O Ibovespa fechou as cotações desta segunda-feira (15) com uma leve variação negativa. O principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo terminou o dia com uma queda de 0,1% sendo cotado em 103.802 pontos.
O volume das transações no Ibovespa foi de R$ 19,518 bilhões, inflado pelo vencimento das opções. O resultado praticamente estável foi gerado pelos dados positivos do IBC-Br, contrabalanceados pelos dados negativos do Boletim Focus.
Além disso, as notícias de desaceleração do PIB da China também influenciaram o indicie acionário brasileiro. Assim como o risco de falência da empreiteira OAS.
IBC-Br em alta
O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), registrou alta em maio em relação a abril, segundo os dados divulgados pelo Banco Central, nesta segunda-feira (15). Essa é a primeira alta do nível após quatro meses de queda seguida.
De acordo com o estudo, o PIB cresceu 0,54% durante o período, com ajuste sazonal.
Saiba mais: Prévia do PIB registra alta após quatro meses seguidos de queda
Na comparação anual com maio, a alta foi de 3,06%. Entretanto, é importante lembrar que os resultados de maio de 2018 foram prejudicados devido a greve dos caminhoneiros.
O resultado parcial do ano registrou uma expansão de 0,94% da economia. Já na comparação de 12 meses até maio, o crescimento foi de 1,31%.
Boletim Focus
Os economistas entrevistados pelo BC no Boletim Focus reduziram pela 20ª vez seguida a previsão de crescimento do PIB em 2019. Segundo o documento, divulgado nesta segunda-feira (15), a economia brasileira deverá crescer apenas 0,81% esse ano.
A previsão do Boletim Focus da última segunda-feira (8) indicava um crescimento do PIB de 0,82% em 2019. No começo do ano, os analistas indicavam um crescimento 2,6% para este ano.
As previsões de crescimento para 2020 foram reduzidas para 2,10%. Em contrapartida, a previsão para 2021 e para 2022 é de expansão de 2,5% no PIB.
Saiba mais: Boletim Focus reduz PIB pela 20ª vez; Economia crescerá 0,81%
Esse novo corte nas previsões continua seguindo a tendência iniciada após a divulgação dos dados de 2018. No dia 1º de março, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o crescimento do PIB em 2018 foi de 1,1%. Desse forma, o resultado repetiu o fraco desempenho de 2017.
Além disso, no dia 30 de maio, o IBGE divulgou que o PIB brasileiro sofreu uma retração de 0,2% no primeiro trimestre deste ano. Essa expansão modesta acabou reduzindo as expectativas para este ano por causa do carregamento estatístico.
China cresce abaixo das expectativas
A China teve um segundo trimestre abaixo do esperado neste ano. O país apontou o ritmo mais lento de crescimento desde 1992. Entretanto, a expansão foi de 6,2% em relação ao mesmo período de 2018. Apesar desse avanço ser significativo para muitos outros países, o número representa um ritmo lento de desenvolvimento se tratando da China.
Os EUA, de Donald Trump, podem ser os principais responsáveis por isso. Isso porque a Guerra Comercial com a China movimentou os mercados de todo o mundo e impôs taxas e restrições em certos períodos. Dessa forma, a China foi prejudicada.
Em março deste ano, o primeiro-ministro da China, Li Keqiang impôs uma meta de 6% a 6,5% para o desenvolvimento do PIB neste ano.
OAS pode chegar a falência
A OAS, uma das maiores empreiteiras do Brasil, corre risco de falir. A informação foi divulgada pelo jornal “Folha de S.Paulo” nesta segunda-feira. Tudo teve início em novembro de 2014, quando o presidente da empresa, Léo Pinheiro, foi preso pela Polícia Federal, na Operação Lava Jato.
No ano em que seu presidente foi preso, a OAS registrava uma receita bruta de R$ 7,7 bilhões. No entanto, sua situação a se agravar após a prisão, segundo os relatórios entregues à Justiça, e em 2015 foi aberta a recuperação judicial da companhia.
Nos últimos meses, a administradora judicial Alvarez & Marsal apontou em documentos que a situação da empreiteira é grave. Tanto que, em um dos documentos entregues à Justiça em abril, afirmou estar em dúvida sobre “a capacidade de soerguimento das suas atividades empresariais”.
Já em junho deste ano, a administradora da recuperação afirmou que o grupo está em “estágio crítica” e que depende de recursos extraordinários para se manter. Esses recursos são captados através da venda de ativos e antecipação de precatórios.
Isso porque os valores vindos das obras da empreiteira têm sido baixos, já que, desde o pedido de recuperação judicial, a empresa passou de 80 obras no Brasil e no exterior para cerca de 20.
Bolsas internacionais
- Nasdaq (Estados Unidos): alta de 0,17%
- FTSE 100 (Reino Unido): alta de 0,34%
- Nikkei (Japão): alta de 0,20%
- CAC40 (França): alta de 0,096%
Maiores altas do Ibovespa
- VVAR3 alta de 8,59% (R$ 7,08)
- VIVT4 alta de 3,28% (R$ 53,80)
- SUZB3 alta de 2,88% (R$ 32,92)
- JBBS3 alta de 2,77% (R$ 24,51)
- TIMP3 alta de 2,40% (R$ 12,39)
Maiores quedas do Ibovespa
- SMLS3 queda de 4,56% (R$ 38,55)
- CVCB3 queda de 3,72% (R$ 51,00)
- ELET3 queda de 3,60% (R$ 37,98)
- ELET6 queda de 3,48% (R$ 38,61)
- CCRO3 queda de 2,92% (R$ 14,61)
Última cotação
Na última sexta-feira (12), o Ibovespa registrou uma queda de -1,18% ficando em 103.905,99 pontos.