Ibovespa fecha em alta de 0,5% com alívio fiscal; IRB Brasil (IRBR3) sobe 3%
O Ibovespa mudou de direção nesta quarta-feira (25) e fechou em alta de 0,50%, a 120.817,71 pontos, refletindo a divulgação de dados econômicos e falas do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
A alta de 0,89% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação, maior que a prevista pelo mercado, pressionou o Ibovespa no período da manhã. O dado de arrecadação federal, por outro lado, veio melhor do que o esperado e contribuiu para o fechamento da curva de juros longa.
“O mercado veio de uma temperatura muito alta na semana passada e nesta vemos ela baixar. A briga entre presidente e ministros do STF diminuiu de temperatura. Tiveram algumas declarações do Lira fazendo o meio de campo entre os dois poderes e isso está fazendo com que o mercado se acalme e a Bolsa volte a performar,” disse Ubirajara Silva, gestor da Galapagos Capital.
Movimentação do Ibovespa hoje
O alívio da curva de juros favoreceu os papéis de empresas como Itaú Unibanco (ITUB4) e Cyrela (CYRE3), que terminaram o dia no positivo.
A alta dos contratos futuros de petróleo no exterior abasteceram o desempenhos positivo de Petrobras (PETR4), enquanto o o avanço da vacinação no Brasil e o aumento na procura por viagens levou a CVC (CVCB3) para as maiores valorizações da Bolsa.
A ação do IRB Brasil (IRBR3) encerrou em alta de 3,56%, a R$ 5,24, com correção após perdas recentes.
Na contramão, os ativos de Americanas (AMER3) e Lojas Americanas (LAME4) devolveram os ganhos do pregão passado e caíram mais de 1%.
Maiores altas do Ibovespa
As maiores altas do Ibovespa no dia de hoje foram:
- Suzano (SUZB3): +5,44% / R$ 62,26
- Totvs (TOTS3): +4,16% / R$ 39,08
- CVC (CVCB3): +4,00% / R$ 22,90
- Braskem (BRKM5): +3,92% / R$ 62,86
- Klabin (KLBN11): +3,90% / R$ 26,67
Maiores baixas do Ibovespa
As maiores baixas do Ibovespa no dia de hoje foram:
- Inter (BIDI11): -4,42% / R$ 64,19
- CSN (CSNA3): -2,31% / R$ 37,70
- Americanas (AMER3): -1,35% / R$ 42,42
- Lojas Americanas (LAME4): -1,02% / R$ 5,81
- SulAmérica (SULA11): -0,86% / R$ 30,00
Notícias que movimentaram a bolsa de valores
- Petrobras recebe US$ 2,9 bi de acordo
- IPCA-15 sobe 0,89% em agosto
- Dívida Pública Federal sobe 1,24% em julho
Petrobras (PETR4) recebe US$ 2,9 bi do acordo de coparticipação de Búzios
Ontem, a Petrobras recebeu o pagamento de US$ 2,9 bilhões à vista referente às obrigações da CNODC Brasil Petróleo e Gás e da CNOOC Petroleum Brasil no Acordo de Coparticipação de Búzios, vigente a partir de setembro.
A partir disso, a CNODC e a CNOOC terão o prazo de 30 dias corridos para manifestarem interesse no exercício da opção de compra de parcela adicional, de 5% cada uma, no Contrato de Partilha de Produção do Excedente da Cessão Onerosa.
Atualmente, a estatal petrolífera detém 90% dos direitos de exploração e produção do volume excedente da Cessão Onerosa do campo de Búzios. A CNODC e a CNOOC possuem os 10% restantes, sendo 5% para cada uma.
IPCA-15 sobe 0,89% em agosto, ante 0,72% em julho, afirma IBGE
O IPCA-15 subiu 0,89% em agosto, após ter avançado 0,72% em julho, informou nesta quarta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi a maior alta para o mês de agosto desde 2002, quando o índice avançou 1,00%.
O resultado superou a mediana das estimativas de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, de 0,84% para agosto. Mas ficou dentro do intervalo das projeções, de 0,65% a 0,92%.
Com a leitura de agosto, o IPCA-15 acumulou alta de 5,81% no ano. Em 12 meses, o IPCA-15 foi de 9,30%. Neste caso, as projeções iam de 9,04% a 9,33%, com mediana de 9,25%. A última vez que a inflação em 12 meses ultrapassou a barreira de 9% foi em maio de 2016 (9,62%).
Dívida Pública Federal sobe 1,24% em julho e aproxima-se de R$ 5,4 tri
Mesmo com o vencimento de títulos prefixados, a Dívida Pública Federal (DPF) subiu em julho e aproximou-se de R$ 5,4 trilhões. Segundo números divulgados hoje (25) pelo Tesouro Nacional, a DPF passou de R$ 5,329 em junho para R$ 5,396 trilhões em julho, com alta de 1,24%.
O Tesouro prevê que a DPF continuará subindo nos próximos meses. De acordo com a nova versão do Plano Anual de Financiamento (PAF), apresentada no fim de julho, o estoque da DPF deve encerrar 2021 entre R$ 5,5 trilhões e R$ 5,8 trilhões.
A Dívida Pública Mobiliária (em títulos) interna (DPMFi) subiu 1,02%, passando de R$ 5,103 trilhões em junho para R$ 5,155 trilhões em julho. No mês passado, o Tesouro emitiu R$ 16,14 bilhões em títulos a mais do que resgatou. Também houve a apropriação de R$ 35,69 bilhões em juros. Por meio da apropriação de juros, o governo reconhece, mês a mês, a correção dos juros que incide sobre os títulos e incorpora o valor ao estoque da dívida pública.
Desempenho dos principais índices
Além do Ibovespa, confira o fechamento dos principais índices da bolsa hoje:
- Ibovespa hoje: +0,50% / 120.817,71
- IFIX hoje: +0,01% / 2.720,95
- IBRX hoje: +0,37% / 51.726,62
- SMLL hoje: +0,78% / 2.933,64
- IDIV hoje: +0,33% / 6.837,01
Última cotação do Ibovespa
De forma distinta ao Ibovespa hoje, o índice acionário encerrou as negociações na última terça com uma alta de 2,33%, aos 120.210,75 pontos.
(Com Estadão Conteúdo)