Ibovespa opera em queda, seguindo as bolsas mundiais e de olho no fiscal
O Ibovespa abriu em leve queda nesta terça-feira (9), seguindo as bolsas mundiais que observam uma realização nesta manhã. O mercado segue atento ao cenário político e à possibilidade de renovação no auxílio emergencial.
Por volta das 10h35, o Ibovespa recuava 0,27%, a 119.397 pontos. Ontem, o índice que operava estável, reverteu para queda próximo do fim do pregão após o presidente Jair Bolsonaro dizer que avalia estender o coronavoucher.
A sinalização de que haverá uma prorrogação no auxílio foi dada pelo mandatário à TV Bandeirantes na tarde da última segunda-feira (8). O governo, contudo, planeja encurtar o auxílio de R$ 300 para R$ 200, pois assim o renovação se tornaria mais “viável”.
A equipe de Bolsonaro pretende liberar os recursos para os beneficiários do Bolsa Família e para aqueles que estão na fila aguardando para serem incluídos no programa assistencial. Dessa forma, o total de pessoas que receberá o coronavoucher em 2021 será reduzido.
Nesta manhã, os juros futuros longos operam em alta, de olho no risco fiscal do País. Por volta do mesmo horário, os contratos baseados no Depósito Interfinanceiro (DI) negociados na B3 para janeiro de 2023 subiam 0,20%, a 4,95%; para janeiro de 2025 subia 1,25%, a 6,46%; para janeiro de 2027, operam com uma alta de 1,28%, para 7,13%.
Ainda no âmbito interno, chama atenção dos investidores o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro, que avançou 0,25%. O resultado, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou levemente abaixo das projeções de economistas, que apontavam para um avanço a 0,31%.
Lá fora, os índices mundiais operam em queda, interrompendo o rali dos últimos dias. Os investidores ainda aguardam a aprovação do novo pacote de estímulos do governo de Joe Biden.
A proposta do mandatário é de US$ 1,9 trilhão. Vale lembrar em desde o início da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), os Estados Unidos já injetaram mais de US$ 3 trilhões na economia, valor sem precedentes na história.
No que se refere à pandemia, uma boa notícia: os Estados Unidos registraram, na última segunda-feira, o segundo dia consecutivo com menos de 100 mil casos da doença, dando um novo impulso à expectativa pela recuperação econômia. Onte, foram 86 mil registros, segundo a Universidade John Hopkins.
A cotação do barril de petróleo Brent permanece acima da marca de US$ 60, mesmo após a leve baixa nesta manhã. O Bitcoin opera com uma alta de 6,4% nas últimas 24 horas, principalmente por conta da compra de US$ 1,5 bilhão da Tesla, que objetiva diversificar suas reservas líquidas.
Destaques do Ibovespa
Confira as maiores altas e as maiores baixas entre as empresas que fazem parte do Ibovespa, por volta das 10h40:
- Sabesp (SBSP3): +7,50%
- CSN (CSNA3): +2,37%
- Eletrobras ON (ELET3): +1,89%
- Eletrobras PN (ELET6): +1,84%
- Raia Drogasil (RADL3): +1,38%
- Braskem (BRKM5): -1,99%
- SulAmérica (SULA11): -2,12%
- BTG Pactual (BPAC11): -2,63%
- Gol (GOLL4): -2,72%
- CVC (CVCB3): -3,47%
Mercados internacionais
Veja o desempenho dos principais índices acionários no exterior, além do Ibovespa agora:
- Nova York (S&P 500) futuro: -0,22%
- Londres (FTSE 100): +0,019%
- Frankfurt (DAX 30): -0,40%
- Paris (CAC 40): -0,003%
- Milão (FTSE/MIB): -0,59%
- Hong Kong (Hang Seng): +0,53% (fechada)
- Xangai (SSE Composite): +2,01% (fechada)
- Tóquio (Nikkei 225): +0,40% (fechada)
Última cotação do Ibovespa
Da mesma forma que o Ibovespa hoje, o índice acionário encerrou as negociações na última segunda-feira com uma baixa de 0,45%, abaixo dos 120 mil pontos.
