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Ibovespa sobe 1,31%, aos 121,5 mil pontos, maior nível em 8 meses; Banco Inter (BIDI11) dispara 7,7%

Ibovespa hoje. Foto: Unsplash

Ibovespa hoje. Foto: Unsplash

Ibovespa fechou a sexta-feira (1º) em alta de 1,31%, 121.570,15 pontos, maior nível de encerramento desde 11 de agosto, então aos 122.056,34 pontos. No intradia, chegou hoje a 121.578,84, o maior patamar desde 12 de agosto (122.095,40), saindo de abertura hoje a 120.001,02, correspondente à mínima da sessão.

O giro financeiro ficou em R$ 32,6 bilhões nesta sexta-feira. Na semana, o índice acumulou alta de 2,09%, o terceiro avanço consecutivo, vindo de ganhos de 3,27% e de 3,22% nos intervalos anteriores. Trata-se da melhor sequência desde os cinco ganhos seguidos observados de janeiro a fevereiro, iniciado com um avanço de 4,10% na primeira semana do ano.

Neste começo de mês, o Ibovespa foi para uma marca mais alta, finalmente retornando ao patamar dos 121 mil pontos, que não eram vistos desde meados de agosto passado. Desde a manhã, o índice manteve o sinal positivo apesar da cautela em Nova York (que, ao final, virou e fechou em alta) e também no petróleo, em meio à liberação de reservas estratégicas para conter a escalada da commodity.

A Agência Internacional de Energia (AIE) informou hoje em comunicado que houve um acordo entre seus 31 membros para uma nova liberação de reservas de petróleo, “em resposta à turbulência no mercado causada pela invasão russa da Ucrânia”. A entidade diz que detalhes sobre essa liberação serão tornados públicos apenas no início da próxima semana.

Hoje, a B3 divulgou a primeira prévia, do total de três, para a próxima carteira de ações que irá compor o Ibovespa a partir do dia 2 de maio, com entrada de SLC Agrícola (SLCE3), e nenhuma remoção de nomes, o que elevaria de 92 para 93 papéis a composição da carteira do índice, aponta a XP Investimentos em relatório.

O mercado está com expectativa mais conservadora para o comportamento das ações no curtíssimo prazo, segundo o Termômetro Broadcast Bolsa desta sexta-feira. A percepção de que a próxima semana será de ganhos, porém, continua sendo majoritária entre os participantes. A pesquisa mostra fatia de 46,15% dos que esperam ganhos para o Ibovespa no período entre 4 e 8 de abril, porcentual bem aquém dos 61,54% da semana passada. Os que preveem variação neutra são 30,77% (23,08% na última sondagem), enquanto a parcela que espera queda subiu de 15,38% para 23,08%.

“Aqui, a balança comercial com superávit (recorde para o mês, de US$ 7,383 bilhões em março), por mais que tenha vindo um pouco abaixo do que esperava o mercado, retrata bem o que o estrangeiro está enxergando no Brasil desde janeiro, como um país ‘net’ exportador (exportador líquido), favorecido por commodities em níveis mais elevados, e por tempo prolongado. Brasil é uma das escolhas do estrangeiro, embora haja uma discussão grande quanto a esse fluxo, se é muito especulativo ou não, e por quanto tempo permanecerá”, acrescenta Cruz.

Trimestre de pouco destaque nos Estados Unidos

Hoje, as ações tiveram, a princípio, um início de trimestre “sem brilho” nos Estados Unidos, observa em nota Edward Moya, analista da OANDA em Nova York, em dia de divulgação de nova leitura sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos, com criação de 431 mil vagas, ainda intensa embora abaixo da expectativa de consenso, de 490 mil para o mês de março.

“O mercado de trabalho continua forte e os empregadores estão progredindo no preenchimento de vagas. O relatório de manufatura da ISM também divulgado nesta sexta-feira confirmou a grande história contada sobre o emprego, mas mostrou que a inflação está ficando pior e a atividade está diminuindo, à medida que os problemas da cadeia de suprimentos persistem”, acrescenta o analista.

“Mais uma demonstração de força, hoje, do mercado de trabalho americano, com queda da taxa de desemprego, agora a 3,6%, em recuperação espalhada por vários grupos da população, desde os mais aos menos escolarizados. O que se reflete também nos ganhos salariais, em aceleração, mês a mês, o que representa também inflação para o Fed considerar. Vale lembrar que a taxa de desemprego estava a 6% um ano atrás”, diz Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos, que acredita em acentuação do ritmo de alta da taxa de juros nos Estados Unidos, de 0,25 ponto para 0,50 ponto porcentual.

Bolsas de Nova York

As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta sexta, 1º, em uma sessão volátil, na qual o payroll de março nos Estados Unidos ter apresentando uma queda no desemprego no país e avanço nas contratações. Além disso, as tensões pela guerra na Ucrânia seguiram observadas, enquanto consumidores buscam alternativas para reduzir os preços do petróleo, um dos grandes responsáveis pela alta da inflação, e que foram impulsionados pelo conflito. Na comparação semanal, os índices não tiveram sinal único.

Na semana, houve queda de 0,12% e altas de 0,06% e 0,65%, respectivamente.

dólar à vista fecha em baixa de 1,97%, a R$ 4,6673 , depois de oscilar entre R$ 4,6628 e R$ 4,7339.

Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda nesta sexta, 1º, em sessão marcada pela volatilidade. O foco do mercado nesta sexta-feira foi a liberação de reservas estratégicas da Agência Internacional de Energia (AIE). A medida dá mais fôlego para a oferta do óleo, recentemente pressionada pela guerra na Ucrânia e pelas consequentes sanções à Rússia.

contrato do petróleo WTI para maio fechou em baixa de 1,01% (US$ 1,01), a US$ 99,27 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex) e na semana teve queda de 13,8%. Enquanto isso, o petróleo Brent para junho recuou 0,31% (US$ 0,32), a US$ 104,39 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), tendo queda semanal de 11,0%.

O contrato futuro de ouro mais líquido fechou em firme queda nesta sexta-feira, 1º, pressionado pelo avanço dos juros dos Treasuries, após o relatório payroll apontar criação de 431 mil empregos nos Estados Unidos em março.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange, o ouro com entrega para junho encerrou a sessão em baixa de 1,55%, a US$ 1.923,70 a onça-troy, com queda de 1,84% na semana.

No Ibovespa hoje, com a queda dos juros futuros, os setores das varejistas e de tech foram os destaques entre as maiores altas. Méliuz (CASH3) liderou o ranking, com ganhos de 9,37%, seguida por Cielo (CIEL3), que subiu 8,04%. Banco Inter (BIDI11) avançou 7,78% e Magazine Luiza (MGLU3) registrou +7,77% e, ainda, Natura (NTCO3) teve +7,68%.

Sabesp (SBSP3), que ontem foi a maior alta, ficou com +7,46% no fechamento de hoje.

Já no campo oposto, quem liderou as perdas foi Suzano (SUZB3), com -1,70%, seguida de Klabin (KLBN11) que caiu 1,62%. Marcando presença no ranking, Usiminas (USIM5) registrou queda de 1,43%, e a companheira de setor, Gerdau (GGBR4) recuou 0,55%.

Petrobras (PETR3, PETR4) ficou com -0,03% e 1,32%, respectivamente. Vale (VALE3) subiu 1,42%.

O setor bancário do índice fechou misto, com investidores acompanhando a proposta do governo de aumentar a CSLL dos bancos. Também no ranking das maiores baixas, Bradesco (BBDC3, BBDC4) recuou 0,66% e 1,08%, respectivamente. Santander (SANB11) ganhou 0,03%, Itaú (ITUB4) subiu 0,29% e Banco do Brasil (BBAS3) perdeu 0,06%.

Maiores altas do Ibovespa:

Maiores baixas do Ibovespa:

Outras notícias que movimentaram a bolsa de valores

Sanepar (SAPR11): Agepar recusa pedido da empresa para atuar em mais 21 municípios

Segundo comunicado da Sanepar (SAPR11), a companhia decidiu pelo não acolhimento do Pedido de Reconsideração da Agepar sobre a sua capacidade econômico-financeira para atuação em mais 21 municípios.

“A Companhia informa que os21 contratos representaram, no exercício de 2021,0,41% da Receita Líquida e ressalta a licitude dos referidos contratos até seus termos finais, conforme manifestação da AGEPAR”, diz o comunicado.

Ainda na semana passada a companhia pediu a retirada de ressalvas na comprovação dos municípios atestados pela Agepar e a inclusão de municípios não atestados.

A empresa pediu a retirada de ressalvas na comprovação dos municípios atestados pela Agepar e a inclusão de municípios não atestados.

Na segunda feira (7), a agência havia aprovado a capacidade econômico-financeira da Sanepar para alcançar as metas estabelecidas pelo Marco do Saneamento em 296 municípios, mas fez ponderações.

A Sanepar não detalhou a decisão. A Agepar informou que medida teve como base o Novo Marco do Saneamento Básico no Brasil, sancionado em julho de 2020, que tem como meta garantir abastecimento e coleta de esgoto até 2033 para 99% da população.

O Marco do Saneamento determina ainda a inclusão de cláusulas essenciais de qualidade serviço, como não interrupção do fornecimento, redução de perdas na distribuição, melhoria nos processos de tratamento e reuso e aproveitamento de águas de chuva.

“A decisão ocorre seguindo os prazos e procedimentos definidos em ato normativo, pela Agepar, ainda em 2021, para efetivação das disposições do Decreto Federal 10.710/2021”, disse a agência por meio do site estadual do Paraná, à época.

“A agência tem até 31 de março de 2022 para decidir sobre eventuais recursos administrativos. A concessionária dispõe do mesmo prazo para firmar termo aditivo”, concluiu.

Maxi Renda (MXRF11) eleva dividendos a seus investidores; confira valor

O fundo imobiliário (FII) Maxi Renda, MXRF11, elevou novamente a cota paga a seus investidores e fará uma distribuição de proventos de R$ 0,10 por cota em abril.

Em novembro, o fundo havia elevado a distribuição a R$ 0,09 por cota.

Segundo comunicado divulgado ontem (31) pelo FII MXRF11, os rendimentos serão pagos no dia 14 de abril e serão contemplados os cotistas posicionados no fundo até o último dia de março. A partir de hoje (1º), o fundo será negociado sem direito ao benefício.

Os rendimentos a serem distribuídos dizem respeito ao lucro obtido pelo fundo em março de 2022, e são 10% maiores que o registrado no mês anterior.

Marcos Correa, especialista em Fundos Imobiliários da Suno Research, avalia que esta pode ser considerada uma surpresa positiva para os cotistas do fundo. “É a maior distribuição desde o começo de 2020”, destacou o especialista.

Em fevereiro, os dividendos do MXRF11 aos seus cotistas somaram R$ 0,09. Com o aumento do pagamento, o dividend yield do MXRF11 passou de 0,96% para 0,99%. No acumulado dos últimos 12 meses, o dividend yield do FII é de 10,53%.

Maxi Renda é um fundo imobiliário de Papel, que aloca seus recursos em Papéis. O MXRF11 foi criado em outubro de 2011, e a administração é feita pelo BTG Pactual sob gestão da XP Vista Asset Management.

Desempenho dos principais índices

Além do Ibovespa, confira o fechamento dos principais índices da bolsa hoje:

Cotação do Ibovespa nesta quinta (31)

Ibovespa fechou o pregão da última quinta-feira (31) em queda de 0,22%, aos 119.999,23 pontos.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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