Ibovespa sobe 0,34% e alcança maior nível desde 2 de outubro
Ibovespa acumula ganho de 7,92% no mês de março e de 10,17% no ano; bolsas norte-americanas têm dia de queda.
Na contramão do mercado norte-americano, o Ibovespa subiu 0,34% nesta quarta-feira (26), aos 132.519,63 pontos, com giro a R$ 22,0 bilhões. Dessa forma, renovou a máxima de fechamento do ano, no maior nível desde 2 de outubro, depois de oscilar dos 132.068,02 aos 132.983,92 pontos.

Na semana, o principal índice de ações da B3 passa ao positivo (+0,13%), com ganho no mês de 7,92% e no ano de 10,17%.
Entre os destaques nesta quarta-feira estão os carros-chefes Vale (VALE3, +0,61%) e Petrobras (PETR3, +1,06%; PETR4, +0,94%). Dos grandes bancos, os melhores resultados foram do Bradesco (BBDC3, +1,73%; BBDC4, +1,63%).
A B3 atualizou os dados referentes à participação dos investidores na Bolsa de 17 de fevereiro até 21 de março. No mês de março, houve entrada de R$ 4,346 bilhões por parte de estrangeiros, resultado de compras acumuladas de R$ 214,663 bilhões e vendas de R$ 210,317 bilhões. No acumulado do ano, o fluxo de capital externo está positivo em R$ 11,869 bilhões.
Ibovespa: principais altas e baixas do dia
- Maiores Altas
- Maiores Baixas
Nos EUA, mercados caem
As bolsas de Nova York fecharam o pregão desta quarta em queda, enquanto os investidores acompanham relatos sobre possíveis novas tarifas do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre cobre, automóveis e bens da União Europeia.
O índice Dow Jones fechou em baixa de 0,31%, aos 42.454,79 pontos; o S&P 500 perdeu 1,12%, aos 5.712,20 pontos; e o Nasdaq recuou 2,04%, aos 17.899,02 pontos. As ações de tecnologia puxaram a queda do S&P 500, depois de o índice ter fechado em alta por três sessões consecutivas.
A GameStop subiu mais de 11% após o conselho da varejista de videogames aprovar um plano de mais investimento em bitcoin. A medida não foi uma surpresa, pois já havia sido alvo de especulações recentes. A Tesla caiu 5,58% depois de as ações da fabricante de veículos elétricos subirem por cinco sessões consecutivas, apesar de uma queda nas vendas na Europa.
“Dia de queda nos mercados globais, com agenda fraca, sem indicadores relevantes. O norte continua a ser a incerteza comercial nos Estados Unidos, com aproximação da implementação, no começo de abril, de tarifas recíprocas. Mas a Bolsa, aqui, mostrou resiliência mesmo com a piora no câmbio e na curva do DI”, diz Rodrigo Ashikawa, economista da Principal Asset Management no Brasil.
O analista destaca, na agenda desta quinta-feira (27), tanto a divulgação do IPCA-15 referente a março como a do relatório de política monetária (RPM), o antigo relatório trimestral de inflação. Na sessão desta quarta, o comentário do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a possibilidade de negociações entre Mercosul e Japão animou setores ligados ao comércio exterior, observa Lucas Almeida, sócio da AVG Capital.
“Lá fora, o foco segue nas novas tarifas de Trump, que já aplicou 20% sobre importações chinesas e agora ameaça sobretaxar países que comprarem petróleo da Venezuela, além de ampliar restrições a empresas de tecnologia chinesas”, acrescenta o especialista. Segundo ele, há uma combinação de fatores que aumentam a incerteza global, pressionam as bolsas nos EUA e reduzem as chances de cortes de juros por lá – com o próprio Federal Reserve (Fed) tendo sinalizado chance de dois cortes na taxa de referência ainda neste ano.