Ibovespa fecha em queda, aos 110 mil pontos; Vale (VALE3) cai mesmo com alta do minério e dólar volta a ficar acima dos R$ 5

O Ibovespa terminou o pregão desta segunda (29) em queda de 0,52%, aos 110.333,40 pontos. Nas últimas horas, o volume financeiro registrado na Bolsa brasileira chegou na casa dos R$ 11,7 bilhões. Por causa do feriado nos Estados Unidos, o pregão operou com menor liquidez ao longo do dia e um dos destaques negativos foi a Vale (VALE3), que caiu mesmo com a alta do minério de ferro. O dólar voltou a ficar acima dos R$ 5.

No mês, que termina na quarta-feira, o Ibovespa acumula ganho de 5,65%, que coloca o do ano a 0,55%.

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“Apesar do minério estar subindo, mesmo assim, as ações da Vale caem, o que mostra que realmente o mercado não está comprador para o setor de mineração. O desempenho da Vale é negativo no ano junto com o Ibovespa caindo hoje, mas em um mês de maio bem positivo para a Bolsa”, destaca Leandro Petrokas, diretor de research da Quantzed.

O mercado está muito reticente, muito preocupado com o crescimento da economia chinesa e isso impacta diretamente a cotação da Vale, que trabalha em queda no dia de hoje.

Os papéis da Vale, que são os de maior peso no principal índice da Bolsa brasileira, encerraram o pregão em queda de 0,75%, aos R$ 65,83. Confira o gráfico com o comportamento dessas ações nos últimos doze meses:

Cotação VALE3

Gráfico gerado em: 29/05/2023
1 Ano

As ações de maior peso e liquidez tiveram inclinação moderada ao longo da sessão, na maioria em baixa, como Petrobras (PETR4, recuo de 0,63%, e PETR3, queda de 0,41%), e ao final com sinal misto para as de grandes bancos – Itaú (ITUB4) caiu 0,44%, Bradesco (BBDC4) subiu 0,12% e o Santander (SANB11) subiu 0,31%.

Na ponta do Ibovespa, destaque nesta segunda-feira para CVC (CVCB3), com alta 4,03%, Cogna (COGN3), avanço de 3,26%), Eztec (EZTC3) ganhou 2,45% e Méliuz (CASH3) valorizou 2,30%.

No dólar hoje, a cotação à vista ficou acima dos R$5 e encerrou o dia em alta de 0,48%, na casa dos R$ 5,0124. “Tivemos o acordo em relação ao teto da dívida americana. Isso já era esperado pelo mercado, já que a história nos mostra que essa história termina com a negociação do aumento do teto da dívida. Como isso já era esperado, não fez nenhum preço no Brasil e talvez traga algum otimismo de curto prazo lá fora”, comenta Petrokas.

“Com liquidez muito baixa, o dia foi de ajuste leve, com o mercado tendo a seu favor o alívio, que deve ser maior amanhã com Nova York, proporcionado pelo entendimento sobre a elevação do teto da dívida americana, no fim de semana. Mercado trabalhou hoje aqui perto do zero a zero, com o setor metálico devolvendo a alta vista mais cedo. Dia bem tranquilo, sem grandes movimentações”, diz Rodrigo Moliterno, head de renda variável da Veedha Investimentos.

“O acerto sobre o limite do teto nos Estados Unidos, que será votado na quarta-feira, afasta o risco de calote na dívida americana. E o acordo veio com o compromisso do presidente Joe Biden, junto aos republicanos, de não aumentar gastos públicos nos próximos dois anos – algo que foi visto de forma positiva nos índices futuros dos Estados Unidos, e que deve se refletir amanhã na retomada dos negócios em Nova York”, diz Alan Dias Pimentel, especialista da Blue3 Investimentos.

Na agenda doméstica neste começo de semana, destaque pela manhã para a divulgação do Boletim Focus, que trouxe nova redução nas projeções de mercado para o IPCA no fechamento de 2023, a 5,71%, em mais um desdobramento que contribui para a redução da pressão sobre os juros no Brasil, observa Vanessa Naissinger, especialista da Rico Investimentos. Ela destaca, na semana, outro ponto da agenda com potencial para orientar os negócios, o PIB brasileiro no primeiro trimestre. A mediana da pesquisa Projeções Broadcast indica alta de 1,2% para o indicador ante o mesmo período de 2022.

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Maiores altas e baixas do Ibovespa hoje

O principal destaque positivo do dia foi a alta das ações da Cogna (COGN3), “na esteira da melhora de cenário para a inflação e também depois que a Yduqs (YDUQ3) soltou resultados positivos acima do esperado. Vemos que o pior, para o setor de educação, ficou para trás”, destaca o especialista.

No lado das maiores quedas do dia, a Vibra Energia (VBBR3) protagonizou o ranking após a Petrobras (PETR4) negar que tenha esteja interessa em comprar ações da antiga BR Distribuidora. “Saíram notícias na semana passada de que o governo teria interesse em voltar a ter posições nas ações da Vibra Energia. E aí, os papeis subiram bem no mês de maio, chegaram a subir 45% e os investidores estão realizando lucros há três dias”, complementa. A Petrobras também caiu hoje no Ibovespa: 0,41%.

Confira as maiores altas e baixas do Ibovespa hoje:

Ibovespa hoje: Fechamento desta segunda (29)

O Ibovespa encerrou o pregão desta segunda (29) em queda de 0,52%, aos 110.333,40 pontos.

Com Estadão Conteúdo

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Erick Matheus Nery

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