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Ibovespa fecha em queda de 5,45%, a 75.330,6 pontos

Laura Moutinho

24/04/2020 17:30

Atualizado em: 18/02/2021 15:23

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Ibovespa fecha em queda de 2%, a 102.912,24 pontos

O Ibovespa encerrou o pregão desta sexta-feira (24) em queda de 5,45%, a 75.330,6 pontos com o anuncio da demissão do ministro da Justiça, Sergio Moro no radar.

O ministro foi contra a exoneração do diretor-geral da Polícia Federal (PF), Maurício Leite Valeixo, assinada pelo presidente Jair Bolsonaro, e após o pedido de demissão o Ibovespa caiu 6,39%, a 74.583 pontos.

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No acumulado da semana, o índice apresentou uma queda de 5,09%. Além disso, confira as notícias que movimentaram o mercado nessa sexta-feira:

Sergio Moro pede demissão;
Itaú (ITUB4) reduz participação na Iochpe-Maxion (MYPK3);
Petrobras (PETR4) faz leilões de diesel e gasolina;
Maiores altas e maiores baixas;
Bolsas no exterior;
Última cotação.

Demissão de Moro

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, renunciou ao cargo na manhã desta sexta-feira . Sua saída acontece após o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, um de seus aliados na pasta, ser exonerado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro.

Na última quinta-feira (23), Moro afirmou que pediria demissão, caso o delegado fosse exonerado, o que foi confirmado no Diário Oficial da União desta sexta. O ministro afirmou que sentiu que Bolsonaro não o queria no cargo, após a exoneração de Valeixo ter sido realizada sem uma comunicação prévia nesta sexta.

Moro pediu para Bolsonaro ter uma causa consistente para a troca na direção geral da PF, e solicitou que, caso houvesse uma mudança, fosse colocado alguém com o perfil do Valeixo, com uma sugestão da própria PF. Entretanto, Moro não teve um retorno do mandatário.

“A partir do segundo semestre do ano passado começou a ter uma insistência, por parte do presidente Bolsonaro, na troca do comando da Polícia Federal. Houve um desejo de trocar um superintende do RJ. Sinceramente, não havia motivo para essa substituição; conversando com ele, ele queria sair do cargo, por questões pessoais; conversei com o diretor da PF e fizemos uma substituição técnica”, disse Moro.

O ministro bateu algumas vezes na tecla da mudança na diretoria da PF, estopim para sua saída. Na visão de Moro, a autonomia da corporação poderia ser enfraquecida e isso poderia comprometer a condução de algumas investigações.

Itaú (ITUB4) reduz participação na Iochpe-Maxion (MYPK3)

O Itaú (ITUB4) reduziu sua participação na Iochpe-Maxion (MYPK3) para 4,75% das ações da companhia. Dessa forma, o banco tem sob sua posse 7.303.440 ações ordinárias da empresa. A informação foi relevada na última quinta-feira (23), por meio de um comunicado ao mercado da companhia líder mundial na produção de rodas automotivas.

Em agosto de 2018, o Itaú havia atingido a participação de 5% na companhia. A instituição financeira, no entanto, “declarou que tal participação não tem o objetivo de alterar a composição do controle ou a estrutura administrativa da sociedade”.

A posição detida pelo Itaú é por meio de fundos de investimento geridos pelo banco, “no contexto de sua atividade de administração de recursos de terceiros (asset management)”.

Petrobras (PETR4) diminui estoques com leilões de diesel e gasolina

A Petrobras (PETR4), devido à queda da demanda por combustíveis ocasionada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19), vem tentando contornar a crise com leilões de diesel e gasolina no mercado. Segundo informações do jornal “Valor Econômico”, a petroleira busca reduzir seus estoques com descontos agressivos nas cargas.

Segundo a Petrobras, essa situação não é inédita, já tendo ocorrido em seis ocasiões distintas neste ano. Agora, entretanto, ocorrerá com maior frequência ao passo que a demanda cai e os descontos podem aumentar.

A petroleira estatal recorre a essa medida quando possui excessos pontuais de estoque em suas refinarias ou para fazer frente à concorrência de importadores. “Dado que o preço final é determinado de forma ativa pelos próprios clientes, essa modalidade garante total alinhamento com o mercado internacional e, simultaneamente, com a percepção de valor de nossos clientes sobre o produto”, esclareceu a Petrobras, em nota, segundo reportou o “Valor Econômico”.