Ibovespa sobe com grandes bancos e varejistas; Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) caem
O Ibovespa encerrou as negociações desta quinta-feira (4) em alta, apesar da variação negativa de dois importantes ativos: Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4). O principal índice acionário da bolsa brasileira avançou 0,40%, aos 126.163,98 pontos.
Durante a sessão, o índice Bovespa oscilou entre a mínima de 125.665,59 pontos e a máxima de 126.659,95 pontos. O volume financeiro do dia foi de R$ 16,60 bilhões.
A variação positiva do Ibov foi impulsionada pelos papéis das varejistas, que subiram em bloco. As ações da Magazine Luiza (MGLU3) dispararam 4,77%, a R$ 13,18, enquanto Lojas Renner (LREN3) avançou 6,44%, a R$ 13,23. Já os papéis do Grupo Soma (SOMA3) fecharam em alta de 1,81%, a R$ 6,18, e Sendas Distribuidora (ASAI3) ganhou 5,05%, a R$ 11,03.
Os grandes bancos também avançaram nesta quinta-feira, com exceção das units do Santander (SANB11), que fecharam estáveis. As ações do Bradesco (BBDC4) subiram 0,41%, a R$ 12,32, enquanto Itaú Unibanco (ITUB4) fechou em alta de 0,15%, a R$ 32,91, e Banco do Brasil (BBAS3) valorizou 0,52%, a R$ 26,85.
Por outro lado, as ações da Vale iniciaram a sessão estáveis, mas ampliaram as perdas ao longo do dia, na contramão do avanço do minério de ferro no mercado chinês. Os papéis da mineradora fecharam em baixa de 0,50%, a R$ 63,86.
Além disso, as ações da Petrobras também encerraram no vermelho: Petrobras ON (PETR3) caiu 1,35%, a R$ 39,59, e Petrobras PN (PETR4) recuou 1,37%, a R$ 37,32.
“Já na parte de baixo do Ibovespa, vemos PETR4 e PETR3 logo após uma grande mudança de executivos da companhia, optando por remover profissionais técnicos e substituí-los por indicações políticas, trazendo de volta um filme conhecido na cabeça dos acionistas e a preocupação com a interferência do governo que volta mais uma vez”, explica Anderson Silva, especialista em mercado de capitais e sócio da GT Capital.
O que movimentou o Ibovespa hoje?
O mercado brasileiro repercutiu nesta quinta-feira as declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que falou Fernando Haddad, sobre um possível corte de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias.
“Tivemos a oportunidade de nos reunirmos três vezes hoje. Lula me pediu que falasse para vocês. Primeira coisa que o presidente determinou é cumprir o arcabouço fiscal. Não se discute isso. São leis que regulam as finanças no Brasil e serão cumpridas. O arcabouço será preservado a todo custo”, disse o ministro durante uma entrevista à imprensa na noite da última quarta-feira (3).
“Depois de semanas de críticas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, feitas pelo presidente Lula e por membros do governo, e de fazer o dólar futuro trabalhar acima dos R$5,70, o governo parece que alinhou o discurso interno e deu indícios de que pode olhar com mais seriedade o controle e corte de gastos, como visto nas palavras de Fernando Haddad”, avalia o sócio da GT Capital.
Além disso, os investidores acompanharam ainda os dados da balança comercial brasileira, que registrou um superávit de US$ 6,711 bilhões em junho, conforme informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) nesta tarde.
Cotação do dólar hoje
O dólar comercial encerrou as negociações desta quinta-feira em forte queda pela segunda sessão consecutiva. A moeda norte-americana recuou 1,46%, negociada em R$ 5,487 na venda e R$ 5,486 na compra.
Durante o dia, a divisa oscilou entre a mínima de R$ 5,466 e a máxima de R$ 5,507.
Maiores altas e baixas do Ibovespa
- Maiores Altas
- Maiores Baixas
Última cotação do Ibovespa
O Ibovespa encerrou as negociações de ontem (3) em alta de 0,70%, aos 125.661,89 pontos.