Ibovespa fecha em queda após Eletrobras e Guerra Comercial
O Ibovespa fechou nesta segunda-feira (07) em baixa. O principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3) teve queda de -1,93% a 100.572,733 pontos.
O Ibovespa registrou baixa devido a vários fatores. O principal deles, a desistência do governo Federal em injetar R$ 3,5 bilhões na Eletrobras (ELET6). A empresa estatal, que deve ser privatizada em breve, fechou em queda de -6,61% cotada a R$ 38,28.
Além disso, contribuíram para a queda:
- Petrobras anuncia a retirada das ações da bolsa argentina;
- C&A define faixa indicativa entre R$ 16 e R$ 20 por ação e pode movimentar até R$ 2 bilhões;
- ofertas de ações podem atingir até R$ 20 bilhões em outubro;
- varejo começou a reagir em setembro, diz presidente do Magazine Luiza
- China reduz alguns termos que estão propensos a serem discutidos nas próximas negociações comerciais com os EUA.
Petrobras
A Petrobras (PETR3; PETR4) informou que recebeu a autorização do órgão regulador do mercado de capitais da Argentina para retirar seus papéis do País. Dessa forma, não haverá a necessidade de realizar uma oferta para aquisição das ações, segundo comunicado da empresa na última sexta-feira (4).
Saiba mais: Petrobras anuncia a retirada das ações da bolsa argentina
As ações da estatal brasileira vão deixar de ter oferta pública no país argentino no dia 4 de novembro. Após esta data, os acionistas da Petrobras na Argentina poderão manter seus papéis depositadas junto ao agente de custódia do mercado local (Caja de Valores) ou vendê-las nos mercados em que as ações da empresa continuam sendo negociadas.
C&A
A varejista de roupas, C&A, definiu a faixa indicativa de sua oferta pública inicial de ações (IPO) entre R$ 16,50 e R$ 20. De acordo com o prospecto preliminar, a operação poderá movimentar até R$ 2,2 bilhões.
No dia 28 de outubro as ações da C&A serão negociadas sob o ticker CEAB3 na Bolsa de Valores de São Paulo (B3). A oferta prevê uma distribuição primária inicial de 49.315.068 ações e secundária de 32.876.720 ações, prevista para ser precificada em 24 de outubro.
Oferta de ações
No mês de outubro, a Bolsa de Valores de São Paulo (B3) pode alcançar R$ 20 bilhões apenas em novas ofertas de ações.
Saiba mais: Ofertas de ações podem atingir até R$ 20 bi em outubro
O montante será impulsionado pela oferta subsequente de ações (follow-on) do Banco do Brasil (BBAS3), que pode chegar a R$ 7 bilhões. Além disso, a oferta pública inicial de ações (IPO) de Vivara, C&A e Banco BMG também fazem parte dessa quantia.
Magazine Luiza
A presidente do conselho de administração do Magazine Luiza, Luiza Helena Trajano, afirmou nesta segunda-feira (7) que o varejo apresentou sinais de recuperação em setembro.
De acordo com Trajano, a liberação dos recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) devem trazer uma reação positiva ao varejo. Além disso, segundo a executiva, a aprovação de reformas, como a tributária e a da Previdência ajudarão a recuperação do setor.
Saiba mais: Varejo começou a reagir em setembro, diz presidente do Magazine Luiza
“Começamos a ver uma luz no fim do túnel. O varejo começa a ter reação”, afirmou Trajano.
Guerra Comercial
De acordo com a Bloomberg News no último domingo (6), as autoridades chinesas reduziram alguns termos que estão propensos a serem discutidos nas próximas negociações comerciais com os EUA.
Liu He, chefe da delegação comercial chinesa, afirmou recentemente que a China não se comprometerá com a reforma de políticas industriais ou subsídios do governo – duas das principais queixas de Donald Trump.
Novas negociações estão marcadas para Washington nesta semana.
Última cotação do Ibovespa
Na última sessão, sexta-feira (4), o Ibovespa encerrou a semana com uma alta de 1,02%, atingindo 102.551,32 pontos.
