O Ibovespa avançou nesta sexta-feira (23), após recuar na última sessão e romper uma sequência de três recordes de fechamento. O principal índice acionário da bolsa brasileira avançou 0,32%, aos 135.608,47 pontos, e fechou a semana com uma alta acumulada de 1,24%.
Durante a sessão, o índice Bovespa oscilou entre a mínima de 135.174,18 pontos e a máxima de 136.477,53 pontos. O volume financeiro do dia foi de R$ 21,10 bilhões.
Em meio ao otimismo dos mercados globais, apenas 16 ações do Ibov fecharam no vermelho. Entre elas, duas gigantes: Vale (VALE3) e Petrobras (PETR3; PETR4). As ações da mineradora recuaram 1,68%, a R$ 57,40, em linha com o recuo do minério de ferro no mercado chinês.
Já as ações preferenciais da Petrobras (PETR4) caíram 0,62%, a R$ 36,89, enquanto Petrobras ON (PETR3) recuou 0,98%, a R$ 39,39, após iniciarem a sessão em alta e oscilarem durante parte do dia.
Por outro lado, as varejistas dispararam na sessão de hoje e contribuíram para os ganhos do indicador, em meio às perspectivas de um corte de juros nos Estados Unidos. As ações do Magazine Luiza (MGLU3) subiram 3,34%, a R$ 13,62, enquanto Lojas Renner (LREN3) disparou 7,32%, a R$ 17,75. Os papéis da C&A (CEAB3) também tiveram uma alta expressiva: 9,53%, a R$ 10,34.
“O Ibovespa sobe em resposta à sinalização do presidente do Fed, Jerome Powell, de que o ciclo de cortes de juros nos EUA começará em setembro. Essa expectativa foi reforçada por Powell durante o simpósio de Jackson Hole, em que ele confirmou que a inflação está sob controle e que a política monetária deve começar a flexibilizar. Isso gerou otimismo nos mercados globais, incluindo o Ibovespa, que segue em alta”, explica Christian Iarussi, especialista em mercado de capitais e sócio da The Hill Capital.
Cotação do dólar hoje
Após a forte alta da última sessão, o dólar comercial voltou a despencar nesta sexta-feira. A moeda norte-americana registrou um forte recuo de 1,97% ante o real, negociada em R$ 5,480 na venda e R$ 5,479 na compra.
Durante a sessão, a divisa oscilou entre a mínima de R$ 5,474 e a máxima de R$ 5,583. Na semana, o dólar acumulou uma variação positiva de 0,22%.
“Os juros futuros e o dólar caem em resposta ao discurso de Jerome Powell, que indicou que o ciclo de cortes de juros nos EUA está próximo, e à expectativa de que a política monetária americana começará a flexibilizar. Essa perspectiva aliviou a pressão sobre os mercados emergentes, fortalecendo suas moedas e reduzindo as taxas de juros futuras. Além disso, na minha visão, a percepção de que a economia americana pode ter um “pouso suave”, com desaceleração controlada e inflação sob controle, contribui para esse movimento de queda nos juros futuros e no dólar”, explica Iarussi.
Bolsas nos EUA fecham em alta
Os principais índices acionários dos Estados Unidos encerraram as negociações desta sexta-feira em alta e acumularam ganhos na semana. Os olhares do mercado estadunidense se voltaram hoje para o discurso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), no Simpósio de Jackson Hole. Durante o evento, Powell ressaltou que a inflação nos EUA tem diminuído de forma significativa e sinalizou que um novo corte de juros deve ocorrer em breve.
- Dow Jones: 1,14%, aos 41.175,08 pontos (+1,27% na semana);
- S&P 500: 1,15%, aos 5.634,61 pontos (+1,40% na semana);
- Nasdaq: 1,47%, aos 17.877,79 pontos (+1,38% na semana).
Última cotação do Ibovespa
O Ibovespa encerrou as negociações da última quinta-feira (22) em baixa de 0,95%, aos 135.173,39 pontos.