O Ibovespa abriu em queda nesta sexta-feira (25), atento ao cenário externo que aguarda um novo pacote de estímulos econômicos nos Estados Unidos. A situação fiscal do Brasil também segue no radar do mercado, em meio à votação sobre a prorrogação do seguro-desemprego.
Por volta das 10h15, a cotação do Ibovespa caía 0,81%, indo a 96.216,70 pontos. Os investidores estão de olho na Câmara dos Estados Unidos, que negocia um pacote de US$ 2,2 trilhões para estimular a economia em meio à pandemia. Segundo a agência de notícias “Reuters”, o plano pode ser votado já na próxima semana.
As conversas para esse novo plano estavam paralisadas há quase dois meses. Tadovia, o assunto foi retomado após Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), Banco Central dos EUA, dizer que a Câmara precisaria fornecer mais suporte à economia em função da crise.
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O mercado está atento pois a medida, que pode impulsionar a economia norte-americana, que está em recessão, não é consenso. Kevin Brady, principal representante do Partido Republicano da Câmara, disse que “ela (Nancy Pelosi, presidente da Câmara) poderia aprovar mais 10 projetos partidários. Isso não nos deixará mais perto de ajudar as pequenas empresas. É apenas mais um exercício perdido”.
No cenário interno, a situação fiscal do Brasil segue no radar dos investidores. Após a preocupação com a dificuldade do Tesouro Nacional no refinanciamento de sua dívida através da emissão de títulos públicos, agora o mercado segue de olho na postergação do seguro-desemprego. A votação foi suspensa na última quarta-feira a pedido da equipe econômica.
O Ministério da Economia não se mostra contrário à medida, mas solicitou um prazo de 15 dias para apresentar uma nova proposta, de acordo com o jornal “O Estado de S.Paulo”. O projeto prevê a prorrogação do pagamento do seguro por mais duas parcelas, sendo que o custo de cada parcela adicional é de R$ 8,35 bilhões.
No combate à pandemia, chama atenção a liberação de R$ 2,5 bilhões por parte do governo para que o Brasil aderisse ao Covax Facility, programa global de acesso ao desenvolvimento de vacinas que combatam a pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
O programa é liderado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). No início deste mês, em reunião do Conselho de Governança do Access to Covid-19 Tools (ACT), grupo que reúne diversos países com o objetivo de acelerar o fim da pandemia, Eduardo Pazuello, minitro da Saúde, disse que caso optasse pela adesão, “o Brasil poderia ser o maior contribuinte”.
“Gostaria de concluir colocando à disposição de todos a robusta capacidade de produção de vacina e experiência do Brasil em oferecer acesso universal a serviços de saúde, incluindo vacinação a toda a população brasileira”, afirmou o chefe da pasta.
Giro corporativo
O IRB Brasil (IRBR3) informou, na última quinta-feira, que recebeu, por e-mail, um ofício da B3 solicitando informações sobre as últimas oscilações atípicas nas ações de emissão da resseguradora.
A companhia afirmou que, no dia 23 de setembro, antes da abertura do pregão, divulgou um comunicado ao mercado sobre as informações contidas no relatório periódico mensal enviado à Superintendência de Seguros Privados (SUSEP). Essas informações, segundo a IRB Brasil, não necessitam de fato relevante, já que são apenas “esclarecimentos sobre informações públicas da companhia”, e em prol da transparência.
A Melnick (MELK3), subsidiária da construtora Even (EVEN3), precificou sua oferta publica inicial de ações (IPO, em inglês) em R$ 8,50 por papel. Dessa forma, a companhia levantou R$ 713,5 milhões, com a emissão de 73 milhões de ações. Os papéis serão negociados a partir da próxima segunda-feira (28) na bolsa brasileira.
Quem estreia na B3 nesta sexta-feira é a Hidrovias do Brasil (HBSA3), que movimentou R$ 3,4 bilhões em seu IPO, maior volume dentre as aberturas de capital no Brasil em 2020. A empresa, que tem como foco o transporte hidroviário, precificou seus papéis a R$ 7,56 por ação, na base de sua faixa indicativa de preço
Mercados no exterior
Confira o desempenho dos principais índices acionários no exterior, além do Ibovespa agora:
- Nova York (S&P 500) futuro: -0,26%
- Londres (FTSE 100): -0,15%
- Frankfurt (DAX 30): -1,50%
- Paris (CAC 40): -1,33%
- Milão (FTSE/MIB): -1,14%
- Xangai (SSE Composite): -0,12% (fechada)
- Tóquio (Nikkei 225): +0,51% (fechada)
Última cotação do Ibovespa
De forma distinta ao Ibovespa hoje, o índice acionário encerrou as negociações na última quinta-feira com uma alta de 1,46%, a 97.132,688 pontos.
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