, determinou o lockdown até o fim de janeiro.
Já no Japão, uma nova cepa com semelhanças às variantes encontradas no Reino Unido e na África do Sul foram identificadas. A potência asiática informou que é difícil determinar imediatamente o grau de infecciosidade da nova cepa e da força das vacinas que estão sendo desenvolvidas frente a ela.
Na sexta, o Reino Unido renovou seu recorde de novos casos da Covid em um único dia, com 68.053 registros. Foram contabilizadas 1.325 mortes, também um recorde. No fim de semana, a rainha Elizabeth e seu esposo, príncipe Philip, ambos com mais de 90 anos, foram vacinados.
Os bastidores políticos norte-americanos continuam agitados. Após a invasão ao Capitólio na última quarta-feira (6) por manifestantes pró-Trump, a pressão dela destituição do mandatário do poder foi elevada. No último domingo (10), a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, deu um ultimato e afirmou que o presidente é uma ameaça urgente à nação.
Os congressistas estadunidenses tentarão remover Trump do poder por duas maneiras. A Câmara, dominada por democratas, procurará aprovar uma resolução para obrigar o vice Mike Pence a invocar a 25ª emenda constitucional. Caso esse processo não seja bem sucedido, a Câmara deverá dar início ao processo de impeachment.
No âmbito interno, chama atenção as perspectivas econômicas apresentadas pelo Boletim Focus. De acordo com as estimativas compiladas pelo Banco Central (BC), a taxa básica de juros da economia (Selic) encerrará este ano em 3,25%, frente a projeção de 3% apresentada na última semana.
Além disso, o Produto Interno Bruto (PIB) deverá crescer 3,41% em 2021. A previsão é levemente superior à da semana passada, que estimava um avanço de 3,40%. Vale lembrar que há quatro semanas, o Focus indicava um crescimento do PIB de 3,50% em 2021.
No que se refere às commodities, o barril de petróleo Brent opera em queda no mercado futuro, com baixa de 1,41%, a US$ 55,20. O minério de ferro, por sua vez, também caiu na Bolsa de Dalian, na China, cotado a 1.046 iuanes por tonelada, equivalente a US$ 161,46.
Destaques do Ibovespa
Confira as maiores altas e as maiores baixas entre as empresas que fazem parte do Ibovespa, por volta das 10h25:
- Intermédica (GNDI3): +4,73%
- Hapvida (HAPV3): +4,47%
- PetroRio (PRIO3): +1,40%
- Unidas (LCAM3): +1,30%
- CSN (CSNA3): -2,43%
- Weg (WEGE3): -2,87%
- Gerdau (GGBR4): -3,78%
- Metalúrgica Gerdau (GOAU4): -4,43%
Mercados internacionais
Veja o desempenho dos principais índices acionários no exterior, além do Ibovespa agora:
- Nova York (S&P 500) futuro: -0,63%
- Londres (FTSE 100): -0,77%
- Frankfurt (DAX 30): -0,90%
- Paris (CAC 40): -0,78%
- Milão (FTSE/MIB): -0,60%
- Hong Kong (Hang Seng): +0,11% (fechada)
- Xangai (SSE Composite):-1,08% (fechada)
- Tóquio (Nikkei 225): (fechada por feriado nacional)
Última cotação do Ibovespa
De forma distinta ao Ibovespa hoje, o índice acionário encerrou as negociações na última sexta-feira com uma alta de 2,20%, a 125.076,63 pontos.
