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Ibovespa sobe com alta das commodities; Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) avançam

Dividendos

Dividendos. Foto: iStock.

Após seis pregões operando no vermelho, o Ibovespa encerrou as negociações desta quinta-feira (6) em alta. O índice acionário subiu 1,23%, aos 122.898,80 pontos, depois de oscilar entre a mínima de 121.377,07 pontos e a máxima de 123.245,79 pontos. Foi o terceiro ganho desde 16 de maio, no intervalo de 15 sessões. O volume financeiro do dia foi de R$ 18,7 bilhões

A cotação das commodities no exterior segue refletindo no principal indicador acionário da bolsa brasileira. As ações da Vale (VALE3) fecharam em alta de 1,39%, a R$ 61,21, após o minério de ferro avançar 0,96% na bolsa de Dalian. 

Com o desempenho desta quinta, o Ibovespa passa ao positivo na semana e no mês, em alta de 0,66%. No ano, ainda cede 8,41%.

Além disso, as ações preferenciais Petrobras (PETR4) subiram nesta quinta-feira, com ganhos de 0,47%, a R$ 38,38. Já as ações ordinárias da companhia, negociadas sob o ticker PETR3, fecharam estáveis, com leve desvalorização de 0,03%, a R$ 39,94

Os papéis da petrolífera acompanham os ganhos da cotação do petróleo no fechamento de hoje. O Brent para agosto encerrou em alta de 1,86%, a US$ 79,87 por barril, na ICE. Já o WTI para julho avançou 1,99%, a US$ 75,55 por barril, na Nymex.

“Após dias seguidos de queda, o índice sobe com o avanço do setor de commodities, que se beneficia da alta do minério de ferro e do petróleo lá fora. Com isso, papéis do setor como Vale, CSN (CSNA3), CSN Mineração (CMIN3) e Gerdau (GGBR4) subiram. Papéis da Petrobras também fizeram alta apoiados pela alta do petróleo”, explica Fabio Louzada, economista, planejador financeiro e fundador da Eu me banco.

“Vale e Petrobras vinham pesando demais, e ontem o Ibovespa teria subido não fosse o desempenho das ações dessas duas empresas, que têm grande participação na composição do índice. Nesta quinta, ainda que Petrobras tenha perdido força no fim, ambas contribuíram em boa parte da sessão para o avanço do Ibovespa, em dia de queda na curva de juros doméstica”, o que favorece o apetite por ações, diz Gabriel Mota, operador de renda variável da Manchester Investimentos.

“O mercado ensaiou hoje uma retomada após uma sequência muito negativa, e quando se olha para gráfico, a tendência ainda é de queda. Ao se chegar a um nível mais próximo de 120 mil pontos, houve um pouco de reação, mas é preciso ver se isso ainda resultará em reversão da tendência de queda”, diz Mota.

Os grandes bancos avançaram em bloco e contribuíram para a alta do índice Bovespa. As ações do Banco do Brasil (BBAS3) subiram 1,32%, a R$ 27,65. Os papéis do Santander (SANB11) fecharam em alta de 2,95%, a R$ 27,61. Já as ações do Bradesco (BBDC4) ganharam 2,11%, a R$ 13,05, enquanto Itaú Unibanco (ITUB4) valorizou1,27%, a R$ 31,90.

O que movimentou o Ibovespa hoje?

Os olhares do mercado global se voltaram nesta quinta-feira para a reunião de decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE). A autarquia reduziu a taxa de juros em 0,25 ponto percentual e quebrou um ciclo de cinco reuniões seguidas sem alterações. 

Ainda durante a reunião, Christine Lagarde, presidente do BCE, declarou que os riscos para o crescimento da economia estão mais equilibrados no curto prazo. Além disso, segundo ela, a inflação vai declinar em direção à meta no segundo semestre de 2025.  

“Lá fora tivemos o Banco Central Europeu diminuindo os juros em 0,25%, conforme as expectativas do mercado. Decisão bastante positiva, na minha visão. Para Lagarde, a inflação irá cair em direção à meta no segundo semestre desse ano. A decisão colaborou para as bolsas europeias operarem no positivo”, disse Louzada.

Já no cenário nacional, os investidores repercutiram a aprovação do Imposto de Importação de 20% sobre compras internacionais de pessoas físicas abaixo de US$ 50 pelo plenário do Senado Federal. Atualmente, as operações nestes valores são isentas de tributação. 

Além disso, o mercado reagiu às declarações presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, e do diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, que participaram de eventos nesta manhã.

“Parte mais desafiadora (no Brasil) é a expectativa de inflação”, disse Campos Neto. “Expectativas (de inflação) são fator de preocupação do BC; aqui tem alguns ruídos: parte externa, parte fiscal, parte da condução da política monetária, transição no Banco Central, capacidade de aprovação de medidas, tem o geopolítico”, completou ele.

O quadro fiscal no Brasil tem sido questionado, mas o governo tem reagido desde a adoção do arcabouço fiscal, afirmou Campos Neto.

Além disso, Galípolo ressaltou que a espera por um cenário inflacionário mais alto coloca política monetária brasileira em um “ponto delicado”.

Cotação do dólar 

Após duas altas seguidas diante do real, o dólar comercial encerrou em baixa de 0,89%, a R$ 5,250 na venda e R$ 5,249 na compra. Durante a sessão desta quinta, a moeda norte-americana oscilou entre R$ 5,2414 e R$ 5,3082.

Bolsas nos EUA fecham sem direção definida

Os principais índices acionários norte-americanos fecharam em direções opostas, com Nasdaq e S&P500 em baixa, após atingirem máximas históricas na última sessão.

Os investidores estão aguardando a publicação do payroll, o relatório oficial de empregos norte-americano, que será divulgado amanhã (7). Além disso, o mercado estadunidense também aguarda novas sinalizações do Federal Reserve (Fed) para um possível início de ciclo de cortes de juros no país.

Maiores altas e baixas do Ibovespa

Última cotação do Ibovespa

Ibovespa encerrou as negociações da última quarta-feira (5) em queda, atingindo o menor patamar do ano pelo sexto pregão consecutivo. O índice acionário fechou em baixa de 0,32%, aos 121.407,33 pontos. 

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