Ibovespa fecha em alta de 0,24%, aos 119.409,15 pontos, mais perto de recorde
Com o rali que se impôs a partir de novembro na B3, o Ibovespa se aproxima do fim de 2020 perto de fechar o ano em terreno recorde, renovado nesta terça, 29, no intradia, aos 119.860,91 pontos.
O volume histórico de ingresso externo em novembro – ainda positivo em dezembro, a R$ 17 bilhões – colocou o Ibovespa próximo a inéditos 120 mil pontos. Em dezembro, avança 9,66%, com ganho de 3,25% em 2020.
Hoje, em dia cauteloso em Nova York frente a dúvidas quanto à aprovação pelo Senado do aumento do valor de auxílios nos EUA, o Ibovespa chegou a acompanhar a guinada de Wall Street a terreno negativo à tarde. Mas conseguiu emendar o quarto ganho ao fechar em leve alta de 0,24%, aos 119.409,15.
Agora, o Ibovespa está mais perto da máxima histórica de fechamento, de 23 de janeiro, então aos 119.527,63 pontos.
Nesta terça-feira, tocou mínima na sessão a 118.750,10, com abertura a 119.130,06 pontos. Fraco, o giro financeiro totalizou R$ 22,7 bilhões, abaixo do volume das duas sessões anteriores, antes e depois do feriado de Natal.
Foi a primeira vez que o Ibovespa conseguiu sustentar os 119 mil pontos em fechamentos consecutivos – e apenas a terceira ocasião em que atinge este nível no encerramento.
Ibovespa busca os 120 mil pontos
“A impressão é de que o Ibovespa pode ir aos 120 mil pontos e aí o ano acaba, só está faltando isso”, diz Rodrigo Barreto, analista da Necton. Ele avalia, no entanto, que o salto do Ibovespa neste fim de ano deve ser sucedido por uma correção.
Foi mais ou menos o que aconteceu no início de janeiro quando, vindo de rali em dezembro que o havia colocado a 115.645,34 pontos na última sessão de 2019, buscou a então inédita marca de 118.573,10 pontos ainda na primeira sessão de 2020.
A partir daí, iniciou moderada correção nos seis pregões seguintes, que devolveria o Ibovespa aos 115,5 mil no fechamento de 10 de janeiro – em período anterior à pandemia.
Vale lembrar que 2020 começou de forma bem diversa da que chega agora ao fim: no início do ano, o otimismo decorria da expectativa para a assinatura da fase 1 do acordo entre EUA e China, algo que viria a sair de cena, com a disseminação do novo coronavírus pelo mundo após sua identificação inicial em Wuhan.
Vacinas desenvolvidas em tempo recorde, e o início de sua aplicação nas maiores economias em dezembro, deram algum alento para a chegada do ano novo. Contudo, fatores externos como a nova cepa identificada no Reino Unido, e domésticos, como a situação fiscal e a incerteza sobre a imunização no Brasil, recomendam cautela para a virada a 2021.
Nesta penúltima sessão de 2020, as ações de maior peso – commodities e bancos – tiveram desempenho misto no encerramento. Na ponta positiva do Ibovespa, destaque para CSN (CSNA3), em alta de 4,86%, seguida por Usiminas (USIM5) (+4,29%) e Intermédica (GNDI3) (+2,53%). No lado oposto, Multiplan (MULT3) cedeu 2,15%, Sabesp (SBSP3), 2,12%, e Iguatemi (IGTA3), 1,92%.
(Com Estadão Conteúdo)