O Ibovespa fechou em alta de 1,32% nesta segunda-feira (27), a 94.864 pontos. O principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3) teve um volume financeiro negociado de R$ 8,508 bilhões.
No começo da manhã o Ibovespa abriu em alta de 0,88%. O mercado reagiu positivamente as manifestações de apoio ao presidente da República, que ocorreram no último domingo (26).
No entanto, a guera comercial entre China e Estados Unidos continua no radar dos investidores. Especialmente após a declaração do presidente americano de que o governo não está pronto para fechar um acordo com Pequim. Entretanto, Donald Trump ressaltou como os dois países chegarão a um entendimento no futuro.
Manifestação pró-Bolsonaro
O último domingo ficou registrado por conta dos atos em apoio ao presidente da República, Jair Bolsonaro.
Além de manifestarem apoio ao presidente, os manifestantes defenderam as seguintes pautas: reforma da Previdência; pacote anticrime de Sérgio Moro; apoio à Lava Jato e combate à corrupção; permanência do Coaf no ministério da Justiça; apoio ao presidente contra o chamado “Centrão” e volta da CPI da Lava Toga.
Saiba Mais: Dólar em queda; Manifestação pró-Bolsonaro é avaliada pelo mercado
Os atos foram programados inicialmente para serem uma reação às manifestações do dia 15 de maio. De acordo com o jornal “O Globo” as manifestações ocorreram em 156 cidades, enquanto as do dia 15 ocorrem em 200 cidades.
De acordo com o jornal “Folha de S.Paulo” esses atos poderiam elevar a crise com o Congresso, o que prejudicaria a tramitação das reformas.
Fachim suspende venda da TAG pela Petrobras
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, suspendeu a venda da Transportadora Associada de Gás S.A. (TAG) pela Petrobras. Segundo o entendimento do magistrado, a venda deve respeitar processo licitatório.
De acordo com o site “Jota”, Fachin concedeu a liminar e restabeleceu a decisão do Tribunal Regional da 5ª Região determinando que a operação de vender 90% da participação da TAG deve seguir licitação, já que é um procedimento de transferência de controle da empresa.
Saiba mais: Compra da TAG, da Petrobras, faz parte de estratégia de diversificação da Engie
A Petrobras anunciou que venderia 90% da TAG em abril deste ano. A venda seria feita para o grupo francês Engie junto com o fundo canadense Caisse de Dépôt et Placemente du Québec (CDPQ) por US$ 8,6 bilhões.
De acordo com a decisão de Fachin, a negociação da subsidiária da Petrobras desrespeita a decisão liminar do ministro Ricardo Lewandowski.
Esta estabelece que a venda de ações de empresas públicas, sociedades de economia mista ou de suas subsidiárias ou controladas exige não apenas prévia autorização legislativa, sempre que se cuide de alienar o controle acionário, bem como que a dispensa de licitação só pode ser aplicada à venda de ações que não importem a perda de controle acionário de empresas públicas, sociedades de economia mista ou de suas subsidiárias ou controladas.
Netshoes alerta sobre riscos de adiamento da venda
O Conselho de Administração da Netshoes informou que recomenda os acionistas votarem a favor da oferta de compra apresentada pelo Magazine Luiza. O comunicado do CDA foi divulgado na noite do último domingo (26). No mesmo dia, o grupo pertencente à família Trajano aumentou a oferta da compra de US$ 2 para US$ 3 por ação.
A decisão do conselho, porém, não contou com a participação de Marcio Kumruian, fundador da empresa. O executivo já fechou um acordo com a Magazine Luiza para votar a favor do negócio. Kumruian possui cerca de 12% da Netshoes. No compromisso firmado com a varejista, ele não pode levantar uma proposta contrária. Além disso, deve permanecer na empresa por mais 12 meses, até a conclusão da venda.
Saiba mais: Magazine Luiza compra Netshoes por US$ 62 milhões
No último dia 23, a Centauro fez uma proposta de US$ 87 milhões para comprar a empresa. O valor da oferta foi 40% maior que os US$ 62 milhões propostos pelo Magazine Luiza, o que representa US$ 2,80 por ação.
No comunicado do conselho, a Netshoes informa que a oferta da Magazine Luiza tem apoio por conta no aumento de 50% da oferta inicial e “a certeza [dos ganhos] de execução com a fusão com Magazine, tendo em vista a data da assembleia geral para deliberar sobre o acordo”.
Boletim Focus
Em mais um Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, os economistas entrevistados pelo Banco Central reduziram pela 13ª vez a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019. A previsão do relatório é que a economia brasileira cresça 1,23%. No último boletim, divulgado na segunda-feira passada, esse número era de 1,24%.
As previsões de crescimento para 2020 permaneceram estáveis, em 2,5%, mesmo crescimento para o PIB de 2021 e de 2022. Já para o dólar, a previsão se manteve em R$ 3,80.
Guerra comercial
Nesta segunda, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que não está pronto para fechar um acordo com a China. No entanto, o presidente acredita que em algum momento futuro os dois países chegarão em um combinado.
Saiba Mais: Guerra comercial: empresas americanas arcam com tarifa de Trump, diz FMI
Após a declaração do positiva de Trump sobre um possível acordo no futuro a China se manifestou. “Nós sempre dissemos que as diferenças entre os dois países devem ser resolvidas por meio de negociações e consultas amistosas”, disse o porta-voz do ministério das relações exteriores chinês, Lu Kang.
Dólar em alta
O dólar encerrou esta segunda-feira (27) em alta de 0,478 %, negociado a R$ 4,0352. O mercado monitora a reação do Congresso após as manifestações a favor do presidente Jair Bolsonaro.
A moeda norte-americana iniciou o pregão em alta. A mínima foi registrada no início do dia, negociada a R$ 4,0373. Ao longo da tarde, o dólar continuou subindo. Por volta das 17h40, chegou a máxima de R$ 4,0373.
Por conta do feriado de “Memorial Day”, nos Estados Unidos, o mercado permaneceu fechado, causando baixa liquidez nas negociações.
Última cotação
Na última sessão, que ocorreu na sexta-feira (24), o Ibovespa encerrou em 0,3% com 93.627,80 pontos.