Ibovespa cai 1,24%, aos 108 mil pontos, com queda da Vale (VALE3), Petrobras (PETR4) e bancos

Principal índice da Bolsa brasileira, o Ibovespa terminou esta terça (30) em queda de 1,24%, aos 108.967,03 pontos. Nas últimas horas, o volume financeiro movimentado foi de R$ 23,1 bilhões. As ações da Vale (VALE3), da Petrobras (PETR4), do Itaú (ITUB4) e do Bradesco (BBDC4) encerraram o dia em queda, o que puxou o índice para baixo.

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Após sequência de ganhos desde o dia 4 – interrompida apenas no dia 16, e que o alçou a 110,7 mil pontos no fechamento de 19 de maio, maior nível então desde 1º de fevereiro -, o Ibovespa passou a alternar séries mais curtas, de avanços e recuos, a partir do último dia 22. Desde esse dia, foram cinco perdas, incluindo a de hoje, e apenas dois ganhos, em 25 e 26 de maio, quando chegou aos 110,9 mil pontos, superando a marca do último dia 19.

Na semana, o índice da B3 cede 1,75%, mas ainda avança 4,34% no mês. Em 2023, oscila hoje para baixo, com recuo de 0,70% no ano.

“O Ibovespa vinha de pé trocado, subindo mesmo quando as bolsas lá fora caíam, e agora volta ao suporte que corresponde à média móvel de 200 períodos, um pouco abaixo dos 109 mil. Chegado o fim do mês, é natural uma realização de lucros, considerando que o Ibovespa ainda sobe mais de 4% em maio, com avanço bem distribuído por diferentes setores”, diz Marco Monteiro, analista da CM Capital, mencionando ganhos superiores a 16% para o setor imobiliário, acima de 12% para as ‘small caps’ – ações de menor capitalização de mercado, menos líquidas -, e de quase 12% para o segmento de consumo no mês, pouco antes do fechamento desta terça-feira.

Os cinco papéis de maior peso do índice Bovespa (juntos, eles correspondem a cerca de 35,3% do índice) encerraram o dia da seguinte forma:

  • Vale (VALE3): queda de 2,23%, aos R$ 64,36
  • Itaú (ITUB4): queda de 1,41%, aos R$ 26,54;
  • Petrobras (PETR4): queda de 0,94%, aos R$ 26,44;
  • Petrobras (PETR3): queda de 0,84%, aos R$ 29,60;
  • Bradesco (BBDC4): queda de 2,73%, aos R$ 15,70

No Brasil, um dos destaques do dia foi a divulgação dos números do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O índice caiu 1,84% em maio, após queda de 0,95% em abril. Com esse resultado, a queda chegou a 2,58% neste ano e a 4,47% nos últimos doze meses.

“A deflação registrada no índice ao produtor (-2,72%), a maior de sua série histórica, foi influenciada pela redução dos preços de cinco grandes commodities, que juntas, respondem por aproximadamente 1/4 do peso total do IPA. Entre essas, vale citar o comportamento dos preços do minério de ferro (de -4,41% para -13,26%) e da soja (de -9,34% para -9,40%)”, comentou André Braz, coordenador dos Índices de Preços da FGV.

“A queda de hoje foi muito condicionada pelas commodities, como o petróleo, principalmente, e o minério de ferro, que já vem mais fraco há algum tempo, o que afeta empresas de peso como Petrobras e Vale”, diz Marco Noernberg, líder de renda variável da Manchester Investimentos. Ele observa que a pressão sobre os preços das commodities acabou por ofuscar, na sessão, outros desdobramentos recentes positivos, como o avanço de uma solução para o teto da dívida nos Estados Unidos e, no Brasil, a leitura mais fraca do IGP-M, com deflação de 1,84% em maio – e uma queda de 4,47% em 12 meses. A moderação dos índices de inflação se reflete na curva de juros doméstica, que tem melhorado com a acomodação dos preços.

Lá fora, por outro lado, os contratos futuros de petróleo aprofundaram perdas ao longo da sessão, em queda acima de 4% nos fechamentos de Nova York e Londres. As tensões emergentes entre Arábia Saudita e Rússia quanto a cortes de oferta pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) estiveram no radar nesta terça-feira. A Rússia continua a disponibilizar grandes volumes de petróleo mais barato, minando esforços sauditas para fortalecer os preços da commodity, segundo fontes familiarizadas com o assunto.

O dia foi amplamente negativo para o setor metálico como um todo, com destaque para CSN (CSNA4), baixa de 3,77%, mínima do dia no fechamento, a R$ 12.

Após um dia fechadas, devido ao feriado, as Bolsas dos Estados Unidos terminaram o pregão desta terça da seguinte forma:

  • Dow Jones: queda de 0,15%, aos 33.042,85 pontos;
  • S&P 500: estabilidade, com 4.205,59 pontos;
  • Nasdaq: alta de 0,32%, aos 13.017,43 pontos;

A cotação à vista do dólar apresentou uma alta de 0,60% e terminou o dia na casa dos R$ 5,0423. Em nenhum momento do dia a cotação ficou abaixo da “barreira psicológica” dos R$ 5.

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Ibovespa hoje: maiores altas e baixas do dia

As ações do IRB (IRBR3) subiram 4,31% hoje e lideraram o ranking positivo do dia. Em seguida, aparecem os papéis da Hapvida (HAPV3) e da Raízen (1,98%).

No lado das quedas, o maior recuo do dia ficou com a CVC (CVCB3), que viu seus papéis encolherem 3,87%. CSN Mineração (CSNA3) caiu 3,77% e Petz (PETZ3) caiu 3,72%.

Confira as maiores altas e baixas do Ibovespa hoje:

Fechamento do Ibovespa desta terça (30)

O Ibovespa encerrou o pregão desta terça em queda de 1,24%, aos 108.967,03 pontos.

Com Estadão Conteúdo

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Erick Matheus Nery

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