Ibovespa abre estável com IPCA e melhor balanço do BTG Pactual (BPAC11)
Seguindo a temporada de balanços, o Ibovespa abre o pregão desta terça-feira (10) em leve alta de 0,02%, aos 123.038 pontos. O mercado lida com resultados que foram positivos, como o do BTG Pactual (BPAC11), que teve recordes no trimestre, mas segue com inflação no radar.
O Ibovespa hoje abre após uma alta de 0,96% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em julho, o maior salto para o mês desde 2002. Assim, no acumulado de 12 meses, o IPCA fica em 8,99%.
O número, divulgado às 9h desta terça (10), movimenta a bolsa de valores hoje e também demonstra a segunda maior alta mensal do acumulado de 12 meses, ficando atrás somente de dezembro, quando ocorreu uma alta de 1,35% ante o mês anterior.
“A dinâmica da inflação segue muito ruim e demandando atenção dos comandantes da política monetária”, comenta o economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez.
Além disso, foi divulgada a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, também antes do pregão. O documento, mais denso, se debruça sobre a última decisão do comitê, que elevou a Selic em um ponto percentual, a 5,25%.
No radar corporativo, os balanços divulgados na segunda incluem Itaúsa (ITSA4), Iguatemi (IGTA3), Petz (PETZ3) e Minerva Foods (BEEF3). Além disso, ainda nesta terça (10), antes da abertura do mercado, o BTG Pactual (BPAC11) e a Klabin (KLBN11) divulgaram seus resultados trimestrais.
A semana deve seguir cheia, com agenda de resultados concentrada na quarta (11) e na quinta (12). Você confere a agenda completa aqui.
O clima político segue ainda em tensão, com a discussão fiscal tomando o centro do debate no mercado. Ainda na segunda (9) o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e seus ministros entregaram projetos importantes na Câmara – que incluem a Medida Provisória (MP) do Auxílio Brasil e a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) dos Precatórios.
Com os movimentos em Brasília, a discussão sobre o teto de gastos e o risco fiscal voltam à tona, rumando na direção de 2022, quando o mercado deve contar com a influência das eleições.
Notícias que vão movimentar o Ibovespa hoje
- Minerva registra queda de 54% no lucro
- Petz dobra lucro a R$ 21 milhões no 2T21
- BTG apresenta crescimento expansivo em melhor trimestre da história
Minerva lucra R$ 116,7 milhões
Em balanço divulgado no fim do pregão de segunda (9), a Minerva apurou um lucro líquido de R$ 116,7 milhões, representando 54% de queda em relação ao mesmo período do ano passado.
Por outro lado, a receita líquida da Minerva entre abril e junho desse ano cresceu 42,9 % na comparação anualizada, e passou de R$ 4,399 bilhões, para R$ 6,287 bilhões.
Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) do frigorífico foi de R$ 544,9 milhões, caindo 7,7% quando comparado com o segundo trimestre do ano passado. Ao mesmo tempo, a margem Ebitda ficou em 8,7%, caindo 4,7 pontos percentuais.
No pregão desta terça (10), a companhia cai 1,81%.
Petz tem 109% de alta no lucro
Em balanço recente, foi constatado que o lucro da Petz cresceu 109% no segundo trimestre de 2021, na comparação com o mesmo período no ano passado, em R$ 21,6 milhões ante R$ 10,3 milhões.
Já a receita bruta apresentada pela companhia foi de R$ 597,9 milhões, crescimento de 57,5% na comparação com o mesmo período ano passado.
De acordo com a Petz, o volume de vendas totais no trimestre foi impulsionado pelo segmento de produtos, com destaque para o aumento do faturamento dos canais digitais que cresceu 85% em relação ao período de abril a junho de 2020. Vale frisar que a venda digital representou 30,3% da receita bruta total, totalizando R$ 181,2 milhões.
Para a Petz, esse resultado, considerado positivo, é fruto de um resultado operacional crescente e do beneficio do ganho fiscal referente aos juros sobre capital próprio no valor bruto de R$ 5 milhões.
Assim, o mercado digere o balanço com alta de 1,12% dos papéis da empresa na cotação do Ibovespa.
BTG tem lucro de R$ 1,6 bilhão
Ao anunciar o balanço referente ao que chamou de “melhor trimestre da história”, o BTG Pactual reportou lucro de R$ 1,678 bilhão, representando uma alta de 71% em relação ao mesmo período do ano passado.
Segundo o banco, essa última linha do balanço foi impulsionada pela captação de recursos de terceiros (NNM) – que bateu recorde aos R$ 98 bilhões, 77% de alta em um ano.
“Estamos nos beneficiando do nosso modelo de negócio único, no qual a integração das nossas plataformas digitais com nosso modelo tradicional de atacado está permitindo alavancar o alto crescimento e forte rentabilidade”, disse a empresa em seu resultado.
Além disso, o banco teve uma receita total de R$ 3,771 bilhões entre abril e junho, 51,93% maior do que o mesmo período de 2020. Em relatório, a companhia informa que é o maior patamar já registrado em sua história.
Com o resultado, a companhia sobe 2,59% no Ibovespa, ficando entre as maiores altas.
Destaques do Ibovespa
As principais altas no Ibovespa, por volta das 10h30 são:
- PetroRio (PRIO3): +3,13%
- BTG Pactual (BPAC11): +2,59%
- Embraer (EMBR3): +2,27%
- Cogna (COGN3): +1,15%
- Yduqs (YDUQ3): +1,15%
No mesmo horário, as principais quedas no Ibovespa eram:
- Minerva Foods (BEEF3): -1,81%
- Itaú Unibanco (ITUB4): -1,60%
- Ambev (ABEV3): -1,40%
- Iguatemi (IGTA3): -1,56%
- Santander (SANB11): -0,93%
Principais índices
Bolsas mundiais
Veja o desempenho dos principais índices acionários no exterior, além do índice Ibovespa:
- Nova York (S&P 500) futuro: +0,02%
- Londres (FTSE 100): +0,07%
- Frankfurt (DAX 30): +0,29%
- Paris (CAC 40): +0,28%
- Milão (FTSE/MIB): +0,43%
- Hong Kong (Hang Seng): +1,23% (fechada)
- Xangai (SSE Composite): +1,01% (fechada)
- Tóquio (Nikkei 225): +0,24% (fechada)
Última cotação do Ibovespa
O Ibovespa fechou o pregão de segunda (9) subindo 0,17%, aos 123.019 pontos.