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Ibovespa fecha em queda e renova mínima do ano; Petrobras (PETR4) cai e Vale (VALE3) sobe

Ibovespa

Ibovespa. Foto: iStock

O Ibovespa encerrou as negociações desta quinta-feira (13) em queda e renovou a cotação mínima do ano pelo segundo dia consecutivo. O principal índice acionário da bolsa brasileira recuou 0,31%, aos 119.567,53 pontos.

Durante a sessão, o índice Bovespa oscilou entre a máxima de 120.222,24 pontos e a mínima de 119.170,66 pontos. O volume financeiro do dia foi de R$ 18,60 bilhões.

Entre os papéis mais negociados do dia, as ações preferenciais da Petrobras (PETR4) fecharam em baixa de 1,01%, a R$ 35,46. Já os papéis ordinários da companhia, negociados sob o ticker PETR3, caíram 1,31%, a R$ 37,02. 

A variação negativa dos ativos vai na contramão da cotação do petróleo no exterior. Nesta quarta, o Brent para agosto avançou 0,18%, a US$ 82,75, enquanto o WTI para julho subiu 0,15%, a US$ 78,62.

Os papéis da B3 (B3SA3) aparecem entre as principais perdas do dia, com uma variação negativa de 3,08%, a R$ 10,08. 

“Esse movimento registra uma piora geral quanto à percepção do mercado de capitais brasileiro, frente a saída do capital estrangeiro da bolsa, perda de volume de negociações e perspectivas de juros altos por mais tempo que prejudicam as projeções de receita da B3”, explica Jaqueline Kist, especialista em mercado de capitais e sócia da Matriz Capital.

Já as ações da Vale (VALE3) se destacaram positivamente e encerraram o pregão em alta de 1,15%, a R$ 60,83. Os ganhos acompanham a valorização do minério de ferro na bolsa de Dalian, na China, após o país asiático anunciar novas medidas para estimular o setor imobiliário.

O que movimentou o Ibovespa hoje?

Enquanto o mercado ainda digere a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed), as tensões políticas e fiscais no Brasil continuam no radar dos investidores. 

“A dúvida do mercado, na minha visão, gira em torno da capacidade do governo de entregar as metas determinadas pelo arcabouço fiscal, que vem perdendo a credibilidade com as alterações no último mês e com a dificuldade de aprovação das medidas de aumento de arrecadação do governo junto ao Congresso”, explica a sócia da Matriz Capital.

Nesta quinta-feira, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, falou sobre a alta do dólar e também reforçou o compromisso fiscal do País. Segundo ele, os ganhos recentes da moeda norte-americana ante o real são “momentâneos”. “Quero destacar o compromisso absoluto do presidente Lula com questão fiscal”, disse ainda.

Em meio a este cenário, as taxas dos títulos públicos dispararam nesta quinta-feira. “O impacto do ruído fiscal na precificação pode ser visto também nas taxas de negociação do Tesouro Direto. Apesar de dia de leve baixa nos juros futuros, com uma percepção mais branda do desgaste das contas públicas, as taxas dos títulos públicos negociaram próximas das máximas históricas, indicando um prêmio maior exigido pelos investidores para emprestar dinheiro ao governo”, ressalta Kist.

Além disso, o mercado acompanhou ainda as novas declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nesta quinta, o mandatário disse que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, continua sendo prestigiado na Esplanada, em meio a uma série de especulações de que o chefe da equipe econômica estaria perdendo força. 

“Não tem nada com o Haddad. Ele é extraordinário ministro, não sei qual é a pressão contra o Haddad”, declarou Lula para um grupo de jornalistas em Genebra, na Suíça, onde participou de um evento da Organização Internacional do Trabalho (OIT). 

“Todo ministro da Fazenda, desde que eu me conheço por gente, vira o centro dos debates quando a coisa dá certo e quando a coisa não dá certo”, reiterou o presidente.

Cotação do dólar 

Após quatro sessões consecutivas de alta diante do real, o dólar comercial encerrou as negociações desta quinta-feira em baixa.

A moeda norte-americana recuou 0,73%, negociada em R$ 5,367 na venda e R$ 5,366 na compra. Durante a sessão, a divisa oscilou entre a mínima de R$ 5,363 e a máxima de R$ 5,415.

Bolsas dos EUA fecham de forma mista

Os principais índices acionários norte-americanos encerraram as negociações desta quinta-feira sem direção definida novamente, com Dow Jones em queda e S&P 500 e Nasdaq em alta. 

Os investidores do país ainda estão digerindo a decisão de juros do Federal Reserve (Fed), enquanto reforçam o clima de cautela após a autoridade monetária reduzir suas expectativas de corte das taxas para apenas uma redução neste ano, ante três cortes da estimativa anterior.

Maiores altas e baixas do Ibovespa

Última cotação do Ibovespa

O Ibovespa encerrou as negociações da última quarta-feira (12) em baixa e atingiu o menor patamar de fechamento do ano. O principal índice acionário da bolsa brasileira recuou 1,40%, aos 119.936,02 pontos.

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