O Ibovespa encerrou as negociações desta terça-feira (25) em queda, interrompendo uma sequência de cinco altas consecutivas. O principal índice acionário da bolsa brasileira recuou 0,25%, aos 122.331,39 pontos.
Durante a sessão, o índice Bovespa oscilou entre a mínima de 121.997,14 pontos e a máxima de 122.849,07 pontos. O volume financeiro do dia foi de R$ 16,20 bilhões.
Entre as principais ações do Ibov, os papéis da Vale (VALE3) fecharam em baixa de 0,41%, a R$ 60,65. A variação negativa dos ativos ocorre em meio à recuperação da cotação do minério de ferro na China, após fortes baixas na última semana.
“As ações da Vale e das siderúrgicas refletiram a fraqueza do minério de ferro, em meio à crise do setor imobiliário da China, maior consumidor da commodity”, explica Alexsandro Nishimura, economista e sócio da Nomos.
Além disso, os investidores reagiram ao comunicado divulgado pela mineradora sobre a recompra de até US$ 500 milhões em títulos de dívida em dólar (bonds), com vencimento para 2034, 2036 e 2039. As ofertas começam hoje e terminam até o dia 26 de julho.
Acompanhando a variação negativa da cotação do petróleo no exterior, as ações da Petrobras também encerraram a sessão no vermelho: Petrobras ON (PETR3) recuou 0,36%, a R$ 38,90, enquanto Petrobras PN (PETR4) fechou em leve baixa de 0,08%, a R$ 37,03.
O que movimentou o Ibovespa hoje?
Os olhares do mercado brasileiro se voltaram nesta terça-feira para a divulgação da ata do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom). Segundo o documento, a manutenção dos juros ocorreu pois a autoridade monetária avaliou que o mercado de trabalho e a atividade econômica no Brasil “têm surpreendido e divergido do cenário de desaceleração previsto”.
“A ata da decisão do Copom de manter a meta da taxa Selic em 10,5% ao ano reitera a abordagem conservadora da autoridade monetária. A postura do comitê é vista, na minha visão, como vital para contrabalançar a postura perdulária do governo. Os juros persistentemente altos, contudo, fazem peso na bolsa brasileira na medida em que desincentiva o fluxo de capitais da renda fixa para a renda variável, o que levaria à alta das ações e, com elas, do índice”, explica Felipe Castro, planejador financeiro e sócio da Matriz Capital.
Depois da divulgação da ata, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou sobre o posicionamento do Copom. De acordo com o ministro, a ata está “muito aderente” ao comunicado feito pelo BC na última semana, o que foi considerado como algo positivo por ele.
“Eu dei uma passada de olho agora pela manhã e penso que a ata está muito aderente ao comunicado, não tem nada de muito diferente do comunicado, o que é bom, e transmite a ideia de que está havendo interrupção para avaliar o cenário externo e interno para que o Copom fique à vontade para tomar decisões a partir de novos dados”, disse Haddad.
Cotação do dólar
O dólar comercial voltou a subir nesta terça-feira (25), após duas sessões seguidas de quedas ante o real. A moeda norte-americana avançou 1,16%, negociada em R$ 5,453 na venda e 5,453 na compra.
Durante o dia, a divisa oscilou entre a mínima de R$ 5,406 e a máxima de R$ 5,456.
Bolsas nos EUA fecham sem direção definida
Os principais índices acionários dos Estados Unidos encerraram as negociações desta terça-feira de forma mista, enquanto o mercado norte-americano aguarda a divulgação do índice preços de consumo pessoal (PCE), que ocorrerá nesta sexta-feira (28).
As ações da Nvidia seguem no radar dos investidores. Após acumular fortes quedas nas sessões anteriores, os papéis da companhia avançaram mais de 6% no pregão de hoje, após o Bank of America (BofA) reiterar a recomendação de compra dos ativos.
- Dow Jones: -0,76%, aos 39.112,43 pontos;
- S&P 500: +0,39%, aos 5.469,35 pontos;
- Nasdaq: +1,26%, aos 17.717,65 pontos.
Maiores altas e baixas do Ibovespa
- Maiores Altas
- Maiores Baixas
Último fechamento do Ibovespa
O Ibovespa encerrou a sessão de ontem (24) em alta de 1,07%, aos 122.636 pontos.