Ibovespa fecha em queda pelo 4° pregão seguido; Vale (VALE3) despenca mais de 3%
O Ibovespa encerrou as negociações desta terça-feira (3) em queda e chegou ao quarto pregão consecutivo no vermelho. O principal índice acionário da bolsa brasileira recuou 0,41%, aos 134.353,48 pontos.
Durante a sessão, o índice Bovespa oscilou entre a mínima de 134.171,30 pontos e a máxima de 135.010,55 pontos. O volume financeiro do dia foi de R$ 22,80 bilhões.
A variação negativa do indicador foi impulsionada pela baixa das commodities no exterior, em um dia marcado pela divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro do segundo trimestre de 2024, que veio acima das expectativas e surpreendeu positivamente o mercado.
As ações da Vale (VALE3) aparecem entre os destaques negativos do pregão. Os papéis da mineradora despencaram 3,73%, a R$ 56,55, em meio ao maior recuo diário do minério de ferro em quase dois anos na bolsa de Dalian, na China. Nesta terça, a commodity caiu mais de 4,7% por conta das preocupações com a economia chinesa.
Além disso, a queda da cotação dos contratos futuros do petróleo Brent e WTI no exterior também refletiram na bolsa brasileira. As ações ordinárias da Petrobras, negociadas sob o ticker PETR3, caíram 1,05%, a R$ 42,31, enquanto Petrobras PN (PETR4) recuou 1,21%, a R$ 38,53.
“Entre as altas, temos os papéis da Braskem (BRKM5). Ação sobe após o Bradesco BBI ter elevado a recomendação de compra de neutra para outperform com preço-alvo a R$ 24. Outra alta é de Yduqs (YDUQ3), que aprovou um programa de recompra de ações ordinárias no valor de R$ 300 milhões”, explica Fabio Louzada, economista, planejador financeiro e fundador da Eu me banco.
Após as fortes quedas nos dias anteriores, as ações da Azul (AZUL4) também voltaram a subir nesta segunda-feira. Os papéis da companhia avançaram 10,20%, a R$ 4,86, mas ainda acumulam uma variação negativa de mais de 30% nos cinco últimos pregões.
“As ações da Azul sobem em movimento de recuperação após uma notícia do Valor, que revelou que a companhia vai começar conversas com detentores de dívidas fora do país para captar mais capital por meio da subsidiária, Azul Cargo, que funcionaria como garantia da empresa. Apesar disso, o mercado continua receoso com o papel após rumores de possível RJ nos EUA e depois de a agência S&P Global cortar a classificação de crédito da empresa de B- para CCC+”, comenta Louzada.
Cotação do dólar hoje
O dólar comercial voltou a subir diante do real nesta terça-feira, após oscilar durante parte da sessão. A moeda norte-americana avançou 0,48%, negociada em R$ 5,641 na compra e na venda. Durante o dia, a divisa oscilou entre a máxima de R$ 5,652 e a mínima de R$ 5,577.
Bolsas nos EUA despencam
Os principais índices acionários dos Estados Unidos também fecharam no vermelho hoje, com fortes quedas após o feriado do Dia do Trabalho. Enquanto o mercado estadunidense aguarda os dados de emprego do payroll de agosto, que será divulgado nesta sexta-feira (6), o PMI (índice de gerentes de compras) industrial do país de agosto não foi bem recebido pelos investidores.
O indicador caiu de 49,6 em julho para 47,9 em agosto, conforme divulgado nesta manhã pelo S&P Global. O resultado ficou levemente abaixo das expectativas dos analistas consultados pela FactSet, que apontavam para 48.
- Dow Jones: -1,51%, aos 40.936,93 pontos;
- S&P 500: -2,11%, aos 5.528,94 pontos;
- Nasdaq: -3,26%, aos 17.136,30 pontos.
Maiores altas e baixas do Ibovespa
Última cotação do Ibovespa
O Ibovespa encerrou as negociações da última segunda-feira (2) em queda de 0,81%, aos 134.906,07 pontos.
