Ibovespa fecha em queda com preocupações fiscais; Vale (VALE3) cai e Petrobras (PETR4) sobe
O Ibovespa encerrou as negociações desta segunda-feira (17) em queda e renovou a cotação mínima do ano. O principal índice acionário da bolsa brasileira recuou 0,44%, aos 119.137,86 pontos. Em junho, o indicador já acumula perdas de 2,42%.
Durante a sessão, o índice acionário oscilou entre a mínima de 118.685,10 pontos e a máxima de 119.663,06 pontos. O volume financeiro do dia foi de R$ 18,20 bilhões.
Acompanhando a variação negativa do minério de ferro no exterior, as ações da Vale (VALE3) encerraram o pregão no vermelho. Os papéis da mineradora caíram 0,40%, a R$ 60,38 e contribuíram para a variação negativa do índice Bovespa.
Por outro lado, os papéis da Petrobras fecharam em alta: Petrobras ON (PETR3) registrou leve alta de 0,05%, a R$ 36,65, e Petrobras PN (PETR4) avançou 0,37%, a R$ 34,81. A variação positiva dos papéis acompanha os ganhos dos preços internacionais do petróleo.
Por outro lado, as pressões envolvendo a companhia continuam no radar dos investidores. Nesta tarde, o Conselho de Administração da Petrobras realizou uma reunião extraordinária para votar o pagamento de R$ 20 bilhões à Receita Federal para encerrar litígios da estatal com o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).
O que movimentou o Ibovespa hoje?
As preocupações com os gastos públicos e a política fiscal do Brasil seguem no radar do mercado.
Nesta segunda-feira, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, declarou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se mostrou “mal impressionado” com o aumento dos subsídios nos gastos públicos. Além disso, Tebet disse ainda que o Presidente deu aos ministros da área econômica um tempo para que eles se debrucem sobre os números e apresentem soluções.
Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que Lula se mostrou surpreso ao saber que a carga tributária em 2023 foi menor do que no ano anterior.
“A bolsa segue em queda hoje influenciada por questões fiscais no Brasil que não estão se resolvendo. O governo tendo um posicionamento desarticulado e embates com o Congresso também fazem com que os investidores fiquem um pouco mais receosos e tendo um menor apetite ao risco. Temos muitos estrangeiros saindo da bolsa, o que também faz com que tenha mais volatilidade nos papéis”, explica Hemelin Mendonça, especialista em mercado de capitais e sócia da AVG Capital.
Além disso, os investidores estão aguardando a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que acontecerá na quarta-feira (19). A expectativa é que a autoridade monetária mantenha a taxa de juros do País inalterada.
Cotação do dólar
O dólar comercial encerrou as negociações desta segunda-feira em alta, na contramão do recuo da divisa norte-americana em comparação com as principais moedas do mundo.
A moeda estadunidense avançou 0,73% em comparação com o real, negociada em R$ 5,421 na venda e R$ 5,421 na compra. Durante a sessão, o dólar oscilou entre a mínima de R$ 5,374 e a máxima de R$ 5,430.
Bolsas dos EUA fecham em alta
Os principais índices acionários dos Estados Unidos refletiram o bom humor do mercado nesta segunda-feira e encerraram em alta, renovando máximas históricas. Os investidores norte-americanos ainda estão reagindo aos dados de inflação divulgados na última semana, que vieram abaixo do esperado.
“Nos EUA, o CPI abaixo do consenso renovou as expectativas de corte de juros nos EUA, levando o S&P 500 e o Nasdaq a novas máximas”, explica a sócia da AVG Capital.
- Dow Jones: +0,47%, aos 38.772,42 pontos;
- S&P 500: +0,77%, aos 5.473,23 pontos;
- Nasdaq: +0,95%, aos 17.857,02 pontos.
Maiores altas e baixas do Ibovespa
- Maiores Altas
- Maiores Baixas
Última cotação do Ibovespa
O Ibovespa encerrou as negociações da última sexta-feira (14) operando próximo da estabilidade, com leve alta de 0,08%, aos 119.662,38 pontos.