Mercado

Ibovespa abre em queda de 1,5% de olho no exterior

Jader Lazarini

14/05/2020 10:54

Atualizado em: 14/05/2020 13:18

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Ibovespa renova mínima

O Ibovespa abriu em queda nesta quinta-feira (14), de olho no cenário exterior. Na última quarta-feira (13), o presidente do Fed disse que podemos estar iniciando a “pior recessão desde a Segunda Guerra Mundial”.

Por volta das 10h20, o Ibovespa variava negativamente 1,47%, a 76.625,47 pontos. O mercado está de olho nos pedidos de seguro-desemprego nos EUA que vieram acima das expectativas de especialistas.

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Ademais, os investidores seguem alerta aos resultados trimestrais das empresas que compõem a bolsa brasileira.

Fed pede novos estímulos

O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, fez um apelo na última quarta-feira (13) ao governo dos Estados Unidos para que elevem seus gastos no enfrentamento da recessão econômica.

O presidente da autoridade norte-americana fez o pedido à Casa Branca e ao Congresso, para garantir uma melhor recuperação da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

“Pode levar apenas mais alguns meses do que gostaríamos para que a economia se recupere” das medidas de isolamento social para conter a disseminação do novo coronavírus, que paralisaram as empresas, afirmou Powell, em sessão online no Peterson Institute.

“O escopo e a velocidade dessa crise não têm precedentes modernos, significativamente piores do que qualquer recessão desde a Segunda Guerra Mundial”, afirmou Powell, alertando que “a recuperação pode levar algum tempo para ganhar impulso e com o tempo pode transformar problemas de liquidez em problemas de solvência”.

O presidente estadunidense Donald Trump, logo depois, voltou a dizer que o Fed deveria implementar taxas de juros negativas, mas disse que Powell, criticado nos últimos meses, vem melhorando seu desempenho à frente da autoridade monetária central do país.

Pedidos de seguro-desemprego

O número de pedidos de seguro-desemprego nos EUA foi de 2,98 milhões na semana encerrada em 8 de maio. O pedido deste tipo de auxílio disparou nas últimas semanas, em razão da pandemia. Os dados foram divulgados pelo Departamento do Trabalho americano nesta quinta-feira (14).

O total de pedidos de seguro-desemprego apresentou uma desaceleração em relação ao número registrado nas semanas anteriores. Todavia, o resultado ficou levemente acima da expectativa dos analistas da Bloomberg, que apontavam para 2,5 milhões de pedidos.

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Na semana anterior, encerrada em 1º de maio, as solicitações totalizaram 3,17 milhões. Em sete semanas, o total de pedidos de auxílio-desemprego foi de 35,98 milhões, com o recorde sendo registrado na primeira semana de abril, com 6,6 milhões de requisições.

A taxa de desemprego dos EUA atingiu 14,7% em abril, segundo as informações divulgadas pelo Departamento do Trabalho, frente a 4,4% em março. Essa é a maior taxa desde a Grande Depressão, ocasionada pela crise de 1929.

O avanço do desemprego no país, decorrente em grande parte pelo coronavírus, é de aproximadamente o dobro do registrado entre 2007 e 2009, período em que a crise do subprime trazia suas consequências.

Resultados trimestrais

Azul

A Azul (AZUL4) registrou, na manhã desta quinta-feira, um prejuízo líquido contábil de R$ 6,135 bilhões no primeiro trimestre deste ano. O resultado reverte o lucro líquido de R$ 125,3 milhões reportado no mesmo período do ano passado.

A Azul, no entanto, reporta que o prejuízo ajustado, o qual exclui ganhos e perdas com marcação a mercado e variação cambial (uma vez que, segundo sua estimativa, não há impacto no caixa da empresa), foi de R$ 975,3 milhões.

Via Varejo

A Via Varejo (VVAR3) registrou, na noite da última quarta-feira (13), um lucro líquido de R$ 13 milhões no primeiro trimestre deste ano. O resultado reverte o prejuízo de R$ 50 milhões do mesmo período do ano passado.

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A receita líquida da varejista permaneceu estável na comparação anualizada, saindo de R$ 6,330 bilhões para R$ 6,339 bilhões, em uma variação positiva de 0,5%.

ABC Brasil

O Banco ABC Brasil (ABCB4) apresentou um lucro recorrente de R$ 81 milhões nos primeiros três meses deste ano. O valor equivale a uma queda de 33,2% em relação ao mesmo período de 2019. Em relação ao quarto trimestre do ano passado, entretanto, o valor foi 32,3% menor.

A carteira de crédito expandida teve saldo de R$ 31,101 bilhões ao final do primeiro trimestre. A alta em comparação ao último trimestre do ano passado foi de 3,2%. Já em relação ao mesmo período de 2019, o crescimento foi de 17,3%.