Mercado

Ibovespa fecha estável com Guedes sinalizando liberação de R$ 100 bi

Amanda Gushiken

27/06/2019 18:28

Atualizado em: 13/06/2021 23:43

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Economistas preveem déficit primário do governo central a R$708,8 bi

O Ibovespa tem mais um encerramento estável nesta semana. Com alta de 0,04%, o índice acionário encerrou com 100.723,97 pontos nesta quinta-feira (27).

As expectativas sobre a reunião entre os presidentes da China e dos EUA, Xi Jinping e Donald Trump, respectivamente, permanecem mantendo o mercado otimista sobre um acordo comercial, e contendo maiores perdas para o Ibovespa.

Pois o cenário interno desanima os investidores, com um novo adiamento da votação da reforma da Previdência, sem data oficial definida, e a menor projeção de PIB pelo BC. Além disso, a imagem do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), sofreu um novo desgaste com a prisão do sargento na Espanha.

O otimismo doméstico vem com o ministro da Economia, Paulo Guedes, que afirmou que deve haver injeção de R$ 100 bilhões com novas reduções no depósito compulsório.

A pontuação mínima do Ibovespa foi de 99.420,64 pontos, e a máxima de 101.024,95 pontos.

G20: reunião de Trump e Xi

O G20 iniciará na sexta-feira (28) em Osaka, no Japão e vai até sábado (29). O principal encontro da cúpula será protagonizado pelos presidentes dos países que estrelam a guerra comercial: Donald Trump, dos Estados Unidos, e Xi Jinping, da China.

O último encontro entre os líderes aconteceu na edição passada do G20, em Buenos Aires, em 2018. Neste ano é aguardado um acerto entre os presidentes para que China e os EUA deem fim à guerra comercial.

Saiba mais – G20: Encontro de Trump e Xi Jinping é o mais esperado da reunião

Banco Central reduz estimativa de PIB

O Banco Central (BC) reduziu as expectativas do crescimento econômico brasileiro. De 2% na última previsão, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2019 deve ficar em 0,8%, conforme o BC.

A estimativa está abaixo daquela prevista pelo mercado financeiro no último Boletim Focus, divulgado na segunda-feira (24), de 0,87%.

Reforma da Previdência atrasa

A reunião para o relator da reforma da Previdência da comissão especial da Câmara, Samuel Moreira (PSDB-SP), fazer a leitura de seu parecer foi cancelada. O cancelamento ocorreu em detrimento de líderes partidários não concordarem com pontos do texto.

Na véspera, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que com as negociações para incluir os estados e municípios na reforma da Previdência, a votação poderia ficar para a próxima terça-feira (2). Esta data, contudo, não é oficial.

Saiba mais – Reunião para leitura do parecer da reforma da Previdência é cancelada

Desgaste da imagem de Bolsonaro

Na véspera, o sargento Manoel Silva Rodrigues foi preso após apreensão de 39 quilogramas (kg) de cocaína serem encontrados em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB).

A aeronave fazia parte da comitiva presidencial que acompanha Bolsonaro na cúpula do G20, no Japão. O episódio causou um alto desgaste da imagem de Bolsonaro, com repercussão internacional e a população brasileira debatendo e criando “memes” do caso nas redes sociais.

Guedes sinaliza novas reduções no compulsório

Após o Banco Central reduzir na véspera a alíquota para o depósito compulsório a prazo dos bancos, de 33% para 31%, com injeção na economia prevista em R$ 16,1 bilhões, o ministro da Economia, Paulo Guedes, sinalizou que novas reduções podem ser feitas. A injeção extra pretendida por Guedes é de R$ 100 bilhões.

Grupo Pão de Açúcar lidera largamente os ganhos do Ibovespa

O Grupo Pão de Açúcar (GPA/PCAR4) apresentou significativa alta na cotação de suas ações. O movimento ocorreu em detrimento da possibilidade do grupo adquirir a também varejista Almacenes Éxito S.A., empresa colombiana.

Saiba mais – Grupo Pão de Açúcar tem alta de 11% com possível aquisição do Éxito