Ibovespa fecha em leve queda; Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) recuam. Itaú (ITUB4) sobe
O Ibovespa encerrou as negociações desta segunda-feira (3) próximo da estabilidade, após oscilar entre perdas e ganhos durante grande parte da sessão. O índice acionário fechou em leve queda de 0,05%, a 122.031,58 pontos.
Durante o pregão, o índice Bovespa variou entre a mínima de 121.495,63 pontos e a máxima de 122.495,33 pontos. O volume financeiro do dia foi de R$ 20,9 bilhões.
No ano, o Ibovespa recua 9,06%. Com a quarta perda consecutiva, colhida nesta segunda-feira, o índice da B3 segue no menor nível desde 13 de novembro, então a 120,4 mil pontos.
Encerrando uma sequência de duas altas consecutivas, o dólar comercial fechou em baixa de 0,32%, a R$ 5,2340, após oscilar entre R$ 5,2142 e R$ 5,2674.
O que movimentou o Ibovespa hoje?
Acompanhando a queda do minério de ferro na China, as ações da Vale (VALE3) encerraram o pregão em queda de 2,10%, a R$ 61,87. Nesta segunda-feira, a commodity atingiu o menor valor desde 17 de abril na bolsa de Dalian, no mercado chinês, após fechar em baixa de 2,65%.
Além da variação negativa do minério de ferro, os preços do petróleo também fecharam no vermelho, em meio à repercussão da reunião da reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) do último domingo (2). Durante a reunião, a organização decidiu prolongar os cortes na produção de petróleo até 2025.
O petróleo Brent para agosto recuou 3,39%, a US$ 78,36 por barril, na ICE, enquanto o WTI para julho caiu 3,60%, a US$ 74,22 por barril, na Nymex. Em meio a este cenário, as ações da Petrobras fecharam em baixa: Petrobras ON (PETR3) caiu 1,11%, a R$ 40,25, e Petrobras PN (PETR4) registrou queda de 0,54%, a R$ 38,58.
Por outro lado, as ações dos grandes bancos subiram em bloco e ajudaram o índice Bovespa a manter o fôlego para fechar em alta. As ações do Banco do Brasil (BBAS3) subiram 0,11%, a R$ 27,15. Já os papéis do Santander (SANB11) registraram alta de 0,40%, a R$ 27,86. As ações do Bradesco (BBDC4) tiveram ganho de 0,63%, a R$ 12,75, enquanto Itaú Unibanco (ITUB4) valorizou 1,42%, a R$ 31,45.
“Essa semana terá muitos indicadores, com PIB do Brasil, ADP e Payroll nos Estados Unidos, dados que vão movimentar o mercado. Isso torna o mercado mais sensível, bem mais volátil, a ponto de qualquer notícia poder virar a direção da bolsa”, explica Rodrigo Cohen, analista de investimentos e co-fundador da Escola de Investimentos.
“Maio foi caracterizado por volatilidade significativa. O Ibovespa iniciou o mês passado em alta, com resultados corporativos positivos no primeiro trimestre, mas, a partir da segunda quinzena de maio, sofreu reprecificação em meio à expectativa por taxa de juros mais alta para o fim do ano com menos espaço para novos cortes da Selic pelo Copom, tendo em vista também os juros americanos, e inflação desancorada para 2025 e 2026. Além de perspectiva de crescimento impactada, em maio, pelas enchentes no Rio Grande do Sul”, aponta Gustavo Corradi Matos, economista e CIO da Medici Asset.
Contudo, o acúmulo de perdas nas ações abriu caminho para compras na Bolsa brasileira, nesta segunda, tendo em vista que, na segunda quinzena de maio, o Ibovespa registrou apenas duas leves altas, nos dias 16 (+0,20%) e 27 (+0,15%) e fechou o mês carregando novo revés, de 3% – elevando a correção do ano à casa de 9%, vindo de máximas históricas no fechamento de 2023.
“O dia começou um pouco ruim na B3, com a leitura acima do esperado para o PMI industrial nos EUA da S&P, e com aceleração na margem. Mas isso foi compensado pelo índice de atividade manufatureira do ISM Instituto de Gestão da Oferta, que veio em direção oposta, em desaceleração ante abril e abaixo do esperado para o mês”, diz Larissa Quaresma, analista da Empiricus Research.
Bolsas nos EUA fecham sem direção definida
Os principais indicadores acionários norte-americanos encerraram a primeira sessão de junho de forma mista. A Dow Jones fechou em queda de 0,30%, a 38.571,03 pontos. Por outro lado, S&P500 subiu 0,11% a 5.283,40 pontos, e a Nasdaq avançou 0,56%, a 16.828,67 pontos.
Os investidores acompanharam a divulgação do Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) da indústria dos Estados Unidos, medido pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês), que foi divulgado nesta segunda-feira. O indicador passou de 49,2 em abril para 48,7 em maio. O número veio abaixo das expectativas dos analistas, que esperavam um resultado de 49,7, segundo a FactSet.
Além disso, o mercado norte-americano aguarda também a divulgação do payroll de maio, o relatório de empregos dos EUA, que será publicado nesta sexta-feira (6).
Maiores altas e baixas do Ibovespa
- Maiores Altas
- Maiores Baixas
Última cotação do Ibovespa
Na última sexta-feira (31), o Ibovespa encerrou o último pregão de maio em queda de 0,50%, em 122.098,09 pontos. No acumulado do mês, o principal índice acionário da bolsa brasileira teve uma variação negativa de 3,04%.