Ibovespa encerra em queda com guerra comercial entre China e EUA
O Ibovespa encerrou em queda de 0,48% com 93.910,03 pontos nesta quinta-feira (23).
As tensões externas dominaram o Ibovespa, assim como grande parte dos mercados internacionais. Os principais índices acionários encerraram também em queda, devido à guerra comercial.
A Natura liderou as perdas do Ibovespa, enquanto a Cielo foi destaque positivo. A pontuação mínima do índice foi de 93.299,97 pontos e a máxima de 94.546,68 pontos.
Guerra comercial: Huawei x Apple
O Secretário do Estados Unidos, Mike Pompeo, afirmou que a Huawei mente quando diz que não colabora com a China. Após Trump classificar a Huawei em sua “lista negra” o Departamento de Comércio dos Estados Unidos garantiu licença temporária para que a empresa possa fazer a atualização de sistemas e aparelhos.
A medida imposta pelo governo dos Estados Unidos da América (EUA) é por conta de suspeita do envolvimento da companhia com atividade contrárias à segurança nacional, beneficiando a China.
Em paralelo, a Apple poderá deixar de fabricar alguns produtos na China. A Pegatron, fornecedora da gigante americana, deixará o país asiático em junho. A informação é do portal “Digitimes”. Com a intensificação da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, a fabricante antecipará sua saída.
Segundo o jornal “Financial Times”, a Penatron estuda transferir a sua linha de montagem para o Vietnã. Porém, outras informações indicam que a empresa pode se mudar para a Indonésia por conta da oferta da mão-de-obra.
Saiba mais – Guerra comercial: Apple pode deixar de fabricar alguns produtos na China
Natura lidera perdas do Ibovespa
As ações da Natura (NATU3) despencaram desde a abertura até o fechamento na B3 (Brasil, Bolca, Balcão). No pregão anterior, a Natura encerrou como liderança no Ibovespa, e registrou marca história na Bolsa de Valores. A alta do dia havia sido de 9,43%, com as ações cotadas a R$ 61,50.
A compra de fatia das operações norte-americanas da Avon foi anunciada na última quarta-feira (22): a empresa divulgou em fato relevante que as sinergias da aquisição da Avon deveriam ficar entre US$ 150 milhões e US$ 250 milhões anuais.
Todavia, em teleconferência com analistas nesta quinta-feira, o presidente do Conselho de Administração da Natura, Roberto Marques, informou que as sinergias deveriam girar em torno de US$ 125 milhões no Brasil e na América Latina.
Saiba mais – Natura: após máxima história, ações caem 8% com compra da Avon
Cielo aumenta participação no mercado e ações sobem
A Cielo expandiu sua participação no mercado de pagamentos para 41,8% no primeiro trimestre de 2019. Assim, o resultado divulgado nesta quarta-feira (22) é o primeiro positivo desde 2017.
Desta forma, avalia-se que a empresa conseguiu reagir à acirrada competição das concorrentes em meio à guerra das maquininhas.
A alta da participação da Cielo no mercado foi de 0,6% em relação ao quarto trimestre de 2018. O cálculo da participação de mercado considera os volumes financeiros das principais empresas do setor de pagamentos.
Dessa forma, são elas:
- Cielo;
- Rede, do Itaú Unibanco;
- GetNet, do Santander Brasil;
- PagSeguro, do UOL;
- Stone;
- e Vero, do Banrisul.
Saiba mais – Em meio à guerra das maquininhas, Cielo aumenta participação no mercado para 41%
Bolsas internacionais
- Nasdaq (Estados Unidos): queda de 1,58%
- FTSE 100 (Reino Unido): queda de 1,41%
- Nikkei (Japão): queda de 0,62%
- CAC40 (França): queda de 1,82%
Maiores altas do Ibovespa
- SMLS3 alta de 5,72% (R$ 43,97)
- CIEL3 alta de 2,74% (R$ 7,50)
- BBSE3 alta de 1,45% (R$ 28,71)
- HYPE3 alta de 1,42% (R$ 30,09)
- KROT3 alta de 1,37% (R$ 9,60)
Maiores quedas do Ibovespa
- NATU3 queda de 8,54% (R$ 56,25)
- BTOW3 queda de 5,41% (R$ 31,50)
- USIM5 queda de 3,55% (R$ 8,15)
- UGPA3 queda de 3,44% (R$ 19,95)
- CVCB3 queda de 3,23% (R$ 48,00)